"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

28/06/2012

Homenagem ao Amigo António Maria Palhavã Pinto



Recebi agora a triste notícia do falecimento do nosso Amigo Palhavã, esta madrugada. Embora já esperada esta notícia, é sempre difícil ver partir mais um do nosso grupo, e que aliava o ser um bom amigo, folgazão e generoso. Esta é a imagem que tenho dele!

À família enlutada sentidos pêsames neste momento de dor. Aos seus companheiros das Terças, manifesto o nosso profundo pesar pela perda de um Amigo cuja companhia nos dava grande prazer e alegria pelo que nunca será esquecido. É nosso desejo que se encontre em paz. 

Á sua memória eis um link preparado pelo Amigo João: 

27/06/2012

José A. Teixeira de Magalhães 1935-2012


Chegado do Alentejo tive conhecimento da morte deste meu Amigo. Daí esta singela homenagem  que, neste momento, mostra bem o Respeito e a Amizade que por ele sentia.

Recordo que numa entrevista que me concedeu em 6-6-2000, em Algés, o Ten-Coronel José Magalhães (faleceu com este posto), sobre o sucedido com o Ten-Cor Magiollo Gouveia (segundo D. Ximenes Belo o seu fuzilamento terá ocorrido em 23-12-1975) , n.3 da hierarquia militar de Timor, afirmou: 

Também, o Dr. Pasquier, da Cruz Vermelha Internacional, que vinha dormir, ao Ataúro, com o seu avião, para não estar sujeito a tiros e bombardeamentos espesporádicos, em Dili, nos manteve sempre informados. 

 Ele disse-nos que, durante aqueles meses, de Agosto a Dezembro, o Magiollo Gouveia foi parar ao Hospital de Díli, em estado de coma, por várias vezes. E quando os indivíduos da FRETILIN viam que ele já se deslocava, obrigavam-no a voltar para a prisão, onde continuou o seu martírio. Se em Jacarta, o Xanana tivesse passado por uma “amostra” do que sofreu Maggiolo, teria havido condenação internacional. 

P: Não tiveram conhecimento do seu fuzilamento? 

R: Apenas mais tarde, já em Lisboa. Soubemos que, a 7 de Dezembro, o obrigaram a deslocar-se para Aileu, com um cunhete de munições às costas. É difícil de imaginar o que Maggiolo sofreu por uma causa que, talvez, merecesse alguma compreensão. 

Depois, de acordo com o que está publicado, terão ocorrido aquelas cenas trágicas, descritas na carta do Bispo de Díli, D. José: abrirem a vala; o rezar, etc. e ser fuzilado com mais 50 ou 60 detidos. Constou-se que 1º Cabo António dos Santos foi igualmente fuzilado na altura, mas não se chegou a confirmar... 

Aliás, não percebo por que será que, após todos estes anos e os acontecimentos verificados mais recentemente, nem a nossa embaixadora; nem Xanana que, ao que sei, se encontrava em Aileu, na altura do fuzilamento; nem o Ramos Horta, ou o Alkatiri, Rogério Lobato, etc, esclareceram as circunstâncias exactas em que decorreu tal assassínio colectivo. Penso mesmo que há indivíduos, bem colocados nas hierarquias da FRETILIN, a quem não ficaria desajustada a classificação de “criminosos de guerra”!

 Talvez, um dia, alguém tenha a coragem de clarificar o assunto. 

Até lá, “palmadinhas” nas costas. (Segundo outra fonte, Xanana Gusmão já pertencia ao comité central da FRETILIN que mandou executar os fuzilamentos) 

 In "Timor Abandono e Tragédia, de Morais de Silva e Manuel Bernardo, pp145 (2000)

Joaquim Evónio Rodrigues de Vasconcelos - 1938 – 2012


Chegado do Alentejo tive conhecimento da morte deste meu Amigo. Daí esta singela homenagem de vários dos seus Camaradas que, neste momento, mostram bem o Respeito e a Amizade que por ele sentiam. É esta a última imagem que dele retenho!

Foi militar profissional, poeta, escritor e grande atleta. Era filho do jornalista e escritor madeirense Joaquim Mota de Vasconcelos. Como combatente no ex-Ultramar Português, cumpriu três comissões por escala (imposição): uma em Angola, como subalterno (1961-1962) e duas na Guiné, em comando de companhias (1964-1966, e 1968); nesta última foi ferido gravemente em combate, sendo depois reformado como DFA. 

Foi fundador do Serviço Nacional de Protecção Civil (Janeiro de 1976) onde foi Director de Serviço e Assessor Principal, tendo igualmente desempenhado as funções de Porta-Voz para a Comunicação Social (seis anos) e co-responsável da Revista de Protecção Civil (dez anos). Seria condecorado com a Medalha de Prata de Serviços Distintos, com Palma (em combate); era comendador da Ordem Heráldica da Paz Universal (Brasil) e tinha a Medalha de Ouro Grau “Pacificador da ONU Sérgio Vieira de Melo”. 

 Pertencia, entre outras, à Associação Portuguesa de Escritores, Instituto Açoriano de Cultura, sócio honorário da Ordem Nacional dos Escritores do Brasil (ONE), Associação de Auditores dos Curso de Defesa Nacional, Associação dos Deficientes das Forças Armadas e Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica. 

Colaborou com várias revistas de poesia portuguesas e brasileiras e antologias poéticas e não só…. Entre outros trabalhos publicou os contos “Sombra em Clave de Sol”, e o ensaio “Esboços Pessoanos” em co-autoria com Jorge Soares, que chegou à 5ª edição (em cinco línguas). Fez vários prefácios, recordando um para o livro de minha autoria (Marcello e Spínola – a Ruptura…) e outro para uma obra de Carlos Gueifão (Mata Couros …). Mas a sua “jóia da coroa” era o site literário “Varanda das Estrelícias"; Uma ponte sobre o Atlântico”, que acolhia as obras de inúmeros poetas e ensaístas e que ia no oitavo ano da sua existência. 

Quero salientar um texto de sua autoria postado neste site sobre o sucedido em Portugal, em 1975: 

O mandado de captura fora assinado em branco pelo Comandante do Copcon. A acusação era grave: Forte suspeita dos crimes de coligação (eu, que não vou em grupos...) e insubordinação. Local e data: Academia Militar (que falta de hospitalidade!...), onde era visita e treinador da equipa de rugby; 12 de Março de 1975. 

Oficial captor: Comandante Nemésio, dos submarinos, única obra que não foi revista pelo Pai, coadjuvado por um persuasivo camarada de Arma, sobrevivo porque consegui evitar a “intifada” dum fiel fundamentalista meu “filho”, que à viva força queria fazer-lhe a folha... 

Não era assim, ó Harffouche, se me ouves desse lado? E afinal em que ficamos? Era mesmo reaccionário, ou limitava-me a exercer, limito-me a exercer, a capacidade de incómodo do costume? Delito de opinião numa sociedade livre, liberta? 

 A verdade é que quando toda a gente ainda batia palmas ao MFA e buscava os parentes que no seu seio havia, lembrei-me de baixar à realidade e fazer a interpelação que se segue, felizmente publicada depois de a entregar ao amigo Manuel Bernardo. 

 Claro que as minhas interpelações em “PVT”, na Academia Militar, meu Clube conjuntural, não seriam também do maior agrado dos interpelados. E há sempre quem não goste de mostrar os pés de barro. 

Em situação de crise aposto que a liberdade de expressão é a primeira a pagar imposto. É evidente que nada disto tem a ver com os dias de hoje, em que até os jornalistas se podem exprimir livremente... 

Em relação a esta passagem de Joaquim Vasconcelos pelo Estabelecimento Prisional de Caxias, quero referir que havia alguns anos estava para publicar um livro com o título “Caxias 75 – Condomínio Fechado”, “exigindo” que eu lhe fizesse o respectivo prefácio. Entreguei-lhe um texto para esse efeito, em 2009 (o posfácio seria do Luís Dantas, entretanto falecido), do qual transcrevo: 

Joaquim Vasconcelos, um dos oficiais mais classificados do meu Curso de Infantaria (1956-1960) e com uma preparação física acima da média, continua a ser uma “força da natureza”, característica pessoal que já o fez ultrapassar muitas situações complicadas, desde as duas comissões na Guiné (que terminaram com o rebentamento de uma mina), aos difíceis e esgotantes problemas familiares, e passando ainda por uma arbitrária detenção no Presídio de Caxias, na sequência do 11 de Março de 1975. (…) 

Acompanhei as suas actividades desde Fevereiro de 1974, quando regressei da quarta comissão por escala (Moçambique) e me apresentei na Academia Militar, onde fui colocado nas funções de ajudante de campo do Comandante, General Amaro Romão. Um pequeno parêntesis para dizer que não conhecia este oficial general de lado nenhum e apenas fui indicado por ter um nome parecido com o seu. O facto é que sendo um dos dois capitães que na Escola de Aplicação Militar de Boane (a 30 Kms da então Lourenço Marques, hoje Maputo), que assinaram o pedido colectivo de demissão de oficial do Exército, dentro do processo contestatário do Movimento dos Capitães, acabaria por ver passar por mim três generais comandantes da Academia Militar (nos poucos meses que lá permaneci - antes do 16-3-1974, antes do 25-4-1974 e depois desta data, até Junho), quando anteriormente era o General Comandante que via “passar” os seus ajudantes para comissões consecutivas no Ultramar. 

 O Autor, com a sua voluntariedade e disponibilidade tinha assumido o encargo de treinar graciosamente a equipa de rugby da Academia. Daí manter-se ligado e contactar frequentemente os oficiais que lá prestavam serviço, como nesse início do ano de 1974, era também o caso dos Tenentes-Coronéis Amadeu Garcia dos Santos (Engenharia) e Correia de Campos (Cavalaria) e do Major de Artilharia Otelo Saraiva de Carvalho, estes dois últimos regressados da Guiné, no ano anterior. Não vou continuar a elogiar ou falar mais sobre as suas virtudes militares, tal como a frontalidade e a lealdade, bem destacadas ao longo deste livro. Irei apenas abordar, de forma resumida, duas situações interessantes ocorridas com ele, e de que fui testemunha presencial ou reportei, por entrevista, os factos para livro já publicado. 

 Assim, apenas recordo o desencadear das movimentações do 16 de Março de 1974, quando, em Lisboa, os militares do Movimento estavam convencidos que vinham várias colunas do Norte do País. Tendo eu recebido um telefonema de Otelo (encontrava-se das bombas de gasolina à entrada de Lisboa), a pedir para irem ter a este local dois oficiais, para o ajudar naquela situação, dirigi-me ao Autor dizendo: “Quero que vás, com outro oficial, à Rotunda da Encarnação ter com o Otelo, pois ele precisa de apoio no local”. A sua resposta clara e realista foi: “Não! Eu não embarco em comboios em andamento!” O Joaquim Vasconcelos é assim mesmo. Apesar de ser um poeta com razoáveis trabalhos publicados neste meio cultural e no seu site, que já dura há cinco anos, tem igualmente uma faceta muito pragmática e bem visível nesta atitude tomada em cima do desenrolar dos acontecimentos. Os dois oficiais que consegui convencer a deslocarem-se àquele local foram o Ten-Coronel Fisher Lopes Pires e o Major Nuno Bívar. Este último seria visto a tentar convencer o Major Vinhas, do BC 5, a não permanecer do lado governamental, pelo que seria transferido da Academia Militar. O primeiro, ficando resguardado no jeep, acabaria por ser um dos elementos do Posto de Comando da Pontinha no 25 de Abril e, mais tarde, após o 28 de Setembro, membro da Junta de Salvação Nacional, graduado em General. 

 Quanto à detenção do Autor feita no dia seguinte ao golpe de 11 de Março de 1975, acabaria por ser mais gravosa do que para a generalidade dos restantes camaradas, pois que seria mantido em rigoroso isolamento devido à posição tomada: “Não presto declarações já que, nos termos da Lei tenho direito a um advogado, o que até agora ninguém me garantiu. Assim, como «prisioneiro de guerra» apenas digo o meu nome e número de identificação militar.” Foi nesta situação de isolamento numa cela, que eu e o Rodrigues Graça (hoje Major General reformado) o fomos encontrar, aquando de uma visita que nos foi facultada, com vista a convencê-lo a ser “mais colaborante”. No final da conversa apenas me disse que iria prestar declarações se eu descobrisse quem tinha sido o oficial que o denunciara em relação às suas “andanças” no dia 11 de Março. Grande parte do sucedido nesta época encontra-se numa entrevista que me deu para o meu livro “Equívocos e Realidades; Portugal 1974-1975” (1999), mais tarde noutra versão revista e actualizada com o título “Memórias da Revolução; Portugal 1974-1975” (2004). Recordo que ele fora preso na Academia Militar juntamente com o então Coronel Soares Carneiro, que desempenhava as funções de Comandante do Corpo de Alunos. Este oficial seria, mais tarde, candidato à Presidência da República e, depois, Chefe do EMGFA. (…) 

 Apesar de no início de 1975 já me encontrar colocado no então Batalhão de Comandos, de Jaime Neves, na Amadora, a fazer a liquidação do extinto Regimento de Infantaria N.º 1, lá deambulei pela Academia Militar (Gomes Freire), interrogando vários oficiais com vista a tentar descobrir quem o denunciara. O resultado dessas diligências acabou por ser frutuoso, pois cheguei à conclusão ter sido um capitão de Artilharia que, no Comando da PSP de Lisboa, vira o Autor a falar com o Major Casanova Ferreira. Este oficial acedera ao pedido da Academia Militar, através do Joaquim Vasconcelos, para mandar para lá uma viatura com rádio, com a finalidade de manter comunicações entre os dois locais. E, no dia seguinte, no meio de umas folhas e apontamentos de “rugby”, sua mulher fez-lhe chegar esta minha informação. (…) 

E termino estas recordações da última revolução portuguesa do século XX, salientando o “grito de guerra”, de uma organização inventada por Joaquim Vasconcelos, para deleite dos presos e preocupação dos carcereiros mais fanáticos: “KATAI!!!!!; a traição paga-se com a morte”. Curiosamente, no último Dia de Portugal (2009), estivemos, em Alcântara, a comemorar a promoção de Jaime Neves a General e, ocasionalmente, surgiu para se sentar na nossa mesa um outro “operacional” do 11 de Março, o J. A. Carvalho Branco, primo de minha mulher. Perguntei-lhe se se lembrava do Autor. Olhando para as suas barbas não o reconheceu; no entanto quando lhe falei no KATAI, logo se abraçaram efusivamente, recordando o tal grito de guerra, que ele, no seu isolamento, e para manter o moral dos militares detidos, lançava pelas janelas gradeadas e era ouvido por muitos outros presos… 

 As minhas sentidas condolências à família enlutada. Finalizo este já longo texto com a frase que o meu camarada e amigo Valdemar Clemente ultimou o seu email sobre o falecimento do nosso amigo Joaquim Vasconcelos: 

Que a paz seja concedida à sua alma, já que o mérito humano, moral e intelectual mais do que o justificam. 

Por Manuel Bernardo (Cor. ref) Carnaxide 23-06-2012 

Obrigado pela difusão feita, que o Poeta bem merecia. Foi grande em tudo o que fez na vida! Que repouse em paz. 

Morte solitária 

Tudo rejeito, nunca pedirei socorro! 
Hei-de morrer só e de pé 
e saberei sempre do que morro: 
Do excesso e da falta de fé! 

Poema de Joaquim Evónio

20/06/2012

Democracia é isto? Onde chegámos …


  
Só é pena que produzam pequenas equimoses… Deviam fazer duelos de morte… Seriam menos a explorar o contribuinte, embora viessem depois outros, mas estes talvez fossem mais comedidos. Eles vão para política para enriquecer depressa e por qualquer forma. Os eleitores votaram neles por terem sido iludidos pelas promessas falsas, pois nem são os melhores nem os mais educados e competentes. As eleições deviam recair sobre cidadãos da predilecção dos eleitores e não sobre candidatos, exploradores que se estão nas tintas para os interesses dos eleitores. Cada Concelho escolheria os seus candidatos, depois do conjunto dos eleitos no distrito seriam escolhidos, por nova eleição os representantes do distrito e em novas eleições seriam escolhidos do conjunto os que deveriam ir para o Parlamento. Não deviam ser financiadas pelo Estado as despesas com campanhas eleitorais. E devia ser permitida apenas a informação indispensável para os eleitores decidirem livremente em quem votar. A corja dos partidos deixava de ser necessária 

AJS 

Para ser franco eu também acho que o sistema eleitoral está obsoleto A Lei eleitoral para as legislativas foi feita em 1974 e a respeitante às Autarquias em 1976. Ambas tiveram algumas alterações posteriores de conveniência, não de substância A metodologia referida deveria ser devidamente registada para que não seja abusivamente utilizada aqui ou lá fora sem autorização ou sequer menção do autor 

CB 


É ESTA "CAMBADA" QUE COMANDA O MUNDO...

09/06/2012

O estado miserável a que chegou o PS

 
Ao longo dos anos um tipo vai vendo o PS e achando que aquilo vai de mal a pior, e surpreende-se que possa ainda descer mais.(…) 

(…)Contestando este novo documento surgiu o deputado Pedro Delgado Alves, anunciado como líder da JS. E botou esta “pérola”: «O novo Estatuto do Aluno não percebe a visão integradora da escola pública», afirmou, e salienta «a defesa dos valores nacionais». «Mas eu não sei o que são valores nacionais. Sei o que são valores universais, como a liberdade, a igualdade e a fraternidade». A questão nem sequer é política, é apenas higiénica, o facto de haver imbecis, com uma tal ignorância, que os partidos (e neste caso, em particular, o seu antecessor António José Seguro) têm o atrevimento de nos colocar no cardápio. Há imbecis destes nos outros partidos? Porventura. Mas isso não menoriza em nada o asco que se sente diante deste “grau zero”. E também para com os outros, os que o rodeiam. E que, não sendo estas larvas, com elas aceitam ombrear.


Esta é uma tirada patrioteira? Nada disso. Até poderia ser apenas de um pai de uma miúda que a semana passada estava a estudar (e a lembrar-me) do Conde de Andeiro, de João das Regras, de Gil Eanes no Cabo Bojador, e coisas similares. Aos dez anos, a apreender factos históricos, na sua subjectividade disfarçada de objectividade, e a perceber que está a receber símbolos e valores. Com uma perspicácia e capacidade intelectual bem superior à deste atrevido imbecilóide. Que o PS, António José Seguro e aqueles que o seguem, entendem poder servir para algo. Convém guardar o nome, Pedro Delgado Alves, pois estou certo que daqui a anos, décadas até, continuaremos a vê-lo e ouvi-lo, na Assembleia, num qualquer governo, nas tvs, nas empresas públicas. Apesar de ser óbvio que este homem é um insulto. Às mentes alheias.

A todos nós. A este propósito lembro-me que há alguns anos aqui deixei um feixe de citações de George Orwell sobre estas coisas dos “valores nacionais”, textos do tempo da 2ª guerra, e dela colhendo alguns efeitos. Mas que mesmo assim, algo datados, mostram bem a diferença entre quem pensa e este energúmeno, entre quem pensa e a escória, de aldrabões feita, que o escolhe para “ser algo”.

"Patriotismo não tem nada a ver com conservadorismo. É a devoção a algo que está mudando, mas é sentida como misticamente o mesmo… "(Meu país à esquerda ou à direita, p. 6). "Por" patriotismo "Quero dizer a devoção a um determinado lugar e um modo particular de vida, que se acredita ser o melhor do mundo, mas não tem nenhum desejo de forçar a outras pessoas. Patriotismo é de sua natureza defensiva, tanto militar quanto culturalmente. O nacionalismo, por outro lado, é inseparável do desejo de poder. "" Por nacionalismo Quero dizer em primeiro lugar, o hábito de supor que os seres humanos podem ser classificados como insectos e que quarteirões inteiros de milhões ou dezenas de milhões de pessoas podem ser confiança rotulado de "bom" ou "ruim". Mas em segundo lugar - e isto é muito mais importante - quer dizer o hábito de identificar-se com uma única nação ou outra unidade, colocando-a além do bem e do mal e reconhecer nenhuma obrigação além de fazer avançar os seus interesses. O nacionalismo não deve ser confundida com patriotismo… "(Notas sobre o nacionalismo, pp 8-9)

E, infelizmente, nas querelas dos dias continua a haver gente que o é aderindo ao hábito de identificar-se com uma única nação ou outra unidade, colocando-a além do bem e do mal e reconhecer nenhuma obrigação além de fazer avançar os seus interesses.

São aqueles que, apesar de tudo, aceitam ser representados por estes delgados alves. São ainda piores do que esta nulidade atrevida. 

jpt

06/06/2012

Homenagem ao Camarada e Amigo Eurico Queiroz Azevedo



Esta é uma modesta homenagem ao nosso Camarada de Armas e Amigo Eurico Queiroz de Sousa Azevedo (22-02-1933 - 06-06-2012).
Pretende-se, desta forma simples, mantê-lo entre nós, lembrando viva a sua amizade franca e sincera que tinha para com os Camaradas e Amigos quando em nosso convívio.
Que descanse em paz. Á família as mais sentidas condolências pelo infausto acontecimento que, embora sendo previsível, é sempre muito doloroso.

Charles Aznavour / Camarade

Crise



Esta noite, entrou-me um ladrão em casa, à procura de dinheiro. 

 Levantei-me da cama e fui ajudá-lo a procurar... 

Onde chegámos…

04/06/2012

De um professor universitário e investigador


Sabiam que o Banco de Portugal comparticipa (eu diria, paga) a 100% as despesas de saúde dos seus funcionários? 
Quem paga isso? Somos nós os contribuintes, enquanto que a ADSE paga só aquilo que nós sabemos. 
Eu não sei. Só sei que o meu sistema de saúde é o SNS. Discordo completamente, que haja vários sistemas de saúde. É por isso que funcionários do Banco de Portugal fazem implantes dentários e os "outros implantes" que estão agora na moda, às funcionárias e às mulheres dos funcionários. 

Como é isto possível? E nós que somos os pagantes, ficamos calados? 

Senhor Governador! 

Neste país há investigadores universitários que estudam todos os dias até altas horas da noite, que trabalham continuamente sem limites de horários, sem fins-de-semana e sem feriados. Há professores universitários que dão o seu melhor, que prepararam cuidadosamente as suas aulas pensando no futuro dos seus alunos, que dão o melhor e sem limites pelas suas universidades. Há policias que ganham miseravelmente, que não recebem horas extraordinárias, que pagam as fardas do seu bolso e para sobreviverem têm de prestar os serviços remunerados. Toda esta gente e muita mais que poderia ser referida foi eleita como a culpada da crise, denunciada como gorduras do Estado, tratada como inutilidade social, acusada de ganhar mais do que a média, desprezada por supostamente não ser necessária para a direita se manter no poder. 

Mas há uns senhores neste país que ganham muito mais do que a média dos funcionários públicos, que têm subsídios extras para tudo e mais alguma coisa, que cumprem com incompetência as suas funções, que recebem pensões chorudas, que vivem do dinheiro dos contribuintes como todo o Estado, mas que não foram alvo de nenhuma das medidas de austeridade que até hoje foram aplicadas aos funcionários públicos. São os meninos e meninas do BdP. 

Ainda as pessoas mal estavam refeitas do anúncio da pilhagem aos seus rendimentos e há um tal Costa, governador do Banco de Portugal, vinha defender que as medidas deste OE deveriam prolongar-se para além de 2014. Isto é, o senhor defende que os cortes se tornem definitivos. No mesmo dia a comunicação social informava que as medidas de austeridade aplicadas aos funcionários públicos não seriam aplicadas aos funcionários do banco de Portugal, o argumento para tal situação era o da independência do banco. 

Mas se o Governo não pode nem deve interferir na gestão do BdP e o senhor Costa se comporta como um cruzamento entre a ave agoirenta e o Medina Carreira o mínimo que se espera é que ele dê o exemplo pois nada o impede de aplicar aos seus (incluindo os pensionistas do BdP) a austeridade que exige aos outros. No caso do BdP o senhor Costa não só estaria a adaptar as mordomias dos funcionários públicos e pensionistas do BdP à realidade do país como estaria a dar um duplo exemplo, um exemplo porque aplica aos seus a austeridade que exige aos outros e um exemplo porque chama os seus a responder pela incompetência demonstrada enquanto entidade reguladora de bancos como o BPN ou o BPP. 

Porque razão um professor catedrático de finanças ganha menos do que um quadro do BdP, não recebe subsídio para livros como este e na hora da austeridade perde parte do vencimento e os subsídios enquanto o funcionário público do BdP não corta nada e muito provavelmente ainda recebe um aumento? E já que falamos no BdP que tanto se bate pela transparência das contas públicas e do Estado enquanto o seu governador anda por aí armado em santinho das finanças, porque razão os vencimentos e mordomias do BdP não aparecem no seu site de forma a que sejam conhecidas pelos contribuintes que as pagam? 

Todas as colocações, subidas de categoria e remunerações dos funcionários públicos são divulgadas no Diário da República mas o que se passa no BDP é segredo, muito provavelmente para que o povo não saiba e assim manterem o esquema. 

Ainda a propósito de transparência seria interessante saber porque razão os fundos de pensões da banca vão ser transferidos para o Estado e o do Banco de Portugal fica de fora. O argumento da independência não pega, o que nos faz recear que o fundo de pensões seja abastecido de formas pouco aceitáveis para os portugueses. Seria interessante, por exemplo, saber a que preço e em que condições uma boa parte do imobiliário que o banco detinha por todo o país foi transferido para o fundo de pensões dos seus dirigentes e funcionários. 

É por estas e por outras o senhor Costa não tem autoridade moral para propor o mais pequeno sacrifício seja a quem for e deveria abster-se de aparecer em público, este senhor só merece a resposta que lhe daria o saudoso Almirante Pinheiro de Azevedo.

Fiquei estarrecido...e não me admiro facilmente.



É isto que precisamos de fazer: difundir o mapa dos subterrâneos.

Este caso é apenas um pormenor mas é preciso acordar e gritar bem alto, enfrentá-los e aos que os protegem silenciando e deixando prescrever...

As matilhas de All Capones que regulam o mundo, usando a distribuição de droga, armamentos, produtos farmacêuticos, recursos raros e perigosos, escravos sexuais, mão de obra infantil, órgãos humanos, etc., etc... para alimentar uma rede global financeira, que ainda por cima vai extorquindo os cidadãos trabalhadores diferenciados dos seus próprios países...

 Acabam aos tiros uns aos outros porque às tantas já não há poder de compra fora da rede de marginais predadores; a humanidade produziu uma nova espécie, o Pac man, que vai papando tudo até se comer a si próprio.

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