"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

30/06/2009

AVÓS BABOSOS


SEM PALAVRAS...

Muito curta mas ... muito actual!


"Quem tem boca vaia Sócrates"

(novo ditado popular)

AO QUE CHEGÁMOS... PORCA MISÉRIA!!!!

29 Junho 2009 - 09h21
Estado do Sítio - Offshore socialista


A última novidade do Governo socialista do senhor presidente do Conselho é uma coisa chamada Fundação para as Comunicações Móveis. Esta entidade, cozinhada no gabinete do ministro Lino ex-TGV e ex-aeroportos da Ota e Alcochete, foi a contrapartida exigida pelo Governo a três operadores para obterem as licenças dos telemóveis de terceira geração. É privada, tem um conselho geral com três membros nomeados pelo Executivo e um conselho de administração com três elementos, presidido por um ex-membro do gabinete do impagável Lino, devidamente remunerado, e dois assessores do senhor que está cansado de aturar o senhor presidente do Conselho e já não tem idade para ser ministro.

Chegados aqui vamos à massa. Os três operadores meteram até agora na querida fundação 400 milhões de euros, uma parte do preço a pagar pelas tais licenças. O Estado, por sua vez, desviou para esta verdadeira offshore socialista 61 milhões de euros. E pronto. De uma penada temos uma entidade privada, que até agora sacou 461 milhões de euros, gerida por três fiéis do ministro Lino, isto é, três fiéis do senhor presidente do Conselho.

É evidente que esta querida fundação não é controlada por nenhuma autoridade e movimenta a massa como quer e lhe apetece, isto é, como apetece ao senhor presidente do Conselho. Chegados aqui tudo é possível. Chegados aqui é legítimo considerar que as Fátimas, Isaltinos, Valentins, Avelinos e comandita deste sítio manhoso, pobre, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado não passam de uns meros aprendizes de feiticeiro ao pé da equipa dirigida com mão de ferro e rédea curta pelo senhor presidente do Conselho.

Chegados aqui é legítimo dar largas à imaginação e pensar que a querida fundação, para além de ter comprado a uma empresa uma batelada de computadores Magalhães sem qualquer concurso, pode pagar o que bem lhe apetecer, como campanhas eleitorais do PS e dos seus candidatos a autarquias, e fazer muita gente feliz com os milhões que o Estado generosamente lhe colocou nos cofres.

Chegados aqui é natural que se abra a boca de espanto com o silêncio das autoridades, particularmente do senhor procurador-geral da República, justiceiro que tem toda a gente sob suspeita. Chegados aqui é legítimo pensar que a fundação privada criada pelo senhor presidente do Conselho é um enorme paraíso fiscal, uma enorme lavandaria democrática.

António Ribeiro Ferreira, Jornalista

A MENINA DE IPANEMA

29/06/2009

Compadrio e conivência nem sempre resultam

O nosso actual representante militar (MILREP) na NATO, vice-almirante Lima Bacelar, cessa funções no fim do ano e a Organização, que não funciona no estilo da nossa AR (quando tratou da substituição do Provedor de Justiça), exige que Portugal tem de dar, nos próximos dias, o nome do seu sucessor.

O tenente-general Pina Monteiro é o principal candidato à nomeação para o referido cargo, apesar dos esforços do chefe de gabinete do ministro da Defesa, major-general Rodrigues Viana, para ocupar o lugar.

Segundo notícia do DN, «o ministro da Defesa tem de lhe dar um prémio», numa altura em que já começaram a ser publicados os louvores dados por Nuno Severiano Teixeira a membros do seu gabinete, por efeito da próxima mudança de Governo. Mas os interesses coniventes do ministro não deverão sortir efeito, apesar de, nas últimas semanas, ter abordado o caso com o chefe do Estado-Maior do Exército, entre outras razões, porque Rodrigues Viana para ser nomeado teria de primeiro ser promovido a general de três estrelas (tenente-general) - ultrapassando quase uma dezena de oficiais mais antigos ou, em alternativa, com a maioria deles a ser promovida -, que, não sendo curial, daria acesa polémica num sector sensível da vida nacional, até porque "não há vagas para promoções a três estrelas" no Exército, tendo a última ocorrido "há mais de um ano".

Para conhecer melhor os pormenores desta intromissão política nas Forças Armadas, convém ver toda a notícia, clicando aqui e aqui.

ATÉ COM AS PEDRAS QUE JOGAMOS FORA DEVEMOS TER CAUTELAS

GERAÇÃO DOURADA

Carta histórica


Carta à Shell do Brasil ( pobrema d'alco!)‏ Relíquia histórica

Carta enviada à Shell em 1986

Este fato é verdadeiro: a Shell tem a carta arquivada.
FANTÁSTICO, NÃO TEM PREÇO,UMA RARIDADE.
A empresa Shell abriu os seus arquivos e veio dar a conhecer o conteúdo de uma carta enviada por um consumidor, nos anos 80, ao seu Serviço de Atendimento ao Consumidor. Ela está transcrita na sua forma original, inclusivé com os erros gramaticais.

Conheça a carta:

'Olá!

Tenho um Corcel II 1986 a álco e sou cliente dos posto Shell.
Não abasteço em nenhum otro posto há mais de 5 ano. Tô escrevendo porque tô com uma dúvida na qual acho que vocês são os mais indicado a me ajuda. A questã é que tô progamando uma viage para domingo dia 27/10. Nesse dia será realizado o 2º turno das eleição e mais uma vez vai tê a proibição de venda de alco da meia noite até a meia noite de domingo. A chamada lei seca. Mas o trajeto que pretendo percorre no domingo é muito maior do que cabe de alco no tanque do meu carro, já que não vai tê venda de alco, vô te que carrega em alguma vasilha o resto que segundo meus cálculo é um tanque e meio quase 100 litro ..
Gostaria de sabe qual a vasilha mais segura pra transporta o alco ou se tem alguma outra solução pro meu pobrema. Pensei em talvez abastece com gasolina por que a proibição de venda é so de alco pelo que eu vi.
Caso a solução seja mesmo a de transporta o combustive a se usado, gostaria de sabe se algum posto de vocês na região da Grande ABC poderia faze um desconto por que eu vo está comprando mais de 150 Litro de alco no sábado.

Conto com a ajuda de vocês.

Assinado:
Luís Inácio da Silva
Torneiro Mecânico
São Bernardo do Campo/SP'

Resposta da SHELL:

Prezado Sr. Luís Inácio da Silva
Em retorno à sua carta, gostaríamos de esclarecer que a lei a que o senhor se refere, proíbe apenas a venda de bebidas alcoólicas nos dias de eleições e não a de combustíveis automotores.

Shell Brasil S.A. Petróleo
________________________________________
POR MERO ACASO É ESTE HOJE O PRESIDENTE DO BRASIL!

Quem é DEUS

28/06/2009

PARA A NOSSA ATENÇÃO SOBRE O QUE ESTÀ A ACONTECER NO MUNDO

MAIS UM ALERTA...

Irregularidades eleitorais em... Portugal

Público, 26.06.2009, António Vilarigues

Sobre isto, nada li, nada ouvi, nada vi na comunicação social. Nem sobre Viseu, nem sobre qualquer outro distrito

Estranhamente, ou talvez não, 35 anos depois do 25 de Abril de 1974 e outros tantos actos eleitorais depois, ainda há autarcas que desconhecem as mais elementares regras do processo democrático eleitoral. Autarcas que se comportam como pequenos ditadores, convencidos de que, quando querem, tudo podem e tudo mandam. Autarcas que ignoram e não cumprem as leis que regem os processos eleitorais em Portugal.
O que se segue são exemplos reais, do país real, do Portugal profundo, retirados de uma vivência prática no distrito de Viseu nas últimas eleições para o Parlamento Europeu.
Comecemos pela questão das credenciais para os delegados dos partidos às reuniões para a constituição das mesas de voto. Houve quem respeitasse a lei, ou seja, aceitasse as credenciais dos partidos. E houve quem exigisse que as credenciais válidas eram umas passadas pelas câmaras, o que, obviamente, originou de imediato confusões e conflitos.
Depois houve presidentes de junta que não marcaram as reuniões, nem as divulgaram, nem afixaram os editais. Houve mesmo um caso em que, pura e simplesmente, não se realizou reunião (o presidente da junta estava a trabalhar no turno da noite e não providenciou a sua substituição). O melhor argumento de que tive conhecimento foi o do presidente de uma das maiores junta de freguesia do distrito que não afixou o edital na porta por ser "inestético"...
Uma vez nas reuniões, houve presidentes de junta que recusaram credenciais de outros partidos. Caso do PSD, que não aceitou as do PS, tendo mesmo, em dois casos, chegado a vias de facto. Houve presidentes de junta que se assumiram como mandatários dos partidos, o que é ilegal. Houve presidentes de junta que dirigiram as reuniões, o que é ilegal.
Na constituição das mesas houve inúmeros locais onde foi evocado o argumento, que não consta da lei, de "representatividade" de cada partido em função de anteriores resultados eleitorais.
Durante as votações do passado dia 7 de Junho, houve presidentes de junta que permaneceram dentro das assembleias de voto. Mesas de voto alteradas no próprio dia da votação (um caso, onde estavam constituídas três mesas que passaram a duas, com a respectiva distribuição dos cadernos eleitorais).
Depois, na Assembleia de Apuramento Intermédio (Distrital) foram detectados inúmeras ilegalidades formais e não só: votos brancos e nos partidos enviados para o Governo Civil, em vez de o serem para os respectivos tribunais (o caso mais gritante foi o da Câmara de Viseu que enviou os de todas as mesas). Falta dos votos nulos (ou detectados misturados com os outros votos). Actas que não foram enviadas. Actas sem qualquer registo das operações eleitorais (ou seja, assinadas em branco). Actas sem o número de votos dos partidos concorrentes. Actas só com o número de votos dos partidos concorrentes, mas sem os respectivos nomes. Actas assinadas apenas por quatro elementos.
Estamos a falar de largas dezenas de mesas de voto no distrito. Estamos a falar de mesas em zonas urbanas e mesas em zonas rurais. Estamos a falar de todos os 24 concelhos do distrito (nem um escapou...). E não acredito, pelo elevado número de incidentes, que tenha sido apenas em Viseu.
E não se referem incidentes verificados na contagem dos votos, como o de um membro de uma mesa que tinha colocado votos de mais quatro partidos no monte do "seu" partido.
Incidentes que, a repetirem-se nos próximos actos eleitorais, podem pôr muito em causa. Não nos esqueçamos que, em particular nas autárquicas, as votações são muito mais cerradas. Como a experiência de 35 anos demonstra, "por um voto se ganha e por um voto se perde".
Curiosamente, sobre estes acontecimentos nada li, nada ouvi, nada vi na comunicação social. Nem sobre Viseu, nem sobre qualquer outro distrito ou região autónoma. Registe-se.
Especialista em sistemas de comunicação e informação (anm_vilarigues@hotmail.com)

Estar de Olho Neles



Na passada quarta-feira completou-se mais um debate quinzenal na Assembleia da República. Entre a enxurrada de discursos do primeiríssimo, tipo pomada multi-usos, para enfrentar a crise e narcotizar a nação, o deputado Paulo Rangel do PSD veio agitar o hemiciclo, pedindo explicações e apelidando a Fundação para as Comunicações Móveis “de ser mais uma fundação PS”, em analogia com a famigerada Fundação para a Prevenção e Segurança de Armando Vara e Luís Patrão.

O governo diz que é uma fundação de índole privada, destinada a fomentar a sociedade da informação, através das contribuições do Estado e dos operadores de comunicações. Sabe-se que está alojada num quarto andar da Av. Defensores de Chaves, que é pertença do Ministério das Obras Públicas, sem qualquer placa identificativa, porém administrada (?) por um funcionário público.

Esta “coisa” gere de forma quase clandestina muitas dezenas de milhões de euros públicos e privados, sendo por aí que são pagos os serviços da empresa JP Sá Couto, fornecedora dos computadores “Magalhães”. Na verdade, mais parece um covil de tipo “abre-te Sésamo”, onde o dinheiro entra por um lado e sai pelo outro, sem controlo visível, alimentando assim, de forma algo bizarra, os gastos do “choque tecnológico”.

O assunto é tão transparente, tão transparente, que o primeiríssimo Pinto de Sousa, também conhecido por José Sócrates, e o seu ministro Lino, à saída do hemiciclo, no fim do debate parlamentar, ficaram engasgados com as perguntas dos jornalistas que enxameavam os Passos Perdidos, e cuidaram de ausentar-se ligeiros, talvez para acertar testemunhos.

Esta coisa de não harmonizar declarações tem os seus custos, deixando a ideia de que Sócrates não está a conseguir coordenar com eficácia e em tempo útil, todos as imbróglios (e já são muitos) em que se envolve. Nesse mesmo dia já tinha ocorrido um episódio controverso para o governo, quando a propósito da constituição em arguido de Carlos Guerra, actual gestor do programa PRODER, no processo do caso Freeport, ao mesmo tempo que o primeiríssimo dizia uma coisa no hemiciclo, isto é, que o senhor já tinha apresentado a demissão ao ministro da couves e dos nabos, e que aquele tinha aceite, estando em vias de nomear outro para o substituir, cá fora, o Jaiminho do ministério da lavoura dizia outra, informando os jornalistas que ainda ia ponderar se aceitava ou não aquela demissão (entendam-se, senhores!).

Entretanto, à noite, foi a vez de Manuela Ferreira Leite, em entrevista à SIC, entre outras coisas, ter deixado em cima da mesa, um problema que urge ser esclarecido pelo governo: é verdade ou não que a PT quer avançar com a compra de 30% da TVI, e isso a ser verdade, como é possível que Sócrates tenha dito, nessa tarde no Parlamento, que o governo desconhecia essa intenção, sendo que o Estado tem uma participação “golden share” na PT, logo, tem direito de veto em opções estratégicas, não podendo, portanto, desconhecer que tal operação está em curso.

Esta iniciativa deixou no ar a suspeita de que assim se pretenderia controlar um órgão de informação que, embora com uma linha editorial discutível, tem sido muito crítico da acção governativa, e em especial, muitíssimo incómodo para a pessoa de José Sócrates.

É de todo desejável e necessário que estejamos de olho neles. A fanfarronice de há pouco tempo atrás está a ser substituída pelo descontrole, deixando muita coisa destapada, e a evidenciar que o governo, alarmado com a sua perda de influência, motivada pela derrota nas eleições europeias, está a deitar a mão a todos os recursos disponíveis para estender o seu domínio a áreas que não controla, pondo em causa a transparência das instituições, a independência dos meios de comunicação social e a própria democracia.

# posted by Fernando Torres @

CARTA ABERTA AO PRIMEIRO MINISTRO


«Senhor Primeiro Ministro, Engenheiro José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa

Excelência.

Tem Vossa Excelência apenas mais um ano de idade do que eu. Permita-me no entanto que lhe diga que não tem a minha idade, no sentido de que não somos da mesma geração e não é pela diferença de calendário.

Em 1974 aderi ao Partido Socialista, fui secretário da Juventude Socialista do Estoril e nesta qualidade passei as estopinhas para que ideias, políticas sociais, fossem implementadas pelo Partido Socialista.

Quando Francisco Pinto Balsemão desistiu do "Jornal de Cascais" eu fundei um outro jornal, em Cascais, chamado "Boca do Inferno". Aldo Moro tinha sido assassinado. Lembro-me de ter escrito sobre isso, de atribuir a culpa ao PCI. O jornal era um manifesto anti-comunista. Custou-me dezasseis contos o primeiro número de só dois (fiquei teso e o Senhor meu Pai não era o Pai Natal mas quase). Já lá vão 34 anos mas sou o mesmo. Contei com o nobre apoio de António Guterres (UM SENHOR!) - Vossa Excelência já ouviu falar ? - e José Luís Nunes (OUTRO SENHOR!) - Vossa Excelência já ouviu falar ? com quem privei (este último infelizmente partiu).
De António Lopes-Cardoso e Manuel Poppe Lopes-Cardoso (a quem desejo uma rápida recuperação e vê-lo em breve). Theutónio-Pereira e outros, como dizia Pessoa, de quem me não quero esquecer porque não me lembro.

Nestas andanças, Senhor Primeiro-Ministro, nunca o vi. Afinal, onde estava Vossa Excelência no 25 de Abril ?
Na FAUL (Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, rua do Alecrim) nem em nenhum outro lado, vi Vossa Excelência. Vossa Excelência era provavelmente, ainda, um bebé. Nem no comício da fonte luminosa em que estive a fazer segurança a Mário Soares, armado até aos dentes com G3, entregues pelo CIAC (de Cascais), armas geridas pelo Sr. Botelho, piloto da barra, primo do José Manuel Casqueiro da CAP (Confederação dos Agricultores Portugueses), gente boa. Dispostos a dar a vida contra a tomada de poder vinda de leste, via PCP. Vossa Excelência, onde estava ?


Com certeza que não no berço que não tem. Depois caíu do céu à frente da JS. Foi nessa altura que eu me afastei definitivamente.

Anos mais tarde, vim a cruzar-me com Vossa Excelência em Gondomar em 1995/96, vi Vossa Excelência ser amigo e próximo do Major Valentim Loureiro (o restaurante 3M é do melhor que há), quando se discutia quem seriam as empresas que iriam tomar conta da "incineração", com menos preocupações com o ambiente, com mais preocupações pelo negócio, "bindo das Américas".

Permita-me Vossa Excelência duvidar das suas intenções. A minha dúvida tem raiz no discurso de Vossa Excelência.

Nunca fala a favor do povo português, antes debita argumentos mesquinhos, insultuosos, como se lhe tivéssemos passado um cheque em branco.

Sempre um discurso de defesa, nunca a favor de ninguém. O discurso de Vossa Excelência é o que nos faz desconfiar de Vossa Excelência.

Não são os casos esquisitos do Freeport, as cenas indesculpáveis na Beira e outros sítios, os seus tios que compram Maserattis e o seu primo, pessoa de bem e homem de verticalidade inquestionável, que até se pirou para fazer um curso de "karatê" no Nepal ou na China onde ainda anda. Não é nada disto. Todos temos Vossa Excelência em boa conta, como um homem honesto. Vossa Excelência falha, quando não abona a seu favor.
Quando discursa a promover medidas grosseiras do governo, marketing político para inglês ver (não devia ter dito isto assim, soa a Serious Fraud Office), quando o discurso de Vossa Excelência é um discurso de defesa do seu lugar, da sua posição, do seu poder. Vossa Excelência NUNCA DIRIGIU UMA PALAVRA AO POVO PORTUGUÊS! O seu discurso é reactivo, defende-se afanosamente do que é indefensável.

O caso, mais um, "computador Magalhães", seria para mim um caso de polícia, como sempre disse, e penso que Vossa Excelência estará de acordo, não fosse o alto patrocínio do Primeiro Ministro do meu país em quem tenho de confiar, nesta parceria do nosso dinheiro com a empresa J.P. Sá Couto de Matosinhos que é a fossa das Marianas da excelência em matéria de trampa informática.
Engana-se Vossa Excelência ao tratar o Povo Português como uma horda de idiotas. É só isto que não perdoo a Vossa Excelência e lhe digo de caras. Lá porque o Partido Socialista se transformou numa corja de oportunistas e arrivistas, eu estou em crer que Vossa Excelência é completamente alheio ao facto. Pergunte Vossa Excelência a António Guterres, já que o José Luís Nunes não está entre nós.

Sabe, Senhor Primeiro Ministro, houve Homens neste País que deram a vida, a fortuna, sacrificaram a família, para que a Vossa Excelência seja permitido tratar-nos como bestas. Houve homens que sofreram a perseguição, a tortura e o exílio. Houve homens assim. É verdade. Não, Vossa Excelência não sabe.

Cá para mim, até não sabe de nada.

Compreendo no entanto, os aspectos críticos em matéria de defesa Nacional, da imagem do País. Falta-me é paciência e já não acredito em nada.

Senhor Primeiro Ministro, se é homem, se é Português, prove-o de uma forma irrefutável. Nessa tão portuguesa expressão que tem raiz na coragem e na seriedade, mostre que tem tomates, pare de nos envergonhar. Nem lhe pedimos que prove que é sério... o ónus da prova ... prove-nos só que é Português. Deve.

Demita-se.

E desapareça para o Nepal ou para a China. Vá ter lições de Karatê com o "sensei" seu primo, que só lhe fazem bem. Não conspurque a escola de Funakoshi Guishim, meu Mestre de Shotokan. É um favor que lhe peço. Se assim for, está perdoado. Desde que não volte. Primo, idem.»

texto de José M. Barbosa

27/06/2009

As delícias da infância‏


AS BOTAS...

Num infantário a educadora está a ajudar um menino a calçar as botas.
Ela faz força, faz força, e parece impossível; as botas entram muito apertadas.
Ao fim de algum tempo, e a muito custo, uma bota já entrou e a outra já está quase.
Nisto diz o miúdo:
- As botas estão trocadas!
A educadora pára, respira fundo, vê que o rapaz tem razão e começa a tirar-lhe as botas novamente.
Mais uma dose de esforço e depois ela torna a tentar colocar-lhe as botas, desta vez nos pés certos.
Ao fim de muito tempo e muito esforço, ela lá é bem sucedida e diz:
- Bolas... estava a ver que não... Custou...
- Sabe é que estas botas não são minhas!
A educadora fecha os olhos, respira fundo e lá começa a descalçar o rapaz novamente.
Quando finalmente consegue, diz ao miúdo:
- OK! De quem é que são estas botas, então?
- São do meu irmão! A minha mãe obrigou-me a trazê-las!
A educadora fica em estado de choque, pulsação acelerada, vai respirando fundo, decide não dizer nada e novamente a calçar o rapaz.
Mais uma série de tempo e finalmente consegue.
No fim diz-lhe:
- Pronto, as botas já estão! Onde é que tens as luvas?
- Pus nas botas!

26/06/2009

A Praga das Pastilhas Elásticas


Atraídos pelo cheiro adocicado e pelo sabor de fruta, os passarinhos tentam comer restos de pastilhas elásticas deixadas, irresponsavelmente, em qualquer lugar.

Ao sentirem a pastilha colada no seu bico, tentam, desesperados, retirá-lo com os pés... E aí, acontece o pior: acabam sufocados.

Por favor, embrulhe a pastilha num pedaço de papel e deite-o no lixo.

Passe esta mensagem!

Seja você também consciente e ajude a Natureza!

Há tanta coisa simples que podemos fazer para evitar tanta coisa assustadora!

Esta é uma delas...

Neto Tomás,o mais jóvem e Bisneto Francisco


ACORDEM...PATRIMÓNIO DO ALFEITE AO DESBARATO!


Banditismo Criminoso no Arsenal do Alfeite.

Será possível o que acaba de me ser transmitido, e que transcrevo ?

" Arsenal do Alfeite

Se não tivesse ouvido de viva voz e visto e lido com os meus olhos,
não acreditaria que seria possível de acontecer, no nosso pais. Um
escândalo e uma irresponsabilidade tamanha que não é admissível
acontecer.

Destruir uma parte da nossa memória colectiva. Destruindo aquela que é
a maior e melhor colecção mundial na área da metalomecânica e da
indústria naval De onde se destacam por exemplo cinco mil moldes que
existem feitos todos em madeira (!) e que serviram durante décadas
para construir peça a peça navios portugueses.

Mas há mais.

Desde todo o material fotográfico relativo ao lançamento
e construção de navios no Arsenal do Alfeite até toda a documentação
que existe desde 1939 e até alguma que existe desde os tempos do
Arsenal de Lisboa que remonta ao século XVI.

Património, máquinas, equipamento, documentação, correspondência,
únicos na Europa e no mundo estão a ser destruídos e nalguns casos
vendidos a preços de 1939 (por cêntimos e por poucos euros a peça)!
Tudo isto e muito mais está a acontecer, a ser feito, quase debaixo do
nosso nariz, com vários silêncios cúmplices, à excepção da Comissão de
Trabalhadores do Arsenal do Alfeite que tem chamado à atenção para
tudo isto com muita coragem.

É urgente que o Ministério da Defesa trave esta autêntica limpeza cega
no Arsenal do Alfeite. É que a transformação do mesmo em sociedade
anónima não pode validar autênticos atentados à nossa memória
histórica.

A história de Portugal sempre esteve muito associada ao mar. Quer o
Arsenal de Lisboa, quer o Arsenal do Alfeite nesse domínio têm muita
da memória histórica da nossa indústria naval.

É urgente que se ponha termo a esta autentica limpeza e destruição de
moldes, equipamento, máquinas, documentação e correspondência. Todo
este espólio tem de ser recuperado, reunido, catalogado, tratado,
preservado e colocado ao serviço do nosso país.

Criando-se se necessário for uma parceria com o Município de Almada.
Porque desmantelar e limpar o Arsenal do Alfeite por si só é um crime.

Que tem de ser punido.

Doa a quem doer!

Feliciano Barreiras Duarte
Professor Universitário

24/06/2009

PIADA QUE CIRCULA NOS MEIOS FINANCEIROS DE HONG-KONG



EM 1949- A MAIORIA DOS INTELECTUAIS ACREDITAVA QUE O COMUNISMO SALVARIA A CHINA

EM 1969- OS MESMOS INTELECTUAIS ACREDITAVAM QUE A CHINA (COM SUA REVOLUÇÃO CULTURAL) SALVARIA O COMUNISMO (QUE, APÓS STALIN E A PRIMAVERA DE PRAGA, FINALMENTE COMEÇOU A SER DESACREDITADO COMO IDEOLOGIA)

EM 1979- DENG XIAO PING PERCEBEU QUE SOMENTE O CAPITALISMO SALVARIA A CHINA

EM 2009- O MUNDO INTEIRO ACREDITA QUE SOMENTE A CHINA PODE SALVAR O CAPITALISMO

23/06/2009

MILAGRE !


http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
JN. 090622. 00h30m

Esta coisa da humildade está a dar resultado. Os comentaristas comentam, os analistas analisam, os entrevistadores entrevistam e…nem uma palavra sobre o Freeport.


O choque e espanto causado ao país pela súbita decisão do primeiro-ministro de passar a ser humilde ofuscou para planos remotos todas as outras questões definidoras de carácter em que ele está envolvido.

Que interessa o Freeport e Lopes da Mota, a licenciatura e as casas compradas a offshore, os primos e o DVD, quando temos em mão um prodígio que rivaliza com as aparições mais miraculosas? Sócrates teve agora a sua epifania.


Foi preciso o pior resultado eleitoral na história do PS para a revelar, mas aí está. Morreu o Animal Feroz, viva o Animal Domesticado. Aleluia, que nasceu o novo homem, doce, cordato, simpático, sereno. "Hossana" grita o país em coro, maravilhado com o testemunho de humildade franciscana que agora transborda das suas comunicações e que, qual aura de beatitude, se está a alastrar, comunicando-se a fiéis e a infiéis, a jornalistas e políticos.


Santos Silva, Silva Pereira e Luís Paixão Martins olham-no embevecidos e murmuram: "É tão humilde, não é?".

Do sector privado ao público, do gentio da fértil OTA aos nómadas de Alcochete, todos dão graças como no "Sermão da montanha"; "Bem-aventurados os mansos pois herdarão a terra" ouve-se em coro quando o povo sobressaltado vê que o Animal Feroz partiu e em seu lugar serpenteia a mansidão dialogante. Estava tudo previsto.


Foi inspiração súbita que levou os técnicos da assessoria de imagem a ter o ímpeto de correr para o Antigo Testamento e parar, siderados, em Isaías 65:25 onde se lê claramente: "E o lobo e o cordeiro pastarão juntos (em longas entrevistas, subentende-se) e o leão comerá palha como o jumento e (subentende-se) não haverá mais cenas embaraçosas".

Nem no Parlamento. Nem à saída da Comissão Política. Nem quando o mais humilde dos repórteres abordar o novo José Sócrates e lhe perguntar se o haver mais um arguido no seu staff próximo é mau para ele, e o novo Sócrates, sorrindo docemente, responder: "Desculpe. Ser arguido é bom. Eu acho que todo o meu staff devia ser arguido." De facto, a diferença é tão abissal que já nem precisamos de eleições. Já mudámos de governante. Ou melhor ainda. O governante mudou-se a si mesmo.


Acabou-se o vociferante Orlando Furioso de Ariosto, destruído em autocombustão purificadora entre frémitos coléricos no Parlamento e estertores catárticos em estúdios de TV. Ficou-nos o Orlando Enamorato de Boiardo, suave, sério, intenso e sempre, sempre, terno.

Como é que podemos cometer o sacrilégio de ir buscar as turvas águas do sapal de Alcochete para enlamear o renascimento? Os vendilhões já foram escorraçados do templo. Fica-nos a nova era e a nova imagem que vai ser construída por santos profetas milagreiros, que já produziram santos milagres em África, onde Santos, em poucos dias e alguns milhões de petrodólares e gemas de sangue, passou de ditador a santificado líder eleito.


Se conseguiram fazer isto, convencendo os africanos junto ao Equador que era preciso usar um grosso cachecol de lã com as cores do MPLA em pleno Verão Austral, como é que não hão-de convencer os portugueses a quem a fé nunca faltou nesta terra de prodígios?

Ontem foi em Fátima, hoje é na Comissão Política do PS e nas Novas Fronteiras e em Portugal, sempre houve crentes e crédulos.

DIA D NA NORMANDIA

21/06/2009

Dois relógios confundem

Li algures que um homem com um relógio sabe que horas são. Mas um homem com dois relógios não sabe a quantas está.

Curiosamente, encontrei hoje um título de jornal que parece ter sido inspirado em tal pensamento «quem tem duas caras não tem cara nenhuma». O interlocutor fica sem saber em que relógio acreditar ou que cara deve merecer mais credibilidade, ou se alguma delas a merece.

Não se pode encarar as dificuldades da vida, da profissão ou do cargo público mudando de cara. Do conjunto dos defeitos e das eventuais virtudes que se e tenha, a coerência e a forma como cada um responde perante as dificuldades é que marca a sua personalidade, o seu desempenho e o mérito que gera mais ou menos confiança no espírito dos outros.

O vendedor de um produto não deve apresentar-se perante os eventuais compradores como um camaleão que muda de cor ou um artista de teatro que, por artes mágicas, passa da pele de lobo para a pele de cordeiro, de animal feroz para os morangos com açúcar, porque isso gera desconfiança acerca da qualidade do produto oferecido.

Os consumidores, de alimentos ou de ideias, já sabem que as aparências iludem e já caem menos em esparrelas de estratégias publicitárias e de comercialização. Quem é enganado uma vez aprende a ser mais cauteloso com promessas promocionais e bónus de lançamento de novos modelos.

BOLINHA BRILHANTE

Enviado pela Amiga NÁ

19/06/2009

Não aguentei com esta... Azar dos "Távoras"!

A altas horas da madrugada, o casal acorda ao som insistente da campainha de casa. O dono da casa levanta-se e pela janela pergunta:
- O que é que você quer?
- Olá. Eu sei que é tarde. Mas preciso que alguém me empurre. A sua casa é a única nesta região. Você precisa de me empurrar!
Louco da vida, o recém-acordado replica:
- Eu não o conheço. São 4 horas da madrugada e pede-me para o ajudar? Ah! Vá-se catar! Você está é bêbado.
Ele volta para a cama. A mulher, que também acordou, não gostou da atitude do marido:
- Exageraste! Já ficaste sem bateria antes. Bem podias ter ajudado esse indivíduo.
- Empurrá-lo? Ele está é bêbado - desculpa-se o marido.
- Mais um motivo para o ajudar, insiste a mulher.

- Ele não vai conseguir andar sozinho. Logo tu, que sempre foste tão prestativo...
Tomado por remorsos, o marido veste-se e vai para a rua:
- Hei, vou te ajudar! Onde é que estás?
E o bêbado, gritando:
- Aqui, no baloiço!

(nunca vás na conversa das mulheres)

15/06/2009

AMIZADE


...Filosofando...!

" Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça.

No sucesso, verificamos a quantidade e na desgraça, a qualidade."

SÓCRATES


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PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO



QUERO AMÁ-LA OU QUERO AMAR-TE...?

O marido, ao chegar em casa no final da noite diz à mulher que já estava deitada :

- Querida, eu quero amá-la.

A mulher, que estava dormindo, com a voz embolada, responde:

- A mala... ah ...não sei onde está. Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.

- Não é isso querida, hoje vou amar-te.

- Por mim, você pode ir até Júpiter ou Saturno, desde que me deixe dormir em paz...


O SILÊNCIO DOS CULPADOS



Verdade e transparência é imprescindível
O silêncio dos culpados
JN. 090615. 00h30m, Por Mário Crespo

O estridente protesto de Paulo Rangel por causa da roubalheira no BPN foi idêntico aos sonoros ultrajes de Sócrates por causa do Freeport.

Além de serem questões criminais, o Freeport e o BPN são temas políticos. Exigem dos políticos participação na denúncia e na condenação. Porque foram abusos de valores públicos. Porque interpelam violações da ética republicana. Por isso não toleram os pactos de silêncio. A abordagem pública descomplexada e livre tem que ser feita em debate político nos locais onde a política se debate.

No Freeport e no BPN há áreas que nada têm a ver com segredos de justiça e onde a Presunção de Inocência não pode ser usada como uma espécie de asilo onde os poderosos se resguardam do escrutínio público. É impossível aceitar a relutância que todos os partidos têm manifestado em abordar os dois grandes casos de corrupção que envolvem as que (ainda) são as maiores forças políticas do País. Das vezes que o caso Freeport surgiu no Parlamento, logo Sócrates vociferou ultrajado que era insultuoso abordar a questão e, um a um, os partidos da oposição recolheram-se em embaraçados silêncios pelo atrevimento de terem abordado tão incómodo tema para o Primeiro Ministro. Na campanha das Europeias o estridente protesto de Paulo Rangel por causa da "roubalheira" no BPN foi idêntico aos sonoros ultrajes de Sócrates no Freeport, denotando que o bloco central continua a viver de pactos informais onde, por ética perversa, a regra é não falar dos crimes uns dos outros.

Por força da maioria socialista, o Freeport não vai ter, nesta legislatura, direito sequer a uma comissão de inquérito sobre, por exemplo, boas práticas dos governos de gestão em despachos de última hora. Não que uma comissão de inquérito seja substituto adequado ao contraditório vigoroso e plural que só o Plenário permite. É uma espécie de do-mal-o-menos. Quando muito, poderá ter uma função complementar no apuramento de factos se o problema já estiver suficientemente denunciado em termos políticos, o que não é o caso nem do Freeport nem do BPN.

Aqui a Presunção de Inocência que os prevaricadores reclamam tem funcionado não como garantia de direitos, mas como abuso de privilégios, resguardando transgressores e dando-lhes tempo para continuar em actividade enquanto prejudicam o apuramento de verdades frequentemente indemonstráveis, como o atestam os inúmeros arquivamentos insólitos e os prazos convenientemente prescritos. É devido à ausência de debate franco, duro e leal sobre estes casos políticos que aos media foi deixado o trabalho "sujo" de esgravatar pormenores, tentando compor uma imagem do que se passa, milhão a milhão, num mundo de falsidades e aparências onde é normal comprar casas a offshores e ter rendimentos com juros nas centenas que nem a Dona Branca prometia. Nesta busca, os media têm operado num ambiente tóxico de ameaças de processos e condenações da Entidade Reguladora da Comunicação Social e do Sindicato dos Jornalistas, que já chegaram ao pormenor sinistro de produzir análise crítica da semiótica da gestualidade dos jornalistas que dão as notícias mais incómodas. Enquanto isto, o mundo da política obscura sobrevive em convenientes silêncios criando inocências a prazo em que se perpetuam práticas de ilicitude. Ficam intactas as "roubalheiras" que, eu confio, sejam bem debatidas, sem medos, nas próximas eleições e em próximos parlamentos.

NOTA: E assim se compreende que o combate à corrupção e ao enriquecimento ilícito, há anos proposto por João Cravinho, tenha ficado em banho-maria, porque como diz o Mário Crespo «o mundo da política obscura sobrevive em convenientes silêncios», «o bloco central continua a viver de pactos informais», «a Presunção de Inocência» significa «abuso de privilégios» e é «uma espécie de asilo onde os poderosos se resguardam do escrutínio público». Estas palavras de síntese são demasiado intoxicantes para poderem manter-se verdadeiras, devendo as suas causas ser atacadas pela raiz com séria «denúncia e condenação».

Publicado Do Miradouro
http://www.domirante.blogspot.com/

Centros de suporte técnico

AS GRANDES OPORTUNIDADES....SOCRÁTICAS

14/06/2009

A CRISE ... ANTES DE SER JÁ ERA!!!


A crise como via para a montagem de um estado totalitário global
por Olga Chetverikova

Enquanto a crise financeira e económica mundial vai atingindo o seu auge, os dirigentes da comunidade ocidental andam a tentar instilar na humanidade a ideia de que essa revolução vai acabar por 'transformar o mundo numa coisa diferente'.

Apesar de a imagem da 'nova ordem mundial' se manter vaga e confusa, a ideia central é clara. Na sequência desse raciocínio é preciso instituir um governo global único, se quisermos evitar que reine o caos geral.
Volta não volta, os políticos ocidentais referem à necessidade de uma 'nova ordem mundial', de uma 'nova arquitectura financeira mundial', ou de qualquer tipo de 'controlo supranacional', chamando-lhe um 'Novo Acordo' para todo o mundo. Nicolas Sarkozy foi o primeiro a falar nisso, quando se dirigiu à Assembleia-Geral da ONU em Setembro de 2007 (ou seja, antes da crise).

Durante a reunião de Fevereiro de 2009 em Berlim, destinada a preparar a cimeira dos G20, Gordon Brown repetiu o mesmo, dizendo que era necessário um Novo Acordo à escala mundial. Estamos conscientes, acrescentou, que no que diz respeito aos fluxos financeiros mundiais, não conseguiremos sair desta situação apenas com a ajuda das entidades puramente nacionais. Precisamos de entidades e de vigilantes mundiais para conseguir que as actividades das instituições financeiras que operam nos mercados mundiais se nos abram totalmente. Tanto Sarkozy como Brown são protégés dos Rothschilds. Algumas declarações feitas por certos representantes da 'elite global' indicam que a actual crise está a ser utilizada como um mecanismo para provocar o agravamento de alguns motins sociais que poderão levar a humanidade – mergulhada como já está no caos e assustada com o espectro duma violência generalizada – a reclamar espontaneamente a intervenção de um árbitro 'supranacional' com poderes ditatoriais nas questões mundiais.

Os acontecimentos estão a seguir o mesmo caminho da Grande Depressão de 1929-1933: uma crise financeira, uma recessão económica, conflitos sociais, a instituição de ditaduras totalitárias, incitando a uma guerra para concentrar o poder, e o capital, nas mãos dum pequeno grupo. Mas, desta vez, a questão central é a fase final da estratégia de 'controlo global', em que com um sopro se derruba a instituição da soberania estatal nacional, seguindo-se uma transição para um sistema de poder privado de elites transnacionais.
Já nos finais dos anos de 1990, David Rockefeller, autor da ideia de que o poder privado deve substituir os governos, disse que nós (o mundo) estávamos no limiar de mudanças globais. Tudo o que é preciso, prosseguiu, é uma crise qualquer a grande escala que faça com que o povo aceite a nova ordem mundial.
Jacques Attali, conselheiro de Sarkozy e antigo chefe do EBRD [European Bank for Reconstruction and Development], afirmou que as elites tinham sido incapazes de resolver os problemas da divisa dos anos 30. Receava, disse ele, que voltasse a acontecer um erro semelhante. Primeiro vamos travar guerras, continuou, e deixar morrer 300 milhões de pessoas. Só depois é que virão as reformas e um governo mundial. Não seria melhor pensar já nesta fase num governo mundial? perguntou.

Henry Kissinger afirmou a mesma coisa. Em última análise, a principal tarefa é definir e formular as preocupações gerais da maior parte dos países, e também de todos os principais estados no que se refere à crise económica, tendo em conta o receio colectivo de um jihad terrorista. Depois, tudo isso tem que ser transformado numa estratégia de acção comum… E assim a América e os seus parceiros potenciais têm uma oportunidade única de transformar o momento da crise numa visão de esperança.

O mundo está a ser convencido a aceitar a ideia da 'nova ordem' a pouco e pouco para impedir que surjam incidentes que poderão muito bem levar a que os protestos universais contra as condições cada vez piores da existência humana entrem num 'caminho errado' e deixem de poder ser controlados. A principal coisa que a Fase Um conseguiu concretizar foi iniciar uma discussão de amplo espectro sobre o 'governo global' e a 'não aceitação do proteccionismo' com ênfase no 'desencanto' dos modelos de estados-nacionais para a saída da crise.
Esta discussão continua tendo como pano de fundo as pressões da informação que ajudam a construir as ansiedades humanas, o medo, e a incerteza. Vejamos algumas dessas acções da informação: previsões da OMS de que provavelmente 1,4 mil milhões de pessoas ficarão abaixo do limiar de pobreza em 2009; um aviso do director-geral da OMS de que se perfila no horizonte o maior declive comercial mundial da história do pós-guerra; uma declaração de Dominique Strauss-Kohn do MFI ( protégé de Sarkozy) de que está iminente um colapso económico mundial se não for implementada uma reforma a grande escala do sector financeiro da economia mundial, colapso esse que muito provavelmente arrastará consigo não apenas o desassossego social mas também uma guerra.
Foi com este pano de fundo que foi avançada a ideia de instituir uma divisa mundial comum como pedra fundamental da 'nova ordem mundial'. Mas os verdadeiros cérebros deste projecto de longa data continuam na sombra. De notar que há um ou outro representante da Rússia empurrado para a linha da frente. Faz lembrar a situação antes da I Guerra Mundial, em que os círculos anglo-franceses, que possuíam alguns planos elaborados para uma nova divisão do mundo, instruíram o ministro dos estrangeiros russo para traçar um programa geral para a Entente Cordiale. Esta passou à história como o 'programa Sazonov', apesar de a Rússia não ter desempenhado um papel independente nessa guerra, o qual desde o início foi montado para servir o sistema de interesses da elite financeira britânica.
A 19 de Março, Henry Kissinger chegou a Moscovo na qualidade de membro do The Wise Men (James Baker, George Schultz, e outros), que se reuniram com os dirigentes russos antes da cimeira do G20. Dmitry Trenin, director do Centro Carnegie de Moscovo e participante na última reunião americana dos Bilderbergers, considerou essa reunião como um 'sinal positivo'. A 25 de Março, o Moskovsky Komsomolets publicou um artigo 'A Crise e os Problemas Mundiais', de Gavriil Popov (actual presidente da União Internacional de Economistas) que relatou abertamente o que normalmente é discutido à porta fechada.

O artigo fazia referência ao Parlamento Mundial, ao Governo Mundial, às Forças Armadas Mundiais, à Força Policial Mundial, ao Banco Mundial, à necessidade de colocar sob controlo internacional as armas nucleares, às capacidades de produção de energia nuclear, de toda a tecnologia de foguetões espaciais, e dos minerais do planeta, à imposição de limites de natalidade, à limpeza do conjunto genético da humanidade, ao encorajamento de pessoas intolerantes à incompatibilidade cultural e religiosa, e a outras coisas do mesmo género.
Os "países que não aceitarem as perspectivas globais", diz Popov, "devem ser expulsos da comunidade mundial".
Claro que o artigo do Moskovsky Komsomolets não revela nada de novo que nos permita compreender a estratégia da elite global. O importante é outra coisa. Sugere-se a instituição de uma ordem policial totalitária e a eliminação dos estados nacionais, como um amplo programa de acção, e recomenda-se aquilo que tanto os liberais, como os socialistas, como os conservadores, sempre consideraram um 'novo fascismo', como o único caminho salutar possível para toda a humanidade. Há quem queira que a discussão destes projectos se torne uma norma. Neste contexto, há alguns representantes da Rússia 'de confiança' que estão a ser empurrados para a primeira linha; a Rússia que será a principal vítima da política de pilhagem total se o 'governo global' vier a ser uma realidade.
O G20 não discutiu a questão da divisa mundial comum, porque ainda não chegou a altura própria para tal. A própria cimeira foi um passo em frente no caminho para o caos porque, se as suas decisões forem seguidas cegamente, a situação socioeconómica mundial só poderá piorar e, para citar Lyndon LaRouche, irão 'liquidar o doente'.
Entretanto, a crise está a ser exacerbada e os analistas andam a predizer uma era de desemprego maciço. As previsões mais pessimistas vêm do LEAP/Europe 2020, que as publica regularmente nos seus boletins e enviou-as mesmo numa carta aberta aos dirigentes dos Vinte antes da cimeira de Londres.

Já em Fevereiro de 2006, o LEAP [Laboratório Europeu de Antecipação Política] foi de uma precisão surpreendente a descrever as perspectivas para a 'crise global sistémica' como consequência da doença financeira provocada pela dívida dos EUA. Os analistas do LEAP consideram os acontecimentos actuais no contexto da crise geral que começou nos finais dos anos 70 e está agora na sua quarta fase, a fase final e a mais grave, a chamada 'fase de purificação' em que começa o colapso da economia real. Segundo Frank Biancheri, do LEAP, não é apenas uma recessão mas o fim do sistema, em que o seu pilar principal, a economia dos EUA, entrou em colapso. "Estamos a assistir ao fim de toda uma época mesmo em frente dos nossos olhos".

A crise pode conduzir a algumas consequências muito difíceis. O LEAP prevê uma subida do desemprego para 15 a 20% na Europa e 30% nos Estados Unidos. Se não se conseguir solucionar o problema do dólar, os acontecimentos mundiais darão uma reviravolta dramática. O colapso do dólar pode ocorrer já em Julho de 2009 e a crise, que poderá durar décadas, desencadeará "uma desintegração geopolítica à escala mundial" com motins sociais e conflitos civis, com a divisão do mundo em blocos separados, em que o mundo regressará à Europa de 1914, com confrontos militares, etc. Os tumultos populares mais poderosos ocorrerão em países com sistemas de segurança social menos desenvolvidos e com maiores concentrações de armas, principalmente na América Latina e nos Estados Unidos, em que a violência social já se manifesta actualmente nas actividades de grupos armados. Os especialistas assinalam o começo da fuga para a Europa da população dos EUA, onde por enquanto a ameaça directa contra a vida não é tão grande. Para além dos conflitos armados, os analistas do LEAP prevêem escassez de energia, de alimentos e de água em áreas dependentes da importação de alimentos.

Os especialistas do LEAP descrevem o comportamento das elites ocidentais como totalmente desajustado: "Os nossos dirigentes não conseguem entender o que aconteceu, e continuam a mostrar a mesma incompreensão até hoje. Estamos no meio duma recessão prolongada, e seria necessário o empenho na introdução de algumas medidas a longo prazo para amortecer os golpes, mas os nossos dirigentes continuam na esperança de impedir uma recessão prolongada… Todos eles foram formados em torno do pilar americano e não conseguem perceber que o pilar está em ruínas…"

Mas se os dirigentes a nível médio não vêem isso, os gestores mundiais de nível superior, pelo contrário, estão muito bem informados; são eles quem está a implementar o 'caos controlado' e a política de desintegração geral, incluindo uma guerra civil e a desintegração dos Estados Unidos planeada para o final de 2009, um cenário que está a ser discutido amplamente pelos meios de comunicação americanos e mundiais.

À beira dos conflitos planeados em diversas áreas do planeta, está a ser instituído um sistema que conferirá a um centro supranacional, com base numa máquina punitiva, o total controlo político, militar, legal e electrónico sobre a população. Esse sistema utiliza o princípio de gestão de rede de comunicações que permite encaixar em qualquer sociedade estruturas paralelas de autoridade que reportam a centros de tomadas de decisões externos e são legalizados através da doutrina de prevalência da lei internacional sobre a lei nacional. A casca mantém-se nacional, mas o poder real passa a ser transnacional. Jacques Attali chama a isto um 'estado global baseado na lei'.
O centro dirigente do estado global baseado na lei situa-se nos EUA. Embora os seus fundamentos tenham começado a surgir nos anos 90, a luta contra o terrorismo após os incidentes do 11/Set levaram a fenómenos radicalmente novos. A aprovação da Lei Patriota de 2001 não só permitiu que os serviços de segurança controlassem a população americana e os estrangeiros suspeitos, como acelerou a passagem de responsabilidades estatais para as mãos de estruturas empresariais transnacionais.

As actividades de informações, do comércio da guerra, do sistema penitenciário, e do controlo de informações estão a passar para a mão de privados. Isto é feito através da chamada contratação no exterior, um fenómeno relativamente novo, que consiste em confiar determinadas funções a empresas privadas que agem como empreiteiros e atribuir a indivíduos exteriores a uma organização a realização das suas tarefas internas.
Em 2007, o governo americano chegou à conclusão de que 70% do seu orçamento de serviços de informações secretas é gasto em contratos privados e que a "burocracia de informações da Guerra-Fria está transformada numa coisa totalmente nova, em que dominam os interesses dos empreiteiros". Para a sociedade americana (incluindo o Congresso), as suas actividades mantêm-se confidenciais, o que lhes permite recolher cada vez mais funções importantes nas suas mãos.

Antigos funcionários da CIA dizem que quase 60% do seu pessoal estão sob contrato. Essas pessoas analisam a maior parte das informações, escrevem relatórios para os que tomam as decisões em jurisdições estatais, mantêm comunicações entre diversos serviços de segurança, dão apoio a posições estrangeiras, e analisam a intercepção de dados. Em consequência disso, a National Security Agency da América está a ficar cada vez mais dependente de companhias privadas que têm acesso a informações confidenciais. Não admira, pois, que se esteja a criar pressão para uma proposta de lei no Congresso que prevê a garantia de imunidade a empresas que têm trabalhado com a NSA nos últimos cinco anos.

O mesmo está a acontecer com empresas militares privadas (PMCS), que têm vindo a assumir cada vez mais funções do exército e da polícia. Numa escala significativa, começou nos anos 90 na ex-Jugoslávia, mas foram utilizados trabalhadores contratados a nível alargado no Afeganistão e noutras zonas de conflito. Executavam as acções 'mais sujas', como aconteceu com o caso durante a guerra na Ossétia do Sul, onde estiveram envolvidos mais de 3 000 mercenários. Neste momento, os PMCS são verdadeiros exércitos, cada um deles com mais de 70 mil efectivos, que operam em cerca de 60 países, com receitas anuais de mais de 180 mil milhões de dólares (segundo o Brookings Institution, EUA). Por exemplo, mais de 20 mil empregados de PMCS americanos trabalham no Iraque ao lado do contingente militar americano de 160 mil.

O sistema de prisões privadas também está a aumentar rapidamente nos EUA. Está florescente o complexo da indústria prisional, que utiliza trabalho escravo e práticas de trabalhos forçados, e os seus investidores estão sediados na Wall Street. O uso de trabalho forçado por empresas privadas foi legalizado já em 37 estados e é utilizado por importantes empresas como a IBM, a Boeing, a Motorola, a Microsoft, a Texas Instruments, a Intel, a Pierre Cardin e outras. Em 2008, o número de internados em prisões privadas nos EU era de cerca de 100 mil e este número está a crescer rapidamente, juntamente com o número total de internados no país (na sua maioria afro-americanos e latino-americanos), que é de 2,2 milhões de pessoas, ou seja, 25% de todos os presos do mundo.
Logo que Bush assumiu o poder, começou a privatização do sistema para transporte e retenção de migrantes em campos de concentração. Em especial, foi o que fez um ramo da conhecida empresa Halliburton, Kellog Brown and Root (antigamente chefiada por Dick Cheney).

As maiores conquistas foram feitas nos últimos anos na área da instituição do controlo electrónico sobre a identidade das pessoas, realizado sob o pretexto do contra-terrorismo. Actualmente, o FBI está a criar a maior base de dados do mundo de indicadores biométricos (impressões digitais, exames da retina, formas do rosto, formas e distribuição de cicatrizes, padrões de fala e de gestos, etc.) que contém neste momento 55 milhões de impressões digitais. A última novidade inclui a introdução de um sistema de varredura corporal nos aeroportos americanos, análise da literatura lida pelos passageiros dos voos e por aí fora. Uma outra oportunidade de reunir informações detalhadas sobre as vidas privadas das pessoas surgiu na sequência da Directiva N59 da NSA, aprovada no verão de 2008, 'Identificação e rastreio biométrico com o objectivo de reforçar a segurança nacional', e da confidencial 'Lei da Resposta Pronta ao Terrorismo Nacional'.

Numa avaliação da política das autoridades americanas, o ex-congressista e candidato presidencial em 2008, Ron Paul, disse que a América está a transformar-se gradualmente num estado fascista, "Estamos a aproximar-nos de um fascismo, não do tipo Hitler, mas de um tipo mais suave, que se revela na perda de liberdades civis, em que as grandes empresas dirigem tudo e… o governo está metido na cama com os grandes negócios". Será preciso lembrar que Ron Paul é um dos poucos políticos americanos que defende o encerramento do Sistema de Reserva Federal como uma organização secreta inconstitucional?

Com a chegada de Obama ao poder, a ordem policial na América está a ficar cada vez mais afunilada em duas direcções – reforço da segurança nacional e militarização de instituições civis. É impressionante como, depois de ter condenado as transgressões às liberdades individuais feitas pela administração Bush, Obama passou a controlar todo o pessoal da sua própria equipa obrigando-o a preencher um questionário com 63 perguntas que percorrem os pormenores mais complexos das suas vidas privadas. Em Janeiro, o presidente dos EUA aprovou leis que possibilitam a continuação da prática ilegal de sequestrar pessoas, mantê-las secretamente em prisões, e enviá-las para países em que se utiliza a tortura. Também propôs uma lei chamada Lei da Instituição do Centro de Apoio à Emergência Nacional, que estipula a instituição de seis desses centros em bases militares americanas para proporcionar apoio a pessoas que sejam deslocadas por causa de uma situação de emergência ou de uma catástrofe e que ficam assim sob jurisdição militar Analistas relacionam esta lei com possíveis perturbações e consideram-na uma prova de que a administração americana se está a preparar para um conflito militar que pode ocorrer após a provocação que está a ser planeada.

O sistema americano de controlo policial está a ser implementado activamente noutros países, principalmente na Europa – através da instituição da hegemonia da lei americana no seu território por intermédio da assinatura de diversos acordos. Nisto tiveram uma grande importância as conversações na sombra entre os EUA e a UE sobre a criação da 'área comum de controlo sobre a população' que se realizaram na primavera de 2008, quando o Parlamento Europeu adoptou uma resolução que ratificou a criação do mercado transatlântico único, abolindo todas as barreiras ao comércio e aos investimentos até 2015. As conversações deram origem ao relatório confidencial preparado pelos especialistas de seis países participantes. Este relatório descrevia o projecto para a criação da 'área de cooperação' nas esferas 'da liberdade, da segurança, e da justiça'.

O relatório alarga-se sobre a reorganização do sistema de justiça e assuntos internos dos estados membros da UE de modo tal que fica a parecer-se com o sistema americano. Diz respeito não apenas à capacidade de transferir dados pessoais e cooperação de serviços policiais (que já está a ser posto em prática), mas também, por exemplo, à extradição de imigrantes da UE para as autoridades americanas de acordo com o novo mandato que anula todas as garantias que os procedimentos de extradição europeus prevêem. Nos EUA está em vigor a Lei das Delegações Militares de 2006, que permite a perseguição ou detenção de qualquer pessoa que seja identificada como 'inimigo combatente ilegal' pelas autoridades executivas e se estende aos imigrantes de qualquer país que não esteja em guerra com os EUA. São perseguidos como 'inimigos', não com base em quaisquer provas, mas porque assim são rotulados pelas organizações governamentais. Nenhum governo estrangeiro protestou contra esta lei que é de importância internacional.

Em breve será assinado o acordo sobre comunicação de dados pessoais, segundo o qual as autoridades americanas poderão obter informações pessoais como números de cartões de crédito, pormenores das contas bancárias, investimentos, rotas de viagem ou comunicações via Internet, assim como informações sobre a raça, as crenças políticas e religiosas, os hábitos, etc. Foi por pressão dos EUA que os países da UE introduziram os passaportes biométricos. A nova regulamentação da UE implica a mudança geral dos cidadãos da UE para passaportes electrónicos a partir do final de Junho de 2009 e até 2012. Os novos passaportes passarão a conter um chip com informações para além do passaporte e uma foto, e ainda as impressões digitais.

Estamos a assistir à criação do campo de concentração electrónico global, e a crise, os conflitos e as guerras estão a ser utilizadas como justificação. Como escreveu Douglas Reed, "as pessoas têm tendência para tremer perante um perigo imaginário e são demasiado preguiçosas para ver o perigo real".

21/Abril/2009
O original encontra-se em http://en.fondsk.ru/article.php?id=2070 . Tradução de Margarida Ferreira.

2º CONGRESSO DOS COMBATENTES DO ULTRAMAR


(…) “Há combatentes com fome e a viver na rua”, foi o alerta lançado
pela Associação de Comandos.
(…) Foi referido em diversas intervenções que o Estado não assume as
suas responsabilidades para com os ex-combatentes e defendida a
criação de um Provedor Militar. (…)
Ruy Miguel, in site “PortugalClub”, em 11-6-2009

... Outro aspecto também incompreensível é o facto da Associação 25 de Abril estar envolvida num Congresso de Combatentes. Compreende-se a inclusão da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), da Associação Nacional de Sargentos (ANS), da Associação dos Militares na Reserva e na Reforma (ASMIRR) e de todas as outras associações de combatentes espalhadas pelo País. Algumas têm desempenhado um papel meritório no apoio social e à saúde dos seus membros, nomeadamente no referente aos doentes com o distúrbio pós-traumático do stress (o também designado “stress de guerra”). Encontrando-se mais perto dos seus agregados familiares poderão fazer uma avaliação mais cuidada e dar o apoio de que necessitam. ...
... o que (é que a Associação 25 de Abril) tem a ver com os combatentes do Ultramar? ... É de realçar ainda que a Comunicação Social portuguesa continua a desempenhar um papel menor na divulgação dos acontecimentos importantes da vida nacional, apostando mais nos escândalos ou no espectáculo e no divertimento. As TVs não apareceram no antigo cinema Roma, em Lisboa, e dos jornais, apenas o “Correio da Manhã” se debruçou sobre esta reunião de combatentes. Nem o facto de ser o 1.º Congresso de Combatentes depois do 25 de Abril, lhes aguçou o apetite…

Bem afirma Ruy Miguel quando diz que “este Congresso (algo espartilhado pelo poder político) não trouxe grandes novidades”. E acrescenta:
“A Democracia tem sido madrasta para as Forças Armadas, não lhe dando a atenção merecida e parecendo temer a tradicional força da sua unidade. (…) Os políticos têm vindo pouco a pouco reduzindo os efectivos e equipamentos, bem como a assistência na saúde aos militares do quadro e suas famílias. Parece haver o propósito de transformar os militares em meros funcionários públicos, destruindo assim a tradição da condição militar. (…).
E a terminar este autor e jornalista escreve ainda (e que eu subscrevo):
“Duvido que as conclusões deste Congresso tenham alguma repercussão na realidade política. Os militares irão continuar a ser os parentes pobres desta pobreza nacional que vai grassando.” ...

... qual o apoio que podemos esperar para estes homens que serviram a Pátria e muitos vegetam com as suas doenças do corpo e do espírito por esse Portugal fora?
Responda quem quiser. Mas o Presidente da República, na qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas, deveria persistentemente usar o seu poder de institucional para convencer o Governo (este e os que vierem depois dele), para melhorar a qualidade de vida dos ex-combatentes e compatibilizar a carreira militar, em termos remuneratórios, com outras de idêntica natureza, como a dos magistrados judiciais, cujo prestígio a nível nacional se encontra muito “em baixo”.

Cor Manuel Bernardo
13-6-2009

BARULHO DE CARROÇA


Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:

- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa ?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

- Estou ouvindo um barulho de carroça.

- Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia ...

Perguntei ao meu pai:

- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos ?

- Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, é por causa do barulho.Quanto mais vazia a carroça,maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna e interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo... "Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho".

BEM VERDADE !!!!
IMPUTO A VACUIDADE DA CARROÇA NACIONAL À CLASSE POLÍTICA QUE SE EMPOLEIROU E AGARROU AS RÉDEAS DO PODER!!!

V Clemente

AMAR




Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui… além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!


Recordar? Esquecer? Indiferente!…
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!


Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!


E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…

Florbela Espanca

13/06/2009

A POESIA MATA...

Comentário "AO PODER DAS PALAVRAS..."


Graça Paz disse:

O "bulling" hoje em dia felizmente é punido por lei e dá multas altas, ouvi noutro dia na televisão!

Tenho um filho que sempre sofreu com isso ,sempre me pediu para o tirar da escola (daquela!!) e quando pude foi o que fiz!

Tudo mudou, agora sente-se feliz, tem amigos novos, mudou de area de residência e disse-me "Mãe...nesta escola até posso ir de calças de pijama que ninguém se mete comigo!!"...

Isto mostra que há nas cidades uma enorme pressão a nivel das crianças e da educação que recebem muito virada para o consumismo, o dar pouco valor e querer sempre mais, e as crianças que não "cumprem" estes requisitos são geralmente apontadas, mas ainda assim acho que são as únicas educadas de uma forma correcta e que as alerta, as mantêm alerta para o mundo que não é de pais ricos, e nem um mar de rosas!

Agora porque razão se sai dos grandes centros e isto já não acontece é que me deixa a pensar!

Acho que o tempo que temos para o nosso dia a dia está esmagado e um exemplo vivo disso é a falta de boa vontade das pessoas que trabalham nos locais públicos, muito azedas ... e oprimidas!

Quando mudei o meu filho de escola algo muito simples me chamou imediatamente à atenção!

Quando por algum motivo me tinha de dirigir á escola dele no Porto (Francisco Torrinha) para lhe entregar algo que se tinha esquecido, contar com a colaboração das funcionarias da dita escola nesse campo era sempre um filme (salvaguardando uma funcionaria que em muito se destacava, convém dizer!!) seguido de uma enorme falta de boa vontade e simpatia, faziam-me correr a escola à procura de alguém que tomásse conta do assunto o que é inacreditável!!

Quando o mudei para a nova escola, e me aconteceu novamente ter de ir deixar algo ao meu filho fui abordada por um funcionário (um não...dois!!) de uma simpatia e amabilidade sem precedentes que me encantou! sem complicações, sem confusões e sem atirarem tipo bola de pingue pongue a tarefa de uns para os outros!

Isto diz-nos qualquer coisa...

Publicado no SEMPRE JÓVENS




Doação


Pegue um sorriso
E doe-o a quem jamais o teve.
Pegue um raio de sol
E faça-o voar
Lá onde reina a noite.
Descubra uma fonte
E faça banhar-se
Quem vive no lodo.
Pegue uma lágrima
E ponha-a no ânimo
De quem não sabe lutar.
Descubra a vida
E narre-a a quem não sabe entende-la.
Pegue a esperança
E viva na sua Luz.
Pegue a bondade
E doe-a
A quem não sabe doar.
Descubra o AMOR
E faça-o conhecer o mundo.

(Mahatma Gandhi)


Publicado no SEMPRE JÓVENS por Eduardo Poisl

FRACTAIS

12/06/2009

O HOMEM E O AVIÃO....




O Homem até os 20 anos: Se equipara ao Avião de Papel
Apenas vôos rápidos, de curto alcance e duração.

O Homem dos 20 aos 30: Se equipara ao Avião de Caça Militar
Sempre a postos, 7 dias por semana. Ataca qualquer objetivo. Capaz de executar várias missões, mesmo quando separadas por curtos intervalos de tempo.

Dos 30 aos 40: Aeronave Comercial de vôos internacionais
Opera em horário regular. Destinos de alto nível. Vôos longos, com raros sobressaltos. A clientela chega com grande expectativa; ao final, sai cansada, mas satisfeita.

Dos 40 aos 50: Aeronave Comercial de vôos regionais
Mantém horários regulares. Destinos bastante conhecidos e rotineiros. Os vôos nem sempre saem no horário previsto, o que demanda mudanças e adaptações que irritam a clientela.

Dos 50 aos 60: Aeronave de Carga
Preparação intensa e muito trabalho antes da decolagem. Uma vez no ar, manobra lentamente e proporciona menor conforto durante a viagem.

Dos 60 aos 70: Asa Delta
Exige excelentes condições externas para alçar vôo. Dá um trabalho enorme para decolar e, depois, evita manobras bruscas para não cair antes da hora. Após a aterrissagem, desmonta e guarda o equipamento.

Dos 70 aos 80: Planador
Só voa eventualmente e com auxílio. Repertório de manobras extremamente limitado. Uma vez no chão, precisa de ajuda até para voltar ao hangar.

O Homem depois dos 80: Aeromodelo em escala
Só enfeite.


Voa meu amigo, voa!

TERNURAS