

Pobres e Paranóicos…
João Pereira Coutinho na sua crónica com este título trás a lume um tema que há muito me interessa. Diz ele não ser possível discutir racionalmente a legislação laboral em Portugal. E porquê?
É que o debate assenta em premissas que à partida estão viciadas, a saber: O patrão é sempre um verme e o trabalhador uma vítima indefesa!
Assim, “donde facilitar os despedimentos quando o trabalhador trabalha pouco ou mal (uma impossibilidade estatística, como sabemos) é permitir que o patrão, essa besta em crisália, assuma a sua verdadeira natureza, esmagando o trabalhador”.
Tudo isto, para além de impedir a existência de empresas mais produtivas e competitivas e de um mercado que permita maior circulação de pessoas e mais baixos níveis de desemprego, exclui esta pergunta mais que prosaica: “não será do interesse de um patrão racional, e da empresa que ele dirige, manter um trabalhador eficiente?”
Segundo o cronista “abusos e patologias, sempre haverá. E para eles. Tribunal ou divã. Mas fazer de aberrações pontuais a base de qualquer legislação laboral é pura paranóia ideológica. E paranóia não cria emprego”!
E enquanto assim se pensar nunca mais sairemos da “cepa torta”! Isso digo eu há muitos anos…