25/09/2011
A VOZ DA RAZÃO!
Pobres e Paranóicos…
João Pereira Coutinho na sua crónica com este título trás a lume um tema que há muito me interessa. Diz ele não ser possível discutir racionalmente a legislação laboral em Portugal. E porquê?
É que o debate assenta em premissas que à partida estão viciadas, a saber: O patrão é sempre um verme e o trabalhador uma vítima indefesa!
Assim, “donde facilitar os despedimentos quando o trabalhador trabalha pouco ou mal (uma impossibilidade estatística, como sabemos) é permitir que o patrão, essa besta em crisália, assuma a sua verdadeira natureza, esmagando o trabalhador”.
Tudo isto, para além de impedir a existência de empresas mais produtivas e competitivas e de um mercado que permita maior circulação de pessoas e mais baixos níveis de desemprego, exclui esta pergunta mais que prosaica: “não será do interesse de um patrão racional, e da empresa que ele dirige, manter um trabalhador eficiente?”
Segundo o cronista “abusos e patologias, sempre haverá. E para eles. Tribunal ou divã. Mas fazer de aberrações pontuais a base de qualquer legislação laboral é pura paranóia ideológica. E paranóia não cria emprego”!
E enquanto assim se pensar nunca mais sairemos da “cepa torta”! Isso digo eu há muitos anos…
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6 comentários:
Caro Luís,
Há realmente uma paranóia nos legisladores e nos executivos dos Estados. Apesar de defenderem a iniciativa privada e a livre concorrência, pretendem tudo controlar, num centralismo doentio que tolhe a inovação, a criatividade e a originalidade, que deve estar na base da avaliação do desempenho e do pagamento do mérito.
Um familiar que nos EUA, por interesse familiar, deixou de ser professor universitário e concorreu a um emprego numa multinacional, começou por estagiar em todos os degraus da empresa, ter de fazer uma licenciatura (apesar de ser doutorado) específica e assinou um contrato com uma lista de tarefas e objectivos. Essa empresa é a segunda do ramo, e não se opôs a que ele aceitasse o convite da primeira, com um remuneração imbatível. Algum tempo depois, perante o desempenho que estava a ter, a empresa inicial foi buscá-lo dando um salário maior.
Apesar de tudo isto, a empresa n
não hesitou em o despedir com uma boa indemnização por ter reestruturado a empresa e encerrado o sector onde ele estava.
A inacção foi curta porque depressa alguém que conhece a sua capacidade convidou-o.
A iniciativa privada deve ser contemplada pela liberdade de patrão e empregado poderem ter mobilidade de emprego e este ser remunerado em face da qualidade do desempenho, isto é, reconhecendo o mérito.
Da parte da empresa deve haver a contratação em função das capacidades para executar a lista de tarefas, a avaliação da forma como estas são efectuadas, a correcção de erros e as medidas daí advenientes (desde despedimento a prémio). Por seu lado o trabalhador deve preparar-se para um bom desempenho e procurar ser produtivo e procurar nova ocupação mais do seu agrado ou conveniência. Já não se usa um único emprego para toda a vida, por isso se traduzir em cristalização e apodrecimento de qualidades em pântano inerte.
Um abraço
João
Caríssimo Amigo João,
O teu comentário completa o meu raciocínio pois sem mérito nunca mais seremos Alguém! Isto de manter os postos de trabalho a qualquer preço só retira qualidade e competitividade e põe-nos na cauda do mundo do trabalho. Os sindicatos são muito responsáveis por este estado de coisas e com isso não só não ajudam os bons trabalhadores como criam imensas dificuldades a quem procura criar empregos e desenvolver a economia do País!
Um abraço amigo.
Amigo Luís!
Diz o Luís e dizem muitos, mas não os suficientes para os derrubar do poleiro de vez.
O trabalhador nunca esteve tão indefeso, inseguro e explorado. Nem no tempo da outra senhora...
Amigo, lamento imenso saber das tristes novidades.
Vai ter uma cruz que esperemos venha a ser cada vez menos pesada.
Beijinhos desta amiga que sempre o considerará como um dos seus melhores.
Ná
Minha Querida Amiga FerNAnda,
Obrigado pela sua atenção. Realmente todos temos uma cruz, para uns mais pesada do que para outros! No meu caso é bem pesada. Espero que com o tempo ela possa vir a ser mais leve... É que a idade não ajuda muito!
Beijinhos muito amigos.
Querido amigo Luis.
Estranhando a sua ausência, venho deixar-lhe um beijinho grande e o meu sincero desejo de que se algo não estiver totalmente bem consigo, rapidamente melhore.
Com a minha solidariedade e amizade se sempre.
Janita
Meu querido Amigo Luis.
Sinto muito esta provação por que estão a passar. A depressão é uma doença terrível que rouba toda a vontade de viver. Quem dela sofre necessita de muito, muito apoio e cuidados. Todo o carinho, amor e compreensão, não são demais. Quem melhor do que os pais para o fazer?
Meu grande Amigo, peço a Deus que lhes dê força e coragem para amparar quem tanto amam, nestas horas difíceis.
Beijinhos amigos e solidários
Janita
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