18/01/2012
Heróis do nosso tempo
José Sócrates - O que admira neste homem é ele ter chegado a chefe de um grande partido e a primeiro-ministro. Tudo o resto se explica: a ignorância, a irresponsabilidade, o autoritarismo e a noção de que a política era uma forma de teatro. Mesmo assim, ganhou a confiança de gente que devia saber mais e os portugueses só correram com ele no último momento. Irá com certeza ficar como o emblema da decadência do regime.
Cavaco - Depois de um primeiro mandato que se distinguiu pela patriótica ambição de ganhar um segundo, no fim Cavaco lá ganhou.
Entretanto, para não perder um voto, evitou prevenir o país do estado em que de facto estava e da catástrofe que lhe preparavam. Continua a ser o que sempre foi: um discípulo menor de Marcelo Caetano, com uma vaguíssima inclinação para a social- democracia. Num aperto, não se pode contar com ele.
Pedro Passos Coelho - Simpático, bem-intencionado, relativamente instruído e muito bom aluno, tenta cumprir o programa da troika, que de resto recebeu de fora e a situação não lhe permite alterar. Mas, no meio disto, até agora não mostrou que tinha a sombra de uma ideia própria e do destino que pretendia dar a Portugal. Alguma retórica "liberalizadora", ainda por cima obscura e ambígua, como a do discurso de Ano Novo (ou de Natal), não chega para convencer ninguém. Os portugueses continuam brandamente a acreditar nele. Sem grande confiança.
António José Seguro - Veio do nada, não fez nada, vai voltar para o nada. Perfeito produto de uma escola partidária (no caso, a do PS), não merece mais. Hoje mesmo é difícil ouvir com atenção as vacuidades, que ele provavelmente toma por pensamento político.
Troika - Apareceram por aqui uns funcionários, que não conhecem Portugal e não falam português. Mas que por inspiração doutrinária já traziam a receita para nos reformar. Que o país não seja exactamente o que eles pensam, nem reaja exactamente como eles querem, nunca certamente lhes passou pela cabeça. Livros são livros e o que vem nos livros vale muito mais do que a realidade. Se as coisas se estragarem, paciência. Eles não se importam. Há no mundo outras freguesias para irem pregar. Esta é a "Europa" onde nos meteram.
Vasco Pulido Valente
“Senhor, dai-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar; a coragem para mudar as coisas que posso mudar, e a sabedoria para conseguir distinguir umas das outras.”
Oração da serenidade
Autor desconhecido
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6 comentários:
Olá amigo, a vida anda tão corrida, e nos perdemos meio a tantas obrigações.
Vou deixar uma sugestãode leitura espirita - Horizonte Vermelho - da época das cruzadas, o movimento critão, muito interessante.
Um abraço cheio de carinho
"Mas não me dês força, Senhor, ou corro com estes bandalhos todos ao pontapé".
Abraço!
Pois, Vasco é sempre Vasco.
Não haverá nada que ele possa elogiar, alguma vez, por mero acaso?
Não é que não tenha razão, mas já cansa ouvi-lo só criticar.
Um abraço, meu amigo.
Meu querido amigo Luis
Gostei muito e o ver na minha »CASA». Já estava com saudades...
Mas eu compreendo que o tempo nem sempre chega para o que queremos fazer.
Vejo por mim... todos os dias faço planos de escrever x páginas do meu livro, e a maior parte das vezes fica pela metade :)))
Pois... as opiniões de Pulido Valente são por demais conhecidas...
Concordo com ele, na generalidade - mas só na generalidade :)
Bom fim de semana. Beijinhos
É verdade amigo Luís, e gente tem que levar com esta gente, os de fora e os de dentro, ainda por cima estão a mandar as pessoas embora, e para quem fica ainda é pior, se tivermos aqui todos divido por todos não custa tanto. Eu já tive lá fora e se pudesse já há muito que tinha abalado outra vez, acho que sempre fomos um país de emigrantes, talvez por ter-mos maus governantes.
Um abraço amigo,
José.
Meus Bons Amigos,
É verdade que somos um País de Emigrantes mas não é só por termos maus (eu diria Péssimos) governantes!
A culpa é essencialmente nossa por não termos a AUTO-ESTIMA e a CORAGEM necessárias para alcançarmos o que podemos merecer!
Somos preguiçosos, maldizentes e não acreditamos em nós próprios...
Saudações amigas e solidárias.
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