"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

29/01/2014

Faleceu um Grande Homem e Ilustre Militar





General António Soares Carneiro 1928-2014

    
 O General (4 estrelas) “Comando” António da Silva Osório Soares Carneiro nasceu a 25 de Janeiro de 1928, na freguesia de Custóias, concelho de Matosinhos. Foi alistado e incorporado, como voluntário, em 29-08-1947. Frequentou o Curso da Escola do Exército, que terminou em 1949, saindo de Mafra, como Aspirante a Oficial, no ano seguinte. Em 1951 terminou o Curso de Educação Física e em 17-10-1953, embarcou para Angola, numa comissão voluntária, com o posto de Tenente.

    Em 8-3-1955 foi colocado no Regimento de Infantaria de Nova Lisboa, onde instruiu e comandou um Pelotão de Comandos, com vista à participação nas Manobras Luso-Belgas, realizadas no Baixo-Congo. Foi louvado pelo General Comandante da Região Militar de Angola, pela “honrosa participação nas referidas manobras, sendo o único Pelotão que cumpriu a missão imposta no tema dos exercícios”.

    Promovido a Capitão em 1-12-1955, foi mobilizado em 1960, no Batalhão de Caçadores 5, para formar a 1.ª Companhia de Caçadores Especiais, com destino a Angola e após estágio e exercícios finais no CIOE/Lamego. A sua companhia foi colocada em Cabinda, onde seria condecorado com a Medalha de Serviços Distintos com palma.

   Entre 1963 e 1966 foi requisitado para uma comissão civil, como chefe do gabinete do Governador de Timor e em Outubro de 1966 iniciou uma comissão em Angola, como 2.º Comandante do Centro de Instrução de Comandos.

    Foi-lhe averbado o 6.º Curso de Comandos em 22-02-1967 e promovido a Major em 15-04-1967. Em 1966 e 1967 actuou no Leste de Angola com duas companhias de comandos. Entre 1968 e 1972 foi Governador da Lunda e depois Secretário-Geral do Estado de Angola. Encontrando-se neste cargo aquando do 25 de Abril de 1974, ficou até Junho como Encarregado do Governo, dada a exoneração do Governador.

    Depois de regressar ao continente, foi colocado na Academia Militar, como Comandante do Corpo de Alunos, sendo promovido a Coronel em 14-09-1974. Posteriormente seria detido no dia seguinte ao 11 de Março de 1975, juntamente com outros oficiais. Dois meses depois seriam libertados sem qualquer acusação.

    Foi candidato presidencial nas eleições de 1980, com o apoio da Aliança Democrática, tendo perdido com cerca de 40% dos votos. Posteriormente, após de desempenhar as funções de Vice-Chefe do EMGFA (1987), seria Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas durante o governo de Cavaco Silva  (1989/1994).



    Foi galardoado com a Ordem Militar de Avis a 24 de Setembro de 1962 e Comendador da Ordem do Império a 13 de Julho de 1973; agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil a 22 de Agosto de 1991, feito Grande-Oficial da Ordem Nacional do Mérito do Brasil e agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito da Segurança Social da Coreia do Sul a 31 de Janeiro de 1994 e agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 1 de Julho de 1994. Neste ano passou á situação de reforma.

    Num depoimento prestado, em 1998, a dois investigadores angolanos, o General Soares Carneiro referia:

    “(…) (Quando saí de Angola, em Junho de 1974) Olhe, em termos financeiros, muito bem. Angola estava rica. Em termos pessoais, saí com grande apreensão da inevitabilidade do que ia suceder.

    “No outro dia, com o actual arcebispo de Braga (D. Eurico Dias Nogueira) que era Presidente da Conferência Episcopal de Angola, naquela altura, lembrou-se ele de que me tinha ido cumprimentar a seguir ao 25 de Abril e eu disse-lhe que estava satisfeito por um lado, mas que por outro lado sentia a preocupação da inevitabilidade do que iria suceder. E, ele disse-me assim: o senhor acertou em tudo.

    “É que acima de tudo gerou-se um antagonismo entre brancos e pretos, naquela altura, que para mim era artificial. (…)” 

(In Helder Santos e Drumond Mafuta. Angola: Depoimentos para a História Recente. Lisboa, 1999. PP 235)

    Curiosamente três anos antes (1995), nos Estudos Gerais da Arrábida, organizados pelo Professor Manuel de Lucena, o General Soares Carneiro afirmava:

         “(…) (Em Junho de 1974) O general Costa Gomes tinha sido meu comandante-chefe e depois tínhamos mantido uma relação que já vinha desde o tempo em que ele tinha sido subsecretário de Estado do Exército.

Portanto, eram relações antigas e de recíproca confiança. Quando o sr. general me convida para vir trabalhar com ele, tem algum significado, ou quando me manda convidar para ir para governador de Timor, por exemplo. É ele que o faz. O sr. Ministro Almeida Santos pensou, coitado, habituado há muitos anos no Ultramar... Cada um de nós não deixa de ser impregnado pela força do ambiente em que vive. Ele tinha vivido em Moçambique muitos anos e lá achou que eu era simpático, ou que tinha sido boa pessoa, e o certo é que também não deixou de me fazer um convite, antes de sair de Angola: se eu aceitava ser o governador de …. E eu disse-lhe que não. (…)”



    Estas foram duas das poucas intervenções públicas, sobre o passado e história recente, feitas por este oficial dos “Comandos” que agora nos deixou e com quem tive o prazer de conviver em alguns almoços de confraternização na ADFA, em Lisboa. Nesses encontros compareciam outros oficiais que foram igualmente “hóspedes” de Caxias (11-03-1975): M. General Manuel Monge, Coronéis Luís Casanova Ferreira, Matoso Ramalho, Teotónio Pereira, Veloso e Matos, Virgílio Varela e Armando Ramos. Alguns destes já tinham sido igualmente detidos no ano anterior, por forças do anterior regime (16 de Março de 1974).



    Como anteriormente referido, o General Soares Carneiro, que não aceitara o convite para ser Governador de Timor, nove meses depois, seria preso e metido em Caxias pelo poder revolucionário, entretanto desencadeado…



    Quando faleceu em 28-01-2014, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, difundiu a seguinte mensagem:

“Ao tomar conhecimento do falecimento do General António Soares Carneiro, envio à Família enlutada as minhas sentidas condolências.

“O General Soares Carneiro foi um oficial muito distinto das Forças Armadas, com uma brilhante carreira em que esteve ligado à criação das Tropas Comandos e o levou, mais tarde, ao desempenho das altas funções de Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, destacando-se, em todas as circunstâncias, pelas suas notáveis capacidades de liderança e pelo culto dos valores e das virtudes militares.

“Enquanto militar e personalidade pública, o General Soares Carneiro dedicou o melhor das suas qualidades pessoais, o rigor da sua inteligência e a sua admirável integridade moral ao seu País, que serviu com notável abnegação e patriotismo.”



    Apresento a minhas sentidas condolências à Família enlutada. E que descanse em Paz!



         

25/01/2014

Exemplar!! Deputados falsificam o livro de ponto na Assembleia da República!




A história veio na imprensa e tem os ingredientes todos para ser um caso de polícia. Mas, ou há justiça, ou ainda vai parecer que há um deputado da Assembleia da Republica de nome Rui Duarte, do PS de Coimbra, que, ou possui asas a jacto ou, ainda mais espantosamente, deterá o dom divino da ubiquidade!
Vá-se lá a ver que o deputado Rui Duarte terá estado no Brasil, no dia 15 de Dezembro de 2012, na boda do casamento do seu irmão e, nessa mesmo dia, porém, o deputado tem presenças registadas na AR.
Para que conste: as presenças na AR são registadas presencial e pessoalmente por via electrónica, quando os deputados inserem as respectivas passwords e logins nos computadores, nos seus lugares no plenário.
Devia ser assim, mas passou-se uma coisa diferente.
E então o caso piora: o deputado faltoso terá contado com a ajuda de um outro colega deputado que fraudulentamente inseriu os dados do faltoso para, afinal, o dar como presente!
Ou seja, e a ser verdade esta história denunciada na imprensa, temos, pelo menos dois deputados apanhados, com o rabo preso no livro de ponto da Assembleia da República.
O primeiro já não tem como fugir, falta só saber quem foi o compincha.
É de pasmar, a ser verdade a ocorrência desta fraude este parlamento português ainda corre o risco de ser identificado como uma escola de crime!
fonte

Mas também não havia necessidade, para eles é tão fácil faltar! Para quê cair na asneira de o fazer de forma fraudulenta? Será para ganharem calo? Têm que começar cedo a mostrar que estão aptos? Que são peritos? Este falhou?

Como os deputados justificam faltas por doença.
Sim, são os mesmos que legislaram sobre a suspensão do vencimento nos 3 primeiros dias de um atestado médico!
Para bom entendedor, basta ler o ponto 7...
Os deputados são pessoas de confiança, basta a palavra deles para justificar uma falta, já os portugueses, comuns, não são de confiar.

"Aprova o Regime de Presenças e Faltas ao Plenário
Resolução da Assembleia da República n.º 21/2009, de 26 de Março
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, o seguinte:
1 ‐ As presenças nas reuniões plenárias são verificadas a partir do registo de início de sessão efectuado pessoalmente por cada Deputado, no respectivo computador no hemiciclo.
2 ‐ Os serviços registam oficiosamente na base de dados que faz a gestão das presenças, a partir dos elementos de informação na sua posse, os Deputados que, por se encontrarem em missão parlamentar, não comparecerem à reunião.
3 ‐ Aos Deputados que não se registem durante a reunião ou não se encontrem em missão parlamentar é marcada falta.
4 ‐ Os procedimentos referidos nos números anteriores reportam‐se a cada reunião, podendo esta repartir‐se por vários períodos num só dia.
5 ‐ Para efeitos da eventual aplicação de sanções, apenas releva uma falta em cada dia, prevalecendo a referente às reuniões plenárias, no dia em que estas tenham lugar.
6 ‐ Os Deputados têm o direito de apresentar justificação para as faltas, nos termos estabelecidos no respectivo Estatuto e no Regimento, observando as respectivas exigências de fundamentação.
7 A palavra do Deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais. Quando for invocado o motivo de doença, poderá, porém,ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana." 
fonte
 Oh Rui, não havia necessidade disso... A PALAVRA DO DEPUTADO FAZ FÉ, NÃO CARECE DE PROVAS...

ALGUNS EXEMPLOS DE PRIVILÉGIOS OFENSIVOS, DAS ELITES QUE SE SERVEM DE NÓS

24/01/2014

Os sacrifícios doem muito... mas é a injustiça que os faz doer mais.




(Todas as frases a AZUL contêm informação alcançável ao "clickar")

- O que dói não é tanto a dureza das medidas de austeridade, mas a crueldade da injustiça que encerram.

- O que dói não é tanto os sacrifícios que fazemos, para pagar juros elevadíssimos, dói mesmo, é saber que eles servem para sustentar uma banca parasita. 

- O que dói nem são tanto os cortes nas reformas, dói mais por se saber que os impostos que pouparam com a fome e miséria de muitos idosos, serviu para encher o bandulho de fundações, institutos, observatórios,  PPP´s , banca e outros parasitas.

- O que dói nem são tanto os cortes nos salários, mas a falta de cortes em quem verdadeiramente não produz e ganha acima da média europeia.

- O que dói nos despedimentos da função pública, é a certeza de que daqui a poucos anos, o estado estará de novo sufocado em boys e girls excedentários, que insuflam a despesa pública, após uma corrida aos despedimentos onde milhares de impostos foram desperdiçados em indemnizações...

- O que dói não são só os cortes no SNS, mas as transferências de dinheiro público para esquemas obscuros de um serviço de saúde privado que nasce paralelo e injusto e se agiganta.

- O que dói nem são os cortes na Educação, mas as transferência de milhões de impostos para o ensino privado.

- O que dói nem são tanto as obras megalómanas que nos obrigam a pagar. sem consultar, mas os desvios de impostos que ocultam e a inutilidade das obras.

- O que faz doer mais os constantes aumentos de impostos, é assistir ao aumento dos impostos que são transferidos do orçamento para pagar às PPP´s, à EDP, e outras rendas afins.

- O que faz doer mais o aumento do IRC é a destruição da economia, nacional a amputação dos que querem produzir e criar emprego, e o enriquecimento das grandes empresas que sempre viveram protegidas pelo estado.

- O que faz doer mais toda esta crise calamitosa, é saber que a justiça e o governo continuam a não punir os saqueadores do BPN, a não extorquir o dinheiro que é nosso, e ainda lhe oferecem negócios pagos por nós.