"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

11/12/2014

NATAL






Para alguns, o Natal é diferente:
Não há ceias, não há músicas, não há presentes.
Há sim, esperança nos olhos e dor no coração; há barriga vazia, há frio, há solidão.
Não podemos fechar os olhos ao que se passa e não podemos resolver todos os problemas do mundo.
Talvez o mundo se esqueça de você no futuro, mas Deus nunca se esquecerá!

15/11/2014

A ESTRANHA





Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora personagem e, em seguida, a convidou a viver com nossa família. A estranha aceitou e, desde então, tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
 
Meus pais eram instrutores complementares... Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer. Mas a estranha era nossa narradora. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.
 
Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! Levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia-me rir, e me fazia chorar. A estranha nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
 
Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez para que a estranha fosse embora). Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrá-las. As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidas em nossa casa… nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse.
Entretanto, nossa visitante de longo prazo usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas a estranha nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos. Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pela estranha.
 
Repetidas vezes a criticaram, mas ela nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar. Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio.
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda a encontraria sentada em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia... Seu nome? Bom... Nós a chamamos de TELEVISÃO.
 
Nota:
Pede-se que este artigo seja lido em cada lar. Agora ela tem um esposo que se chama de Computador e um filho que se chama Celular.

13/11/2014

NOTÍCIA TRISTE





Luís tem 31 anos.
Saiu dos bancos da escola há dois anos e fez dois estágios laborais de Verão.
Foi agora convidado para integrar os quadros do Banco de Portugal, onde habitualmente só se entra por concurso público, fiscalizado pelo Tribunal de Contas.

Mas ele entrou sem concurso, pois é um caso de exceção, de “comprovada e reconhecida experiência profissional”.
É o nosso amigo Luís, que por acaso, e só por ACASO, é filho de Durão Barroso.

O grande problema de PORTUGAL é a qualidade da matéria-prima que temos, o povo que vota, que é ignorante, facilmente manipulável por uma comunicação social ao serviço dos poderes económico e financeiro e dos políticos retrógrados e corruptos; POR ISSO, TEM O GOVERNO QUE MERECE!

Quarenta anos depois do restabelecimento da democracia, porque não foram introduzidas no ensino, a todos os níveis a partir do básico, noções cidadania, de boa conduta moral, respeito pelo próximo, isenção de carácter, ética, deontologia profissional, no fundo, o que deve ser o comportamento dos cidadãos em democracia e seu dever em participar activa e politicamente nos destinos do país? Os Portugueses são politicamente analfabetos, manipuláveis pela nojeira de uma comunicação social ao serviço do capitalismo financeiro e económico e dos políticos seus lacaios.
Estes são os parasitas do povo português, os abutres!

SINTO-ME REVOLTADO.



A gorjeta de Bill Gates



 


 Abro com uma historinha de fazer pensar.

Certo dia, Bill Gates foi ao restaurante junto com sua esposa e filhos, duas meninas e um garoto. Eles sentaram-se em mesas diferentes, mas foram atendidos pelo mesmo garçom. Durante o jantar tudo ocorreu normalmente. Depois de pedir a conta, Bill a pagou na mesa, deixando para o garçom uma gorjeta de cinco dólares. O que deixou o homem com uma cara estranha, chamando a atenção de Bill, que perguntou :
- O que houve ?
O garçom respondeu :
- O senhor vai me desculpar, mas acho um pouco estranho, pois seus filhos me deram 500 dólares de gorjeta e você, sendo o homem mais rico do mundo, me deu apenas cinco.
Bill sorriu e respondeu :
- Eles são filhos do homem mais rico do mundo, eu sou filho de um lenhador.

Moral : Jamais devemos nos esquecer de onde viemos.
Enviado pela minha Amiga Celle

21/10/2014

Homenagem a Ilustre Camarada e Amigo




GENERAL GABRIEL ESPÍRITO SANTO

A vida num sopro … de quem é ingénito!
Morreu esta 6ª feira à noite / 16 de Outubro, com 78 anos de idade, o General Espírito Santo.
Partiu um ilustre Soldado de Portugal, a Cultura Nacional perde um profícuo militar historiador e Bragança chora o desaparecimento de um dos mais queridos filhos da Terra.
Como Militar destaca-se o Combatente do Ultramar (Angola e Moçambique), o representante de Portugal na NATO, o Comandante do Exército e das Forças Armadas Portuguesas e o Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito.
Professor insigne, do Instituto de Altos Estudos Militares e da Universidade Católica, e Homem de Letras, com vasta bibliografia de referência no campo da Estratégia e da História Militar, o General Espírito Santo congrega a ancestralidade castrense inscrita na legenda camoniana «não houve forte capitão que não fosse também douto e ciente».
Quanto ao Homem, uma simples palavra bem transmontana define-o: sólido!
Fica a memória do Homem, o legado do soldado e o exemplo do patriota. Apesar destes tempos levianamente fátuos de uma Comunidade mal calibrada, que pouco mais consegue que uma sagração noticiosa em jeito de rodapé. Afinal, quem merece quem?

O General Espírito Santos marcou muitos e eu não fujo à regra, de tal forma que não resisto a três registos pessoais sobre a sua Pessoa:
+ Teve a simples «ousadia» de aceitar prefaciar e apresentar, no IESM, o meu livro «Restauração Portuguesa de 1640», em 2011, ele que era só o autor maior do tema em apreço, deixando ficar plasmada a frase «O Autor, mais por uma amizade de bragançanos que somos, do que por outras razões, pediu-me para escrever algumas palavras de apresentação da obra …». A humildade cai sempre bem a uma figura da sua exaltação.
 + Um dia, agarrou-me no braço, com aquele seu jeito paternal e firme, e incluiu o meu nome como Sócio Efectivo da Revista Militar, de foi Presidente da Direcção durante mais de uma apaixonada década. Não é que o «título», num meio cheio de currículos muito arredado de conteúdos, seja de «somais», mas ser sócio por essa via orgulha;
+ Já General, e durante uma conversa ocasional com este Capitão na Caixa Geral de Depósitos de Bragança, lembro-me de repente de o ver rodopiar a cabeça na direcção da porta, avançar alguns passos e dar, quase em jeito adolescente, dois beijos na face de um ancião a quem tratou carinhosamente por … «paizinho»!

O General Espírito Santo é de uma recente geração de oficiais em que a espada, a pena e a eloquência caminhavam juntos. À boa maneira dos seus igrejos avós. Uma geração de boa colheita, porventura a última, que brilhava como estrelas de um firmamento que orientava, mas que se vai esgotando à medida que cada luz se apaga, a cortina encerra e a plateia, cheia de tédio, vai esvaziando.
De pé e em sentido presto continência e deixo a minha profunda admiração pelo Cabo-de-Guerra e pelo cidadão Gabriel Espírito Santo, um Militar com Arte adestrado na Arte da Guerra e um Português que o foi realmente.
Ad glorium tute!
Abílio Pires Lousada
 17Out2014

Um adeus sentido a um Senhor e Militar!
Que a terra lhe seja leve.
Um obrigado e até um dia.

Abílio Pires Lousada
Tenente-Coronel