Cadilhe evidencia civismo e sentido de Estado
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Mas os governantes, com o seu instinto canino de submissão aos poderosos da finança e da economia, não ousaram seguir tais conselhos e aproveitar a deixa que estes ricaços lhes forneceram.
Agora, Cadilhe, com ousadia, civismo e sentido de Estado, refere alguns pontos ligeiramente positivos do combate à crise, no nosso País, e sublinha aspectos preocupantes ao ponto de recear uma «explosão social» devido à degradação da «situação financeira do sector privado». E cita a "diminuta tomada de medidas estruturais" ao nível do corte das despesas públicas e reformas de fundo", a omissão de um plano estruturante contra o défice externo; o desemprego, "que as vistas da troika não alcançam” e a "fraqueza da justiça social".
Diz que «a situação social ainda resiste, "mas ameaça abrir brechas cuja iminência é difícil de avaliar". A escalada do desemprego "vai prosseguir". A equidade e a justiça social "estão subalternizadas".»
E perante as realidades que refere, tem a coragem e a frontalidade de seguir as posições dos milionários atrás citados e «insiste na recomendação de um "imposto one shot" sobre a riqueza "cuja receita seria aplicada na totalidade à amortização de divida pública". A tributação poderia funcionar, além do mais, "como um contrapeso social".»
Disto se conclui que Portugal precisa de mais pessoas a pensar livremente e com saber e bom senso. Este está no oposto ao maior rico de Portugal que diz não passar de um trabalhador, mas, na realidade, ele, apesar de milionário, paga de imposto menor percentagem do seu imenso rendimento do que um trabalhador paga de IRS, se tiver um salário de apenas 3000 €.
Imagem de arquivo
Do Blogue “Do Mirante”
2 comentários:
Fico contente por saber que Cadilhe se arrepende do que fez enquanto ministro!
Um bom resto de dia
Caro Luís e cara São,
Cada um de nós tem qualidades e defeitos, porque errar é humano. Cadilhe tem demonstrado guiar-se por regras de boa intenção a tal ponto que se demitiu de ministro de Cavaco.
Neste momento tomou uma atitude pública de grande ousadia, se atendermos que os políticos não gostam de fazer ondas e este levantou a voz contra a corrente do Governo do seu partido.
Tenho para mim que uma boa opinião, venha de quem vier, deve ser realçada. E opiniões como esta de Cadilhe não são frequentes, porque ninguém quer hostilizar o poder para não perder oportun
idade de vir a ter um «tacho»
Abraços
João
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