28/02/2014
21/02/2014
A senhorita Maria Luís é como o armeiro branco da anedota...
«Este
governo não tem nada contra os funcionários públicos nem contra os pensionistas», disse a inefável ministra das Finanças, senhorita
Maria Luís Albuquerque, explicando que o alargamento da famosa Contribuição
Extraordinária de Solidariedade (CES) justifica-se pela «necessidade de
garantir a sustentabilidade das contas públicas». Esta extraordinária
declaração da senhorita Maria Luís fez-me lembrar uma famosa anedota, que, por
acaso, me foi contada pela primeira vez pelo Raul Solnado, num jantar de
aniversário, há mais de 20 anos, e que reza mais ou menos assim:
Numa
cidade do sul dos EUA, um preto entra numa loja de venda de armas, é recebido
ao balcão pelo armeiro branco dono da loja, vai olhando para as armas expostas
nas vitrinas e vai perguntando:
- O
senhor tem uma pistola Beretta?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
uma Walther?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
um revolver Smith & Wesson?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
uma espingarda Remington?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
uma Brownning?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
uma Kalashnikov?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
uma pistola-metralhadora UZI 9MM?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
uma Breda M37?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
um lança-granadas de espingarda Energa m/953?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
um lança-granadas Battlefield 4 MGL?
- Não
tenho, não senhor!
- E tem
uma Bazuka by runie84?
- Não
tenho, não senhor!
- Oiça
lá, o senhor tem alguma coisa contra os pretos?
-
Tenho, sim senhor! Uma Beretta, uma Walther, uma Smith & Wesson, uma
Remington, uma Brownning, uma UZI 9MM, uma Breda M37, um Energa m/953, um
Battlefield 4 MGL, uma Bazuka by runie84, e ainda, se for preciso, um Canhão
Sem-Recuo de 106MM!
A
senhorita Maria Luís também não tem nada contra os funcionários públicos e
contra os pensionistas, a não ser a Contribuição Extraordinária de
Solidariedade (CES), os cortes brutais nos salários e nas pensões, o aumento
dos impostos e das contribuições para a ADSE, a diminuição dos subsídios de
doença e de desemprego, assim como das comparticipações nos medicamentos, o
aumento das taxas moderadoras no SNS, etc, etc, etc...
Alfredo
Barroso
Os contribuintes alimentam estas obscenidades
Vítor Constâncio
ganhou 324 mil euros em 2013
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3697998
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, teve um
salário base de 378.240 euros em 2013 e o vice-presidente, o português Vítor
Constâncio, ganhou 324.216 euros, um aumento de 1% em relação a 2012.
As remunerações
foram divulgadas nas contas anuais de 2013 do BCE publicadas hoje.
No total, a
remuneração base do Conselho Executivo do BCE foi de 1,8 milhão de euros, face
aos 1,6 milhão de euros de 2012.
Os elementos deste
Conselho recebem um salário base e subsídios adicionais para residência e
representação.
DN 140220. por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca
NOTA:
Corresponde a 27.018 euros por mês. Como é que estes tipos compreendem a
vida de quem vive com o salário mínimo, ou dos desempregados?
É gente desta que nos representa... Na Assembleia da República.
Michael, as
frequências e as avaliações:
O deputado Michael Lothar Mendes Seufert, do CDS/PP, nascido em 83, estudante, tem como
habilitações literárias: Uma "frequência" de Licenciatura em
Engenharia Electrotécnica e de Computadores e, sem a terminar, uma
"frequência" de Mestrado em Engenharia Electrotécnica de Computadores.
Na página da Assembleia da República consta que o ilustre integra as Comissões de Orçamento, Finanças e Administração Pública [Suplente], de Educação, Ciência e Cultura [Coordenador GP], o Grupo de Trabalho - Parlamento dos Jovens e Grupo de Trabalho - Regime Jurídico da
Partilha de Dados Informáticos.
Não obstante a décalage entre o CV académico e os cargos que ocupa no Parlamento, o rapaz Michael defende, "com conhecimento de causa", que os professores contratados sejam sujeitos a provas de avaliação. Porque não avaliar-se também o rapaz Michael?
Na página da Assembleia da República consta que o ilustre integra as Comissões de Orçamento, Finanças e Administração Pública [Suplente], de Educação, Ciência e Cultura [Coordenador GP], o Grupo de Trabalho - Parlamento dos Jovens e Grupo de Trabalho - Regime Jurídico da
Partilha de Dados Informáticos.
Não obstante a décalage entre o CV académico e os cargos que ocupa no Parlamento, o rapaz Michael defende, "com conhecimento de causa", que os professores contratados sejam sujeitos a provas de avaliação. Porque não avaliar-se também o rapaz Michael?
Nota:
Quem sabe se não estaremos a olhar para um futuro
primeiro-ministro de Portugal!
Talvez faça uns exames ao domingo, depois já será Mestre em Electrotecnia e assim chega ao topo facilmente…
Talvez faça uns exames ao domingo, depois já será Mestre em Electrotecnia e assim chega ao topo facilmente…
19/02/2014
VENEZUELA 2014
Assista ao vídeo para entender o que está acontecendo na Venezuela uma vez que a nossa mídia "estranhamente" não dá o devido destaque.
18/02/2014
O aprendiz de Maquiavel em dez lições
1. Inculca culpa na tua vítima. Convence-a de que é responsável pelo que lhe está a acontecer. Se o
fizeres, a tua tarefa estará facilitada. Lembra-te: se aqui vítima há, és tu,
cujas intenções são “incompreendidas” pelos “ingratos e invejosos”.
2. Usa palavras mágicas: pátria, empreendedorismo, sacrifício, futuro, reformas, construir,
acreditar, inovação. Baralha-as numa Bimby e faz bimbices. Se conseguires dizer
sem te rires algo como “Pensar e preparar o futuro do nosso país é proporcionar
às gerações que nos irão suceder as ferramentas adequadas para construir um
Portugal diferente, num quadro de qualidade, responsabilidade e inovação”, tens
um lugar assegurado.3. Diz que compreendes a insatisfação dos prejudicados e concordas que, sim, têm razão, mas agora não pode ser nada. Justifica-te com a burocracia, a qual és o primeiro a combater. Pede para adiarem o seu protesto, que tu próprio reconheces como justo, “houve de facto erros, a corrigir no futuro”, mas que em breve tudo se resolverá, se as pessoas tiverem “calma e paciência” e souberem “aguardar discretamente”.
4. Desvia as atenções. A forma mais prática de aliviar uma afta é martelar um dedo. Estudo de caso: há anos, um governo estava em crise com uma sucessão de demissões. Um ministro de génio (para estas coisas) marcou uma conferência de imprensa a anunciar a construção da terceira ponte lisboeta sobre o Tejo. Todos os jornalistas caíram no engodo – por malícia, naiveté ou pura cumplicidade. Aplica estes e os outros preceitos e terás a vida facilitada.
5. Usa factos. Não importa quais. E números. Muitos números. Mostra gráficos. Sê firme, mesmo que não saibas o que estás a dizer. Não te preocupes, com sorte o teu interlocutor não terá informação ou coragem para te confrontar, e o risco de seres apanhado é inferior a 1,6% (número que acabo de inventar, aliás). Quando te apresentarem factos contrários, responde que “são casos isolados”. Simplifica ao absurdo mas, se necessário, foge na direcção contrária, e diz que “a questão é demasiado complexa” para ser tratada “daquela maneira” na praça pública.
6. Chora lágrimas de crocodilo. Se não tiveres de crocodilo, chora lágrimas de raposa, de hiena, de lobo com pele de cordeiro, de rato de sacristia, de coelho à caçadora, de abutre, ou, na pior das hipóteses, de “intensa e enorme emoção”, porque tu, “pessoa razoável e pragmática”, raramente “cedes à emoção”, mas quando cedes ela é sempre intensa e enorme, porque tu és assim e “assumes” com plenitude a plenitude da plenitude.
7. Sabes que a crise tem unicamente por função baixar “o custo do trabalho”. Corrijo: também servirá para vender alguns anéis públicos, e os dedos que a eles vierem colados. Só que baixar o custo do trabalho é a prioridade. Infelizmente, não o podemos dizer desta maneira. Então mostra compaixão, geme, condói-te, solidariza-te, “compreende”. Etc. Faz como te digo e vais ver que tudo corre bem.
8. Defende e respeita a tradição. Porque a tradição é “a alma dum povo”. Lembra que, em contrapartida, para progredir é preciso “proceder a reformas necessárias”. E são sempre necessárias, essas reformas, ainda que “dolorosas”. Tu compreendes que são dolorosas, só que necessárias. Em simultâneo, tenta respeitar “as bonitas tradições do nosso povo e de nossos pais”. E nenhuma é tão bonita como o futebol.
9. Escolhe bem os funerais a que vais. Lembra-te: o morto é o menos importante, a pedra na sopa da pedra. Se te candidatas a herdeiro do trono, sê “discreto e humilde”, mas vai para a frente na fotografia. Lembra-te: quando foi confrontativo, Ronaldo perdeu; quando foi humilde, Cristiano ganhou.
10. Ignora aqueles que dizem: não mates o mensageiro. Matar a quem, senão ao mensageiro? Ignora aqueles que dizem que não se bate nos mais fracos: bater em quem, senão nos mais fracos? Nos mais fortes? Só os idiotas batem nos mais fortes. Não te armes em corajoso. Se quiseres mostrar coragem (até para desviar as atenções), empurra um bêbado ou humilha um criado.
Cumpre estas leis e poderás, pela calada, desobedecer a todas as outras. Ámen.
Rui Zink, Docente universitário FCSH-UNL
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