A TEIA

Sexta-feira, no Diário da Manhã, na sua crónica com este título Manuela Moura Guedes, pessoa controversa e polémica, trouxe-nos um tema muito oportuno ao falar das nomeações deste Governo. Disse ela que só ficou admirado e indignado quem ainda acredita nas virtudes deste sistema partidário e eleitoral! Por outro lado também disse, e eu assim cheguei a pensar, que seria possível uma mudança do sistema político perante o que se tinha passado na “era socrática”…

Mas não, pois tudo está montado para vivermos numa teia de interesses entre o poder aos partidos e estes aos grupos económicos e, segundo ela, tudo isso se encontra ramificado às diversas áreas da sociedade, da justiça à comunicação social.

Apesar disso lembrou que o PS deixara já enxameada por tal forma a Administração Pública e cargos afins pelos seus “boys”, segundo ela, inúteis que se tornava necessária uma sua limpeza! Assim sendo, o número de nomeações feitas, até agora, nem eram demasiadas…

O critério de muitas dessas nomeações é que estaria em causa focando o caso particular de Franquelim Alves, social-democrata, que tem, também segundo ela, uma terrível mancha no caso BPN, no seu currículo!

A finalizar o seu artigo disse: ”de resto, os interesses “reais” do País continuam a sobrepor-se e a tentar novas formas de organização que encaixem nas privatizações e num Estado menor. Está para lá do alcance da Troika pôr fim a esta teia que estende a partidarização à decisão política. Só mesmo os portugueses o poderiam fazer, se não fossem eles próprios adeptos do clientelismo, da cunha e do favor.”

Infelizmente parece ser este o nosso "Fado"...