Conselho de Chefes de Estado-Maior (CCEM) assumiu hoje lealdade perante o
Governo na reforma das Forças Armadas e comprometeu-se a defender a
"serenidade, a coesão e a disciplina" no sector.
Em comunicado, o CCEM frisa que os chefes militares comprometem-se a
continuar "com lealdade e frontalidade, perante a tutela política e os
seus subordinados, os trabalhos de adequação das estruturas e das capacidades
das Forças Armadas à realidade do ambiente estratégico prevalecente e
previsível, tendo sempre presentes o moral das pessoas e a indispensável
garantia de prontidão das Forças Armadas".
A nota assinala que os quatro chefes militares, "de forma responsável
e solidária, continuarão a pugnar para que as Forças Armadas mantenham a
serenidade, a coesão e a disciplina, condições essenciais ao seu
funcionamento".
O comunicado reforça que os chefes militares "têm desenvolvido e
apresentado, no quadro das orientações políticas emanadas, os trabalhos para a
transformação coerente das Forças Armadas, preservando os valores e os
princípios incontornáveis da organização militar, designadamente no quadro do
Ciclo de Planeamento Estratégico de Defesa Nacional, em curso".
O CCEM reitera a confiança nos militares e na "sua atitude de
dedicação e rigor no cumprimento, com qualidade e segurança, das missões
atribuídas às Forças Armadas".
O Conselho integra o chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, o
chefe de Estado-Maior da Armada, o chefe de Estado-Maior da Força Aérea e o
chefe de Estado Maior do Exército.
O comunicado do Conselho de Chefes de Estado-Maior foi divulgado no dia em
que a Associação de Oficiais das Forças Armadas advertiu que "as tensões
sociais poderão culminar em justos protestos" e que, "no que de si
depender", os militares não serão "um instrumento de repressão sobre
os concidadãos".
Na sexta-feira, o general Loureiro dos Santos manifestou, em representação
de oficiais-generais e superiores na reserva e na reforma dos três ramos
militares, reunidos num jantar em Lisboa, "profunda preocupação" com
o futuro das Forças Armadas, declarando temer a sua "desarticulação".
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou recentemente um
corte superior a 200 milhões de euros nas Forças Armadas, a partir de 2014,
podendo ser reduzidos 40 milhões em 2013.
Aguiar-Branco adiantou que o Governo tem a intenção de reduzir o número de
efectivos de 38 mil para 30 mil até 2020.
O titular da pasta da Defesa justifica a reforma nas Forças Armadas com a
necessidade de aumentar a sua "capacidade operacional".
Agência Lusa
Nota:
Antes do 25A aos Oficiais Generais que assim procederam com o Governo de então chamaram-lhes de "Brigada do reumático"!
A estes o que lhes irão chamar? Será de "Brigada do Compadrio", visto estarem alinhados e serem da confiança política destes governantes?
3 comentários:
Pois em dois mil e vinte muitos dos chefes militares já estarão aposentados e os que vierem terão novas regras.
A política tem destas habilidades e vão dando uns rebuçados para atenuar a revolta porque a redução não os atinge a eles mas aos que estão agora no inicio de carreira.
Espero bem que sim, que não seja. Espero também que a Polícia lhe siga o exemplo,
O blogue dez anos? Deseejo que comtinue presente por muitiisomo tempo,
Um excelente dia, querido amigo.
Meus Queridos Amigos,
Realmente é com "papas e bolos que se enganam os tolos"... Mas será que a maioria dos militares são acomodados? Não o creio!
Abraços solidários e amigos.
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