«Portugal tem tanta austeridade que a dívida se
tornou insustentável, algo tem de ser feito. Não acho que consiga sair do
problema sem uma reestruturação da dívida.» / «O Presidente da República está a
fechar os olhos à realidade...» / «Os portugueses estão a punir-se a si
mesmos.» / «É difícil entender como pode o Governo magoar a população e
sentir-se orgulhoso disso.» / «O governo português fez o grande erro de
tentar ser o melhor da turma no concurso de beleza da austeridade. Não havia
razão para Portugal fazer isso, podia não ser o melhor da turma, podia ser
mesmo o pior e isso seria melhor para economia.» / «Portugal e outros países do
Sul da Europa deviam unir-se e dizer que a maneira como os tratam não é
aceitável. Quando Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha levam a cabo medidas de
austeridade, os outros países do Norte da Europa deviam fazer o inverso e
estimular a economia. Vocês têm influência na Comissão Europeia, mas não a
usam.» / Foi criado o novo mito de que temos de fazer reformas estruturais. O
problema hoje não está do lado da oferta da economia e as reformas estruturais
lidam com isso. [...] Portugal fez reformas estruturais, flexibilizou,
reformou o mercado de trabalho e não resultou. Porque o problema está do lado
da procura.» / «Portugal foi posto numa austeridade tão intensa que se tornou
contra produtiva para a economia.» / «Um novo programa de austeridade vai
empurrar Portugal para a insolvência.» / «Dizem aos portugueses que têm de
fazer mais sacrifícios. Para quê? Para pagar a dívida aos países ricos do Norte
da Europa. Isto será explosivo, os portugueses não vão aceitar isso
indefinidamente.»
Paul de Grawe, fez estas declarações tendo presente que a dívida pública portuguesa era de 106% do PIB em Junho de 2011, sendo de 131% em Junho de 2013.
Lembrar que o belga Paul de Grawe, professor emérito da Universidade Católica de Leuven, não é um homem de esquerda. Militante do Open Vlaamse Liberalen en Democraten, partido liberal-conservador, foi senador (1991-2003) e trabalhou vários anos no FMI.
Paul de Grawe, fez estas declarações tendo presente que a dívida pública portuguesa era de 106% do PIB em Junho de 2011, sendo de 131% em Junho de 2013.
Lembrar que o belga Paul de Grawe, professor emérito da Universidade Católica de Leuven, não é um homem de esquerda. Militante do Open Vlaamse Liberalen en Democraten, partido liberal-conservador, foi senador (1991-2003) e trabalhou vários anos no FMI.
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