O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, recusou, este sábado, que
as autoridades europeias apenas tenham políticas orientadas para a correção dos
desequilíbrios das finanças públicas dos Estados-membros, acrescentando que
este ano o ajustamento exigido não será tão "rigoroso".
"Há uma má interpretação de que a estratégia da União Europeia está
centrada na austeridade, não é assim", disse Dijsselbloem, numa
conferência de imprensa após a sessão plenária do Comité Monetário e Financeiro
do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O presidente do Eurogrupo (que junta os ministros das Finanças da zona
euro) considerou que o plano europeu inclui metas na consolidação fiscal, mas
que o faz "de uma forma que tem em conta a atual situação económica."
"Este ano, a consolidação não vai ser tão rigorosa e firme como no ano
passado", disse o também ministro das Finanças da Holanda. As últimas
previsões do FMI, apresentadas esta semana, apontam para uma contração da
economia da zona euro de 0,3% este ano, depois da queda de 0,6% em 2012. Jeroen
Dijsselbloem destacou ainda importância da futura União Bancária para que a
Europa possa "retomar a trajetória do crescimento positivo",
referindo-se à necessidade de o crédito voltar a fluir com normalidade nas
economias europeias.
Também o vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, reiterou hoje, em
Washington, o compromisso dos países da zona euro para com a redução do défice
orçamental e da dívida pública, mas acrescentou que a "velocidade" da
consolidação deve ajustar-se à situação económica que vive.
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