"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

28/06/2013

PORTUGAL E O GRUPO DE “BILDERBERG”





Esta mascarada enorme
 Com que o mundo nos aldraba
 Dura enquanto o povo dorme
 Quando acordar acaba.
  António Aleixo
    A análise que fizemos, em pretérito artigo, sobre o último “Dia de Portugal” o que, pelo andar da carruagem será o próximo feriado a ser extinto – Camões também disse que morria com a Pátria – não ficaria completa se não nos debruçássemos sobre a derradeira e badalada reunião do “Grupo de Bilderberg” (GB), para a qual foram convidados os Drs. Paulo Portas e António Seguro.
    Não pretendo fazer um levantamento das “relações” entre este grupo cheio de sumidades, que apelidam de reflexão, e o nosso país – que já tarda em ser escrito e conhecido – mas, tão-somente, refletir sobre este episódio.
    Acrescentaremos, apenas que, aparentemente, o GB, só começou a interferir – antes disso não se lhes dava confiança para tal – com o nosso devir colectivo, quando numa das suas reuniões (19/4/1974, ocorrida no hotel d’Arbois, em Megéve (Alpes Franceses), propriedade de Edmond Rotschild, se terá dado luz verde à alteração de regime em Portugal – coisa que, certamente, nunca terá passado pela cabeça de nenhum capitão de Abril…
    A partir daí – e por razões e processos que são objecto de especulação – foi alcandorado a uma espécie de “secretário” ou “representante permanente” do GB, na antiga Ocidental Praia Lusitana, o Dr. Pinto Balsemão, grande amigo dos Reis de Espanha, também convivas nestes eventos. Provavelmente desde 1983.
    É ele que escolheu a já longa lista de “convidados” portugueses (que se saiba nenhum recusou o convite) de onde, certamente, por coincidência têm saído quase todos os Primeiros -Ministros, desde então.
    Quem lá está agora foi excepção à regra e ou nos enganamos muito, ou já está selada a sua sorte e a da futura dupla que nos governará. Isto é, como os do “clube” nos governarão através deles…
    A reunião que decorreu entre 6 e 8 de Junho, no hotel “The Grove”, no Hertfordshire, a norte de Londres reveste-se, porém, de uma novidade que importa realçar: a de que foi a 1ª vez que tal evento, pelo menos em Portugal, foi amplamente noticiado, inclusive nas televisões, e em que se revelou a identidade dos participantes.[1]
    Até agora era tudo secreto e tudo se escondia, quanto muito falava-se à socapa e aparecia uma pequena notícia de duas linhas a um canto inferior de uma página de jornal, e “a posteriori”…
    O mais importante do que se passa, contudo, não é divulgado: a organização, agenda, qualquer ideia debatida e conclusões.
    Porque se terá mudado de estratégia? Só pode ser por duas razões: o terem ganho uma confiança e sensação de impunidade, que dispensa rodeios e, ou, por já não se conseguir impedir o total secretismo da coisa.
    Ora o que se passa levanta um conjunto de questões nada despiciendo, eis algumas:
  • Que organização é esta, quais os fins que persegue, a quem se liga e a quem obedece?
  • Que figura do Direito Internacional encarna, se alguma?
  • Alguém os elegeu? Como ficamos em termos de “Democracia”?
  • Quem os controla?
  • Como é que uma tal entidade se insere no quadro das Relações Internacionais?
  • Porque é que os governos dos países em que as reuniões têm lugar – já houve uma em Portugal, na Quinta da Penha Longa, de 3 a 6 de Junho de 1999 – as autorizam e a que título lhes montam e pagam, a segurança?
  • Quem é o Dr. Pinto Balsemão para fazer os convites que faz e como é que os convidados o reconhecem com autoridade para tal? Quais os compromissos a que se obrigam?
  • E são convidados a que título? Pessoal? Técnico? Político?
  • Será que a participação nestas reuniões é compatível com a função de Conselheiro de Estado?
  • Que explicação terá dado o Dr. Seguro, ao PS, para lá ir? Te - lo – á mandatado para fazer alguma intervenção?
  • E o Dr. Portas, sendo membro do Governo foi autorizado por este a lá ir? E quando voltou fez algum relatório sobre o que lá se passou, ou tirou uns dias de férias e foi dar um passeio?
  • O Parlamento é apenas uma marionete no meio disto tudo ou um depósito de putativos recrutáveis para futuros convites?
  • Já me esquecia, o PR que ainda tem uma palavra a dizer sobre Política Externa (o que, em boa verdade, Portugal deixou de ter, faz décadas) foi ouvido e achado?
    Tudo isto se passa como se fosse a coisa mais normal do mundo, quando o que na realidade acontece é que assistimos à subversão completa da soberania dos Estados e das Nações e onde o termo “Democracia” apenas serve de capa e moldura a um verdadeiro embuste político que, aliás, tem sido primorosamente perseguido desde meados do século XVIII!
    E nenhuma das possíveis respostas às perguntas que elencámos parece poder desmentir.
    Bem - vindos à realidade.
    Se gostaram, não se macem e deixem-se estar.
João J. Brandão Ferreira, Oficial Piloto Aviador,14/6/13                                                                                                                          



[1] Até o comentador – mor do reino se referiu ao mesmo!

2 comentários:

São disse...

EStes grupos secretos são o que detêm o Poder real e os que querem implantar a Nova Ordem Mundial.

Enquanto isso, as pessoas estupidificam-se a olhar criaturas saltando para a piscina e a ouvir programas diários de longa duração sobre futebol.

E votam por partidarite ou nem sequer se dão ao trabalho de se preocuparem com o futuro do país.

Só temos o que merecemos!!

Caro amigo, o meu abraço

Luis disse...

Querida Amiga São,
Temos que começar a pensar seriamente no que pretendemos para o nosso futuro!
Não podemos continuar a ser umas marionetas nas mãos desta gente!
Um beijinho amigo e solidário.