"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

04/11/2013

GENERAL PIRES VELOSO - MENSAGEM MUITO URGENTE




REENVIEM,  PARA  VÊR  SE  O  POVO  " ACORDA..."
O General Pires Veloso, um dos protagonistas do 25 de Novembro de 1975 que 
naquela década ficou conhecido como "vice-rei do Norte", defende um novo 
25 de Abril, de raiz popular, para acabar com "a mentira e o roubo institucionalizados". 
"Vejo a situação actual com muita apreensão e muita tristeza. Porque sinto que temos 
uma mentira institucionalizada no país. 
Não há verdade. Fale-se verdade e o país será diferente. Isto é gravíssimo", disse 
hoje, em entrevista à Lusa.
 
Para o General, que enquanto Governador Militar do Norte foi um dos principais 
intervenientes no contra-golpe militar de 25 de Novembro que pôs fim ao "Verão 
Quente" de 1975, "dá a impressão de que seria preciso outro 25 de Abril em todos 
os termos, para corrigir e repor a verdade no sistema e na sociedade".
Pires Veloso, 85 anos, considera que não poderão ser as forças militares a promover 
um novo 25 de Abril: 
"Não me parece que se queiram meter nisto. Não estão com a força anímica que 
tinham antigamente, aquela alma que reagia quando a Pátria está em perigo".
"Para mim, o povo é que tem a força toda. Agora é uma questão de congregação, 
de coordenação, e " pode ser que alguém surja" a liderar o processo.

E agora que "o povo já não aguenta mais e não tem mais paciência, é capaz de 
entrar numa espiral de violência nas ruas, que é de acautelar", alertou, esperando 
que caso isso aconteça não seja com uma revolução, mas sim com "uma imposição 
moral que leve os políticos a terem juízo".
Como solução para evitar que as coisas se compliquem, Pires Veloso defendeu uma 
cultura de valores e de ética.
"Há uma inversão que não compreendo desses valores e dessa ética.
Não aceito a actuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, 
que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que 
estado estava o País, as finanças e a economia. 
Tinha obrigação moral, e não só, de dizer ao País em que estado estavam as coisas"
defendeu.

Pires Veloso lamentou a existência de "um gangue que tomou conta do país. Corra-se 
com  este  gang, mas tendo-se juízo, pensando no que pode acontecer. E ponham-se 
os mais ricos a contribuir para acabar com a crise. Porque neste momento não se vai 
aos mais poderosos". O general dá como exemplo o salário do administrador executivo 
da Eletricidade de Portugal (EDP) para sublinhar que "este Governo não  deve atender 
só  a privilégios que determinadas classes têm". "Não compreendo como Mexia recebe 
600 mil euros e há gente na miséria sem ter que dar de comer aos filhos.
Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os accionistas é que querem, 
mas isto não pode ser assim.
Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável. 
Se o povo percebe isso," acorda e reage de certeza", disse.
Para Pires Veloso, "se as leis permitem um caso como o Mexia, então é preciso 
outro 25 de Abril para mudar as leis", considerando que isto contribui para 
"a tal mentira institucionalizada que não deixa que as coisas tenham a pureza que 
deviam ter".
Casos como este, que envolvem salários que "são um insulto a um povo inteiro, que 
tem os filhos com fome", fazem, na opinião do militar, com que em termos sociais a 
situação seja hoje pior, mesmo, do que antes do 25 de Abril: "Na altura havia um 
certo pudor nos gastos e agora não: gaste-se à vontade que o dinheiro há-de vir".

Quanto ao povo, "assiste passivamente à mentira e ao roubo, por enquanto. Mas se 
as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem 
o sustenha." Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, 
cuidado com eles".
"Quando se deu o 25 de Abril de 1974, disseram que tinha de haver justiça social, 
mais igualdade e melhor repartição de bens. Estamos a ver uma inversão do que o 
25 de Abril exigia", considerou Pires Veloso, para quem "o primeiro-ministro tem 
de arrepiar caminho rapidamente".
Passos Coelho "tem de fazer ver que tem de haver justiça, melhor repartição de 
riqueza e que os poderosos é que têm que entrar com sacrifícios nesta crise", 
 defendeu, apontando 
a necessidade de rever rapidamente as parcerias público-privadas.
"Julgo que Passos Coelho quer a verdade e é esforçado, mas está num sistema do 
qual é prisioneiro. O Governo mexe nos mais fracos, vai buscar dinheiro onde não 
há. E, no entanto, na parte rica e nos poderosos ainda não mexeu.
Falta-lhes mais tempo? Não sei. Sei é que tem de mudar as coisas, termina

Pires Veloso

Nota:
O problema passa pela “PARTIDOCRACIA” existente baseiada numa enorme 
“ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA” incompetente, dispendiosa cheia de “mordomias” 
que consigna “leis” que criaram e mantêm a “teia” que aprisiona quem queira 
corrigir tal estado de coisas! A verdade é que são os deputados os primeiros a 
não quererem mexer nos mais fortes onde eles próprios se incluem!
Mas cautela… Lembrem-se o que ocorreu com o 25 de Abril! Hoje em dia há 
forças internacionais apostadas na manutenção destas políticas! Há que ser muito 
prudente pois poderemos cair numa ratoeira pior do que nesta “teia” em que 
vivemos! Passos Coelho tem que ter a coragem, força e a inteligência para 
encontrar quem o acompanhe nesta luta pois Relvas, Brancos & Companhias 
não ajudam nada, antes agravam a situação!
PORTUGAL e os PORTUGUESES precisam de JUSTIÇA, EQUIDADE e CONDIÇÕES 
DE VIDA para poderem viver com DIGNIDADE! Os SACRIFÍCIOS devem ser repartidos 
por todos e não só por “ALGUNS”!

1 comentário:

A. João Soares disse...


Caro Luís,

Contactei de perto com este SENHOR e admiro a sua personalidade. Não me alongo e limito-me a chamar a atenção para o post
PESSOAS ADMIRADAS E RESPEITADAS 06
Não foi por acaso que o inseri nesta série de posts.

Abraço
João