Estou farto de dizer que Os FACTOS são sempre uma
chatice! 40 anos de cada um (1933-1973 e 1974-2014)
O texto que segue não é da minha autoria mas sim de
um comentador deste blogue, com experiência de vida suficiente para
testemunhar o que escreveu. Se o mesmo autorizar publico o nome.
Como me parece interessante o estudo, que levou mais de uma dúzia de páginas A4, coloco-o aqui, para ser lido com calma. É por isso mesmo um texto longo mas que se lê bem. Quatro décadas para construir e quatro décadas para destruir Portugal
(Duas Listas para comparar e meditar)
O presente texto tem como propósito confrontar, de
forma muito aligeirada, as realizações efectuadas pelos dois últimos Sistemas
de Governação que ocorreram em Portugal: O Estado Novo e a
Democracia, cada um em actividade durante, aproximadamente, quatro
décadas.
Durante o tempo do Estado
Novo, houve uma Geração de Portugueses competentes, respeitadores da
Lei e da Ordem e dos interesses do Bem Público que, em pouco mais de
quatro décadas de trabalho árduo, deixaram a Nação portuguesa
praticamente íntegra de seu território e nela implantada uma Obra imponente
onde, pouco ou nada de semelhante existia. Acrescente-se ainda que
toda essa Obra foi integralmente paga com dinheiro português.
Ao recordar apenas
algumas das muitas realizações dessa época ímpar, presta-se uma singelíssima
homenagem àqueles que, sob a égide e determinação do Doutor António de
Oliveira Salazar, souberam erguer essa Obra tão positivamente valiosa,
vasta e profunda que se destaca, pelo contraste, daquela que
imediatamente a antecedera e da que lhe sucedeu, em períodos de tempo
comparáveis.
Para dar testemunho desse
contraste apresenta-se, em primeiro lugar, uma “reduzida” Lista
de algumas parcelas da Obra do Estado Novo, concebidas, erigidas e
totalmente apetrechadas, nesse período. Tais Obras, verdadeiros motores de
Progresso e Bem – estar do Povo Português, foram executadas recorrendo,
sempre que possível, a materiais, mão-de-obra e “saber fazer” de origem
nacional, por pessoas responsáveis que não pactuaram com esbanjamentos
criminosos nem graves omissões e, uma vez terminadas, prestavam publicamente
contas de todas as despesas feitas.
Em seguida, com
desprazer, apresenta-se uma outra “pequena” Lista de “Obras” e
situações que têm vindo a ocorrer, nas quatro décadas posteriores ao
fim do regime do Estado Novo. Do confronto desta Lista com a anterior,
fácil se torna ajuizar das consequências dos actos de gestão daqueles que
tiveram e têm a responsabilidade de governar Portugal, durante ambos os
períodos.
De 1930 a 1974 , Obra
efectuada na Região de Lisboa:
1) Construção de
Bairros Sociais.(Arco do Cego; Terras do Forno (Belém); Madre de Deus;
Encarnação; Caselas; Alvalade; Olivais; Bairros para Polícias).
2) Construção do
Aeroporto Internacional da Portela.
3) Construção do
Aeroporto Marítimo de Lisboa.(Hoje extinto. Na Doca dos Olivais está
actualmente instalado o Oceanário de Lisboa).
4) Construção do
Instituto Superior Técnico.
5) Construção da
Cidade Universitária de Lisboa.(Faculdade de Direito, Faculdade de
Letras, Reitoria, Cantina e o Complexo do Estádio Universitário).
6) Construção do
novo Edifício da Escola Técnica Industrial Marquês de Pombal.
7) Construção do
Liceu Filipa de Vilhena, no Arco do Cego.
8) Construção da
Escola Técnica elementar Francisco de Arruda e mais oito similares.
9) Construção da
Escola Comercial Patrício Prazeres.
10) Construção
da Biblioteca Nacional.
11) Construção
do Instituto Nacional de Estatística.
12) Construção
do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
13) Construção
do Edifício do Ministério das Corporações e Previdência Social. (Hoje
Ministério do Trabalho).
14) Construção
do Metropolitano de Lisboa. (As primeiras
20 Estações).
15) Construção
da Ponte Salazar.(Incluindo os respectivos acessos).
16) Captação e
condução, para Lisboa, das águas do vale do Tejo. (Comemorada com a
construção da Fonte Luminosa na Alameda Afonso Henriques).
17) Plantação do
Parque Florestal de Monsanto.
18) Construção
do Estádio Nacional (no Jamor) e alguns dos seus Anexos.
19) Construção
do Estádio 28 de Maio.
20) Construção
do Laboratório Químico Central do Instituto Superior de Agronomia.
21) Construção
do primeiro troço da Auto-estrada da Costa do Estoril.
22) Construção
do troço de Auto-estrada Lisboa a Vila Franca de Xira.
23) Construção
do Hospital Escolar de Santa Maria.
24) Construção
do actual Edifício do Instituto Ricardo Jorge.(Incluindo o arranjo
paisagístico da área envolvente).
25) Construção
do Instituto de Oncologia.
26) Construção
do Hospital Egas Moniz.
27) Assistência
Nacional aos Tuberculosos.(Criada ainda na época da Monarquia e com sede
em Lisboa foi, durante o Estado Novo muito ampliada, pela instalação de
vários Sanatórios e criação de dezenas de Postos de atendimento espalhados
por todo o território; alguns feitos de raiz e todos equipados com os meios
humanos e materiais adequados; tornaram assim possível, a obrigatoriedade do
rastreio anual às populações do Comércio, da Função Pública e Estudantil.
Daqui resultou uma forte e efectiva regressão, para valores mínimos, do
número de pessoas infectadas pelo bacilo).
28) Electrificação da
linha do Estoril.
29) Exposição do
Mundo Português. (Permitiu a criação da Praça do Império, hoje a Sala de
Visitas de Lisboa. Nela se destacam as zonas ajardinadas, a Fonte
Luminosa, o Museu de Arte Popular, o Espelho de Água e o Monumento aos
Descobrimentos).
30) Construção e
regularização da Estrada Marginal, Lisboa - Cascais.
31) Criação da
Emissora Nacional de Radiodifusão. (Incluindo a criação da unidade
de Porto Alto e o Centro de Preparação de Artistas da Rádio, de onde saíram
muitos dos Cantores e Apresentadores portugueses de renome).
32) Criação da
Radiotelevisão Portuguesa. (Incluindo montagem das antenas
retransmissoras necessárias à cobertura de todo o Território).
33) Criação da
Companhia Aérea de bandeira (TAP).(Incluindo a criação das Oficinas de
Manutenção de Aeronaves, famosas em todo o Mundo).
34) Construção da Nova
Casa da Moeda.
35) Construção do
Edifício Pedro Álvares Cabral.(Destinado à Comissão Reguladora do
Comércio do Bacalhau. Hoje abriga o Museu do Oriente).
36) Criação da Junta
Nacional do Vinho e construção do respectivo Edifício.(Hoje sede do
Instituto da Vinha e do Vinho, IP).
37) Construção do
Palácio da Justiça de Lisboa.
38) Construção do Edifício da Polícia Judiciária.
39) Construção das
Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde Óbidos.
40) Regularização
integral do Parque Eduardo VII e construção da Estufa Fria.
41) Construção
de vários Mercados Municipais.(Dois exemplos apenas: Campo de Ourique e
Arroios, este, na altura da sua construção, foi considerado o melhor de
Portugal).
42) Construção da
Feira das Indústrias.(Na Junqueira; hoje Centro de Congressos).
43) Construção do
Palácio das Comunicações. (Na Praça D. Luiz. Hoje nomeado “Central
Station”, está destinado ao Empreendedorismo e à Criatividade).
Obra efectuada por toda a
área Continental e Ilhas Adjacentes:
44) Criação de várias Escolas
do Magistério Primário.
45) Construção das
Escolas Primárias do Plano dos Centenários em quase todas as
Freguesias do País e criação de Cantinas Escolares, adstritas a muitas delas.
(Em duas décadas, 1930/1950, passou a taxa de analfabetismo, em valores
aproximados, de 73% para 20,3% ; em 1957, apenas menos de 1% das crianças, em
idade escolar, não recebia instrução).
46) Criação dos Liceus
Nacionais e dos Liceus Normais (Masculinos e Femininos), em todas as
capitais de Distrito e dezenas de outros Liceus e Escolas Secundárias,
espalhados por todo o País.
47) Criação, ampliação
e apetrechamento de cerca de quarenta Escolas Comerciais e
Industriais, Escolas de Artes Decorativas e Escolas de Regentes Agrícolas.
48) Construção da
Escola Náutica Infante D. Henrique.(Em Paço de Arcos - Oeiras).
49) Construção da
Cidade Universitária de Coimbra.(Novos edifícios: Faculdade de Medicina,
Faculdade de Letras, Faculdade de Ciências, Biblioteca Geral, Observatório
Astronómico, Estádio Universitário, Complexo da Cantina onde, para além de
uma excelente e moderna Cantina, se inclui a Escadaria Monumental, o Teatro
Gil Vicente e as instalações da Associação Académica e ainda todo o
reordenamento urbano da Alta).
50) Construção do
Hospital Escolar de S. João. (No Porto; Edifício idêntico ao do Hospital
Escolar de Santa Maria, em Lisboa).
51) Criação da Estação
Agronómica Nacional.(Sacavém/Oeiras).
52) Criação da Estação
Nacional de Melhoramento de Plantas. (Em Elvas).
53) Criação do
Laboratório de Física e Engenharia Nuclear. (Na Bobadela – Sacavém, para
onde se adquiriu e instalou um reactor atómico de investigação. Portugal
tornou-se, então, o 35º País do Mundo, a dispor de tão moderno equipamento
científico).
54) Construção do
Aeroporto de Pedras Rubras.(No Porto – Maia, hoje ampliado e com o nome
de Francisco Sá Carneiro).
55) Construção da
Ponte da Arrábida. (No Porto).
56) Construção da
Ponte Marechal Carmona. (Em Vila Franca de Xira).
57) Construção dos
Aeroportos das Lajes e de Santa Maria.(Nos Açores; com comparticipação
estrangeira).
58) Construção do
Aeroporto do Funchal (primeira fase).
59) Construção dos
principais aproveitamentos hidroeléctricos nacionais, concretizados e m
dezenas de Grandes Barragens.(Por exemplo os sistemas do Rabagão, Cávado,
Douro, Mondego, Zêzere e Tejo, incluindo a construção e ampliação, por todo o
território, de Subestações e da Rede Nacional de distribuição de
electricidade, em todos os escalões).
60) Construção de
inúmeras Obras de Hidráulica onde se incluíram dezenas de Barragens de médio
porte para regadio e, nalguns casos, também para a produção hidroeléctrica.(Incluindo
a construção de centenas de km de canais de regadio, secagem de pântanos,
protecção das margens e correcção de alguns cursos de rios, por todo o
Território Nacional).
61) Construção de mais
de 240 Pontes e Viadutos e ainda maior número de Pontões. (Já mencionadas
três pontes, itens 15, 55 e 56, mas podemos acrescentar ainda, só a título de
exemplo, o Viaduto Duarte Pacheco em Lisboa, a Ponte de Santa Clara em Coimbra;
a Ponte sobre o Douro em Barca d’Alva; Pontes de Entre-os Rios, de Chaves, de
Santa Clara – a - Velha no Concelho de Odemira, da foz do Dão - hoje
submersa, etc., etc.).
62) Melhoria geral da
rede Rodoviária Nacional. (Em 30 anos apenas, entre Estradas Nacionais,
Municipais e Caminhos em construção integral - com terraplanagens,
pavimentações e reparações - o País foi enriquecido com mais de 21 600 km de
Vias d e Comunicação).
63) Melhoria geral de
toda a Rede Ferroviária Nacional. (Renovação parcial da via e das
viaturas de passageiros e mercadorias; melhoria das passagens de nível, da
sinalização, das comunicações telegráfica e telefónica entre Estações e
completa modernização de todas as Estações de Caminho de Ferro).
64) Ampliação e
renovação, em todo o território, da Rede Telefónica Nacional.(Incluindo
também a melhoria geral de outros serviços de Telecomunicações: Telegrafia e
TSF).
65) Construção de
cerca de duzentas Estações de Correios.
66) Construção
generalizada, por todo o País, de Redes públicas de abastecimento de água
potável e Redes de saneamento.(Iniciou-se nesta época, a construção das
primeiras ETAR, em alguns Concelhos).
67) Execução de
inúmeras Obras Portuárias por todo o Litoral português. (Leixões, Aveiro,
Figueira da Foz, Lisboa, Sesimbra, Sines, Algarve, Madeira e Açores;
menciona-se, por exemplo a construção de alguns esporões de protecção da
costa, a construção e apetrechamento dos Portos de mar e Molhes, incluindo
dragagens; construção de Cais, Docas, edifícios para as Capitanias, Lotas e
ainda o apetrechamento dessas instalações com toda a espécie de equipamentos
usados na movimentação e armazenagem portuária).
68) Criação das Bases
aéreas . (Ota, Montijo, Monte Real, Beja, etc. incluindo a aquisição no
Estrangeiro de um vasto conjunto de aeronaves e equipamentos afins e a
criação das OGMA, verdadeira escola de Mecânica fina de elevada qualidade,
totalmente dedicadas à Construção e Manutenção de Aeronaves militares).
69) Renovação da Base
naval da Marinha.(No Alfeite ; simultaneamente Escola Naval e Estaleiro
de construção e reparação Naval onde se construíram e repararam várias
dezenas de vasos de guerra de toda a espécie).
70) Aquisição do Navio
Hospital “Gil Eanes”. (O segundo deste nome, o qual constituíu um apoio
inestimável à Frota Bacalhoeira).
71) Criação das Casas
do Povo e das Casas dos Pescadores.(Incluindo a construção de centenas
dos respectivos edifícios).
72) Construção de
novos Hospitais e Sanatórios e beneficiação dos antigos. (Apenas dois
exemplos, dos muitos construídos por todo o País: a construção do Hospital
Rovisco Pais – Leprosaria - na Tocha com dezenas de edificações espalhadas
por uma área total de 110 ha, aproveitando integralmente uma doação do grande
benemérito; construção do Hospital Psiquiátrico de Sobral Cid - próximo de
Coimbra - com 15 edifícios espalhados por uma área de 10 ha).
73) Criação e
implantação do Plano de colonização interna. (Permitiu grandes desenvolvimentos agrários em
várias zonas do País, quase desabitadas e improdutivas. Um exemplo: Pegões,
onde se aproveitou também uma doação do benemérito Rovisco Pais. Todos os
colonos recebiam grátis, para além de uma casa de habitação, terreno para
cultivar, sementes, algumas alfaias agrícolas e apoio pecuniário nos
primeiros anos de instalação).
74) Construção de
dezenas de Palácios da Justiça, de Casas dos Magistrados e remodelação de
muitos Tribunais.
75) Construção de
diversos Edifícios Prisionais, Prisões–escola e Residências de Guardas
Prisionais.
76) Construção das
Centrais Termo-eléctricas do Carregado e do Funchal.
77) Contam-se
por muitas centenas, as obras de recuperação efectuadas em Castelos, Igrejas
e Catedrais, Museus e outros Edifícios e Monumentos Nacionais, Parques e
Jardins.(Um pouco por toda a parte incluindo, geralmente, também as
respectivas áreas envolventes.De referir ainda a construção de dezenas de
Estátuas, Bustos e outros Monumentos evocativos de Grandes Portugueses e
Assuntos Pátrios notáveis, que hoje adornam muitos locais públicos).
78) Construção e
guarnição dos Postos de Controlo Fronteiriço e Alfandegário ao longo de toda
a Fronteira terrestre e junto aos Portos de mar e Aeroportos.
79) Construção de diversos
Silos, de grande capacidade, para o armazenamento de cereais.
80) Construção de
diversos Quartéis de Bombeiros.
81) Construção
de diversos Mercados Municipais.
82) Construção
de mais de uma centena de Bairros Sociais por todo o território.
83) Construção
de mais de uma dezena de Edifícios dos Paços do Concelho e construção do
edifício da Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal.(Complementarmente,
quase todos edifícios dos Paços do Concelho existentes foram remodelados ou
ampliados).
84) Criação dos
“Livros únicos” para os Ensinos Primário e Secundário. (Esta medida
proporcionou grandes economias às Famílias portuguesas da época. Mais de 60
anos passados, após a primeira edição dos três primeiros Livros de Leitura do
Ensino Primário, eles continuam a ser procurados nas sucessivas edições que o
mercado reclama, porque a sua inegável qualidade, os mantêm valiosos e
úteis).
85) Criação das
Pousadas de Portugal.
86) Criação da FNAT.(Hoje
INATEL).
87) Construção de
diversas Colónias de Férias para crianças.(Em Viana do Castelo e na Gala
– Figueira da Foz, para só citar duas).
88) Construção do
“Portugal dos Pequeninos”.(Em Coimbra; uma obra muito apoiada pelo Dr.
Bissaya Barreto)
89) Construção da Creche/Infantário
Ninho dos Pequeninos.(Em Coimbra; uma obra muito apoiada pelo Dr. Bissaya
Barreto)
90) Construção de
diversas Casas da Criança.(Espalhadas pela Região Centro e também
sugeridas e apoiadas pelo Dr. Bissaya Barreto).
91) Instituição do
ABONO DE FAMÍLIA, para todos os filhos de pais assalariados.
92) Instituição da
ADSE.
93) Aplicação
efectiva e geral da Semana de Trabalho de 48 horas.
94) Construção de
vários Quartéis Militares.(Por exemplo, Adidos da Força Aérea no Lumiar,
Lisboa – hoje Hospital da Força Aérea, Comandos na Amadora, Caldas da Rainha,
Viseu, Braga, etc.). De salientar também a ampliação e remodelação dos
edifícios e apetrechamento de todos os Quartéis já existentes incluindo até,
em alguns casos, a construção de habitações para Oficiais e Sargentos e suas
Famílias).
95) Desenvolvimento e
apetrechamento sofisticado da Manutenção Militar, dos Hospitais Militares, do
Laboratório e Farmácia Militar e também das Fábricas de Armas, Munições e
Explosivos militares.(O fabrico nacional de variado material de guerra,
de veículos específicos, navios para a Armada e até de aeronaves, veio
permitir o desenvolvimento de capacidades e tecnologias muito avançadas para
a época tornando assim possível, a exportação de produtos de alto valor
acrescentado: Fábricas em Braço de Prata, Moscavide, Barcarena, Oeiras,
Tramagal, Alverca, etc.) De referir aqui, igualmente, o esforço continuado,
ao longo dessas quatro décadas, para melhorar e modernizar o Ensino e o
Treino militar: Academia Militar, Escola Naval, Academia da Força Aérea,
Navio Escola Sagres, Escolas de Pilotagem de Aviões - Aveiro, Sintra, Ota -
Escolas de Fuzileiros Navais, Marinheiros, Para-quedistas, Infantaria,
Artilharia, Comandos, etc.: Vale de Zebro, Vila Franca de Xira, Mafra,
Tancos, St.ª Margarida, Lamego).
96) Acolhimento
fraterno e seguro, prestado pelo Estado Português a inúmeros refugiados de
guerra.(Entre os quais se destaca o Sr. Caloust Gulbenkian que, em
agradecimento desse bom acolhimento e segura protecção, dotou adequadamente a
Fundação que tem o seu nome, a qual tanto tem ajudado e cultivado sucessivas
gerações de Portugueses, há mais de cinco décadas a esta parte, nos mais
diversos ramos do Saber, da Arte e da Cultura).
97) Concessão, pelo Estado Português, de
apoios diversificados a muitos dos investidores privados nacionais e
estrangeiros (grandes e pequenos) que, pelas suas iniciativas, criaram ou
desenvolveram empreendimentos de vulto e dos quais resultou Pão, Trabalho,
Formação, Segurança e Apoio a milhares de famílias portuguesas, apoio
traduzido na criação de Bairros operários, Escolas, Creches, Cantinas, Postos
Médicos, Colónias de Férias, Clubes de Futebol, Serões para Trabalhadores,
etc. (Exemplos de Organizações e Indústrias então criadas, desenvolvidas
ou introduzidas em Portugal: Siderurgia Nacional, Cuf, Lisnave, Setenave,
Mague, Sorefame, Cometna, Fundições, Carris, Duarte Ferreira - Tramagal,
Indústrias de Camionagem, de Montagem de Automóveis, Autocarros e Camions,
Fabrico de Pneumáticos e Componentes mecânicos para Automóveis, Sacor,
Cimenteiras, Construtoras Civis, Casa do Douro, Têxteis da lã e do algodão,
Confecções, Fabrico de Fardamento Militar, Curtumes, Calçado e Chapelaria,
Fósforos, Cordoaria, Agro-Alimentar, Indústria Conserveira, Moagem de
cereais, Nestlé, Indústria Vidreira, Indústria Cerâmica, Philips Portuguesa,
Standard Eléctrica, Siemens, Efacec, Indústrias de Cabos Eléctricos e de
Motores eléctricos, Indústrias do Papel, Exploração Mineira, Indústria
Farmacêutica, Companhias de Navegação, Grandes empreendimentos Hoteleiros e
tantas mais).
Quando alguém diz que tudo isto foi feito à custa da
exploração ultramarina, esta é a resposta:
E os Povos de lá, não
ficaram a dispor de uma Língua Universal, um bem inestimável?
Não ficaram milhões de
indivíduos autóctones com Cursos escolares primários, Cursos médios e
Cursos universitários ministrados não só na Metrópole mas também por todo
o Ultramar, pagos pelo Erário Público Português?
E o que lá ficou
edificado?
Não ficaram todas as
Províncias Ultramarinas, nomeadamente Angola e Moçambique, dotados de dezenas
de CIDADES COMPLETAS, onde se incluíam toda a
espécie de Edifícios habitacionais e Edifícios administrativos, Mercados
Municipais, Redes completas de abastecimento de águas e electricidade, Redes
de efluentes, Escolas primárias, Liceus, duas Universidades, Hospitais,
Quartéis e várias outras instalações militares e até Estádios de Futebol e
unidades completas de Radiodifusão, pagos pelo Erário Público Português?
(Tudo isto feito com Qualidade, convenientemente apetrechado e a
funcionar regularmente).
Não ficaram disseminadas
pelos territórios, muitas Pontes e Viadutos, Barragens grandiosas e
grandiosas redes de distribuição eléctrica (Cambambe e Cabora Bassa, por
exemplo), inúmeras Estradas, Linhas de Caminhos de Ferro incluindo todo o material
circulante, Portos de mar e modernos (à época) Aeroportos e Aeródromos,
pagos pelo Erário Público Português? (Tudo isto feito com Qualidade,
convenientemente apetrechado e a funcionar regularmente).
Para quem recebeu um País
rural, quase analfabeto, na Bancarrota e numa agitação política e social
tremenda, que atravessou as épocas difíceis da Guerra Civil de Espanha e da
2ª Guerra Mundial, que teve de enfrentar a Guerra do Ultramar em três
frentes; que após a sua governação deixou o País sem dívidas, A
CRESCER, EM MÉDIA, A MAIS DE 6% AO ANO, na última década da sua governação,
que até devolveu integralmente o dinheiro recebido de empréstimo do Plano
Marshal, que deixou em cofre 50* milhões de contos de réis em
divisas e quase 866** toneladas de ouro nas reservas do Estado, é Obra! (fontes:
* Blogue: “O Adamastor”; **Blogue: The Bests”).
Comparemos a Lista
anterior com a Lista de algumas das realizações do período posterior de
outros 40 anos, dito da LIBERDADE e da DEMOCRACIA:
De 1974 e 2014, os Governantes deste
período de tempo, conseguiram:
1) Levar o
País a TRÊS (3) Bancarrotas.Como
consequência de desgovernos. Atente-se, por exemplo, às excessivas despesas
feitas por todos os Órgãos de Soberania, acrescidas das vultosas Subvenções
concedidas, quer aos Partidos Políticos representados na Assembleia da
República, quer às centenas de Fundações (nascidas como
cogumelos).Acrescentem-se também, os custos da Gestão das inúmeras Empresas
Públicas e Organismos afins entretanto criados.Todas estas despesas deviam
ser sempre um exemplo de contenção e parcimónia mas, afinal, consomem
quantias fabulosas, impensáveis num País de poucos recursos como é Portugal.
2) A destruição massiva do
emprego. Actualmente há, oficialmente, 700 000 portugueses
desempregados ou seja uma taxa de desemprego acima dos 16% (em 2013) e
muitos mais haveria se não tivessem emigrado aos milhares! Isto é o resultado da
progressiva destruição do tecido empresarial nacional. Vamos assistindo, por
todo o País, ao definhar:
- Da Agricultura:
pela importação de bens alimentares que antigamente se produziam
internamente, pelo abandono das terras e das explorações pecuárias por falta
de rentabilidade, pelos pavorosos incêndios florestais anuais e até já houve
incentivos para arrancar árvores e para não semear, etc.
- Das Pescas: com
incentivos à venda e abate de embarcações e de licenças de pesca.
- Da Indústria
e do Pequeno Comércio em geral, com falências e encerramentos de
Empresas, às centenas, devido a diversos e graves factores; destes destacamos
alguns pelos quais o Estado é responsável: a Justiça cara e morosa, a Legislação
em constante mudança, o forte aumento dos impostos e das rendas de casa, a
redução da procura interna e, recentemente, a importação massiva dos mais
diversos artigos de origem oriental.
Mais de 85% das famílias
portuguesas têm hoje, um ou mais elementos desempregados, pois as leis entretanto promulgadas facilitam o
despedimento rápido, quase sob qualquer pretexto e com encargos reduzidos
para a entidade patronal. Mesmo assim, nem sempre se respeita a lei. Hoje 434 800 jovens,
dos 15 aos 32 anos, nem estudam nem trabalham – são a chamada Geração
“nem-nem”; (fonte: Público “on-line” 24/11/2013). Porém, em 1974, existiam
SETENTA E UMA (71) empresas portuguesas com mais de 1000 empregados. Hoje contam-se apenas
DUAS (2); (fonte: INE).
3) A destruição do Ensino em geral. É confrangedora a média negativa das
classificações obtidas actualmente nos Exames Nacionais para o Ensino Médio e
confrangedora é a ignorância evidenciada por muitos licenciados e estudantes
universitários, em questões simples de Cultura Geral, nomeadamente na Língua
Portuguesa escrita e falada, História e Geografia de Portugal e na História e
Geografia Universais. (Vejam-se, por exemplo, os concursos sobre Cultura
Geral, na RTP). O encerramento de inúmeras Escolas, a introdução de
métodos pedagógicos de qualidade duvidosa (ensino da Matemática por processos
“inovadores”, uso de Computadores no Ensino Básico, etc.) e a concentração
dos alunos em colmeias escolares afastando-os do seu ambiente familiar, tudo
isto tem originado a diminuição da qualidade do Ensino, o aumento do abandono
escolar e constitui mais um factor que contribui para a desertificação do
território interior nacional, já de si bastante acentuada. Cabe ainda aqui referir, o enorme desinvestimento
feito no ensino da Língua Portuguesa que se estende até aos descendentes dos
nossos Emigrantes, pelo despedimento de dezenas de professores contratados
para dar aulas aos seus filhos. Em
contraponto, está em curso o projecto de ensinar em Portugal o idioma inglês,
nas escolas oficiais do Ensino Básico, às crianças portuguesas que ainda
mal conhecem a Língua Mãe e a sua Gramática. (Escolas oficiais há, onde até
já se ensina Mandarim (!) a crianças de 8-10 anos…).Igualmente grave é o
facto de nada ser feito pelas Autoridades para reduzir a péssima influência a
que a Juventude está hoje sujeita, não só pelo abuso da Diversão Nocturna,
mas também dos frequentes Eventos “culturais” alienantes, fontes de graves
licenciosidades e dos piores vícios.Daqui resulta que, muitos dos Homens e
Mulheres de Amanhã, não adquirem hábitos de trabalho e não praticam o
respeito por si próprios nem pelo seu semelhante.Além disso estão
completamente alheios ao sentimento do amor à Pátria, por desconhecimento do
que é e foi Portugal e tão-pouco têm ideia do papel que pretendem desempenhar
na futura Sociedade que os espera.Atente-se, por exemplo, ao que dizem e
fazem muitos Jovens em eventos tais como: Festivais musicais, Jogos de
Futebol, Praxes académicas e na praga dos omnipresentes “Grafitti” em
paredes, no mobiliário urbano, nos Autocarros de transportes públicos, no
Metro, nos Comboios, etc.Contrariar as más tendências dessa parte
significativa da Juventude, deveria ser tarefa não só das respectivas
Famílias mas também dos Governos que realmente quisessem preparar o Futuro;
como isso parece não acontecer entre nós, está gravemente posta em causa a
Nação portuguesa enquanto nação livre, próspera e perene.
4) Mandar efectuar a remodelação de Escolas. Esta decisão (considerada
publicamente por uma Ministra da Educação, como tendo sido “uma grande
festa!”) fez despesas enormíssimas mas, em muitos casos, as Obras
ficaram suspensas a meio, por falta de verbas. (Como, por exemplo, na
Escola António Arroio em Lisboa, onde não existe, há mais de um ano, um
Refeitório; isto obriga a que os Alunos e as Alunas tomem as suas
refeições diárias tendo por mesas e cadeiras o chão da calçada, nas
Ruas e nos Passeios fronteiros à Escola ou em Cafés e esplanadas das
redondezas). Consta que as despesas na recuperação dos edifícios
das escolas derraparam para mais do triplo - de 940 milhões de euros
para 3.168 milhões - e a requalificação de algumas das 205 escolas que
então tinham sido intervencionadas custou 30 mil euros por aluno.Escolas
há, cujas Obras recentes de remodelação foram executadas com tão fraca
qualidade, que deram origem a muitas reclamações e à necessidade de despesas
adicionais avultadas, para efectuar as respectivas correcções - mais de
Trinta Milhões de euros (!) - segundo os Jornais.Entretanto, noutros
Estabelecimentos de Ensino, permitiram-se gastos exorbitantes, não só com a
aquisição de Obras de Arte, mas também com o uso de materiais de construção
muito nobres, tudo perfeitamente desnecessário e despropositado. A par destes desconcertos
assiste-se, por todo o território nacional, ao encerramento de diversos
Serviços, indispensáveis às populações envelhecidas e isoladas.Tais Serviços
foram criados para benefício e comodidade do Povo e, muitas vezes, instalados
em edifícios próprios feitos de raiz e noutros casos em edifícios melhorados
com obras recentes; citamos, por exemplo: alguns Hospitais em Lisboa,
Centros de Saúde, Correios, Escolas, Repartições de Finanças, Tribunais,
Postos da GNR, etc.Tudo isto vem causando os mais diversos prejuízos e
incómodos às populações, extensivos até aos Emigrantes portugueses, com o
encerramento de vários Consulados de Portugal no Estrangeiro.
5) Dotar o País com diversas Auto-estradas. Algumas são redundantes
(!) e outras de interesse muito duvidoso (visto registarem tão reduzido
tráfego que nem sequer geram receita para custear a respectiva manutenção). Tanto as Auto-estradas
como outras obras, nomeadamente Pontes diversas, foram parcialmente
construídas com dinheiro de empréstimos avalizados pelo Estado, ficando
muitíssimo onerosos para a presente e futuras Gerações de Portugueses. Portugal
tem hoje, quatro vezes mais quilómetros de Auto-estrada, por habitante, do
que o Reino Unido e mais 60% do que a Alemanha! (fonte: Semanário “O Diabo”). Ainda a referir que se
construíram, durante as últimas quatro décadas, uma quantidade inimaginável
de Rotundas Rodoviárias, disseminadas por toda a parte, sendo que, só
no Município de Viseu (507 km quadrados) atingem o número de 197 (!).
Pergunta-se: todas necessárias?
6) Dotar o País com Dez (10) Estádios de
Futebol. Vários destes Estádios estão economicamente
insolventes e um deles, pelo menos, com dívidas por saldar que se arrastam
desde a sua construção (2004); outros estão inacabados e quase todos com
fraca utilização ao longo do ano. O mesmo se passou com a construção do
Pavilhão de Portugal na Expo 98 e, por todo o País onde se levantaram
Pavilhões gimno-desportivos, Bibliotecas e Piscinas, muitas destas unidades
tem reduzido uso e algumas estão encerradas e em degradação. Construíram-se também dezenas
de Parques Industriais, um pouco por todo o País, muitos deles pouco
produtivos e com edifícios encerrados.
7) Dotar o País de inúmeras “Obras
Artísticas”, pagas pelo Erário Público “a peso de ouro”, quase todas
desnecessárias e de gosto muito duvidoso. (Apenas três exemplos: uma no topo
Norte do Parque Eduardo VII em Lisboa, outra junto às Portagens da Ponte
Vasco da Gama e até um “filme” que deixa os espectadores sem imagens, durante
quase todo o tempo da sua exibição (!). Só nestes três exemplos, no seu
conjunto, o custo final terá rondado, pelo que foi escrito nos jornais da
época, na moeda actual, o equivalente a 1 Milhão e quatrocentos mil euros!).
8) Dotar a cidade de Beja com um Aeroporto Internacional, que funciona
nalguns fins-de-semana!
9) Dotar o País de variadas Construções e Equipamentos,
cujos orçamentos foram sempre largamente excedidos, tendo desaparecido
dinheiros que até, nalguns casos, originaram Processos-crime em Tribunal.
(Exemplos: Expo 98, Metropolitano de Lisboa, Casa da Música e Casa do Cinema
no Porto, Centro Cultural de Belém em Lisboa, etc.).Também o Estado Português
encomendou inúmeros pareceres jurídicos e estudos, com
custos elevadíssimos e utilidade duvidosa, como os efectuados para o novo
Aeroporto de Lisboa e para o TGV. Relativamente a este último, as obras foram
iniciadas e, em seguida, mandadas suspender pelo Estado; as empresas
envolvidas reclamam agora grandes indemnizações pelos prejuízos decorrentes.
10) A destruição progressiva da Família portuguesa. Concretizada na promoção
(real ou velada) do Divórcio, do Aborto, da homossexualidade e na
Emigração dos Jovens, a maioria deles, profissionalmente qualificados e em
início de carreira. Esta emigração foi incentivada pelo próprio
Primeiro-ministro actual, dada a sua incapacidade de criar condições para
esses jovens trabalharem no País que os viu nascer, os criou e qualificou. O desemprego tem forçado
a Emigração de Portugueses em geral e atinge, actualmente, cotas das mais
elevadas de sempre, com a fuga de mais de 10 mil pessoas por mês. Portugal tem hoje, uma
das mais baixas Taxas de Natalidade do Mundo, mas, legalmente, vem
provocando, em média, mais de 43 abortos, por dia, nos últimos 7 anos! (ver Apêndice, no final). A desavença conjugal
cresce de dia para dia e cifrou-se em 40 homicídios de conjugues (a
maioria do sexo feminino) no ano de 2012 e 36 homicídios consumados em
2013, segundo dados transmitidos nos telejornais. A instabilidade
social actual conduziu Portugal ao lugar de terceiro país da Europa onde
o suicídio mais cresceu nos últimos 15 anos. Estima-se que, por esta via, morram mais de cinco (5) pessoas
por dia, em Portugal, conforme revelou, em Março de 2013, um relatório
europeu. (Fonte: Jornal Sol “on line”). Entretanto,
o Estado Português continua a subvencionar um conjunto de párias (que de
portugueses pouco ou nada terão), que não pagam impostos directos nem jamais
fizeram descontos significativos para a Segurança Social, mas que votam,
em quem os subvenciona! Até a Maternidade Alfredo da Costa, concluída e
apetrechada no anterior Regime, um Hospital de referência a nível europeu na
especialidade, pretendeu o actual Governo encerrar, sem primeiro dotar o País
de uma outra unidade equivalente ou melhor. E por carências diversas e diversas alterações,
passou a ser banal e frequente efectuarem-se partos nas bermas das estradas
portuguesas, assistidos pelos Bombeiros dentro das suas Ambulâncias (!). A Fome, de que foi acusado, por vezes
injustamente, o Regime do Estado Novo, aí está, já há mais de 20 anos, a
exigir a necessidade absoluta da existência do Banco Alimentar contra a Fome
com as suas 20 Delegações espalhadas por todo o País (!). Esta
instituição distribui, anualmente, milhares de toneladas de alimentos, doados
pelo Povo Português (que ainda pode doar), para suprir a miséria crescente
nas famílias portuguesas. Escandalosamente,
estes bens alimentares doados, não só deram enormes lucros às Grandes Superfícies comerciais que os
venderam, mas também ao Estado Português, através da cobrança do IVA,
correspondente à transacção desses mesmos bens (!). Apoiadas no
Banco Alimentar criaram -se dezenas de Instituições Particulares de
Solidariedade Social destinadas a dar, diariamente, toda a espécie de
assistência (alimentos, roupa, calçado, etc.), a milhares de famílias
necessitadas e também aos “Sem-abrigo”; estes, às centenas,
espalhados pelas ruas das cidades (só na cidade de Lisboa são mais de
800) dão uma imagem clara da Sociedade portuguesa actual, de miséria e
abandono, fruto do regime que actualmente vigora. Esta calamidade era
praticamente inexistente, durante a vigência do Regime anterior.
11) A
destruição generalizada da qualidade e tranquilidade da vida nacional. Assiste-se à “promoção” de uma sociedade multicultural,
que nos avilta todos os dias, pela permissão, sem grande controlo, da estadia
de estrangeiros indocumentados ou de qualquer forma ilegais, que por cá se
acoitam, muitos deles vivendo do crime, da prostituição e da vida indigente. Também se verifica já a contaminação acentuada dos
cidadãos nacionais, cujos actos criminosos são cada vez mais graves e, alguns
deles, outrora desconhecidos entre nós. Refere-se o uso de armas e engenhos
explosivos de guerra, engenhos artesanais especiais, “car jacking”, raptos,
sequestros, extorsões, tráfico de crianças, assaltos com violência extrema,
bárbaros homicídios, etc. Também,
o mau exemplo dado pela corrupção criminosa que se adivinha em muitos
sectores da Administração Central e Local e até nos Órgãos de Soberania (!),
de que a Imprensa e alguns Homens livres têm feito eco, por não ser
atempadamente bem averiguada, por não ser reprimida e punida com severidade
foi e é, também, um forte meio conducente à ruína nacional dos dias de hoje. As prisões portuguesas
estão sobrelotadas como nunca, apesar dos inúmeros estratagemas que a Justiça
pratica, para não prender e manter presos, os condenados que incorreram em
penas de prisão (citam-se, as prisões domiciliárias, as penas suspensas, as
prescrições de processos de crimes (5 por dia), as saídas da cadeia
por amnistias ou após o cumprimento de 2/3 da pena, etc.). A população prisional ultrapassa os 14.100 reclusos
com uma sobrelotação que atinge já os 16%; (fonte: DN 17/1/2014).
12) A destruição da Soberania de Portugal.
Por via da perda de boa
parte do nosso território, da perda da nossa moeda, da abolição do
controlo fronteiriço, da aceitação oficial acrítica de um Sistema Ortográfico
cheio de absurdos que ninguém compreende e, sobretudo, pelo depauperamento
económico resultante da nacionalização de uma Casa Bancária falida, da
perda de muitas empresas nacionais, umas total ou parcialmente alienadas a
favor de estrangeiros, outras extintas pelas mais variadas razões, sem que se
veja, da parte de quem governa, qualquer tentativa para evitar, por algum
meio, tanta destruição. Para cúmulo do que
atrás se diz, a Nação Portuguesa está a contrair avultados empréstimos
financeiros externos, com elevados juros, os quais dificilmente poderão vir a
ser pagos em muitas décadas, mesmo recorrendo ao brutal agravamento
geral dos Impostos e ao desvio dos dinheiros pertencentes aos Aposentados do
Estado e aos Reformados da Segurança Social, desvios esses decretados pelo
actual Governo, sob pressão dos credores de Portugal, actuais mandantes das
linhas mestr as da Política nacional, interna e externa.
13) Das Forças Armadas quase
nem vale a pena falar já que, actualmente, após sucessivos encerramentos e
alterações, para pouco mais servem do que para mandar alguns contingentes de mercenários
para teatros de guerra, em conflitos que não nos dizem respeito absolutamente
nenhum. Paralelamente, todas as Forças de
Segurança transpiram e manifestam, na RUA, um preocupante mal-estar, por
razões que se prendem com uma significativa redução dos direitos que
usufruíam e até dos respectivos salários (!). Tudo isto é complementado com
uma perda significativa da sua autoridade e com a previsível redução dos
meios que lhe estão destinados, os quais são considerados indispensáveis ao
seu bom funcionamento.
CONCLUSÃO
O período 1890 - 1930 (quatro décadas)
constituiu um Calvário para os Portugueses. Neste período ocorreram o
Ultimatum Inglês, o Regicídio e o assassinato do Príncipe Herdeiro, a queda
da Monarquia, a implantação da República e a partida do último Rei e da
Família Real, para o exílio.
Em apenas 16
anos, a República (chamada Primeira República) viu 45 Governos
tomarem posse, decretou o massacre de milhares de jovens na calamitosa
participação na 1ª Guerra Mundial, para defender causas alheias e
assistiu aos assassinatos de um Presidente da República e de um
Primeiro-ministro. Muita miséria, insegurança, analfabetismo, forte emigração
e a Bancarrota (!)
Estas,
algumas das principais circunstâncias que existiam, quando surgiu o Regime
do Estado Novo. Este novo Regime, que perdurou por pouco mais de quatro
décadas (1933 – 1974), fez renascer a Esperança aos portugueses, dada
a melhoria acentuada que proporcionou ao todo nacional. Durante
essa época conseguiu o Estado dotar o nosso País (que então se encontrava
na penúria de quase tudo)
dos Meios Humanos e Materiais essenciais ao seu bom funcionamento, quer pelo
incremento dado ao acesso ao Ensino e à Cultu ra (a todos os níveis), quer
pela melhoria radical dos serviços de Saúde, da Habitação, dos Meios de
Comunicação, da Produção Agrícola e Industrial e da preservação efectiva do
Património Nacional. Principais consequências: a criação de Emprego
e de Riqueza Nacional. O cumprimento disciplinado da Lei e da
Ordem produziu o esperado equilíbrio das Contas Públicas e o Crescimento
Económico e tudo isto foi feito em clima de Paz e Tranquilidade Pública.
Em resumo:
este período trouxe uma notória melhoria das condições de vida ao Povo
Português conforme facilmente se pode deduzir da leitura da primeira Lista
que se apresentou.
O golpe de
estado de 25 de Abril de 1974 determinou o fim brusco do Regime do Estado
Novo e deu início a outro período de quatro décadas que se completa
este ano. Neste período, já se
contam os assassinatos (presumíveis) de um Primeiro-ministro e de um
Ministro. Ao longo destas quase quatro décadas tem-se
assistido, com espanto, ao desbaratar persistente
de gr ande parte da herança material e mental, produzida pelos Portugueses da
Geração anterior. A indisciplina e a falta de rigor na forma de governar
traduziram-se, simplesmente, em três Bancarrotas e na criação de uma dívida
externa astronómica, pela qual se reduziu a Nação Portuguesa a uma espécie de
Protectorado. A recessão e/ou a estagnação no Crescimento Económico em
que Portugal tem vivido, gerou enorme desemprego e a fuga para a emigração de
uma grande parte da Geração Jovem (aquela na qual o País maiores esperanças
depositava); o seu retorno a Portugal é imprevisível e muito improvável. Esta
Geração Jovem deixa para trás, uma população envelhecida e empobrecida, 60%
da qual vive, monetariamente, na dependência directa do Estado. A Taxa de
Pobreza ultrapassa os 15 % da população e, 28 famílias declararam
insolvência, em cada dia só durante o 1º
trimestre de 2013. Tudo isto em nome duma “Democracia”
e duma “Liberdade”, entretanto fictícias. Fictícias,
porque não há Democracia sem a participação, plena e esclarecida, do Povo na
escolha directa de quem o há-de governar e não há Liberdade quando o Povo não
tem onde ganhar a vida e passa mal. Conforme facilmente se pode depreender da
leitura da segunda Lista
apresentada, a actual Geração Jovem vê-se arrastada numa vertiginosa descida
ao Inferno, onde a Esperança não se vislumbra, situação para a qual ela não
contribuiu nem é responsável e muito menos o serão as Gerações que se lhe
seguirem,.
PORTUGAL
ESTÁ EM VIAS DE DESAPARECER, ENQUANTO
NAÇÃO LIVRE E INDEPENDENTE E ALGUÉM TEM
DE SER RESPONSABILIZADO POR ISSO!
Apêndice – (Texto retirado do Jornal “Público on-line” em 20 / 11 /2013):
Os dados do
Instituto Nacional de Estatística (INE) comparando a evolução das famílias
entre 1960 e 2011 quantificam transformações e mostram a que ritmo estão a
ocorrer mudanças com as quais nos deparamos no nosso quotidiano. Somos um
país no qual há mais pessoas sós, mais famílias monoparentais, mais casais
recompostos e menos família s numerosas.
Muitos
destes dados reflectem a erosão da família tradicional e a adopção de novas
formas de vida. Outros traduzem a inexistência de uma política de família que
contrarie a tendência para a quebra da natalidade que em Portugal há muito
atingiu dimensões gravíssimas.
Os dados do Eurostat
mostram que temos a segunda taxa de natalidade mais baixa da União Europeia.
Os números do INE, por seu turno, indicam que a percentagem de casais com
filhos baixou de 41,1% para 35,2%, entre 2001 e 2011. Estes dados evidenciam
os efeitos da ausência de uma política real de apoio às famílias. Os dados do
Observatório das Famílias e das Políticas de Família revelam que Portugal
gasta apenas 1,5% do PIB em apoios económicos às famílias e que nos últimos
três anos meio milhão de crianças perderam o direito ao abono de família.
Num país em austeridade
acentuada, travam-se os gastos que poderiam conduzir a um aumento da
natalidade. Poupa-se nos que ainda não nasceram. E, por essa via, perde-se a
possibilidade de contrariar o défice demográfico e torna-se mais difícil
combater os problemas que decorrem do envelhecimento das populações, ao nível
da Segurança Social ou dos custos de saúde.
Um país que convida os
jovens a emigrar e não dá aos que ficam condições para constituir famílias
está a condenar-se a prazo. Somos um país em recessão demográfica e que
desistiu do futuro, aceitando o declínio a prazo como preço para sobreviver
no presente. É preciso inverter essa recessão demográfica. E isso implica que
o país passe a ter uma política efectiva de família.
Lisboa, Janeiro
de 2014
|
04/04/2014
O Estado Novo e a nossa Democracia!
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