Sobre o 25
de Abril, disse Marcelo Caetano, último primeiro-ministro do anterior regime,
deposto pelas armas no golpe militar de há 40 anos:
"Em poucas décadas estaremos reduzidos
à indigência, ou seja, à caridade de outras nações, pelo que é ridículo
continuar a falar de independência nacional. Para uma nação que estava a
caminho de se transformar numa Suíça, o golpe de Estado foi o princípio do fim.
Resta o Sol, o Turismo e o servilismo de bandeja, a pobreza crónica e a
emigração em massa."
"Veremos alçados ao Poder analfabetos,
meninos mimados, escroques de toda a espécie que conhecemos de longa data. A
maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidentes de câmara,
deputados, administradores, ministros e até presidentes de República."
Nota:
Pessoalmente não gostava de Marcelo mas nisto, infelizmente,
dou-lhe inteira razão! Ao que chegámos…
1 comentário:
A frase que aqui se atribui a Marcello Caetano "sobre o 25 de Abril" é uma adulteração do texto original, que consta da pág. 208 do livro de Joaquim Veríssimo Serrão, Marcello Caetano, Confidências no Exílio, Verbo, 1985
“Sem o Ultramar estamos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade das nações ricas, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional. Para uma nação que estava em vésperas de se transformar numa pequena Suiça, a revolução foi o princípio do fim. Restam-nos o Sol, o Turismo, a pobreza crónica e as divisas da emigração, mas só enquanto durarem.
As matérias-primas vamos agora adquiri las às potências que delas se apossaram, ao preço que os lautos vendedores houverem por bem fixar.
Tal é o preço por que os Portugueses terão de pagar as suas ilusões de liberdade."
Aqui fica a correção...
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