24/07/2009
MAIS UM ALERTA...
Estado compensará Liscont se contentores derem prejuízo
por CARLOS RODRIGUES LIMA
O Ministério omitiu nos contratos revelados que a Liscont vai receber dinheiro se houver quebra no tráfego. Tribunal de Contas critica acordo
O Ministério das Obras Públicas omitiu, nos documentos revelados publicamente sobre o contrato de concessão do terminal de contentores de Alcântara, que o Estado, através do Porto de Lisboa, terá de pagar à Liscont, empresa do grupo Mota-Engil que por ajuste directo explora a concessão, se o negócio desta correr mal. Ou seja, como salienta o Tribunal de Contas no relatório de auditoria ao contrato de concessão tornado público ontem, "o ónus do risco do negócio passa para o concedente público" e não para quem explora a concessão.
Os valores em causa deste aspecto estão contidos no adiatamento do contrato de concessão entre a Liscont e a Administração do Porto de Lisboa (APL), mas foram omitidos dos documentos disponibilizados publicamente pelo Ministério de Mário Lino (através do site do Porto de Lisboa, http://www.porto-de-lisboa.pt). Os valores em causa no contrato traduzem-se em percentagens de diminuição de tráfego no terminal de contentores (ver caixa). Por outro lado, também está previsto que o "preço" da concessão aumente, caso haja um excesso do tráfego previsto mas, como salienta o Tribunal de Contas, os critérios para aferir este aspecto são muito mais subjectivos: "(...)em contraponto, os excessos de tráfego apenas garantem ao concedente público o direito a partilhar aquele benefício no caso de tal excesso não resultar da eficiente gestão e das oportunidades criadas pela concessionária".
Ou seja, enquanto para a diminuição de tráfego é perfeitamente quantificável, "o contexto em que os benefícios de tráfego poderão ser eventualmente partilhados com o concedente constitui campo propício a diferendos inevitáveis entre as partes, e cuja resolução será sempre incerta e demorada".
O relatório final do Tribunal de Contas revela ainda que o Estado, através da APL, ficou obrigado a suportar 1,3 milhões de euros em despesas relativas a advogados, assessoria financeira, consultadoria,entre outras, relativas à montagem e gestão do projecto de ampliação do terminal de Alcântara que é explorado pela Liscont.
Em termos globais, o Tribunal de Contas não afirma que o negócio entre a APL e a Liscont é "ruinoso" para o Estado. As palavras dos juízes conselheiros foram outras: "O Tribunal não pode deixar de relevar que este contrato de concessão não consubstancia nem um bom negócio, nem um bom exemplo para o Sector Público em termos de boa gestão financeira e de adequada protecção dos interesses financeiros públicos".
Em reacção à divulgação pública do relatório do Tribunal de Contas, o ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) emitiu uma nota na qual afirma que o documento do TC tem "erros factuais elementares omissões graves e afirmações infundadas" que inquinam as conclusões. O MOPTC Diz ainda o que o relato de auditoria do TC "prima pela apresentação de conclusões sem apresentar também os factos e análises que as suportam".
Tags: Portugal, Sul
Enviado pelo Amigo João
AINDA O DIA DO AMIGO...
O que é um verdadeiro amigo:
Disse um soldado ao seu comandante:
-"O meu amigo não voltou do campo de batalha. Meu comandante, solicito autorização para ir buscá-lo."
Respondeu o oficial:
-"Autorização negada!"
"Não quero que você arrisque a vida por um homem que, provavelmente, está morto!"
O soldado ignorando a proibição saiu e uma hora mais tarde voltou mortalmente ferido, transportando o cadáver do seu amigo.
O oficial estava furioso:
-"Eu não lhe disse que ele estava morto?!"
-"Diga -me, valia a pena ir até lá para trazer um cadáver?"
E o soldado, moribundo, respondeu:
-"Claro que sim, meu comandante! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e disse-me:
- Tinha a certeza que virias!"
"Um amigo é aquele que chega quando os outros já se foram."
Enviado pelo meu Amigo Calheiros
23/07/2009
COMPARANDO....
Os deputados ingleses, na Mãe dos Parlamentos:
1 . Não tem lugar certo onde sentar-se na Câmara dos Comuns;
2 . Não têm escritórios, não têm secretários nem automóveis,
3 . Não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou na província );
4 .Pagam todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer outro trabalhador;
5 . Não têm passagem de avião gratuita, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento;
6 . Tudo o resto tem de pagar de seu bolso;
7 . E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição;
8 . Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo.
Nota:
A propósito sabiam que, por cá, os funcionários que trabalham (???) na Assembleia da Republica têm um subsídio de 80% do seu vencimento? Porquê? Profissão de desgaste rápido (?!!) E porque é que os jornais não falam disto?
1 . Não tem lugar certo onde sentar-se na Câmara dos Comuns;
2 . Não têm escritórios, não têm secretários nem automóveis,
3 . Não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou na província );
4 .Pagam todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer outro trabalhador;
5 . Não têm passagem de avião gratuita, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento;
6 . Tudo o resto tem de pagar de seu bolso;
7 . E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição;
8 . Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo.
Nota:
A propósito sabiam que, por cá, os funcionários que trabalham (???) na Assembleia da Republica têm um subsídio de 80% do seu vencimento? Porquê? Profissão de desgaste rápido (?!!) E porque é que os jornais não falam disto?
22/07/2009
AINDA O PORQUÊ DA "GUERRA" AOS MILITARES!
Veja-se o exemplo Brasileiro...
Para os que acham que o Exército nada faz nesse país. É uma pequena amostra em relação principalmente à Amazónia onde os soldados, nas regiões mais distantes, além de manterem o território, prestam todo tipo de auxílio às populações em especial no ambito da saúde, dos transportes e educação. Só quem um dia visitou um Pelotão de Fronteira sabe dar o verdadeiro valor àqueles homens. "Brasil acima de tudo".
Segundo um artigo n' O Estado de SP, o que começou como uma solução temporária para acelerar as obras de infra-estrutura tem se transformado em uma das principais armas do governo federal para concluir os projetos. Nos últimos três anos, a transferência de obras para o Exército cresceu cerca de 900% e elevou a receita anual de R$ 40 milhões para mais de R$ 400 milhões.
A demanda tem sido tão forte que, em alguns casos, o serviço precisa ser terciarizado por falta de mão de obra. A expansão da carteira de projectos, que anda na ordem dos R$ 2 bilhões, tem causado inveja até mesmo às grandes construtoras, que torcem o nariz e contestam o avanço do Exército no sector. No total, os militares estão à frente de 92 obras, que vão de simples recapeamento de rodovias ao desafiante projecto de transposição do Rio São Francisco, no Nordeste.
Acresce a possibilidade de construção de aeroportos, ferrovias e obras portuárias.
Para aumentar ainda mais a tensão entre as construtoras, agora os Estados também resolveram aderir aos serviços do Exército. As obras dos novos ramais da ferrovia Ferroeste no Paraná, cujo principal accionista é o governo do Estado, deverão ser tocadas pelos militares. O plano de trabalho foi discutido sexta-feira pelo Exército e o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes.
E NÓS EM PORTUGAL PORQUE NÂO SEGUIR ESTE EXEMPLO?
A Engenharia Militar já deu largas provas em Angola, Moçambique, Guiné, no Libano e até já em Portugal que poderia ser utilizada em obras que estão a ser adjudicadas a Empresas privadas com aumento de custos desnecessários!
Claro que algumas dessas obras viriam a ser efectuadas por participação dessas empresas mas debaixo do controlo da Engenharia Militar e com isso certamente acabariam com as derrapagens tão frequentes que se têem verificado.
Mas, claro que com a intenção que vem verificando ao longo dos últimos tempos em "acabar" com as Forças Armadas isso é impensável faze-lo!
Atente-se no que se acaba de dizer e não deixemos que tal aconteça para bem de PORTUGAL!
É HORA DE DESPERTARMOS!
Irmãos Portugueses, vítimas como eu,
Da impunidade de muitos desonestos.
Expirou o prazo de resistência à dor.
Portugal é de todos nós, não é só meu.
Levantemos uma forte onda de protestos,
Contra os inimigos da força do Amor.
Não devemos continuar indiferentes
Ao abuso do poder duma certa malta
E aos seus sucessivos golpes financeiros.
Nós não somos mais um molho de inocentes
Que se conquista com as luzes da ribalta,
Projectada por camafeus interesseiros.
Enquanto, sacrificados pelo abuso,
Dum poder em reconhecida decadência,
Que continua a ignorar-nos com desdém ...
O Zé Povinho, com olhar já meio obtuso,
Continua a ver uns que vivem muito mal,
Enquanto outros, oh Deus Meu, vivem tão bem.
Porque deixamos que esta vergonha, crassa,
A que políticos, sem pejo, nos condenam,
Continue a afundar-nos na miséria?
Seremos nós indiferentes à desgraça?
Onde 'starão, afinal, os que mais ordenam?
Era verdade ou apenas uma léria?
Palavras d'ordem? Para quê? Não precisamos!
Todos nós sabemos bem a lição, de cor,
Não necessitamos d'ajuda de ninguém.
Há muitos anos, há tantos, que nós andamos
A correr na corda bamba, com tanta dor,
Que já sabemos bem o que é que nos convém.
Não queiramos, de nós próprios, ter vergonha,
Pois temos contas a prestar aos nossos filhos.
Estaremos perto do fim, se continuarmos
A sustentar todo o barrigudo que se oponha,
A deixar que nos livremos dos sarilhos
Em que a sua ambição queria afundar-nos.
Digamos todos NÃO ao voto inconsequente,
Por teimosa filiação a um partido
E repensemos muito bem a nossa opção.
A nossa prioridade, a mais urgente,
É a da nossa segurança no sentido,
De sentirmos todos orgulho na Nação.
22 de Julho de 2009
Maria Letra
20/07/2009
19/07/2009
O PORQUÊ DA "GUERRA" AOS MILITARES!
DEPOIMENTO DA JUIZA MARLI NOGUEIRA
Juíza do trabalho em Brasília.
Há anos venho acompanhando as notícias sobre o desmantelamento das Forças armadas e sobre a relutância dos governos de FHC e de Lula em reajustar dignamente os salários dos militares. O cidadão ingénuo até pensaria que os sucessivos cortes no orçamento do Ministério da Defesa e a insistência em negar os reajustes salariais à categoria poderiam, mesmo, decorrer de uma contenção de gastos, dessas que as pessoas honestas costumam fazer para manter em equilíbrio o binómio receita/despesa, sem comprometer a dignidade de sua existência. Mas depois de tanto acompanhar o noticiário nacional, certamente já ficou fácil perceber que não é esse o motivo que leva o governo a esmagar a única instituição do país que se pauta pela ampla, total e irrestrita seriedade de seus integrantes e que, por isso mesmo, goza do respaldo popular, figurando sempre entre as duas ou três primeiras colocadas nas pesquisas sobre credibilidade. A alegação de falta de dinheiro é de todo improcedente ante os milhões (ou bilhões) de reais que se desviaram dos cofres públicos para os ralos da corrupção política e financeira, agora plenamente demonstrada pelas CPMI' sem andamento no Congresso Nacional. O reajuste salarial concedido à Polícia Militar do Distrito Federal, fazendo surgir discrepâncias inadmissíveis entre a PM e as Forças Armadas para os mesmos postos, quando o dinheiro provém da mesma fonte pagadora - a União, criar uma situação constrangedora para os que integram uma carreira que sempre teve entre suas funções justamente a de orientar todas as Polícias Militares do país, consideradas forças auxiliares e reserva do Exército (art. 144, § 6º da Constituição Federal). Mas agora a charada ficou completamente desvendada. E se você, leitor, quer mesmo saber por que raios o governo vem massacrando as Forças Armadas e os militares, a ponto de o presidente da República sequer receber seus Comandantes para juntos discutirem a questão, eu lhe digo sem rodeios é por pura inveja e por medo da comparação que, certamente, o povo já começa a fazer entre os governos militares e os que os sucederam. Eis algumas das razões dessa inveja e desse medo.•
1. Porque esses políticos (assim como os formadores de opinião), que falam tão mal dos militares, sabem que estes passam a vida inteira estudando o Brasil - suas necessidades, os óbices a serem superados e as soluções para os seus problemas - e, com isso, acompanham perfeitamente o que se passa no país, podendo detectar a verdadeira origem de suas mazelas e também as suas reais potencialidades. Já os políticos profissionais - salvo excepções cada vez mais raras - passam a vida tentando descobrir uma nova fórmula de enganar o eleitor e, quando eleitos, não têm a menor ideia de por onde começar a trabalhar pelo país porque desconhecem por completo suas características, malgrado costumem, desde a candidatura, deitar falação sobre elas como forma de impressionar o público. Sem falar nos mais desonestos, que, além de não saberem nada sobre a terra que pretendem governar ou para ela legislar, ainda não têm o menor desejo de aprender o assunto. Sua única preocupação é ficar rico o mais rápido possível e gastar vultosas somas de dinheiro (público, é claro) em demonstrações de luxo e ostentação.•
2. Porque eles sabem que durante a ditadura militar havia projectos para o país, todos eles de longo prazo e em proveito da sociedade como um todo, e não para que os governantes de então fossem aplaudidos em comícios (que, aliás, jamais fizeram) ou ganhassem vantagens indevidas no futuro.•
3. Porque eles sabem que os militares, por força da profissão, passam, em média, dois anos em cada região do Brasil, tendo a oportunidade de conhecer profundamente os aspectos peculiares a cada uma delas, dedicando-se a elaborar projectos para o seu desenvolvimento e para a solução dos problemas existentes. Projectos esses, diga-se de passagem, que os políticos, é lógico, não têm o mínimo interesse em conhecer e implementar.•
4. Porque eles sabem que dados estatísticos são uma das ciências militares e, portanto, encarados com seriedade pelas Forças Armadas e não como meio de manipulação para, em manobra tipicamente orwelliana, justificar o injustificável em termos de economia, educação, saúde, segurança, emprego, índice de pobreza, etc.•
5. Porque eles sabem que os militares tratam a coisa pública com parcimónia, evitando gastos inúteis e conservando ao máximo o material de trabalho que lhes é destinado, além de não admitirem a negligência ou a malícia no trabalho, mesmo entre seus pares. E esses políticos por certo não suportariam ter os militares como espelho a reflectir o seu próprio desperdício e a sua própria incompetência.•
6. Porque eles sabem que os militares, ao se dirigirem ao povo, utilizam um tom directo e objectivo, falando com honestidade, sem emprego de palavras difíceis ou de conceitos abstractos para enganá-lo.•
7. Porque eles sabem que os militares trabalham duro o tempo todo, embora seu trabalho seja excessivo, perigoso e muitas vezes insalubre, mesmo sabendo que não farão jus a nenhum pagamento adicional, que, de resto, jamais lhes passou pela cabeça pleitear.•
8. Porque eles sabem que para os militares tanto faz morar no Rio de Janeiro ou em Picos, em São Paulo ou em Nioaque, em Fortaleza ou em Tabatinga porque seu amor ao Brasil está acima de seus anseios pessoais.•
9. Porque eles sabem que os militares levam uma vida austera e cultivam valores completamente apartados dos prazeres contidos nas grandes grifes, nas mansões de luxo ou nas contas bancárias no exterior, pois têm consciência de que é mais importante viver dignamente com o próprio salário do que nababescamente com o dinheiro público.•
10. Porque eles sabem que os militares têm companheiros de farda em todos os cantos do país, aos quais juraram lealdade eterna, razão por que não admitem que deslize algum lhes retire o respeito mútuo e os envergonhe.•
11. Porque eles sabem que, por necessidade inerente à profissão, a actuação dos militares se baseia na confiança mútua, vez que são treinados para a guerra, onde ordens emanadas ou cumpridas de forma equivocada podem significar a perda de suas vidas e as de seus companheiros, além da derrota na batalha.•
12. Porque eles sabem que, sofrendo constantes transferências, os militares aprendem, desde sempre, que sua família é composta da sua própria e da de seus colegas de farda no local em que estiverem, e que é com esse convívio que também aprendem a amar o povo brasileiro e não apenas os parentes ou aqueles que possam lhes oferecer, em troca, algum tipo de vantagem.•
13. Porque eles sabem que os militares jamais poderão entrar na carreira pela janela ou se tornar capitães, coronéis ou generais por algum tipo de apadrinhamento, repudiando fortemente outro critério de ingresso e de ascensão profissional que não seja baseado no mérito e no elevado grau de responsabilidade, enquanto os maus políticos praticam o nepotismo, o assistencialismo, além de votarem medidas meramente populistas para manterem o povo sob o seu domínio.•
14. Porque eles sabem que os militares desenvolvem, ao longo da carreira, um enorme sentimento de verdadeira solidariedade, ajudando-se uns aos outros a suportar as agruras de locais desconhecidos - e muitas vezes inóspitos além das saudades dos familiares de sangue, dos amigos de infância e de sua cidade natal.•
15. Porque eles sabem que os militares são os únicos a pautar-se pela grandeza do patriotismo e a cultuar, com sinceridade, os símbolos nacionais notadamente a nossa bandeira e o nosso hino, jamais imaginando acrescentar-lhes cores ideológico-partidárias ou adulterar-lhes a forma o conteúdo.•
16. Porque eles sabem que os militares têm orgulho dos heróis nacionais que, com a própria vida, mantiveram íntegra e respeitada a terra brasileira e que esses heróis não foram fabricados a partir de interesses ideológicos, já que, não dependendo de votos de quem quer que seja, nunca precisaram os militares agarrar-se à imagem romântica de um guerrilheiro ou de um traidor revolucionário para fazer dele um símbolo popular e uma bandeira de campanha.•
17. Porque eles sabem que para os militares o dinheiro é um meio, e não um fim em si mesmo. E que se há anos sua situação financeira vem se degradando por culpa de governos inescrupulosos que fazem do verbo inútil - e não de actos meritórios - o seu instrumento de convencimento a uma população em grande parte ignorante, eles ainda assim não esmorecem e nem se rendem à corrupção.
18. Porque eles sabem que se alguma corrupção existiu nos governos militares, foi ela pontual e episódica, mas jamais uma estratégia política para a manutenção do poder ou o reflexo de um desvio de carácter a contaminá-lo por inteiro.
19. Porque eles sabem que os militares passam a vida estudando e praticando, no seu dia-a-dia, conhecimentos ligados não apenas às actividades bélicas, mas também ao planeamento, à administração, à economia o que os coloca em um nível de capacidade e competência muito superior ao dos políticos gananciosos e despreparados que há pelo menos 20 anos nos têm governado.
20. Porque eles sabem que os militares são disciplinados e respeitam a hierarquia, ainda que divirjam de seus chefes, pois entendem que eles são responsáveis e dignos de sua confiança e que não se movem por motivos torpes ou por razões mesquinhas.
21. Porque eles sabem que os militares não se deixaram abater pelo massacre constante de acusações contra as Forças Armadas, que fizeram com que uma parcela da sociedade (principalmente a parcela menos esclarecida) acreditasse que eles eram pessoas más, truculentas, que não prezam a democracia, e que por dá cá aquela palha estão sempre dispostos a perseguir e a torturar os cidadãos de bem, quando na verdade apenas cumpriram o seu dever, atendendo ao apelo popular para impedir a transformação do Brasil em uma ditadura comunista como Cuba ou a antiga União Soviética, perigo esse que já volta a rondar o país.
22. Porque eles sabem que os militares caçaram muitos dos que hoje estão envolvidos não apenas em maracutaias escabrosas como também em um golpe de Estado espertamente camuflado de democracia (o que vem enfim revelar e legitimar, definitivamente, o motivo de suas cassações), não interessando ao governo que a sociedade perceba a verdadeira índole desses guerrilheiros-políticos aproveitadores, que não têm o menor respeito pelo povo brasileiro. Eles sabem que a comparação entre estes últimos e os governantes militares iria revelar ao povo a enorme diferença entre quem trabalha pelo país e quem trabalha para si próprio.
23. Porque eles sabem que os militares não se dobraram à mesquinha acção da distorção de factos que há mais de vinte anos os maus brasileiros impuseram à sociedade, com a clara intenção de inculcar-lhe a ideia de que os guerrilheiros de ontem (hoje corruptos e ladrões do dinheiro público) lutavam pela democracia, quando agora já está mais do que evidente que o desejo por eles perseguido há anos sempre foi - e continua sendo - o de implantar no país um regime totalitário, uma ditadura mil vezes pior do que aquelas que eles afirmam ter combatido.
24. Porque eles sabem que os militares em nada mudaram sua rotina profissional, apesar do sistemático desprezo com que a esquerda sempre enxergou a inegável competência dos governos da ditadura, graças aos quais o país se desenvolveu a taxas nunca mais praticadas, promovendo a melhoria da infra-estrutura, a segurança, o pleno emprego, fazendo, enfim, com que o país se destacasse como uma das mais potentes economias do mundo, mas que ultimamente vem decaindo a olhos vistos.
25. Porque eles sabem que os militares se mantêm honrados ao longo de toda a sua trajectória profissional, enquanto agora nos deparamos com a descoberta da verdadeira face de muitos dos que se queixavam de terem sido caçados e torturados, mas que aí estão, mostrando o seu carácter abjecto e seus pendores nada democráticos.
26. Porque eles sabem que os militares representam o que há de melhor em termos de conduta profissional, sendo de se destacar a discrição mantida mesmo frente aos actuais escândalos, o que comprova que, longe de terem tendências para golpes, só interferem - como em 1964 - quando o povo assim o exige.
27. Porque eles sabem que os militares, com seus conhecimentos e dedicação ao Brasil, assim como Forças Armadas bem equipadas e treinadas, são um estorvo para quem deseja implantar um regime totalitarista entre nós, para tanto se valendo de laços ilegítimos com ditaduras comunistas como as de Cuba e de outros países, cujos povos vêem sua identidade nacional se perder de forma praticamente irrevogável, seu poder aquisitivo reduzir-se aos mais baixos patamares e sua liberdade ser impiedosamente comprometida.
28. Porque eles sabem que os militares conhecem perfeitamente as causas de nossos problemas e não as colocam no FMI, nos EUA ou em qualquer outro lugar fora daqui, mas na incompetência, no proselitismo e na desonestidade de nossos governantes e políticos profissionais.
29. Porque sabendo que ninguém pode enganar todo mundo o tempo todo,o governo temia que esses escândalos, passíveis de aflorar a qualquer momento pudessem provocar o chamamento popular da única instituição capaz de colocar o país nos eixos e fazer com que ele retomasse o caminho da competência,da segurança e do desenvolvimento.
30. Porque eles sabem, enfim, que todo o mal que se atribui aos militares e às Forças Armadas - por maiores que sejam seus defeitos e limitações - não tem respaldo na Verdade histórica que um dia há de aflorar.
LÁ COMO CÁ A MÚSICA É A MESMA E OS POLÍTICOS JÁ SE ESQUECERAM DE QUEM LHES DEU O "POLEIRO"!!!
Cuidados com a saúde!
Agora que tanto se fala da Gripe suína há que ter ainda maiores cuidados para perservarmos a nossa saúde!
O Mundo de Sócrates - Continua o Faz-de-Conta....
Clara Ferreira Alves, no EXPRESSO, à imagem de Pacheco Pereira, António Barreto, Mário Crespo, Medina Carreira e alguns poucos mais com credibilidade no que resta deste País, diz-nos que, para não nos envergonharmos perante os nossos filhos e netos, teremos de fazer tudo para virar a situação política que se tem vivido!
Assim, continua ela, não admira que neste País "emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido."
Mas, acrescem, segundo ela, os favores que os políticos prestam a altos funcionários e jornalistas levando-os a esconder as verdadeiras notícias ,"prostituindo-os" na sua dignidade profissional.
Isso levou a que, em dado momento, a actividade do jornalismo se constituísse como O VERDADEIRO PODER. Dessa forma "só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades. Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos," até porque, como ela própria salienta, "a justiça portuguesa não é apenas cega ela é também surda, muda, coxa e marreca."
Verifica-se um déficit de responsabilidade civil, criminal e moral em Portugal bem maior que o seu déficit financeiro. No entanto, nenhum português se preocupa com isso apesar de pagar os custos inerentes a essa situação. Situação essa que, pelo seu secretismo e morosidades, encobre compadrios e cria corrupções. Vivendo-se, assim, no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem se concluir nada.
"Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Foi a morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve. "
Tudo o que se vem a saber, diz, são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças e, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Em seguida, em reforço do que referiu, enumera uma série de casos de que, até agora, se desconhece o seu fim, a saber: "do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho," para além de outros igualmente mediáticos.
A certa altura pergunta , ela, se "haverá por aí quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos? "
Ainda, segundo ela, "passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento. Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade. Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra. Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade."
Vive-se num País do Faz-de-Conta! Para todos nós este é o maior fracasso da democracia portuguesa!
18/07/2009
HÁ HORAS FELIZES...
Este título era o refrão usado por um vendedor de lotaria que aparecia entre nós, estudantes, na primeira metade da década de 50 e com o qual pretendia que nós comprássemos uma cautela para termos uma hora feliz.
Mas nem só a lotaria ou o moderno euromilhões nos fazem felizes, pois há outros factores incomensuravelmente importantes. Tive há pouco uma hora feliz de que certamente os colegas do Sempre Jovens se aperceberam, embora não tenham medido a extensão.
Mas eu passo a narrar o sucedido.
Há menos de duas semanas publiquei umas reflexões sob o título Que futuro teremos? que deram origem a uma muito interessante troca de comentários. Nesse texto defendia a esperança de que o mau estado em que o País e o mundo se encontra irá terminar por acções de moralização vindas das camadas mais jovens. Mas nem todas as pessoas partilham dessa esperança e fui discretamente apelidado de utópico patológico, porque a juventude está a crescer num ambiente doentio herdando os vícios e as manhas da sociedade actual.
É certo que isso não me destruiu a esperança por a ter criado com base em argumentos e sentimentos sólidos, mas teria sido mais agradável sentir uma coluna mais densa de seguidores.
Entretanto o amigo Luís, publicou no Sempre Jovens um o post Como limpar um país em horas.... que constava de um vídeo que mostrava como a Estónia se viu livre dos lixos espalhados pelos terrenos florestados, tornando estes mais em conformidade com a Natureza. E ao ver esta actividade tão positiva, talvez um pouco influenciado pelas críticas negativas à minha esperança «utópica» atrás referida, não esperei que surgisse uma iniciativa semelhante por cá, e logo lancei a ideia de fazer algo parecidoa mas em moldes mais rudimentares e simplistas, sem pretender resultados absolutos, no que tive um apoio muito interessante e que ficou definida no post da Fernanda Ferreira transcrito no post Vamos limpar Portugal e no poema de Maria Letra transcrito em Limpemos o caminho que pisamos.
Mas e é aqui que se baseia o título deste texto num dos muitos comentários apareceu o de Elvira Carvalho a informar que o mesmo objectivo está a ser demandado por um grupo de jovens familiarizados com a informática e a Internet e possuidores de saber sobre organização que está a agir para ter Portugal limpo em 31 de Outubro.
Não é um movimento concorrente e rival, mas sim convergente para a mesma finalidade ao qual presto sincera homenagem e agradeço na minha qualidade de português, e ofereço a minha colaboração naquilo que for possível e mais conveniente.
Neste momento tem 451 membros e qualquer pessoa pode inscrever-se, depois de consultar o site Limpar Portugal, e o e-mail é projectolimparportugal@gmail.com.
O grande desejo que nos move é que todos os portugueses adiram e forneçam todo o apoio que puderem. PORTUGAL FICA AGRADECIDO.
Está assim concretizada a força da mudança que previa no post Que futuro teremos?. Depois da poluição física, virá inevitavelmente a limpeza da poluição moral e social nas formas de corrupção, enriquecimento ilícito, peculato, etc de que hoje a imprensa fala em Falhas de controlo das entidades públicas abrem porta à corrupção , Ana Gomes diz que "nunca existiu vontade política" no combate à corrupção , Inquérito confirma riscos de corrupção e em Sanções "agravadas" para gestores que não apliquem plano anti-corrupção.
Mas nem só a lotaria ou o moderno euromilhões nos fazem felizes, pois há outros factores incomensuravelmente importantes. Tive há pouco uma hora feliz de que certamente os colegas do Sempre Jovens se aperceberam, embora não tenham medido a extensão.
Mas eu passo a narrar o sucedido.
Há menos de duas semanas publiquei umas reflexões sob o título Que futuro teremos? que deram origem a uma muito interessante troca de comentários. Nesse texto defendia a esperança de que o mau estado em que o País e o mundo se encontra irá terminar por acções de moralização vindas das camadas mais jovens. Mas nem todas as pessoas partilham dessa esperança e fui discretamente apelidado de utópico patológico, porque a juventude está a crescer num ambiente doentio herdando os vícios e as manhas da sociedade actual.
É certo que isso não me destruiu a esperança por a ter criado com base em argumentos e sentimentos sólidos, mas teria sido mais agradável sentir uma coluna mais densa de seguidores.
Entretanto o amigo Luís, publicou no Sempre Jovens um o post Como limpar um país em horas.... que constava de um vídeo que mostrava como a Estónia se viu livre dos lixos espalhados pelos terrenos florestados, tornando estes mais em conformidade com a Natureza. E ao ver esta actividade tão positiva, talvez um pouco influenciado pelas críticas negativas à minha esperança «utópica» atrás referida, não esperei que surgisse uma iniciativa semelhante por cá, e logo lancei a ideia de fazer algo parecidoa mas em moldes mais rudimentares e simplistas, sem pretender resultados absolutos, no que tive um apoio muito interessante e que ficou definida no post da Fernanda Ferreira transcrito no post Vamos limpar Portugal e no poema de Maria Letra transcrito em Limpemos o caminho que pisamos.
Mas e é aqui que se baseia o título deste texto num dos muitos comentários apareceu o de Elvira Carvalho a informar que o mesmo objectivo está a ser demandado por um grupo de jovens familiarizados com a informática e a Internet e possuidores de saber sobre organização que está a agir para ter Portugal limpo em 31 de Outubro.
Não é um movimento concorrente e rival, mas sim convergente para a mesma finalidade ao qual presto sincera homenagem e agradeço na minha qualidade de português, e ofereço a minha colaboração naquilo que for possível e mais conveniente.
Neste momento tem 451 membros e qualquer pessoa pode inscrever-se, depois de consultar o site Limpar Portugal, e o e-mail é projectolimparportugal@gmail.com.
O grande desejo que nos move é que todos os portugueses adiram e forneçam todo o apoio que puderem. PORTUGAL FICA AGRADECIDO.
Está assim concretizada a força da mudança que previa no post Que futuro teremos?. Depois da poluição física, virá inevitavelmente a limpeza da poluição moral e social nas formas de corrupção, enriquecimento ilícito, peculato, etc de que hoje a imprensa fala em Falhas de controlo das entidades públicas abrem porta à corrupção , Ana Gomes diz que "nunca existiu vontade política" no combate à corrupção , Inquérito confirma riscos de corrupção e em Sanções "agravadas" para gestores que não apliquem plano anti-corrupção.
17/07/2009
Relatório da Comissão de inquérito ao BPN!
Incompatibilidades
O dr. Vítor Constâncio ainda não percebeu que é um triste símbolo de um ciclo que terminou.
Fiado na sua imensa autoridade, o dr. Vítor Constâncio decidiu pregar um raspanete à Assembleia da República por esta se ter imiscuído nos meandros da supervisão. Nem o relatório final da comissão de inquérito ao BPN, feito à sua medida, conseguiu acalmar os ânimos do governador do Banco de Portugal.
O PS, através da deputada Sónia Sanfona (desafinada - FON...FON...fon…fon...), fez o que pôde: ignorando olimpicamente meses de trabalho parlamentar, apresentou um texto inócuo e inconclusivo, recheado de citações oficiais e de desculpas de mau pagador. Imune a este tipo de simpatias, o dr. Constâncio apresentou-se imediatamente ao país, disposto a desfazer qualquer dúvida sobre a sua iluminada pessoa. Ele que, num dia feliz, já confessara a sua santa "ingenuidade", achou-se agora no direito de explicar que a sua extraordinária actuação estava muito acima das capacidades de qualquer deputado.
Como se viu, só ele, na sua infinita sabedoria, se considera em condições de se avaliar a si próprio, longe da chicana parlamentar e dos golpes sujos da oposição. E ele, como se viu também, considera-se muito: não há falha que o atinja, nem offshore que o diminua. Em guerra aberta com a realidade, o dr. Constâncio acabou, no entanto, por mostrar aquilo que já não consegue ser: um governador do Banco de Portugal.
Durante anos..., o dr. Constâncio transformou o Banco de Portugal numa espécie de porta-voz oficial do ministério das Finanças, com défices ao sabor do cliente e previsões à altura das suas necessidades. A crise económica alargou-lhe os horizontes, juntando à sua reconhecida incompetência ... uma inesperada incompetência técnica que, durante meses a fio, se exibiu, com esplendor, na Assembleia da República. Instrumentalizado pela oposição, o porta-voz do ministério das Finanças acabou por se tornar numa figura menor que, neste momento, incomoda já o próprio Governo. Só ele, na sua megalomania, é que ainda não percebeu que é um triste símbolo de um ciclo que terminou.
A conferência de imprensa que deu, na semana passada, foi a prova de que já ninguém precisava. Enrolado na sua imensa arrogância, o dr. Constâncio pretendeu apresentar-se como um mártir iluminado, sem compreender que o papel de vítima era o único que já não lhe assentava. O exercício saldou-se, como seria de esperar, num espectáculo mais ou menos patético que confirmou apenas a solidão de um homem que se incompatibilizou com o cargo que ainda ocupa. Pior seria impossível.
Constança Cunha e Sá, Jornalista
O dr. Vítor Constâncio ainda não percebeu que é um triste símbolo de um ciclo que terminou.
Fiado na sua imensa autoridade, o dr. Vítor Constâncio decidiu pregar um raspanete à Assembleia da República por esta se ter imiscuído nos meandros da supervisão. Nem o relatório final da comissão de inquérito ao BPN, feito à sua medida, conseguiu acalmar os ânimos do governador do Banco de Portugal.
O PS, através da deputada Sónia Sanfona (desafinada - FON...FON...fon…fon...), fez o que pôde: ignorando olimpicamente meses de trabalho parlamentar, apresentou um texto inócuo e inconclusivo, recheado de citações oficiais e de desculpas de mau pagador. Imune a este tipo de simpatias, o dr. Constâncio apresentou-se imediatamente ao país, disposto a desfazer qualquer dúvida sobre a sua iluminada pessoa. Ele que, num dia feliz, já confessara a sua santa "ingenuidade", achou-se agora no direito de explicar que a sua extraordinária actuação estava muito acima das capacidades de qualquer deputado.
Como se viu, só ele, na sua infinita sabedoria, se considera em condições de se avaliar a si próprio, longe da chicana parlamentar e dos golpes sujos da oposição. E ele, como se viu também, considera-se muito: não há falha que o atinja, nem offshore que o diminua. Em guerra aberta com a realidade, o dr. Constâncio acabou, no entanto, por mostrar aquilo que já não consegue ser: um governador do Banco de Portugal.
Durante anos..., o dr. Constâncio transformou o Banco de Portugal numa espécie de porta-voz oficial do ministério das Finanças, com défices ao sabor do cliente e previsões à altura das suas necessidades. A crise económica alargou-lhe os horizontes, juntando à sua reconhecida incompetência ... uma inesperada incompetência técnica que, durante meses a fio, se exibiu, com esplendor, na Assembleia da República. Instrumentalizado pela oposição, o porta-voz do ministério das Finanças acabou por se tornar numa figura menor que, neste momento, incomoda já o próprio Governo. Só ele, na sua megalomania, é que ainda não percebeu que é um triste símbolo de um ciclo que terminou.
A conferência de imprensa que deu, na semana passada, foi a prova de que já ninguém precisava. Enrolado na sua imensa arrogância, o dr. Constâncio pretendeu apresentar-se como um mártir iluminado, sem compreender que o papel de vítima era o único que já não lhe assentava. O exercício saldou-se, como seria de esperar, num espectáculo mais ou menos patético que confirmou apenas a solidão de um homem que se incompatibilizou com o cargo que ainda ocupa. Pior seria impossível.
Constança Cunha e Sá, Jornalista
16/07/2009
15/07/2009
VAMOS LIMPAR PORTUGAL!
Na Europa há um pequeno país chamado Estónia, cujo território em cerca de metade da sua área está coberto por florestas de coníferas. Porém as mesmas florestas foram “decoradas” com lixo doméstico e de construções. Muita gente acha aceitável trazer o seu lixo para a floresta e têm feito isso durante muitos anos. Infelizmente o mesmo se passa em Portugal.
Contudo, um grupo de pessoas acreditava que tudo isso podia mudar e assim começou a ganhar forma a Campanha “Vamos Fazer”.
Esta Campanha, na Estónia, nasceu de uma ideia simples “E se limpássemos TODO O PAÍS?”
Ninguém tinha jamais feito isso e não havia ideia como o fazer. Só tínham a certeza de que podia ser feito. A ideia foi baptizada por “Vamos Fazer” e o plano era limpar 10.000 toneladas de lixo.
Para isso, seria necessário envolver no mínimo 40.000 voluntários.
Em primeiro lugar formou-se uma equipa de 20 voluntários que rapidamente cresceu para um grupo de 650 pessoas.
Foi preciso convidar profissionais para integrar a equipa, o que não foi difícil, uma vez que eles próprios também acreditavam que a acção era possível.
O segundo passo foi juntar pessoas, organizações e comunidades para obter o apoio necessário para a ideia e encontrar parceiros confiáveis.
Os realizadores perceberam desde o início que precisavam do apoio de TODA a sociedade, e então foram em frente. Cada parceiro entrou com o seu sector de recursos. Alguns ajudaram com equipas, outros emprestaram equipamentos, transportes e os “midia” não cobraram nada pela publicidade. A dada altura ninguém recusava nada.
O terceiro passo foi localizar e fazer mapas que mostrassem claramente onde, que tipo e quantidade de lixo existia. Para o efeito criou-se um mapa virtual.
Foi relativamente simples, juntando-se a tecnologias do Google Earth com outros programas freeware criou-se o próprio software que tornou tudo mais fácil. Depois foi necessário tirar fotos, mesmo usando telemóveis, e ir passando essa informação para o mapa de lixo.
Os locais, imagens e informações sobre cada espaço eram enviados directamente para o site e todos podiam acompanhar o processo online. Conseguia ver-se todos os pontos onde existia lixo a aparecer no mapa. No total, 720 voluntários estiveram envolvidos no processo de sinalização destes pontos.
Pergunta crucial, como juntar 40.000 pessoas para limpar tudo?
A primeira tarefa era sensibilizar as pessoas para o problema e mostrar quanto lixo de facto havia. O passo seguinte foi organizar campanhas publicitárias (esta foi a maior campanha publicitária da história desse Pais e não se gastou absolutamente nada).
Actores famosos, músicos, líderes culturais deram a voz e a cara à campanha de graça.
De repente o “Vamos fazer” estava em todos os lugares.
Para facilitar pediu-se às pessoas que se registassem em equipas de trabalho via Internet.
Cada equipa era responsável por limpar um certo campo de lixo.
A apenas duas semanas do dia da limpeza, ainda só havia apenas 10.000 pessoas registadas.
O Dia da Acção – 3 de Maio, 2008 - Mas naquele dia, os sonhos mais impossíveis tornaram-se realidade. Mais de 50.000 pessoas apareceram para participar e o resto da população seguiu através do mídia.
Também participaram nessa acção estudantes russos, alemães, suecos, chineses, finlandeses e lituanos.
Os mídia Internacional acompanharam a mais ambiciosa acção voluntária dos tempos modernos.
Esta experiência teve um alcance Global. Em circunstâncias normais, o governo da
Estónia teria gasto 22,5 milhões de € e três anos neste processo, mas ele foi feito por apenas meio milhão de € NUM DIA.
Todo o território da Estónia ficou limpo em 4 horas.
ELES CONSEGUIRAM! E NÓS IREMOS TAMBÉM CONSEGUIR AQUI EM PORTUGAL!
Ao recebermos esta notícia de operação de limpeza do lixo disseminado pela superfície da Estónia, levada a cabo por toda a população entendemos que uma operação deste tipo seria muito interessante e educativa se aqui fosse efectuada.
Efectivamente, vivemos num lindo planeta, mas estamos a destruí-lo todos os dias.
Há lixo em todos os lugares; praias, cidades, florestas e até nos oceanos.
É preciso limpar o nosso País. Para isso é indispensável a colaboração de todas as pessoas, organizações e comunidades para concretizar esta ideia e encontrar parceiros confiáveis, nas autoridades, nas empresas com meios adequados para este efeito.
Não se trata de acção política, eleitoral, mas se os partidos quiserem, desde já, entrar nessa operação, que deve ser permanente, só terão vantagem aos olhos do povo.
Será útil a colaboração voluntária das pessoas, quem empreste equipamentos, transportes e os “midia” que estimulem os voluntários.
O grande dia de encerramento da operação será 8 de Novembro e, então, quando finalmente o País estiver limpo, será uma expansão da alegria para os portugueses, ao gosto local, conforme a disponibilidade de autarquias e organizações da região.
E será bom que daí se conclua que será mais fácil não poluir, não espalhar lixo, entulhos e escombros.
Esta mensagem deve ser difundida por todos os portugueses, e em cada Freguesia e Concelho, devem ser organizadas as acções mais adequadas, tendo sempre em vista o benefício que daí resultará para o ambiente e para as pessoas.
* Trabalho feito em conjunto com os amigos João e Luís. Contamos com a participação activa de todos os colaboradores e leitores.
Fernanda Ferreira
14/07/2009
A PARTE MAIS IMPORTANTE DO CORPO
As pessoas só aprendem esta lição quando precisam de apoio e não o têm!
OBSERVATÓRIOS PARA QUÊ???
OBSERVAR
Para quê criar observatórios dependentes do Governo? Para que servem as inspecções e as direcções-gerais? A notícia é simples. O Tribunal de Contas fez um estudo de algumas obras públicas. Cinco, ao todo: a Ponte Rainha Isabel, em Coimbra; a Casa da Música, no Porto; o túnel do Terreiro do Paço, em Lisboa; o túnel do Rossio, também em Lisboa; e o Aeroporto Sá Carneiro, no Porto. Foram detectados atrasos, no acabamento das obras, entre um a mais de quatro anos, o que dá, em média, o dobro do tempo de construção para cada obra. As derrapagens financeiras nos custos elevaram-se, no total, a 241 milhões de euros.
Entre as suas conclusões, o Tribunal de Contas sugere que seja criado um Observatório das Obras Públicas, com as funções de acompanhar e vigiar o processo de construção, o cumprimento dos calendários e a evolução dos custos. Uma entidade deste género estaria já prevista na lei, mas nunca teria funcionado.
O Governo, pela voz de representante do Ministério das Obras Públicas, concordou e garantiu que tal Observatório seria criado e entraria em funcionamento no segundo semestre de 2009. Segundo a mesma fonte, a sua "operacionalização" está dependente de uma certificação de software. O Tribunal de Contas congratulou-se com a resposta pronta do Governo.
Muitos foram os que celebraram a intenção do Governo. Até um ex-ministro das Obras Públicas, João Cravinho , aprovou, não sem franzir o sobrolho: "O que é preciso é fazer cumprir a legislação. O fundamental é estabelecer, nas regras de contratação, as disposições que permitam tornar extremamente penalizadora a derrapagem".
O processo de criação deste Observatório, cuja utilidade está por provar, só tem um paralelo: o das obras públicas que se propõe observar. Na verdade, há pelo menos cinco anos que este Observatório está em projecto e foi anunciado. O organismo de combate à derrapagem foi o primeiro a derrapar!
Em Novembro de 2004, com efeito, o então ministro das Obras Públicas, António Mexia, foi ao Parlamento anunciar a criação de um Observatório das Obras Públicas. Nada aconteceu, que se saiba. Dois anos depois, em Maio de 2006, o novo ministro, Mário Lino, anunciava a "criação de um Observatório das Obras Públicas, com vista a garantir um maior rigor na observação, atenta e sistemática, da Obra Pública, o que permitirá conhecer as causas dos desvios nos custos e nos prazos de execução das obras, e promover o conjunto de acções conducentes à sua eliminação". Ainda nesse ano, o Governo renova as suas intenções de "integrar num só documento toda a legislação publicada, criar um Observatório de Obras Públicas, de modo a determinar as causas dos desvios nos custos e nos prazos de execução". Mais um tempo e, em Novembro de 2006, novamente Mário Lino anuncia a fundação de um "Observatório de Obras Públicas que permita ao Estado avaliar o desempenho concreto de cada operador económico em cada obra". Em Outubro de 2007, o ministro volta a anunciar, na Assembleia da República, a "intenção de criação do Observatório de Obras Públicas, que terá como objectivo analisar e acompanhar todos os contratos de empreitadas de obras públicas". No ano seguinte, em Janeiro de 2008, o decreto que aprova o Código dos Contratos Públicos cria o Observatório das Obras Públicas. Passam os meses. Em Julho, uma portaria do ministério define as regras de funcionamento do sistema de informação designado por Observatório das Obras Públicas: "A presente portaria procede à constituição e à definição das regras de funcionamento do sistema de informação designado por Observatório das Obras Públicas, nos termos do disposto no artigo 466.º do Código dos Contratos". E assim chegámos a Junho de 2009. O Tribunal de Contas propõe e o Governo aceita. É anunciada a criação do Observatório
Os efeitos deste Observatório, se vier a ser criado, são imprevisíveis. O modo de nascimento de certas organizações define já o que serão: pretextos ou empregos. Os observatórios entraram em moda há alguns anos e multiplicaram-se. Entre úteis e inúteis, a lista telefónica revela-os às dezenas.
O Observatório do QREN é uma estrutura de missão destinada a assegurar o exercício das actividades técnicas de coordenação e "monitorização" estratégica do Quadro de Referência Estratégico Nacional.
Em Abril de 2009, a ministra da Educação, o secretário de Estado adjunto e da Administração Local e a Associação Nacional de Municípios Portuguesas acordaram em criar o Observatório das Políticas Locais de Educação.
O Observatório da Emigração é uma instituição criada em 2008 pela Secretaria de Estado das Comunidades em "parceria" com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.
O Observatório da Imigração é uma unidade criada no âmbito do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, que pretende aprofundar o conhecimento sobre a realidade da imigração em Portugal.
O Observatório Permanente da Justiça Portuguesa, criado no âmbito do Ministério da Justiça, está sedeado no Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, onde funciona desde 1996.
O Observatório Português dos Sistemas de Saúde tem como finalidade proporcionar uma análise precisa, periódica e independente da evolução do sistema de saúde português.
O Observatório do Turismo é o órgão responsável pelo acompanhamento, divulgação e análise da evolução da actividade turística.
O Observatório dos Mercados Agrícolas e Importações Agro-Alimentares foi criado pela Assembleia da República.
Este não é o catálogo.
Ficaram muitos por enumerar, como o Observatório de Segurança de Estradas, o Observatório do Endividamento dos Consumidores, o Observatório das Desigualdades, o Observatório de Prospectiva na Engenharia e Tecnologia, o Observatório da Publicidade, o Observatório do Comércio, o Observatório da Ciência e do Ensino Superior, o Observatório das Actividades Culturais ou o Observatório do Emprego e Formação Profissional. Sem falar nos observatórios municipais, que os há, nos regionais, que também existem, e nos privados, que não faltam.
Para quê criar observatórios dependentes do Governo? Para que servem as Inspecções e as Direcções-Gerais? Por que não contratar entidades independentes, exteriores à Administração Pública, privadas ou estrangeiras? Já agora, comparem-se os prazos e os custos de obras públicas com grandes empreendimentos privados, a Ponte do Carregado, por exemplo, ou os grandes centros comerciais. O resultado é uma vergonha para a Administração Pública.
António Barreto, Sociólogo - Retrato da Semana – 20090614
13/07/2009
CHEGOU A HORA DE DIZER ADEUS... VOTE EM BRANCO!
Se votar em branco castigará todos os partidos que estão ligados a esta "palhaçada" que dizem ser democracia
Quero ir para POORTUGAAL!
Uma comitiva do Parlamento Europeu a convite de Sócrates e da sua Ministra Lurdinhas, visitam uma escola modelo no nosso país maravilha.
Numa sala da primária cheia de jornalistas a ensaiada professora com ambição a uma futura boa avaliação, pergunta aos alunos:
- Onde temos a melhor escola?
- Aqui em Portugal. - Respondem todos.
- Onde temos o Magalhães, o melhor portátil do mundo?
- Em Portugal. - Respondem.
- E onde há os melhores recreios da Europa?
- Aqui em Portugal. - Respondem mais uma vez.
- E onde existem as melhores cantinas, que servem as melhores sobremesas?
- Na nossa Escola, aqui em Portugal!
A professora ainda insaciada, continua:
- Onde é que vivem as crianças mais felizes do mundo?
- Em Portugal! - Respondem os alunos com a lição bem estudada.
Os tradutores lá iam informando a comitiva estrangeira que abanava a cabeça, cépticos.
Nisto uma garota no fundo da sala começa a chorar baixinho.
Com as televisões em directo, Sócrates, para impressionar convidados e
jornalistas, pondo-se a jeito para as câmaras, resolve acudir à menina
perguntando-lhe:
- Que tens minha Menina?
Resposta imediata da menina, soluçando:
*- QUERO IR PARA POORTUGAAL! *
Nota: A criança tinha visto aquele e-mail sobre a cidade holandeza e confundiu-se! AHAHAHAH!
POSSO? ...MAIS UM GRITO DE RAIVA!
Posso?
Grita, grita à vontade.
Tens razão, já é demais.
Nem parece verdade,
Milhões e milhões aos ais!
Sofrer sem culpa e com dor!
Inocentes... mas que pena!
Viver sem paz nem amor,
Injustiça, crueldade, horror!
Gananciosos, malditos,
Invasores. Canalhas.
Importância para ricos!
Direitos humanos sem valor!
Eles e suas leis a seu jeito.
Por isso querem poder.
E muito povo já sem leito
Obedece sem querer.
Abaixo os imbecis.
Abaixo guerras e agressões.
Abaixo os convencidos,
Que são donos das nações!
Ambiciosos, querem poder,
Pois percam as ilusões.
O Mundo há-de vencer
E tirar-vos as razões.•
Publicada por Mara, a autora, em SEMPRE JOVENS
12/07/2009
MÃE ... É PARA SEMPRE!
PARA SEMPRE
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo-
de tirá-la um dia?
Fôsse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Poema de Carlos Drummond de Andrade, publicado pela amiga São
RESPONSABILIZEM-SE OS PARTIDOS PELAS ATITUDES DOS SEUS APANIGUADOS!
Os partidos são responsáveis pelos crimes dos seus dirigentes?
No actual estado de degradação das estruturas partidárias, os partidos são verdadeiras escolas de tráfico de influência Sucedem-se os casos de polícia envolvendo personalidades que se tornaram conhecidas por via da política, em particular nos dois grandes partidos, PS e PSD, e num mais pequeno, o CDS. O PCP e o BE parecem até agora à margem dos casos com maior escândalo público.
No conflito político, os partidos, umas vezes directamente, outras vezes de forma mais sub-reptícia, usam esses casos para se acusarem mutuamente de responsabilidade no que aconteceu. O caso mais estrondoso desse tipo de acusação, muito mais do que insinuação, foi a história da "roubalheira" que Vital Moreira quis usar na campanha eleitoral. O comportamento de Vital Moreira não teve efeitos eleitorais, mas não é claro até que ponto essa acusação engrossa outras do mesmo teor, numa mesma percepção pública de que os "políticos são ladrões", percepção essa que, acima de tudo em tempos de crise, ganha foros de uma evidência incontestável.
Não me interessa aqui discutir se as acusações e suspeitas são ou não são verdadeiras, são ou não são provadas, nem apagar a presunção da inocência, que não está em causa no que digo. O que me interessa é saber se, nestes casos de polícia, envolvendo políticos do topo, caso venham a dar origem a condenações em tribunal ou revelem comportamentos eticamente inaceitáveis, se tem ou não tem sentido considerar comprometidos, logo também responsáveis, os partidos políticos. Saber se, por hipótese, todos os políticos de que se fala no caso Freeport, BPN ou do edifício dos CTT em Coimbra fossem culpados, que parte da culpa sobraria para os partidos políticos. Poder-se-ia atacar o PS pelo caso Freeport, o PSD pelo caso BPN ou dos CTT, o CDS pelos sobreiros e pelos submarinos?
A minha resposta é sim, os partidos políticos individual e colectivamente têm responsabilidade naquilo que de ilegal fazem alguns dos seus altos dirigentes, em particular nos crimes que envolvem o exercício do poder, ou a influência adquirida pelo poder, porque não criaram no seu seio uma cultura de intransigência face a estes crimes, principalmente com todas as formas de tráfico de influência e corrupção, e convivem sem dificuldades com práticas que dão origem a verdadeiras carreiras que desembocam no crime.
No actual estado de degradação das estruturas partidárias, em que a militância desinteressada e a adesão político-ideológica é quase irrelevante em relação à carreira aparelhística, os partidos no seu interior são verdadeiras escolas de tráfico de influência, de práticas pouco democráticas como os sindicatos de voto, de caciquismo, de fraudes eleitorais, de corrupção. É duro de se dizer, mas é verdade e nessa verdade paga o justo pelo pecador.
Um jovem que chegue hoje a um partido político por via das "jotas" entra numa secção e encontra imediatamente um mundo de conflitos internos em que as partes o vão tentar arregimentar. Ele pode esperar vir para fazer política, mas vai imediatamente para um contínuo e duro confronto entre uma ou outra lista para delegados a um congresso, para a presidência de uma secção, para uma assembleia distrital, em que os que já lá estão coleccionaram uma soma de ódios. Ele entra para um mundo de confrontação pelos lugares, que se torna imediatamente obsessivo. Não se fala doutra coisa, não se faz outra coisa do que procurar "protagonismo" e "espaço político".
Se se deixa levar, ou pior, se tem apetência para este tipo de vida, passa a ter uma sucessão de reuniões e começa a pertencer a uma qualquer tribo, herdando os conflitos dos dirigentes dessa tribo e participando do trade off de lugares e promessas e expectativas de carreira. Não lhe custa muito perceber que neste meio circulam várias possibilidades de ter funções cujo estatuto, salário e poder são muito maiores e com menos dificuldades do que se tiver que competir no mercado do trabalho, e tiver que melhorar as suas qualificações com estudos e cursos mais árduos. Por via partidária, ele acede à possibilidade de ser muita coisa, presidente de junta, assessor, entrar para uma empresa municipalizada, ir para os lugares do Estado que as estruturas partidárias consideram "seus" como sejam as administrações regionais de saúde, escolares, da segurança social. E por aí acima.
Veja-se uma biografia típica de aparelho partidário. Nascimento num meio rural, frequência de curso, abandono do curso "por funções políticas", nalguns casos terminado depois numa instituição de ensino superior privada sem grande reputação de exigência. Típica profissão, por exemplo, "consultor jurídico". Pouco depois de chegar às "jotas" já é chefe de projectos num programa público, por nomeação de um secretário de Estado da juventude (o delegado das "jotas" no governo), adjunto numa câmara municipal, depois vereador. Como vereador dirige-se para os lugares de grande confiança política, urbanismo, candidaturas a fundos europeus, contratos-programa. Depois acumula com as empresas municipalizadas. Está a caminho de ser deputado, e eventualmente secretário de Estado numa área em que também é necessário a máxima confiança partidária, juventude, segurança social, comunidades. Ele sabe o que tem que fazer: gerir lealdades e obediências, empregar membros do partido em funções de chefia, subsidiar aquela instituição de solidariedade nacional "das nossas", "ajudar" o partido na terra X ou Y, a começar por aquela de onde vem.
Tudo isto ainda na faixa dos vinte, trinta anos. O grosso da sua actividade tem a ver com um contínuo entre o poder no partido e o poder na câmara municipal, ou no governo, um alimentando o outro. Com a ascensão na carreira, tornou-se ele próprio um chefe de tribo. Pode empregar, fazer favores, patrocinar negócios, e inicia-se quase sempre aqui no financiamento partidário e no perigoso jogo de influências que ele move. Como dirigente partidário ele é o chefe de um grupo que dele depende e que o apoia ou ataca em função dos resultados que tiver, em apoios, prebendas, lugares, empregos, oportunidades de negócios. Começa a enriquecer, a mudar o seu trem de vida. Já há muito que se habituou a ter carro, telemóvel, almoços pagos ou na função ou pela estrutura do partido que lhe dá um cartão de crédito para "trabalho político". Paga do seu bolso muito pouca coisa e conhece todas as formas de viver gratuitamente. Um amigo empreiteiro arranja-lhe uma casa a preço mais barato.
O seu prestígio social é nulo, mas o seu poder partidário cada vez maior. Entra nos combates partidários a favor dos seus e aliando-se com outros que considera de confiança, ou seja gente com o mesmo perfil. Como sabe que o seu "protagonismo" vem do seu poder interno, é a esse poder que dá a máxima atenção. Distribui favores e quem quiser um favor tem que falar com ele no seu território. É ele que interpreta as "bases", logo é ele quem deve escolher os deputados e qualquer nomeação governamental na sua área de influência tem que ter o seu beneplácito. Se a sua ascensão o leva ao topo do poder partidário, já não convive apenas com o empreiteiro local, mas com banqueiros, advogados de negócios e embaixadores. E os negócios em que entra são cada vez maiores.
O seu sentimento de impunidade é já total. Até um dia. E é nessa altura que alguns, muito, muito poucos, caem de um dia para o outro, embora ainda menos sejam condenados. E alguns deles, os mais populistas, ainda conseguem voltar a eleger-se, mantendo os mecanismos do seu poder. A justiça conta pouco, mas, de vez em quando, há um acidente de percurso.
É exactamente porque os partidos políticos, a começar pelas suas direcções, pouco fazem para evitar este tipo de carreiras, ou porque não querem complicações (e esta gente é capaz de gerar enormes complicações) ou porque não podem (sentem-se impotentes e não tem nos partidos forças endógenas para a mudança profunda que é necessária), que têm responsabilidade nos crimes que se possam cometer no seu topo.
Já não me refiro à sua base ou às estruturas intermédias, mas no seu topo.
E assim é que se degrada a democracia.
José Pacheco Pereira, Historiador
A LUTA CONTINUA....
Gentalha... p'rá batalha... mas eles que fiquem na fila da frente
Deixem-me gritar e clamar bem alto,
Por milhões de seres vivendo em dor,
E cujo sofrimento eu exalto,
Fiel, que sou, à força do AMOR.
São já milhões os pobres inocentes,
Em sofrimento atroz por tanta guerra,
Com o recurso a armas tão potentes,
Que podem destruir a própria terra.
Disputas de interesses, de ganância,
Invadiram sistemas, em nações,
Para os quais nada serve a importância
Dos direitos humanos, sem excepções.
São valores que procuram camuflar
Com estudadas leis, feitas a seu jeito,
Contudo, esse tratado a respeitar,
Não é uma coisa vã ..., é um direito!
Cessem as armas, guerras e agressão,
Provocadas por gente que se diz
Detentora da força da razão,
Mas não passam dum molho de imbecis.
E se querem lutar, que sejam eles
Os primeiros da fila, essa gentalha.
Façam esta opção, que é menos reles,
Voltem de novo às lutas, por batalha!
Da Amiga Maria Letra, transcrito do blogue "Sempre Jóvens"
NEM PARECE UM POLÍTICO A FALAR...
DEPOIMENTO DO PRESIDENTE DA COSTA RICA, QUE MERECE SER LIDO E REFLETIDO
Discurso proferido na presença do Lula e demais presidentes latino-americanos, incluído o "manequim" do Equador, o caloteiro Corrêa, abaixo nominalmente citado.
"ALGO HICIMOS MAL"
Palavras do Presidente Óscar Árias da Costa Rica na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de Abril de 2009
"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.
Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.
Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.
Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.
Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coreia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Singapura, e hoje Singapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos.
Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário.
Discurso proferido na presença do Lula e demais presidentes latino-americanos, incluído o "manequim" do Equador, o caloteiro Corrêa, abaixo nominalmente citado.
"ALGO HICIMOS MAL"
Palavras do Presidente Óscar Árias da Costa Rica na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de Abril de 2009
"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.
Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.
Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.
Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.
Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coreia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Singapura, e hoje Singapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos.
Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário.
Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.
Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, excepto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.
Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.
No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.
*Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estrutura necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas.
Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de Novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os académicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neo-liberalismo, social-cristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*.
Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, excepto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.
Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.
No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.
*Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estrutura necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas.
Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de Novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os académicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neo-liberalismo, social-cristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*.
Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Singapura e a Coreia do Sul, depois de ter-se dado conta que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos".
E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso". E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.
A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.
Muchas gracias."
A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.
Muchas gracias."
E-mail enviado por João Soares
11/07/2009
O MAIOR FRACASSO DA DEMOCRACIA PORTUGUESA
Por especial deferência do João Soares trancreve-se:
"Desde 1976,desde a Constituição R. P. até hoje, na História de Portugal, fica algum político pela inteireza da pessoa, pela integridade praticada, pela gestão eficiente da "res pública", por ser curador do Povo, pela forte defesa dos legítimos interesses do país na UE e no mundo, enfim, por não se ter vendido ao capital financeiro especulativo, aumentando e generalizando a população "a prazo" - (mas, obviamente, protegendo os seus familiares, amigas e amigos e recebendo choruda recompensa pela sua venalidade) - dando a sua achega para que os três pilares "Família, Escola e Trabalho" criem gente frágil (agachada, apanhando do chão as migalhas que lhe deitam da mesa do poder) que vai gerando o alargamento do empobrecimento da população ?
Há algum? Quem é? Bem gostaria de que tivesse havido, ao menos, UM!
E... o "sistema" vai passando ao seguinte que... é a mesma coisa... "quem manda" são sempre os mesmos!
Se encontrar algum político, nas condições do preâmbulo, vote nele. Se não encontrar nenhum, VOTE EM BRANCO, se assim o entender… "
Há algum? Quem é? Bem gostaria de que tivesse havido, ao menos, UM!
E... o "sistema" vai passando ao seguinte que... é a mesma coisa... "quem manda" são sempre os mesmos!
Se encontrar algum político, nas condições do preâmbulo, vote nele. Se não encontrar nenhum, VOTE EM BRANCO, se assim o entender… "
Vale a pena, não é mesmo?
Cantor e compositor argentino, Facundo Cabral nasceu em 22 de Maio de 1937, na cidade de La Plata, província de Buenos Aires.
Depois que o pai abandonou sua mãe com os três filhos, a família emigrou para a Terra do Fogo, sul do país.Com uma infância dura e desprotegida, virou um marginal e foi parar num reformatório. Em pouco tempo conseguiu escapar e, segundo conta, encontrou Deus nas palavras de um mendigo chamado Simeón.
Depois de vastas leituras no campo filosófico-espiritual, teve forças para superar o abandono e a fome, na infância; a morte de sua esposa e filha num acidente aéreo; a cegueira que o acometeu durante dois anos na Guerra do Vietname; e o câncer.
Começou sua carreira musical em 1959, quando mudou-se para Mar Del Plata, cidade balneária argentina. Em 1976, partiu, exilado, para o México, por causa da política interna argentina, e acabou percorrendo aproximadamente 159 países levando sua música e seu pensamento.
Em 1984, retorna à Argentina, já com seu nome consagrado e faz shows em lugares famosos, chegando a lotar com 50 mil pessoas o Estádio de Ferro carril Oeste, em Buenos Aires
Fez sucesso, também, como autor literário e em 1996 a UNESCO o declarou “Mensageiro Mundial da Paz”.
Não estás deprimido, estás distraído, distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia: golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios...
Não caias como caiu teu irmão, que sofre por um único ser humano, quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo.
Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e, graças à solidão, conheço-me, o que é fundamental para viver.
Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta Rubinstein interpretava Chopin, com uma maestria sem igual, aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.
Não estás deprimido, estás distraído. Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só fio de cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma. Além disso, a vida não te tira coisas, te liberta de coisas.
Alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude. Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas, são apenas lições. Não perdeste coisa alguma.
Aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direcção. E não esqueças que, o melhor dele, o amor, continua vivo em seu coração. Não existe a morte, apenas a mudança. E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, Santo Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.
Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está bendita mente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser, será, e chegará de forma natural. Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor.
Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida, a mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo. E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros. Lembra-te: “amarás ao próximo como a ti mesmo”. Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês é uma obra de Deus, e decide neste exacto momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição. Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever, porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos...
Um único homem que não possuiu talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.
Existem tantas coisas para experimentar, e nossa passagem pela Terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo.
Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguete francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, A Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero, as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.
E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas: se a doença ganha, te liberta do corpo, que é cheio de processos (tenho forme, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas), se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido, portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.
Não estás deprimido, estás desocupado. Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do seu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão, quando for a tua vez. Aliás o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida e receberás sem medida. Ama até que te tornes ser amado; mais ainda converte-te no próprio Amor. E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas. O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso. Uma bomba faz mais barulho que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói, há milhões de carícias que alimentam a vida...
Vale a pena, não é mesmo?
Facundo Cabral
Publicada por Celle em SEMPRE JOVENS
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