O Jornal de Negócios revela, esta quarta-feira, aos
oito perguntas a que o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, vai ter de
responder, dada a urgência dessas respostas, após concluída a sétima avaliação
da troika ao programa de ajustamento português.
São muitas as dúvidas que pairam no ar sobre a sétima
avaliação da troika, sendo que, destaca a edição de hoje do Jornal de Negócios,
há pelos menos oito questões urgentes e sobre as quais se espera uma resposta
do Governo, designadamente do ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
1- O corte de 4 mil milhões de euros representa mais
austeridade ou substitui a que já existe? Segundo o
Negócios, parte deste corte na despesa visa substituir medidas de austeridade
temporárias, mas outra parte poderá ser mesmo mais austeridade, por forma a
baixar o défice orçamental este e no próximo ano.
2- O ‘plano b’ para 2012 já faz parte do pacote dos 4
mil milhões de euros? Em Novembro, recorda o Negócios, o Governo
discutiu e aprovou um pacote de poupanças de 800 milhões de euros (o ‘plano
b’), defendendo que o conseguirá apenas através da racionalização da máquina do
Estado e tudo indica que fará parte do corte dos 4 mil milhões.
3- De quanto tempo dispõe o Governo para aplicar esse
corte de 4 mil milhões? A troika
já aceitou, em Setembro, que o prazo de aplicação dos cortes poderá estender-se
até 2015, mas a questão reside no valor total e no ritmo da sua implementação
em cada um dos anos (2014 e 2015).
4- Porque resiste agora o Governo, quando já aceitou
cortar? A deterioração da situação económica desde
Setembro de 2012, quando os 4 mil milhões foram decididos, é o argumento
central do Executivo. Assim sendo, e porque também as metas do défice foram
adiadas, haverá margem para uma suavização dos objectivos no corte da despesa.
5- De que desconfia a troika ao não ajustar os cortes
aos impactos da recessão? Segundo o
Negócios, a troika, designadamente a Comissão Europeia, não concorda com os
argumentos do Governo porque se é dado mais tempo para a redução do défice e a
recessão é maior, então deve tentar-se cortar na despesa para abrir espaço a
uma redução de impostos.
6- Qual o objectivo de défice que foi adiado e para
quando? Em cima da mesa, refere o Negócios, está agora
um défice de 4,5% para este ano, 2,5% em 2014 e de 2% em 2015. Assim sendo, os
3% do Produto Interno Bruto (PIB) que teriam de ser cortados em 2014, passarão
para 2015.
7- As negociações em curso tornarão o programa de
ajustamento menos doloroso? Tudo
indica que não e que os objectivos definidos manter-se-ão, sendo que, neste
momento, a meta acordada com Bruxelas para o défice estrutural (que ajusta os
resultados ao momento do ciclo económico e às operações extraordinárias) é de
0,5% do PIB em 2015.
8- Nos próximos anos, há margem para baixar impostos? O que representaria um importante objectivo para o Governo, dada a
proximidade das eleições legislativas, poderá não ser possível dada a ambição
da trajectória orçamental, que não deixa vislumbrar descidas significativas de
impostos.
1 comentário:
Caro amigo, Gaspar( e Coelho, com o apoio tácito de Cavaco), é completamente indiferente ao sofrimento do povo português e nem sequer se preocupa com as perguntas , quanto mais com as respostas!
Bom resto de dia, não tão frio como aqui.
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