A Caixa Geral de Depósitos arrisca-se a perder 500
milhões de euros, que estão empatados no grupo catalão La Seda, graças a um
negócio apoiado pelo Governo de José Sócrates. O então primeiro-ministro
queria, com a instalação em Portugal de uma fábrica do grupo espanhol que
produz PET (polímero para componentes usado na industria de moldes), fazer
Sines regressar ao “sonho” industrial dos anos 60, de acordo com o i.
A exposição financeira dos 500 milhões de euros da
Caixa geral de Depósitos, operação apoiada pelo Executivo liderado por José
Sócrates, deve-se ao novo processo de reestruturação do grupo catalão La Seda,
que produz PET (polímero para componentes usado na industria de moldes).
De acordo com o i, em causa estão os empréstimos e a
participação no capital na La Seda, mas o foco da eventual perda do
investimento está no envolvimento da Caixa enquanto accionista e financiador da
fábrica da Artlant (Artenius), construída em Sines. Só para a sua construção
foram mobilizados 400 milhões de euros.
A promoção do projecto foi uma das bandeiras do
investimento estrangeiro do primeiro mandato de Sócrates, o que justificou a
participação da Caixa Geral de Depósitos no negócio. O primeiro-ministro, à
data, chegou mesmo a lançar a primeira pedra da fábrica em Sines com o então
presidente da La Seda.
No entanto, o grupo catalão encontra-se em processo de
reestruturação. Apesar de a Caixa não ter respondido às perguntas do i sobre o
negócio e o seu eventual prejuízo, o mesmo jornal refere que a apresentação
recente dos resultados de 2012 apontava o grupo catalão como um dos motivos
para a perda que ronda os 100 milhões de euros na sucursal espanhola do banco
público nacional.
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