Uma breve
reflexão do Coronel Matos Guerra
Acabo de ler
no Diário de Notícias, sugerir o FMI que as pensões da Caixa Geral de
Aposentações
(CGA) estabelecidas antes de 1993, sejam diminuídas de forma a ficarem equivalentes
à do Serviço de Segurança Social.
Não vou aqui
perorar que, depois de 40 anos de descontos e de mais de 10 anos de serviço no
Ultramar, onde os descontos eram bem superiores que o correspondente ao
valor tomado
por referência no estabelecimento da pensão, em que religiosamente descontei o
que me foi exigido, tenho o absoluto direito de exigir a contra partida que me
foi garantida (pelo Estado), sob pena de se quebrar unilateralmente um
contrato, a bel prazer de uma das partes, ou, por outras palavras, haver uma quebra
de promessa
pública, de
que se não pode desvincular.
Também não
vou perorar que, para ingressar na vida pública, tive de satisfazer provas
iniciais, bem como outras, no decurso da mesma, exigência a que não foram submetidos
todos os que optaram pela vida privada, não deixando de os questionar: Bom,
então se a vida pública era tão boa, por que não concorreram à mesma?
Também não
vou perorar sobre os descontos que sofri, em percentagem sobre o vencimento,
quer no âmbito individual (com vista a futura pensão) quer no âmbito geral
(IRS).
Também não
vou perorar, pelo facto de haver pensões atribuídas pelo Estado (Caixa) de
valor muito superior ao correspondente aos descontos efectuados.
Que não é o
meu caso.
E
finalmente, não vou justificar, que os valores hoje auferidos, estão dentro dos
que me foram descontados, não extravasando os mesmos.
Não. Nada
disso.
Venho apenas
dizer que esta atitude dos senhores da Troika (cuja arrogância contrasta com a aceitação,
quando não de submissão, dos representantes da Nação que nos deviam defender), faz-me
lembrar aquela anedota do arroz de papagaio.
Eu recordo.
Num
restaurante em que havia um papagaio, um cliente senta-se à mesa e pede “arroz
de papagaio”.
Entre
empregado e cliente houve uma grande conversa, informando o empregado que não
serviam tal prato.
O papagaio
(ladino) ouviu toda a conversa.
Quando o
cliente ía a sair, o papagaio, chamou-o “pst” “pst””pst”, o que o levou a
aproximar-se da gaiola.
Quando lá
chegou, o bicho desce do poleiro, abeira-se da porta e diz “ Porque não vai
comer um arrozinho da ... que o pariu“?
Ora, com
este senhor do FMI passa-se o mesmo :
“Por que não
vai cortar a pensão da ... que o pariu”?
Matos Guerra
3 comentários:
Temos no Poder um bando de patifes!Estamos a ser roubados descaradamente!
A União Europeia está nas mãos de uma corja ensandecida: veja-se o que aconteceu em Chipre...Quando vai acontecer aqui??
Boa semana, querido amigo Luís
Meu querido amigo Luis
Já conhecia este texto, que recebi por email, e com o qual concordo plenamente.
A frase final, em minha opinião, é "a cereja em cima do bolo"!
Era mesmo isso que os senhores da Troika deviam fazer.
A anedota do papagaio fez-me lembrar que a minha sogra, quando os filhos lhe perguntavam o que era o almoço ou o jantar, muitas vezes ela respondia - arroz de papagaio. Ignoro se ela conhecia a anedota :))). Eu não a conhecia...
Mas hoje passei por cá especialmente para lhe desejar uma santa e feliz Páscoa, a si e a todos os seus entes queridos.
Beijinhos muito amigos
Minhas Boas Amigas,
Antes de agradecer a Vossa Visita e as palavras que aqui deixaram desejo-lhes uma Santa Pascoa e às vossas Famílias.
Quanto ao texto exposto bem demonstra como a União Europeia trata os seus amigos mais necessitados. Só olham para os seus Umbigos... O resto é conversa!
Beijinhos amigos.
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