"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

13/10/2009

«Vou reabilitar o trabalho», Sarkozy

"Vou reabilitar o trabalho"
Discurso de posse de Nicolas Sarkozy, como Presidente da França

Derrotamos a frivolidade e a hipocrisia dos intelectuais progressistas. O pensamento único é daquele que sabe tudo e que condena a política enquanto a mesma é praticada. Não vamos permitir a mercantilização de um mundo onde não há lugar para a cultura: desde 1968 não se podia falar da moral. Haviam-nos imposto o relativismo. A ideia de que tudo é igual, o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, que o aluno vale tanto como o mestre, que não se podia dar notas para não traumatizar o mau estudante.

Fizeram-nos crer que a vítima conta menos que o delinquente. Que a autoridade estava morta, que as boas maneiras haviam terminado. Que não havia nada sagrado, nada admirável. Era o slogan de maio de 68 nas paredes de Sorbone: 'Viver sem obrigações e gozar sem trabalhar'.
Quiseram terminar com a escola de excelência e do civismo. Assassinaram os escrúpulos e a ética. Uma esquerda hipócrita que permitia indemnizações milionárias aos grandes executivos e o triunfo do predador sobre o empreendedor.

Esta esquerda está na política, nos meios de comunicação, na economia. Ela tomou o gosto do poder. A crise da cultura do trabalho é uma crise moral. Vou reabilitar o trabalho.

Deixaram sem poder as forças da ordem e criaram uma frase: 'abriu-se uma fossa entre a polícia e a juventude'. Os vândalos são bons e a polícia é má. Como se a sociedade fosse sempre culpada e o delinquente, inocente. Defendem os serviços públicos, mas jamais usam o transporte colectivo. Amam tanto a escola pública, mas seus filhos estudam em colégios privados. Dizem adorar a periferia e jamais vivem nela.

Assinam petições quando se expulsa um invasor de moradia, mas não aceitam que o mesmo se instale em sua casa. Essa esquerda que desde maio de 1968 renunciou o mérito e o esforço, que atiça o ódio contra a família, contra a sociedade e contra a República.
Isto não pode ser perpetuado num país como a França e por isso estou aqui. Não podemos inventar impostos para estimular aquele que cobra do Estado sem trabalhar.
Quero criar uma cidadania de deveres. Primeiro os deveres, logo após os direitos."

NOTA:
O texto acima é do discurso de posse do presidente francês Nicolas Sarkozy, dando um recado aos que se acostumaram a viver como proxenetas de um discurso esquerdista e que sempre alimentou aqueles que não sabem pensar por conta própria.
Até parece que Sarkozy falou para os nossos intelectuais e para a esquerda tupiniquim. O intelectual brasileiro esquerdista ama Cuba e fala da maravilha da ilha de Dr. Castro, mas o apartamento para férias está em Paris. Cuba só em audiovisual.
Discurso que não precisa de rótulo de direita ou outra coisa: É um discurso sensato, coerente, realista, ousado e patriótico, olhando para um melhor futuro dos seus concidadãos.

Recebido por e-mail oriundo do Brasil

ALERTA: O texto do discurso constante deste post contém inexactidões que foram apontadas por comentadores. Utilizando um link para o site da embaixada francesa no Brasil, foi obtida a versão que merece confiança. Para não tirar sentido aos comentários recebidos, deixou-se ficar a primeira versão, e a correcta foi colocada no espaço de comentário.

Transcrição do post de igual título do Do Miradouro de 10 de Setembro de 2007, por sugestão do amigo Luís

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