"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

31/12/2010

Ainda Manuel Alegre...


Oportuno para melhor compreender as virtualidades de um dos candidatos mais «promissores» das próximas eleições presidenciais
Transcrição de post publicado no blog BRONCAS DO CAMILO http://broncasdocamilo.blogspot.com/
O BANDO DE ARGEL
http://broncasdocamilo.blogspot.com/2010/12/o-bando-de-argel.html
Em passeio pela blogosfera, dei de caras com o blogue de Patrícia McGowan Pinheiro, que também assina Patrícia Lança.
Filha de pai português e mãe de origem irlandesa, estreia-se na blogosfera aos 82 anos. Dissidente do Partido Comunista Britânico, viveu de 1962 a 1966 na Argélia, onde foi redactora do "Révolution Africaine".
Foi por lá que conheceu o bando de Argel.
Ficou a saber a vidinha custosa e as boas acções de Manuel Alegre, Piteira Santos e Tito de Morais, entre outros figurões de estalo.
O assunto inspirou-lhe um livro, justamente intitulado «O Bando de Argel», que a autora reeditou em 1998 pela Contra-Regra, sob o título de «Misérias do Exílio - Os últimos meses de Humberto Delgado». (Foi uma das obras que consultei para um volume publicado há alguns anos sobre a PIDE/DGS.)
Em 260 páginas, a autora demonstra com cópia de pormenores e apêndice documentais que o general foi despachado pelos interesses coligados do Partido Comunista e do bando de Argel.
Oito citações: "A Frente Patriótica de Libertação Nacional foi o título pomposo de um pequeno grupo de pessoas cujo fim era o aproveitamento de acções e sacrifícios feitos por outros." (pág. 27 "Assim, a direcção da FPLN passou a ter uma valiosa arma contra a dissidência.
Foram ao ponto de exigir que, à chegada, os portugueses lhes entregassem os passaportes". (pág. 46) "Contudo, o problema do general [Humberto Delgado] subsistia.
Tornara-se definitivamente anti-comunista.
Seria ainda mais perigoso para o partido fora da Argélia - em contacto com os núcleos de exilados em várias capitais.
E terrivelmente mais perigoso se, porventura, entrasse clandestinamente em Portugal.
Era uma testemunha viva da incompetência e corrupção moral de certos prestigiados «anti-fascistas».
Preso em Portugal ou livre na clandestinidade constituiria uma ameaça terrível para os projectos do Partido Comunista". (pág. 82)
"Na rádio Voz da Liberdade, o major Ervedosa e Manuel Alegre insultavam Delgado." (pág. 89)
"Durante esses dois meses de angústia [desaparecimento de Delgado], foram os dirigentes da Frente Patriótica - Fernando Piteira Santos, Manuel Tito de Morais, Pedro Ramos de Almeida e Manuel Alegre - que envidaram todos os esforços para bloquear a realização de um inquérito e, caso o general estivesse preso ou com vida, quaisquer tentativas para o salvar".
(págs. 89-90)
"Quando eu e os meus amigos soubemos, no dia seguinte, que os dirigentes da Frente Patriótica tentaram apoderar-se do arquivo do general, a conclusão foi unânime: só teriam essa desfaçatez se tivessem a certeza absoluta que Delgado já não voltaria mais".
"Só depois da descoberta dos cadáveres, anunciada no dia 27 de Abril, é que a Frente Patriótica abandonou a tese de uma «operação publicitária» por parte do general; só então, quando o mundo inteiro já sabia da morte do general, é que eles começaram a emitir protestos e apelos (...)" (pág. 91) "(...) a sua actividade [de Humberto Delgado] é prejudicial à unidade anti-fascista e a sua pessoa não interessa ao futuro democrático do país." (p. 226, excerto de um comunicado da FPLN, de 23 de Março de 1965)
Mas não é por nada disto que o blogue de Patrícia tem dado brado.
Há muito que a «intelligentzia» arquivou o caso Delgado: foi assassinado pela PIDE. Ponto final. Ninguém curou de investigar se Casimiro Monteiro era um agente duplo, o modo como Pereira de Carvalho organizou a operação, etc.
Um longo etc. Nada disto importa, tanto que se corre o risco de descobrir alguma verdade "inconveniente".

B.O.S.

Publicada por Camilo em 8:48 PM

O DIPLOMA QUE NÃO EXISTIA...


Cinco dias depois de se ter refugiado em Paris, em Julho de 1964, Manuel Alegre escreveu ao cunhado, António Portugal, marido da irmã, e fez-lhe um pedido: “Preciso urgentemente dos meus documentos universitários, inclusive as cadeiras feitas e respectivas classificações. Junto do meu padrinho tenho possibilidades de completar o meu curso. Seria óptimo se ‘arranjassem’ as coisas de modo a que o certificado dissesse ter eu o 3.º ano completo.”
A seguir, juntou um alerta contra a PIDE: “Será conveniente que esses documentos venham por mão própria, para esses filhos da puta não os roubarem no correio.”
Manuel Alegre não concluiu o 3.º ano de Direito, daí o uso de aspas no verbo “arranjassem”. A carta, manuscrita, foi interceptada pela PIDE e está arquivada na Torre do Tombo, tal como uma transcrição dactilografada pela polícia política. A ficha curricular de Manuel Alegre, guardada no Arquivo do Departamento Académico da Universidade de Coimbra, indica que o poeta concluiu o 1.º e o 2.º ano de Direito, mas quanto ao 3.º ano apenas regista aproveitamento na disciplina semestral de Direito Fiscal. Esteve inscrito também em Economia Política, a cujo exame faltou, e nas cadeiras anuais de Administração e Direito Colonial, Finanças e Direito Civil – mas não as concluiu.
Confrontado com esta questão, há um mês, numa entrevista dada à SÁBADO sobre outros aspectos da sua resistência ao salazarismo, Manuel Alegre respondeu que não se lembrava de ter feito um pedido ao cunhado sobre este assunto. Questionado sobre se, tendo em conta que não continuou o curso por ter resistido à ditadura, acharia natural pedir para lhe passarem o diploma como se tivesse o 3.º ano completo, Manuel Alegre respondeu: “Não, de maneira nenhuma. Nem tinha sentido, nem eles passavam. Então passavam a uma pessoa que é exilada? Não tem sentido nenhum. Não me lembro nada disso. Nem tem sentido.”
Nessa entrevista, o candidato mostrou--se ainda convencido de que tinha concluído o 3.º ano do curso: “A memória que eu tenho é que tenho o 3.º ano de Direito e que estava a fazer cadeiras do 4.º ano.” Esta semana, confrontado com a informação oficial da Universidade de Coimbra (segundo a qual apenas completou uma cadeira do 3.º ano), Duarte Cordeiro, director de campanha do candidato apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda, disse que Manuel Alegre mantinha a resposta dada há um mês.
O candidato às presidenciais de Janeiro entrou na Faculdade de Direito em 6 de Novembro de 1956, e a sua última avaliação tem data de 19 de Março de 1964. Estes sete anos e meio foram marcados por uma intensa actividade contra a ditadura, nas lutas estudantis, durante o serviço militar em Mafra e nos Açores, e na guerra colonial em Angola, onde, esteve preso cinco meses. Quando voltou a Coimbra sentiu-se vigiado em permanência: “Os gajos da PIDE não me largavam. (...) Percebi que estava arrumado e que, mais dia, menos dia, ou ia para a cadeia ou teria de ir embora do país”, conta no livro Uma Longa Viagem com Manuel Alegre, escrito por João Céu e Silva. Na mesma página, diz que não completou o curso e sublinha: “Nem o quis fazer por via administrativa.”

Por Pedro Jorge Castro, na revista Sábado

29/12/2010

Contra-sensos


Você já observou alguma vez, que o nosso comportamento nem sempre está baseado na coerência?

É comum percebermos alguns contra-sensos sobressaindo nas nossas acções.

Um deles é o fato de pedirmos a Deus que nos dê saúde, e nos entregarmos a vícios geradores de enfermidades.

Há contra-senso quando reclamamos os nossos direitos, desrespeitando os dos outros.

Gostamos de ouvir a música de nossa preferência, e ligamos o som num volume que obriga os vizinhos a ouvi-la também, esquecendo-nos de que, se temos direitos, os outros igualmente os têm.

Às vezes, em nome da justiça que dizemos defender, cometemos outras tantas injustiças.

Alguns de nós lutamos por defender a natureza, o verde, os animais, enquanto crianças morrem, vítimas da fome e da falta de atendimento médico, ao nosso lado.

E, enquanto se divulga a intenção de conter a prostituição infantil, o dito turismo sexual, a pedofilia, os mesmos meios de comunicação que criticam essas barbaridades, promovem concursos nos quais são mostradas meninas de apenas 5 anos de idade com roupas coladas ao corpo, maquiadas como adultas, dançando freneticamente, de forma sensual.

Dizemos lutar contra esses abusos, mas criamos todas as condições favoráveis para que proliferem. É um contra-senso.

Outro aspecto está na luta pela paz. Os países, para preservar a paz, promovem o armamento.

A paz não se conquista nos campos de batalha, nem virá por decreto. É luz íntima.

Se não atentarmos para esses contra-sensos, estaremos passando aos nossos filhos a imagem de um mundo no qual não se pode confiar.

Um mundo em que não se sabe o que é verdade e o que é mera ilusão, jogo de interesses, mentiras.

É importante que decidamos quais são os nossos verdadeiros valores e lutemos por eles com fidelidade.

Seja nosso falar: Sim, sim, não, não, conforme adverte o Cristo.

Se nos agrada lutar pelos direitos, que o façamos integralmente, defendendo tanto os nossos, quanto os dos outros.

Se quisermos defender a natureza, que a nossa defesa seja abrangente, defendendo tudo o que respira na face da Terra.

Se desejamos que Deus nos dê saúde, lutemos por preservá-la.

Agindo com coerência em todos os momentos, é que poderemos intitular-nos como verdadeiros idealistas.

A paz construída sobre os escombros dos povos vencidos é vitória passageira.

A felicidade conseguida à custa das lágrimas alheias, é mera ilusão.

Os direitos que soterram os direitos alheios, são construção de desequilíbrios futuros.

Só o respeito mútuo é capaz de efectivar o ideal no bem duradouro, para toda a eternidade.

Natal todo o Dia!



(Mauricio Gaetani Tapajós)

A Austeridade é uma ideia perigosa


Como fomos roubados e continuaremos a ser.‏

28/12/2010

GANHEI CORAGEM


"Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece", observou Nietzsche.
É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo.
Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega: "Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos".
Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem.
Vou dizer aquilo sobre o que me calei: "O povo unido jamais será vencido", é disso que eu tenho medo.
Em tempos passados, invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política. Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar: a democracia é o governo do povo.
Não sei se foi bom negócio; o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os programas de TV que o povo prefere. A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação histórica. Nada mais distante dos textos bíblicos. Na Bíblia, o povo e Deus andam sempre em direcções opostas. Bastou que Moisés, líder, se distraísse na montanha para que o povo, na planície, se entregasse à adoração de um bezerro de ouro. Voltando das alturas, Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas com os Dez Mandamentos.
E a história do profeta Oséias, homem apaixonado! Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava! Mas ela tinha outras ideias. Amava a prostituição. Pulava de amante e amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a perdão. Até que ela o abandonou. Passado muito tempo, Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos. E o que foi que viu? Viu a sua amada sendo vendida como escrava.Oséias não teve dúvidas. Comprou-a e disse: "Agora você será minha para sempre.". Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus.
Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta. Ele amava a prostituta, mas sabia que ela não era confiável. O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhe contavam mentiras. As mentiras são doces; a verdade é amarga.
Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo. No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos!
As coisas mudaram. Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo. O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas. As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos.
Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro "O Homem Moral e a Sociedade Imoral" observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais. Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem. Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções colectivas. Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo tornam-se capazes dos actos mais cruéis. Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo. Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da colectividade.
É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia. Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão. Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras. O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam. Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à colectividade. Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.
Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo. Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás. Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária. Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar. O nazismo era um movimento popular. O povo alemão amava o Führer. O povo, unido, jamais será vencido!
Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos. Mas, que posso fazer? Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de silêncio; não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol. Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e a engolir sapos e a brincar de "boca-de-forno", à semelhança do que aconteceu na China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Mas, para que esse acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: "Caminhando e cantando e seguindo a canção.", Isso é tarefa para os artistas e educadores. O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.

Rubem Alves, colunista da Folha de S. Paulo

27/12/2010

Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão (Rómulo de Carvalho, meu professor de Fisico-Quimica)

13/12/2010

REUNIÃO DE SACERDOTES DE PRISÕES DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (USA)


CONCLUSÕES DA REUNIÃO:
• A religião muçulmana, é a que mais cresce em número nos Estados Unidos, especialmente nos grupos minoritários.
• No mês passado, assisti a uma classe de treino, para manter minhas condições de segurança no departamento de prisões do estado.
• Durante a reunião, foram apresentados três dos intervenientes que dissertaram sobre o tema: Um sacerdote católico, um pastor protestante e um imã muçulmano, que nos deram diversas explicações. Na minha qualidade de capelão, interessava-me sobretudo o que o imã islâmico diria.
• O imã, fez uma completa e detalhada apresentação da sua religião de base do islamismo, apresentando inclusive alguns vídeos.
• Depois das apresentações, foi concedido um tempo para perguntas e respostas.
• Quando chegou à minha vez, perguntei ao imã:
• Por favor, corrija-me se me engano, mas segundo entendo, a maioria dos imãs e clérigos do Islão, declararam a “JIHAD” (guerra santa), contra os infiéis de todo o mundo. De modo que matando um infiel, que é uma ordem para todos os muçulmanos, têm assegurado um lugar no céu. Se assim é... pode dar-me uma definição de infiel?
• Sem discutir minhas palavras, o imã disse: “São os não crentes”.
• Questionei: Permita assegurar-me que o entendi bem: A todos os seguidores de Alá, é-lhes ordenado que matem a todo aquele que não é da sua fé, para poderem ir para o céu? Está correcto?
• A expressão da sua cara mudou de uma autoridade para a de uma criança apanhada em flagrante a ir à caixa das bolachas. Com ar envergonhado respondeu: ASSIM É!
• Acrescentei: pois bem senhor imã, tenho um verdadeiro problema quando imagino se o Papa Bento XVI ordenasse a todos os católicos que matassem todos os muçulmanos e que o Dr. Stanley ordenasse a todos os protestantes que fizessem o mesmo para também poderem ir para o céu...
• O imã ficou mudo.
• Continuei: Também estou com um problema que é ser seu amigo, quando o senhor e os seus colegas, dizem aos seus pupilos que me matem. O que preferiria o senhor: a Alá que lhe ordena matar-me para poder ir para o céu ou a Jesus que me ordena amá-lo a si, para que eu vá para o céu e o leve comigo.
• Podia-se ouvir cair uma agulha no chão de tanto silêncio, quando o imã inclinou a cabeça de vergonha.
COM O NOSSO SISTEMA JUDICIAL LIBERAL E POR PRESSÃO DA “ACLU” (Organização Árabe Americana), ESTE DIÁLOGO NÃO SERÁ PUBLICADO. POR ISSO, ROGAMOS QUE FAÇA CIRCULAR ESTE DIÁLOGO POR TODAS AS SUAS LISTAS DE DIRECÇÕES PARA O DAR A CONHECER.
Rick Mathes – Capelão de prisões (USA)
“OU VIVEMOS TODOS JUNTOS COMO IRMÃOS OU MORREMOS TODOS JUNTOS COMO IDIOTAS!" (Dr. Martin Luther King)
Se eles matam e se matam pela sua fé... porque não enviar este e-mail aos meus amigos e irmãos de fé...
Veja o original desta notícia no link abaixo

http://www.breakthechain.org/exclusives/rickmathes.html

09/12/2010

Um lavrador da Amareleja...‏


Um abastado lavrador da Amareleja meteu-se no seu jeep e foi a um monte vizinho.
Bateu à porta. Um puto de cerca de 9 anos vem abrir.
- O tê pai está em casa?
- Nã senhori, foi a Évora.
- Bem, a tua mãe está em casa?
- Nã senhori, ela também nã está. Foi com o mê pai.
- E o tê irmão Maneli? Ele está?
- Nã senhori, ele também foi com a mãe e com o pai.
O lavrador ficou ali uns minutos, mudando de um pé para o outro e resmungando sozinho.
- Posso ajudá-lo em alguma coisa? - pergunta o rapaz delicadamente. Se quiser alguma ferramenta emprestada, ê sei onde estão...ou talvez possa dar um recado ó mê pai!
- Bem, diz o lavrador, com cara de chateado, realmente queria falar com o tê pai, por causa do tê irmão Maneli. Ele engravidou a minha filha Raqueli
???! O rapaz pensou por uns momentos...
- Lá disso nã sêi, terá de falar com o mê pai. Se lhe servir de alguma ajuda para ir fazendo contas, ê sêi que o pai cobra 500 pelo touro, 100 pelo cavalo e 50 pelo porco, mas realmente nã sêi quanto é que ele lhe vai levar pelo Maneli!

Enviado por e-mail pela minha Amiga Lúcia Candeias

08/12/2010

Afinal o aumento foi para ONDE ???


Afinal o aumento foi para ONDE ???
Para o bolso de quem???

ACORDA POVO PORTUGUÊS!




Nós continuamos os mesmos BURROS de sempre

EXEMPLO A SEGUIR!

Ninguém deve estar acima da Lei! A corrupção na política deve ser punida para exemplo dos demais...

PRECISÃO JAPONEZA

Nós na Vida Militar faziamos isto na Ordem Unida para que o pessoal tivesse concentração e automatização nos movimentos!

QUEM TUDO QUER TUDO PERDE...


Era uma vez dez amigos que se reuniam todos os dias numa cervejaria para beber e a factura era sempre de 100 euros. Solidários, e aplicando a teoria da equidade fiscal, resolveram o seguinte:
• os quatro amigos mais pobres não pagariam nada, o quinto pagaria 1 euro, o sexto pagaria 3, o sétimo pagaria 7; o oitavo pagaria 12; o nono pagaria 18 e o décimo, o mais rico, pagaria 59 euros.

Satisfeitos, continuaram a juntar-se e a beber, até ao dia em que o dono da cervejaria, atendendo à fidelidade dos clientes, resolveu fazer-lhes um desconto de 20 euros, reduzindo assim a factura para 80 euros.
Como dividir os 20 euros por todos? Decidiram então continuar com a teoria da equidade fiscal, dividindo os 20 euros igualmente pelos 6 que pagavam, cabendo 3,33 euros a cada um.

Depressa verificaram que o quinto e sexto amigos ainda receberiam para beber.
Gerada alguma discussão, o dono da cervejaria propôs a seguinte modalidade que começou por ser aceite:
• os cinco amigos mais pobres não pagariam nada;
. o sexto pagaria 2 euros, em vez de 3, poupança de 33%; o sétimo pagaria 5, em vez de 7, poupança de 28%; o oitavo pagaria 9, em vez de 12, poupança de 25%; o nono pagaria 15 euros, em vez de 18.
• o décimo, o mais rico, pagaria 49 euros, em vez de 59 euros, poupança de 16%. Cada um dos seis ficava melhor do que antes e continuaram a beber.

No entanto, à saída da cervejaria, começaram a comparar as poupanças.
-Eu apenas poupei 1 euro, disse o sexto amigo, enquanto tu, apontando para o décimo, poupaste 10!... Não é justo que tenhas poupado 10 vezes mais…
- E eu apenas poupei 2 euros, disse o sétimo amigo, enquanto tu, apontando para o décimo, poupaste 10!...Não é justo que tenhas poupado 5 vezes mais!…

E os 9 em uníssono gritaram que praticamente nada pouparam com o desconto do dono da cervejaria. “Deixámo-nos explorar pelo sistema e o sistema explora os pobres”, disseram. E rodearam o amigo rico e maltrataram-no por os explorar.

No dia seguinte, o ex-amigo rico emigrou para outra cervejaria e não compareceu, deixando os nove amigos a beber a dose do costume.
Mas quando chegou a altura do pagamento, verificaram que só tinham 31 euros, que não dava sequer para pagar metade da factura!...

Aí está o sistema de impostos e a equidade fiscal.
Os que pagam taxas mais elevadas fartam-se e vão começar a beber noutra cervejaria, noutro país, onde a atmosfera seja mais amigável!...

David R. Kamerschen, Ph.D. -Professor of Economics, University of Georgia (tradução livre)

Enviado por e-mail por Rui Taveira

05/12/2010

Será que estamos em Crise?



Pelos vistos na Região Autónoma dos Açores a Crise ainda lá não chegou...

"Governo regional dos Açores pagou 27 mil euros por viagem da mulher de presidente da região autónoma"

Vamos lá fazer contas:

- 3 Voos de ida volta Classe Executiva (Ponta Delgada - Toronto): €3270
- Estadia em Hotel de 5* para 3 pessoas: €3690
- 3 Voos de ida e volta Classe Executiva (Toronto - Winnipeg): €2642 Euros
Total: €9602
Faltam justificar perto de €16000 em despesas de representação. Demos de barato que a mulher de Carlos César sabe o que é bom e foi todos os dias almoçar e jantar ao "Pangea".
Preço médio por refeição no Pangea (€120/pax) temos €3600 para as 30 refeições.
Além da comida e bebida deliciou-se com os seus assesores com uma garrafa de Porto Vintage Taylor Fladgate de 1970 (€536).
€536 x 10 (almoço e jantar) = €5360
Ficam ainda por justificar cerca de €7000.
Eu sempre ouvi dizer que os táxis no Canadá eram caros, muito caros, mas isto é um exagero.
Agora a sério, o Pangea nem sequer tem tantas garrafas de Taylor Fladgate disponíveis.

A Carlos César só lhe resta uma solução:
Tornar as contas da viagem da sua mulher públicos, para que todos possamos saber onde é que foi gasto o dinheiro do erário público.
Se não o fizer fico com esta ideia que a mulher de Carlos César aproveitou e foi fazer umas compras a Detroit ou Nova Iorque

PS - (Ah…e parece que o distinto casal já está separado há uma série de anos,…mantendo as aparências….)

Enviado por e-mail pela Amiga Mariazita

Lançamento do Livro A ÚLTIMA MISSÃO


Pode ser visto em https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSUDgZK4YEUZOxJCrNsjLviEvn9YRpI1AAnjUk3rszwElksvLqKdMFGcw9v2YQlZA-27isAc-RM3x-VmFfaybPpgGPTSO_O_epo4XRgrH7Z0MnTSGsiOazRu8z6ki43hUhGQAfZoPYBuY/s1600/Moura_Calheiros_29Nov2010_545.JPG

http://www.youtube.com/watch?v=7tUV8vRz_f0&feature=player_embedded#!

http://desportodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=481016

http://www.rtp.pt/noticias/?t=A-Ultima-Missaorevisitada-pela-memoria-de-antigo-oficial-para-quedista-na-Guine-Bissau.rtp&article=395168&visual=3&layout=10&tm=4

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/Interior.aspx?content_id=1720108

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1723574

Comentários efectuados à obra :

"Sem complexos de culpa"

O antigo comandante do PAIGC na frente Norte da Guiné Manecas dos Santos leu "em dois dias" o livro de 638 páginas onde o seu principal adversário português no chamado Inferno de Guidage, coronel Moura Calheiros, evoca esses "duros combates" de 1973 e faz um retrato global da guerra colonial em África.
Futuro embaixador da Guiné- -Bissau em Angola, Manecas dos Santos participou ontem - a convite expresso do autor do livro "A última missão" - no lançamento da obra, na Academia Militar (Amadora) e em cerimónia presidida pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho.
"Já devia ter acontecido há mais tempo" os adversários da guerra colonial estarem juntos, pois "já é altura de falar dessas coisas do passado de forma calma, sem complexos de culpa. Essa guerra faz parte da História", disse ao DN o veterano guineense - frequentemente interrompido por antigos combatentes portugueses que lhe pediam também um autógrafo.
"É um livro diferente de tudo o que já tinha lido em Portugal sobre a guerra colonial e para melhor, pela maneira como descreve as coisas" e "pela humanidade" que revela, pois a obra "não a ver com heróis ou super-guerreiros", adiantou o também comandante dos mísseis Strella.
"Cada um de nós estava a cumprir o que era o seu dever. Acho que nenhum de nós se arrepende", observou, lembrando que, "dois meses depois do 25 de Abril, soldados portugueses e do PAIGC estavam a beber juntos em Farim."

02/12/2010

UM BOM EXEMPLO A SER SEGUIDO!!!


Socialista de outros tempos

Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos.
O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.

Isto sim é que é SOCIALISMO!!!


Nota:
(...)"Manuel José de Arriaga Brum da Silveira nasceu na cidade da Horta em 8 de Julho de 1840. Era filho de Sebastião de Arriaga Brum da Silveira, oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos que se radicaram na Ilha do Faial no séc. XVII e de Maria Cristina Ramos Caldeira, natural de Lisboa, também descendente de nobre linhagem. Tiveram seis filhos Maria Cristina, a mais velha, viria a ser poetisa e a ela se refere Vitorino Nemésio em "Mau Tempo no Canal." (...)



Entrevista a Antonio Pontes


Empresário de sucesso Antonio Pontes, em Minas Gerais, é marido da minha querida amiga Celle. Pelas suas altas qualidades é merecedor desta pequena homenagem aqui na Tulha.

01/12/2010

Celebração dos 370 anos da Restauração da Independência de Portugal.


A propósito desta frase, que faz pensar:

"A Monarquia fez Portugal e criou um Império; a República acabou com o Império e está em vias de acabar com Portugal". (Carlos Azeredo, general)

Num artigo hoje no Correio da Manhã D. Duarte Pio considerou o regime como "uma grande perda de tempo", pois, para ele, o País voltou " à situação dramática em que estava no começo da República".
Por outro lado não esquece que a República nunca foi "legitimada pelo voto popular" e acusa o regime de "não ter tido a capacidade para resolver nenhum dos problemas de que acusava a Monarquia".
Adianta que representa "o princípio da Liberdade e não o da Coerção" aproveitando para referir "a situação humilhante em que a Nação se encontra perante nós próprios e a comunidade internacional".
A finalizar a sua intervenção o chefe da Casa Real defendeu uma Confederação de Estados Lusófonos numa tentativa de defesa desses Estados à globalização que se está a verificar no Mundo e que não respeita os Países mais fracos! Com essa Confederação de Estados todos os Estados nela intervenientes passariam a ser mais uma força a projectar-se nessa globalização!
Estas declarações são de molde a refletirmos e pesarmos as suas consequências no encontro para uma melhor resposta aos problemas que assistem a todos esses Estados quando considerados isoladamente!

Sempre ouvi dizer que a UNIÃO FAZ A FORÇA!


Assim vai a Justiça em Portugal!


Hoje ao abrir o jornal deparei com as seguintes notícias ligadas a este tema, a saber:

1. Empresário apanha 13 anos de prisão por matar ladrão;
2. Gang lança pânico e rouba milhares em jóias e ouro;
3. Bebé de 2 anos morto em ribeira de Sintra;
4. Idosos atacados e sequestrados;
5. Vendem droga junto a escola e são soltos;
6. Agressora foi detida mas Ministério Público deixou-a à solta;
7. PJ desfaz máfia chinesa;
8. Assaltam casa com caçadeira e levam 6mil euros;
9. Processo Freeport – advogado afastado;
10. Camarate – BE quer inquérito;
11. À porta do Tribunal Polémica – Ex-maridos gozam com Andreia;
12. Filipe la Féria – Dívidas crianças de “Annie” à espera de dinheiro;
13. Nova baixa na Justiça, a segunda nesta semana.

Como se pode aperceber a Justiça em Portugal está a sofrer o desgaste por a política se ter nela intrometido demasiado! Esta deixou de ser um poder independente do poder político e passou a ser dela altamente dependente por motivo de muito dos elementos que a constituem serem nomeados por cores partidárias alem de leis “feitas a martelo” cuja génese parecem ser para defesa de interesses pouco confessáveis, de mordomias que lhes estão a ser concedidas, pelos diversos governos, no sentido de os manietarem, etc., etc.

Veja-se que se relacionarmos os diversos pontos aqui respigados há contradições deveras intrigantes e que levam ao aumento da criminalidade, ao descrédito das autoridades policiais que procuram diminui-la, ao descrédito dos próprios Tribunais e finalmente na própria Justiça, pois já pouca ou quase ninguém nela acredita!

Para além destes pontos lembremo-nos dos casos mediáticos “Casa Pia” e “Face Oculta” e de outros já esquecidos, que se têm arrastado por tal forma que mesmo que se venha a fazer justiça, o que se pode duvidar, o factor exemplo se perdeu por completo no tempo!

Lembro ainda o que os deputados portugueses pensam das leis que se referem aos políticos, ao contrário do que se passa na maioria dos países democráticos europeus e americanos entendem que o poder judicial nada tem a ver com eles e assim podem passar incólumes por decisões dolosas por eles tomadas. A irresponsabilidade dos políticos tem cobertura na Justiça!

Até quando esta “Justiça manca” se irá manter? Se tivesse havido JUSTIÇA INDEPENDENTE muito dos problemas agora existentes nunca teriam acontecido ou pelo menos não teriam sido tão graves por serem, desde logo, devidamente tratados para exemplo futuro! Acabava-se com a RECORRÊNCIA dos mesmos…

30/11/2010

MIGUEL PORTAS EM BRUXELAS!

UMA NOVA ERA JÁ COMEÇOU!


Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução, uma nova Era já começou!

As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta que há cerca de 3 meses começou a Revolução! Não! Não me refiro a nenhuma figura de estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo da Revolução "a sério" e em curso, que estamos a viver, mas da qual andamos distraídos (desprevenidos) e não demos conta do que vai implicar. Mas falo, seguramente, duma Revolução!

De facto, há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!
... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.
Estamos a viver uma transformação radical, tanto ou mais profunda do que qualquer uma destas! Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou!

Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 factores":

1º- A Crise Financeira Mundial: desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...
2º- A Crise do Petróleo: Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias massivas!), a inflação controlada, etc...
3º- A Contracção da Mobilidade: fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.
4º- A Imigração: a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!
5º- A Destruição da Classe Média: quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.
6º- A Europa Morreu: embora ainda estejam projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!
7º- A China ao assalto!: Contou-me um profissional do sector: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia...helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).
8º- A Crise do Edifício Social: As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum...
9º- O Ressurgir da Rússia/Índia: para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!
10º- A Revolução Tecnológica: nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!

Eis pois, a Revolução!

Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.

Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!

Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!
Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!

Nota: Nem sempre…

MOMENTOS


Um filme de Nuno Rocha

AS IMAGENS VALEM IMENSO MAS COM SOM O IMPACTO É AINDA MAIOR !

Nuno Rocha está de parabéns com esta curta metragem de grande qualidade.
Numa noite normal com o passado largado da memória, um homem reencontra, no lugar a que chama casa, lembranças de um tempo que viveu.
Fragmentos de pura felicidade e instantes de sublime partilha, surgem como apontamentos de esperança de um presente que não voltará a ser o mesmo.

29/11/2010

André Rieu em Londres


Concertos de André Rieu em Londres
(após o intróito da 5º Sinfonia de Beethoven) foi só um artifício do mestre para levantar o público para o que viria depois: Foi um verdadeiro toque de magia que só os grandes mestres sabem fazê-lo.
Vejam agora o Gran Finale SURPREENDENTE do Concerto de música clássica da orquestra de André Rieu no Teatro Albert Hall em Londres .
clicar abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=eky88KYlC4Q

A GRUTA DE LASCAUX em 3D!


Guardar estas imagens na Vossa Biblioteca pois é algo que dificilmente poderão voltar a ver!
Esta é uma entrada gratuita para uma visita a esta linda Gruta e é como se lá estivessemos e a vissemos em detalhe!

Vejam o link abaixo

http://www.lascaux.culture.fr/#/fr/02_00.xml

ESTA FRASE FAZ PENSAR...


"A Monarquia fez Portugal e criou um Império; a República acabou com o Império e está em vias de acabar com Portugal". (Carlos Azeredo, general)

É este o estado em que vive um concelho na área metropolitana de Lisboa: SINTRA! - A flor de Portugal.


"Quando vim para Sintra pediam-me emprego. Depois começaram a pedir-me casa. Agora pedem-me comida. Chegou-se ao fim da linha"(...)

Fernando Seara / Presidente Câmara de Sintra

Cerca de 10 mil alunos do 1º ciclo e pré-escolar são carenciados e a situação agravou-se em setembro e outubro. Há vinte mil desempregados, que lançam famílias inteiras, outrora de classe média, numa espiral de aflições. "Quando vim para Sintra pediam-me emprego. Depois começaram a pedir-me casa. Agora pedem-me comida. Chegou-se ao fim da linha."

Todos os dias o autarca recebe cartas em que esses números ganham nomes e rostos. Chegam-lhe relatos de famílias a viver às escuras, que ainda conseguem pagar a renda, mas a luz não. A iluminação dos prédios também não se acende: a conta do condomínio há muito ficou para trás. Gás também não há - "pedem um sítio para tomar banhos quentes". E outro para passar a ferro a roupa que querem vestir na procura de emprego. A Câmara tenta manter-lhes a água: o SMAS oferece até 5 metros cúbicos a famílias no desemprego.

Futuro mais "dramático"

Esta semana, Fernando Seara recebeu mais um número negro. No mapa das transferências do Orçamento do Estado para as autarquias, Sintra tem o maior corte a nível nacional: menos €4,9 milhões. "A solução é parar todas as obras. Mas com isso enfraqueço o tecido empresarial, e gero mais desemprego, e mais pobreza, e mais alunos carenciados, e mais violência doméstica. É uma pescadinha de rabo na boca, mas não há volta a dar."

No Banco Alimentar Contra a Fome, a presidente Isabel Jonet não hesita em apontar o concelho como um dos mais atingidos - "Sintra vai ser dramático". Fala no futuro, porque quem anda no terreno garante-lhe que ainda vai piorar. Garantiu-lho Ana Carrilho, assistente social da Santa Casa da Misericórdia de Sintra, que um dia chegou ao Banco Alimentar e desabafou em torrente o que lhe preenche os dias: a saída das crianças dos ATL e das creches, por manifesta incapacidade dos pais pagarem a mensalidade; estruturas para sem-abrigo e vítimas de violência doméstica - refeitório, balneário e lavandaria públicas - a serem usadas por famílias; pessoas a andar quilómetros a pé para ir buscar comida.

Horário para classe média

"Em Julho comecei a receber pedidos de ajuda, em catadupa, de famílias de classe média, muitos funcionários públicos, 50% recém-desempregados, todos em total desespero. Não sabem o que fazer, nem o que pedir, mas chegaram a um limite em que tiveram de pedir ajuda", explica Ana. Para minimizar a vergonha que afasta estes novos pobres da instituição - 30 a 40 casos só nos últimos dois meses -, a Misericórdia reservou-lhes um horário discreto e noturno: um dia por semana, das 18h às 20h, após o fecho oficial da instituição.

Em setembro e outubro a Misericórdia deu apoio alimentar a 1800 pessoas (360 famílias). O refeitório serviu o dobro de refeições para que foi criado - a carne é agora salsichas, o peixe atum. "Há três anos só dávamos alimentos a famílias com um máximo de €150 per capita, agora descemos para €50. Só já temos capacidade de ajudar os que estão no mais baixo limiar. E o apoio é revisto a cada seis meses. Quem sai... sai à força", explica Ana.

E há mais 185 atendimentos marcados. "A situação é incomportável. Vamos ter de suspender a aceitação de novos casos, uns dois ou três meses. Mas ainda não tive coragem de o fazer", desabafa. Outras ONG e Instituições de Solidariedade concelhias já estão a recusar inscrições.

No Gabinete de Apoio e Partilha da paróquia de Rio de Mouro, o limite são 120 famílias e não há marcações até janeiro. Há 43 à espera. Em Mira-Sintra, o Grupo Sociocaritivo, também ligado à Igreja, ajudou em outubro 305 pessoas. Os cabazes do Banco Alimentar são rentabilizados até um mínimo irreal. Produtos embalados - azeite, óleo, açúcar - são abertos e divididos por várias famílias. Aos prazos de validade a fome fecha os olhos.

Edição do Expresso, de 6 de novembro de 2010

Enviado por e-mail pela Amiga Mariz

28/11/2010

Devem-me dinheiro...


José Sócrates em 2001 prometeu que não ia aumentar os impostos. E aumentou. Deve-me dinheiro. António Mexia da EDP comprou uma sinecura para Manuel Pinho em Nova Iorque. Deve-me o dinheiro da sinecura de Pinho. E dos três milhões de bónus que recebeu. E da taxa da RTP na conta da luz. Deve-me a mim e a Francisco C. que perdeu este mês um dos quatro empregos de uma loja de ferragens na Ajuda onde eu ia e que fechou. E perderam-se quatro empregos. Por causa dos bónus de Mexia. E da sinecura de Pinho. E das taxas da RTP. Aníbal Cavaco Silva e a família devem-me dinheiro. Pelas acções da SLN que tiveram um lucro pago pelo BPN de 147,5 %. Num ano. Manuel Dias Loureiro deve-me dinheiro. Porque comprou por milhões coisas que desapareceram na SLN e o BPN pagou depois. E eu pago pelo BPN agora. Logo, eu pago as compras de Dias Loureiro. E pago pelos 147,5 das acções dos Silva. Cavaco Silva deve-me muito dinheiro. Por ter acabado com a minha frota pesqueira em Peniche e Sesimbra e Lagos e Tavira e Viana do Castelo. Antes, à noite, viam-se milhares de luzes de traineiras. Agora, no escuro, eu como a Pescanova que chega de Vigo. Por isso Cavaco deve-me mais robalos do que Godinho alguma vez deu a Vara. Deve-me por ter vendido a ponte que Salazar me deixou e que eu agora pago à Mota Engil. António Guterres deve-me dinheiro porque vendeu a EDP. E agora a EDP compra cursos em Nova Iorque para Manuel Pinho. E cobra a electricidade mais cara da Europa. Porque inclui a taxa da RTP para os ordenados e bónus da RTP. E para o bónus de Mexia. A PT deve-me dinheiro. Porque não paga impostos sobre tudo o que ganha. E eu pago. Eu e a D. Isabel que vive na Cova da Moura e limpa três escritórios pelo mínimo dos ordenados. E paga Impostos sobre tudo o que ganha. E ficou sem abonos de família. E a PT não paga os impostos que deve e tenta comprar a estação de TV que diz mal do Primeiro-ministro. Rui Pedro Soares da PT deve-me o dinheiro que usou para pagar a Figo o ménage com Sócrates nas eleições. E o que gastou a comprar a TVI. Mário Lino deve-me pelos lixos e robalos de Godinho. E pelo que pagou pelos estudos de aeroportos onde não se vai voar. E de comboios em que não se vai andar. E pelas pontes que projectou e que nunca ligarão nada. Teixeira dos Santos deve-me dinheiro porque em 2008 me disse que as contas do Estado estavam sãs. E estavam doentes. Muito. E não há cura para as contas deste Estado. Os jornalistas que têm casas da Câmara devem-me o dinheiro das rendas. E os arquitectos também. E os médicos e todos aqueles que deviam pagar rendas e prestações e vivem em casas da Câmara, devem-me dinheiro. Os que construíram dez estádios de futebol devem-me o custo de dez estádios de futebol. Os que não trabalham porque não querem e recebem subsídios porque querem, devem-me dinheiro. Devem-me tanto como os que não pagam renda de casa e deviam pagar. Jornalistas, médicos, economistas, advogados e arquitectos deviam ter vergonha na cara e pagar rendas de casa. Porque o resto do país paga. E eles não pagam. E não têm vergonha de me dever dinheiro. Nem eles nem Pedro Silva Pereira que deve dinheiro à natureza pela alteração da Zona de Protecção Especial de Alcochete. Porque o Freeport foi feito à custa de robalos e matou flamingos. E agora para pagar o que devem aos flamingos e ao país vão vendendo Portugal aos chineses. Mas eles não nos dão robalos suficientes apesar de nos termos esquecido de Tien Amen e da Birmânia e do Prémio Nobel e do Google censurado. Apesar de censurarmos, também, a manifestação da Amnistia, não nos dão robalos. Ensinam-nos a pescar dando-nos dinheiro a conta gotas para ir a uma loja chinesa comprar canas de pesca e isco de plástico e tentar a sorte com tainhas. À borda do Tejo. Mas pesca-se pouca tainha porque o Tejo vem sujo. De Alcochete. Por isso devem-me dinheiro. A mim e aos 600 mil que ficaram desempregados e aos 600 mil que ainda vão ficar sem trabalho. E à D. Isabel que vai a esta hora da noite ou do dia na limpeza de mais um escritório. Normalmente limpa três. E duas vezes por semana vai ao Banco Alimentar. E se está perto vai a um refeitório das Misericórdias. À Sexta come muito. Porque Sábado e Domingo estão fechados. E quando está doente vai para o centro de saúde às 4 da manhã. E limpa menos um escritório. E nessa altura ganha menos que o ordenado mínimo. Por isso devem-nos muito dinheiro. E não adianta contratar o Cobrador do Fraque. Eles não têm vergonha nenhuma. Vai ser preciso mais para pagarem. Muito mais. Já.

Mário Crespo

Homenagem a Dave Brubeck pelo quinteto de Jazz dos seus filhos!

Linda homenagem a Dave Brubeck efectuada pelos seus filhos

26/11/2010

Como congelar cervejas rápidamente...

A carne já está no grelhador ...

Então chegam os amigos com latas e mais latas de cerveja, estupidamente quentes. ¿Como as arrefecer?
O professor Pardal explica:
Ponha o Gelo na caixa frigorífica....

Adicione 2 litros de água por cada bolsa de gelo ...adicione meio quilo de sal



e meio litro de álcool.
A água aumenta a superfície de contacto, o sal reduz a temperatura de fusão do gelo (demora mais a derreter-se) e, por uma reacção química, o álcool retira o calor da mistura.


Alguns chamam a este líquido "mistura frigorífica": GELO, ÁLCOOL, SAL & ÁGUA. A mistura frigorífica é barata e a cerveja fica gelada em apenas 3 minutos. E esperar 3 minutos não é nenhum sacrifício, verdade?

Passa esta informação de utilidade pública.







Ai SE EU UM DIA VOS FALTO !!!

EM VEZ DE CARPIR, AJUDE!...


Estima-se que se cada português consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria postos de trabalho.

Ponham o mail a circular. Pode ser que acorde alguém.
Dê preferência aos produtos de fabrico Português. Se não sabe quais são, verifique no código de barras.

Todos os produtos produzidos em Portugal começam por 560

25/11/2010

A TERNURA DOS QUARENTA!

Ao ler o Jornal de Oeiras os meus olhos caíram na coluna O Sol e a Lua, de Nuno Campilho que versava sobre “A Ternura dos Quarenta”… E hoje também faz 40 anos o meu filho varão, daí o interesse que tive no referido artigo.

Diz ele” grande êxito de Paco Bandeira, dos idos anos 90, é o ponto de partida para a minha crónica de hoje. E porquê? Porque também eu atingi os quarenta… mas será que atingi a ternura?”

Lembrei-me logo do Frederico e como o autor a certa altura da crónica referiu “… gostaria de me reter por aqui. Fazer 40 anos não é nada de extraordinário. Não passa da celebração de uma data. A melhor idade é aquela que temos, essa é sempre a idade certa e aquilo que devemos celebrar todos os dias, é a Vida! Independente da idade que tenhamos. Assim, como tantas outras coisas, não importa a idade que temos, mas sim aquilo que fazemos com ela.”… E eu que o diga como os meus quase 77 anos!

…”E a ternura? Bem… não há muito a dizer. Senão havia ternura aos 39, não são os 40 que a fazem chegar. A ternura não está na idade, está nas pessoas.”…
Como canta Paco Bandeira, “meus amigos, importante é o sorriso para seguir viagem com a coragem que é preciso. Não adianta deitar contas à vida. A ternura dos quarenta não tem conta nem medida.”

Assim, espero que o Frederico se mantenha com o tal sorriso para seguir a sua viagem com a coragem necessária para vencer na Vida!


Hip hip Hurra!!!

O May be man


Existe o "Yes man". Todos sabem quem é e o mal que causa. Mas existe o May be man. E poucos sabem quem é. Menos ainda sabem o impacto desta espécie na vida nacional. Apresento aqui essa criatura que todos, no final, reconhecerão como familiar.
O May be man vive do "talvez". Em português, dever-se-ia chamar de "talvezeiro". Devia tomar decisões. Não toma. Sim­plesmente, toma indecisões. A decisão é um risco. E obriga a agir. Um "talvez" não tem implicação nenhuma, é um híbrido entre o nada e o vazio.
A diferença entre o Yes man e o May be man não está apenas no "yes". É que o "may be" é, ao mesmo tempo, um "may be not". Enquanto o Yes man aposta na bajulação de um chefe, o May be man não aposta em nada nem em ninguém. Enquanto o primeiro suja a língua numa bota, o outro engraxa tudo que seja bota superior.
Sem chegar a ser chave para nada, o May be man ocupa lugares chave no Estado. Foi-lhe dito para ser do partido. Ele aceitou por conveniên­cia. Mas o May be man não é exactamente do partido no Poder. O seu partido é o Poder. Assim, ele veste e despe cores políticas conforme as marés. Porque o que ele é não vem da alma. Vem da aparência. A mesma mão que hoje levanta uma bandeira, levantará outra amanhã. E venderá as duas bandeiras, depois de amanhã. Afinal, a sua ideolo­gia tem um só nome: o negócio. Como não tem muito para negociar, como já se vendeu terra e ar, ele vende-se a si mesmo. E vende-se em parcelas. Cada parcela chama-se "comissão". Há quem lhe chame de "luvas". Os mais pequenos chamam-lhe de "gasosa". Vivemos uma na­ção muito gaseificada.
Governar não é, como muitos pensam, tomar conta dos interesses de uma nação. Governar é, para o May be Man, uma oportunidade de negócios. De "business", como convém hoje, dizer. Curiosamente, o "talvezeiro" é um veemente crítico da corrupção. Mas apenas, quando beneficia outros. A que lhe cai no colo é legítima, patriótica e enqua­dra-se no combate contra a pobreza.
Mas a corrupção, em Moçambique, tem uma dificuldade: o corrup­tor não sabe exactamente a quem subornar. Devia haver um manual, com organograma orientador. Ou como se diz em workshopês: os guidelines. Para evitar que o suborno seja improdutivo. Afinal, o May be man é mais cauteloso que o andar do camaleão: aguarda pela opi­nião do chefe, mais ainda pela opinião do chefe do chefe. Sem luz verde vinda dos céus, não há luz nem verde para ninguém.
O May be man entendeu mal a máxima cristã de "amar o próximo". Porque ele ama o seguinte. Isto é, ama o governo e o governante que vêm a seguir. Na senda de comércio de oportunidades, ele já vendeu a mesma oportunidade ao sul-africano. Depois, vendeu-a ao portu­guês, ao indiano. E está agora a vender ao chinês, que ele imagina ser o "próximo". É por isso que, para a lógica do "talvezeiro" é trágico que surjam decisões. Porque elas matam o terreno do eterno adiamento onde prospera o nosso indecidido personagem.
O May be man descobriu uma área mais rentável que a especulação financeira: a área do não deixar fazer. Ou numa parábola mais recen­te: o não deixar. Há investimento à vista? Ele complica até deixar de haver. Há projecto no fundo do túnel? Ele escurece o final do túnel. Um pedido de uso de terra, ele argumenta que se perdeu a papelada. Numa palavra, o May be man actua como polícia de trânsito corrup­to: em nome da lei, assalta o cidadão.
Eis a sua filosofia: a melhor maneira de fazer política é estar fora da política. Melhor ainda: é ser político sem política nenhuma. Nessa fluidez se afirma a sua competência: ele e sai dos princípios, esquece o que disse ontem, rasga o juramento do passado. E a lei e o plano servem, quando confirmam os seus interesses. E os do chefe. E, à cau­tela, os do chefe do chefe.
O May be man aprendeu a prudência de não dizer nada, não pensar nada e, sobretudo, não contrariar os poderosos. Agradar ao dirigen­te: esse é o principal currículo. Afinal, o May be man não tem ideia sobre nada: ele pensa com a cabeça do chefe, fala por via do discurso do chefe. E assim o nosso amigo se acha apto para tudo. Podem no­meá-lo para qualquer área: agricultura, pescas, exército, saúde. Ele está à vontade em tudo, com esse conforto que apenas a ignorância absoluta pode conferir.
Apresentei, sem necessidade o May be man. Porque todos já sabíamos quem era. O nosso Estado está cheio deles, do topo à base. Podíamos falar de uma elevada densidade humana. Na realidade, porém, essa densidade não existe. Porque dentro do May be man não há ninguém. O que significa que estamos pagando salários a fantasmas. Uma for­tuna bem real paga mensalmente a fantasmas. Nenhum país, mesmo rico, deitaria assim tanto dinheiro para o vazio.
O May be Man é utilíssimo no país do talvez e na economia do faz-de-conta. Para um país a sério não serve.

http://www.opais.co.mz/index.php/opiniao/126-mia-couto/10549-o-may-be-man.html

22/11/2010

As Reformas na Suiça


Em Portugal esta notícia foi tratada apenas em telejornais pouco vistos para evitar, naturalmente, o contágio. Porque será?

Veja o link abaixo:
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Reformas-na-Suica-com-tecto-maximo-de-1700-euros.rtp&headline=20&visual=9&article=390426&tm=7

20/11/2010

O que a máfia financeira europeia e norte-americana não deixa que se publique na Europa:


Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal, pelo Governo liberal de José Sócrates. Mais um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo Português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a est...a nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.
E não é por eles serem portugueses.
Vá o leitor ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos, e vai descobrir que doze por cento da população é portuguesa, oriunda de um povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão….e à Austrália.
Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no Partido Social Democrata (PSD) e Partido Socialista (PS), gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde anos 80.
O objectivo? Para reduzir o défice. Porquê?
Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia se deixou sugar, é aquele em que as agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos Estados Unidos da América (onde havia de ser?) virtual e fisicamente, controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito.
Com amigos como estes organismos e ainda Bruxelas, quem precisa de inimigos?
Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e com medo, apavorada com a Alemanha depois das suas tropas invadiram o seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. A França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para a sua indústria.
E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos pelos motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de que país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são os Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.
Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata do centro) e PS (Socialista, do centro esquerda), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo a sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir!!) e a sua indústria (desapareceu!!) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas!!), a troco de quê?

O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza numa base sustentável?
Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que despejaram bilhões de euros através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque ele é considerado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é!!) e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos.
A sua “política de betão” foi bem concebida, mas como sempre, mal planeada, o resultado de uma inapta, descoordenada e, às vezes inexistente localização no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e seu povo.
Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral.
O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam.
Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou-se em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini, Maserati. Foram organizadas caçadas de javalí em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficaram a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem.
Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político.
E ele é um dos melhores?
Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo excelente diplomata, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, “Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando”) que criou mais problemas com o seu discurso do que com os que resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha. Resultando em dois mandatos de José Sócrates; um Ministro do Ambiente incompetente, que até formou um bom governo de maioria e tentou corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado pelos interesses instalados.
Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares (???) de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projetos de educação).
E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes.
O Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados:
Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%).
Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%).
Concordo com o sacrifício (1%)
Um por cento. Quanto ao aumento dos impostos, a reação imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portug...al, 10 milhões, afetará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão.
Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem os resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar!!
É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de rating, que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português.
Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno do Governo de Portugal para o PSD, enquanto os partidos de estrema-esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado com as suas ideias e propostas.
Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, enviou os interesses de Portugal para o ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos.
Esses traidores estão a levar cada vez mais portugueses a questionarem se não deveriam ter sido assimilados há séculos pela Espanha.
Que convidativo, o ditado português “Quem não está bem, que se mude”. Certos, bem longe de Portugal, como todos os que podem estão a fazer. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico e uma classe política abominável
Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.RuVer mais

Fonte:
http://www.moscowtopnews.com/?area=postView&id=2111