30/01/2011
Um bom, muito bom... óptimo exemplo... ISLANDIA
Suspeitos de afundarem finanças islandesas começam a ser detidos
Dois ex-directores do banco islandês Kaupthing, nacionalizado de urgência em 2008, foram presos esta quinta-feira. Mas a lista de possíveis detidos envolve mais de 125 personalidades, segundo a imprensa.
Os directores de bancos islandeses que arrastaram o país para a bancarrota em finais de 2009 foram presos por ordem das autoridades, sob a acusação de conduta bancária criminosa e cumplicidade na bancarrota da Islândia.
Os dois arriscam-se a uma pena de pelo menos oito anos de cadeia, bem como à confiscação de todos os bens a favor do Estado e ao pagamento de grandes indemnizações.
A imprensa islandesa avança que estas são as primeiras de uma longa lista de detenções de responsáveis pela ruína do país, na sequência do colapso bancário e financeiro da Islândia.
Na lista de possíveis detenções nos próximos dias e semanas estão mais de 125 personalidades da antiga elite política, bancária e financeira, com destaque para o ex-ministro da Banca, o ex-ministro das Finanças, dois antigos primeiros-ministros e o ex-governador do banco central.
A hipótese de cadeia e confiscação de bens paira também sobre uma dezena de antigos deputados, cerca de 40 gestores e administradores bancários, o antigo director da Banca, os responsáveis pela direcção-geral de Crédito e vários gestores de empresas que facilitaram a fuga de fortunas para o estrangeiro nos dias que antecederam a declaração da bancarrota.
Em Outubro de 2008, o sistema bancário islandês, cujos activos representavam o equivalente a dez vezes o Produto Interno Bruto do país, implodiu, provocando a desvalorização acentuada da moeda e uma crise económica inédita.
Nós por cá... todos bem??!!! Toca de assobiar pró lado!
Ainda há países civilizados, onde existe JUSTIÇA de verdade, aplicável a todos os cidadãos!!!
E ainda há povos que recusam ser esmagados pelos corruptos, como a Tunísia, o Egipto, a Albânia.
E nós? Haja esperança no futuro!
Enviado por e-mail pelo amigo João
"Combustíveis são um problema difícil mas não de concorrência"
DECO: "Há margem para baixar os preços dos combustíveis"
Em declarações ao Económico, o secretário-geral da DECO afirma haver falta de vontade política para mexer no dossier dos combustíveis. A Associação de Defesa dos Consumidores defende que "o Governo devia atribuir a responsabilidade do mercado [dos combustíveis] a uma entidade nacional como a ERSE, por exemplo".
"O mercado devia ser acompanhado na lógica de elaboração/composição do preço. Aqui é que poderia haver uma intervenção estatal que tentasse esmagar os lucros das empresas que operam no sector criando uma lógica de interesse nacional tal como já acontece no gás e na electricidade", explica Jorge Morgado, secretário-geral da DECO. Isto porque "tem havido falta de transparência na elaboração dos preços", diz o mesmo responsável, acrescentando que "actualmente, a lógica que impera é a do lucro das empresas" e dado o impacto que os preços dos combustíveis têm no bolso dos consumidores, "tem de haver uma atitude reguladora por parte do Estado".Segundo o mesmo responsável, a DECO "já fez esta proposta ao Governo várias vezes" mas "tem de haver vontade política" para que se concretizem.
Para o secretário-geral da Associação, "a regulação não será o remédio para todos os males", mas um factor "mais justo" para a defesa do consumidor. E neste sentido, "o poder político tem de intervir e comprimir os preços antes de impostos porque há margem para baixar os preços". A fixação de um limite de preços para os combustíveis, diz o mesmo responsável, "não é favorável" porque iria "traduzir-se numa situação de aumento da despesa do país, para além de que quem iria pagar a diferença seria o contribuinte e não o automobilista, ou seja, todos pagariam mesmo sem andar de carro, o que não é justo", acrescenta. No entanto, lembra Jorge Morgado, nada disto é novo: "Quando foi da liberalização do mercado, a DECO alertou que a situação poderia ser dramática e que iria imperar a lógica do lucro num mercado que não é concorrencial". Mas "o Governo não fez o trabalho de casa na altura".
Agora, "que todos temos consciência que os preços vão continuar a subir, têm de se adoptar medidas para contrariar a tendência", conclui.
Rita Paz
Comentários vários a esta notícia:
Desde 2006 até ao início de 2007, o Estado português perdeu 325 milhões de euros em receitas fiscais com os transportadores nacionais, indicou Abel Marques, secretário-geral da associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) ao «Jornal de Negócios».
Esta perda de receita para o País é justificada com a «ordem para abastecer em Espanha» que estas empresas decretaram. No país vizinho, sublinha Abel Marques, além do preço dos combustíveis ser cerca de 20 cêntimos por litro inferior ao que se pratica em Portugal, as empresas portuguesas podem também, desde o início deste ano, ser reembolsadas pelo Estado espanhol de parte do Imposto sobre Hidrocarbonetos, o equivalente ao ISP português, desde que solicitem um numero de identificação fiscal espanhol. O facto é que um terço das empresas do sector já o fez.
Não sou economista mas... quem é o burro que faz política assim? Sr. Ministro da Economia, é burro ou faz-se?
Do blogue "Democracia em Portugal?
Eu bem avisei, em email distribuído há dois anos! Na altura, com o Euro em alta, o barril de petróleo chegou quase aos 150 dólares e chegámos a pagar o gasóleo (é a minha referência) a 1,440, mais coisa menos coisa. Escrevi então que estávamos a ser explorados, pois os portugueses pagam em Euros e não em dólares. E que seria de esperar por ainda maiores aumentos quando uma situação idêntica ocorresse com o Euro em baixa. E aí está, dois anos depois: com o barril de petróleo ainda abaixo dos 100 dólares, o gasóleo já prestes a atingir o custo de 2008!
Mas há mais: esta situação interessa ao Governo porque, quanto mais caro os combustíveis forem vendidos, mais arrecada em impostos! Mas não só o Governo que beneficia, também a Galp incha de lucros! Curiosamente, passei ontem (dia 26) no Entroncamento e vi os preços nas bombas do ELeclerc (também há em Portimão e noutras cidades por esse país fora). Tinha afixado, bem visível, que vendia combustíveis fornecidos pela Galp. Mas não parecia: gasóleo a 1,219! À chegada a Lisboa, preço na Galp 1,348! Nem parecia que estava no mesmo país...
Ribeiro Soares
Seria interessante, muito interessante mesmo, dividir o preço do litro da gasolina em produto+impostos. Era, julgo eu, um bom serviço que prestava às pessoas que o lêem. Para além disso, julgo que daria lugar a uma grande surpresa, sobretudo no que diz respeito aos impostos cobrados por cada litro de gasolina.
José Câmara
Esse trabalho está feito em termos genéricos, em Portugal o peso de impostos nos combustíveis é da ordem dos 52%. Mas é assim por toda a Europa, embora em percentagem inferior ou muito inferior, de qualquer maneira muito significativa. E também existe, quanto a mim, uma função dissuasora porquanto, se os combustíveis fossem ao preço da água, já não era possível circular (nem estacionar) em toda a Europa, pelo menos nas cidades.
Outro trabalho que em 2008 foi feito (e agora ainda não vi repetido) era a comparação dos custos em valores equitativos, não sei bem se é assim que se diz. O que eu quero dizer era apresentar os custos dos combustíveis tendo em conta o câmbio euro/dólar. Por exemplo, em 2008, quando o dólar estava baixo e o barril a 145 dólares, pagámos aqui o gasóleo a 1,458 € (julgo eu). Agora, em 2011, com o dólar alto e o barril a 98 dólares, qual deveria o custo equivalente nas condições de 2008 - não sei se me fiz entender. Talvez alguém venha a fazer isso para percebermos a disparidade dos preços praticados pelo autêntico cartel que nos suga.
Ribeiro Soares
Convenhamos que 52% em impostos não é propriamente uma enormidade, mas sim um autêntico assalto à algibeira de quem precisa. Eu fui à internet e tirei alguns dados. Julgo que serve de comparação. Repare que aqui, nos EUA, falamos em galões. Se fiz bem as contas, a combinação dos impostos Federal e Estadual andará pelos 15%.
O Imposto Federal é de 18.4 cpg ao qual se junta o imposto estatual. (CPG - Cents per gallon)
José Câmara
29/01/2011
O POLVO!!!
Para quem não teve oportunidade de ver... Eu vi esta reportagem em directo e fiquei siderado não só com o que se dizia mas por julgar que a nossa justiça nada fará, como é usual nestas circunstâncias!
Abra o link e veja se não tenho razão:
http://www.tvi24.iol.pt/galeria_nova.html?mul_id=13377657
RIR É O MELHOR REMÉDIO!!!
O carácter internacionalista do povo Português!
Se tem um problema intrincado
Vê-se grego
Se não compreende alguma coisa
"Aquilo" é chinês
Se trabalha de manhã à noite
Trabalha como um mouro
Se vê uma invenção moderna
É uma americanice
Se alguém fala muito depressa
Fala como um espanhol
Se alguém vive com luxo
Vive à grande e à francesa
Se alguém quer causar boa impressão
É só para inglês ver
Se alguém tenta regatear um preço
É pior que um cigano
Se alguém é agarrado ao dinheiro
É pior que um judeu
Se vê alguém a divertir-se
Está a gozar que nem um preto
Se vê alguém com um fato claro vestido
Parece um brasileiro
Se vê uma loura alta e boa
Parece uma autêntica sueca
Se quer um café curtinho
Pede uma italiana
Se vê horários serem cumpridos
Trata-se de pontualidade britânica
Se vê um militar bem fardado
Parece um soldado alemão
Se uma máquina funciona bem
É como um relógio suíço
Mas quando alguma coisa corre mal
É "à PORTUGUESA"
Enviado por E-mail pelo Amigo Fernando Resende
Coração de D. Pedro IV - Para quem ainda desconhece...
O coração de D. Pedro (quarto de Portugal e primeiro do Brasil)
encontra-se realmente depositado na Igreja da Lapa, numa urna cujas
chaves estão oficialmente guardadas no Gabinete do Presidente da
Câmara Municipal do Porto
A urna, onde se encontra o coração do monarca guerreiro, foi feita à
imagem e semelhança da urna original, que também se encontra em
exposição na Lapa, e que o transportou de barco desde Lisboa até ao
Porto, em 1835.
O coração está devidamente conservado em formol
que o mantém quase intacto e na sua forma original.
O coração de D. Pedro é observado com periodicidade há cerca de
dez anos, para verificação do seu estado de conservação, como aconteceu
nesta visita. Reconhece-se no filme o Prof Dr Francisco
Ribeiro da Silva, o Presidente da Câmara, Dr. Rui Rio e o Dr. Ferreira
dos Santos, Reitor da Igreja da Lapa, entre outros.
Enviado por e-mail pelo Amigo Ferreira Pinto
27/01/2011
"Guerra vivida, Guerra sentida", um comando no Afeganistão
“Guerra vivida, Guerra sentida” é o nome dado pelo antigo sargento comando Pedro Abreu Monteiro, a uma interessante exposição fotográfica que organizou em conjunto com a Biblioteca Municipal do Cadaval. Aqui fica a passagem do “Operacional” pela exposição.
http://www.operacional.pt/%E2%80%9Cguerra-vivida-guerra-sentida%E2%80%9D-um-comando-no-afeganistao/
EDP e Manuel Pinho nos EUA
Eis alguns dados:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=439097
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/tres-milhoes-da-edp-para-pinho
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/geral/edp-manuel-pinho-nova-iorque-aulas-energias-renovaveis-agencia-financeira/1184254-5238.html
Há também uma Crónica de Mário Crespo, creio que em Novembro passado, em que o assunto é aflorado.
Esbanja-se o dinheiro desta forma e depois é o "Zé" que sofre os aumentos na electricidade...
25/01/2011
O PERFUME INEBRIANTE DO FADO
Publicado no Blogue Brumas de Sintra da Amiga Maria Elvira Bento
ADAPTAÇÃO MODERNA AOS LUSÍADAS!
I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas.
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano.
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
E mais outro: Um poema da "mente", só/mente!
POEMA da 'MENTE'...Há um Ministro que mente...
Mente de corpo e alma, completa/mente.
E mente de modo tão pungente
Que a gente acha que ele mente, sincera/mente.
Mas mente, sobretudo, impune/mente...
Indecente/mente.
E mente tão habitual/mente, tão hábil/mente,
Que acha que, história afora, enquanto mente,
Nos vai enganar eterna/mente.
Nota: Não sei quem é o autor... com tal mente
Enviado por E-mail pelo amigo Fernando Resende
UMA VOZ E UMA SENSIBILIDADE ARREPIANTES
Publicado no Blogue Brumas de Sintra da Amiga Maria Elvira Bento
20/01/2011
MUDAR DE REGIME
No seguimento de outros artigos sobre a crise que vivemos e as medidas conducentes à sua correcção pareceu-me interessante aqui colocar a opinião de Vasco Pulido Valente por me parecer muito válida.
Não há dúvida alguma que o que tem faltado é uma fiscalização aos actos da governação quer central quer local, além de um compadrio desenfreado enchendo de "boys" e "girls", a maior parte pouco capazes, dos diversos partidos do poder, em Institutos, Fundações e sei lá que mais que não passam de sorvedouros dos dinheiros públicos! "O Rei vai nu" e ninguém tem interesse em saber... nem ninguém é responsabilizado por isso!!!
Assim transcreve-se:
"Dez milhões de portugueses foram vítimas de uma fraude, que os fará passar anos de miséria.
Toda a gente acusou deste crime, único na nossa história recente, entidades sem rosto como os “mercados”, a “especulação” ou meia dúzia de agências de rating, que por motivos misteriosos resolveram embirrar com um pequeno país bem comportado e completamente inócuo.
Mas ninguém acusa os verdadeiros responsáveis, que continuam por aí a perorar como se não tivessem nada a ver com o caso e até se juntam, quando calha, ao coro das lamúrias. Parece que não há um político nesta terra responsável pelo défice, pela dívida e pela geral megalomania dos nossos compromissos. O Estado foi sempre administrado com senso e parcimónia. Tudo nos caiu do céu.
Certos pensadores profissionais acham mesmo que o próprio regime que engendrou a presente tragédia é praticamente perfeito e que se não deve mexer na Constituição em que ele assenta. Isso espanta, porque a reacção tradicional costumava ser a de corrigir as regras a que o desastre era atribuível. Basta conhecer a história da França, de Espanha ou mesmo de Portugal para verificar que várias Monarquias, como várias Repúblicas, desapareceram exactamente pela espécie de irresponsabilidade (e prodigalidade) que o Estado do “25 de Abril” demonstrou com abundância e zelo desde, pelo menos, 1990. A oligarquia partidária e a oligarquia dos “negócios” que geriram, em comum, a administração central e as centenas de sobas sem cabeça ou vergonha da administração local não nasceram por acaso.
Nasceram da fraqueza do poder e da ausência de uma entidade fiscalizadora. Por outras palavras, nasceram de um Presidente quase irrelevante; de uma Assembleia em que os deputados não decidem ou votam livremente; de Governos que no fundo nem o Presidente nem a Assembleia controlam; de Câmaras que funcionam como verdadeiros feudos: de uma lei eleitoral que dissolve a identidade e a independência dos candidatos.
Vivendo a nossa vida pública como a vivemos, quem não perceberá a caracterizada loucura das despesas (que manifestamente excede o tolerável), a corrupção (que se tornou universal), os funcionários sem utilidade, o puro desperdício e, no fim, como de costume, a crise financeira? A moral da coisa é muito simples: só se resolve a crise mudando de regime."
Vasco Pulido Valente, em 15 de Janeiro de 2011
19/01/2011
Tópicos para reflexão em vésperas de eleição presidencial.
Voto útil ou voto inútil
Neste ponto da campanha, com as eleições à porta, depois do percurso de reflexões isentas que têm sido aqui suscitadas, com uma óptica caracterizada por idealismo, utopia, e desejo da máxima perfeição do candidato a escolher, há que cair na realidade e concluir que a vida é gerida com o possível, escolhendo o menos mau, sem grave dissonância com a nossa consciência idealista.
Da abstenção deliberada, ou do voto inútil, seja nulo ou em branco, nada resulta de positivo, pelo menos de imediato, para Portugal. E várias pessoas receiam que o voto em branco possa ser utilizado por alguém sem escrúpulos da mesa, quando a urna é aberta. Tal desonestidade com aproveitamento no acto da contagem (inserção abusiva de cruz) pode ser possível, mas não podemos crer que seja generalizada e o seu efeito não será grande.
Neste momento, descendo do Olimpo das utopias e dos idealismos teóricos, cabe a cada um de nós pensar naquilo que, de acordo com o actual regime, poderá ser menos lesivo para os interesses de PORTUGAL e usar o voto útil. Deve votar-se conforme a própria consciência mas sem prejudicar o País. O interesse de PORTUGAL deve ser colocado acima de qualquer interesse particular.
E não esqueçamos que uma segunda volta tem elevados custos para os portugueses, pelo que cada eleitor deve, de acordo com a sua consciência votar no candidato menos mau, usar o VOTO ÚTIL pensando em PORTUGAL.
Há quem esteja atento e consciente do esforço que está a ser feito para o candidato melhor colocado nas sondagens obter menos de 50% dos votos válidos, a fim de haver uma segunda volta onde ele perderá porque o seu rival (seja qual for), provavelmente, aglutinará todos os votos da esquerda. Não é por acaso que todos os candidatos conjugaram os ataques a esse candidato em coisas que, por vezes, nada têm a ver com as funções de PR. A politiquice está a arrastar-se pela lama, esquecendo os interesses de PORTUGAL. Para votar em consciência, interessa conhecer todas as facetas da personalidade dos candidatos para aquilatar a sua capacidade para exercer o cargo, isto é, para lidar com as situações reais que se lhe depararem, da melhor forma para bem de PORTUGAL, cujo futuro está em jogo. Os candidatos não devem mostrar-se ofendidos por serem difundidos aspectos menos conhecidos da sua personalidade mas que possam levar a prever os seus comportamentos futuros, porque o futuro de PORTUGAL deve ser acautelado o mais possível.
Cabe a cada um de nós pensar naquilo que poderá ser menos lesivo dos interesses de PORTUGAL e usar o voto útil. Devemos votar conforme a própria consciência mas sem prejudicar o País.
AJS, 19-01-2011
17/01/2011
Crítica Literária: “Quando a China dominar o Mundo”
Jacques Martin, “Quando a China dominar o Mundo: O Final do Mundo Ocidental e o Advento de uma Nova Ordem Global”. New York: The Penguin Press, 2009. ISBN 978-1-59420-185-1. 550 Páginas, capa dura.
Escrito na Inglaterra e fortemente apoiada em realidades geopolíticas, Jacques Martin lançou um desafio. Todos os que pretenderem contestar a tese deste livro, de que o título e subtítulo são resumos eloquentes, deverão munir-se de provas e argumentos ainda mais convincentes do que os do autor.
Em resumo, ele afirma que o domínio do Ocidente, liderado nos tempos mais recentes pelos Estados Unidos, será em breve substituído pela influência insinuante da China. O autor está ciente da controversa e, para muitos, assustadora natureza das suas afirmações, pelo que procura apoiá-las num impressionante conjunto acontecimentos históricos, económicos e factos da actualidade.
O autor começa por anunciar o fim da ordem mundial ocidental - ou pelo menos da sua predominância ao longo dos últimos duzentos anos. Para ele, a crise financeira em 2008, marcou uma viragem decisiva na história mundial. Não foram só os triliões de dólares varridos dos livros contabilísticos dos investidores, mas a falência de todo o sistema que ficou publicamente exposto. O autor realça o facto de que o relatório do Conselho da Segurança Nacional dos EUA para 2009 "represente uma mudança de 180 graus" em relação aos anos anteriores, prevendo um mundo em que a América passará a ser apenas mais um dos vários parceiros importantes.
De facto, o declínio dos Estados Unidos, baseado na sua debilidade económica, dá corpo a uma das faces importantes da tese do autor. A China encontra em expansão exactamente quando a influência da América no mundo entra em declínio. A presente Crise Financeira não tem fim à vista. A crise da dívida soberana que nos últimos meses assolou quase toda a Europa e que muitos analistas prevêem poder vir a engolir também os EUA, apenas confirma e reforça o ponto de vista do autor, uma vez que, inversamente, a situação financeira da China se encontra basicamente saudável.
E quanto à China? Será que ela realmente virá a "dominar" o mundo? Aqui, o título é um pouco enganador, uma vez que o autor não prevê que as tropas chinesas venham a ocupar as cidades de um império mundial, como as legiões romanas, ou o exército britânico ou os soldados russos fizeram no passado. Ele nem sequer prevê uma proliferação de bases militares chinesas, em lugares remotos, para substituir as dos Estados Unidos.
Não, ele refere-se a um domínio global que rivalizará e até mesmo ultrapassará o do outrora todo-poderoso Ocidente, no auge do seu poder. O crescimento económico da China constitui o núcleo da sua força e da tese do autor. Dada a sua enorme população e a sua enorme extensão geográfica, a China tornar-se-á o parceiro mais importante e indispensável da economia mundial. Produtores, compradores e vendedores terão que tomar muitas, senão a maioria, das suas decisões em função da China, assim como dezenas de nações têm feito em relação aos Estados Unidos nas últimas décadas.
Os investimentos que a China tem efectuado nas economias da África e da América Latina, e a dependência de estados a Ásia Oriental ao mercado chinês para as suas exportações, permitir-lhe-ão uma presença e poder que nem mesmo os Estados Unidos da América possuíam. Os prognósticos que o autor faz sobre a China conquistar maior voz e votos em instituições como o FMI e o Banco Mundial tornaram-se realidade nos últimos meses, assim como a sua convicção de a China forjar alianças com as outras nações do BRIC e laços monetários e económicos bilaterais com os principais parceiros comerciais. O autor prevê ou o fim do actual sistema de Bretton Woods ou a criação de um sistema paralelo que em breve passaria a ser muito mais importante. Parece que o foco da sua atenção está sendo confirmado, quase todas as semanas. O declínio do dólar e do euro (cuja própria sobrevivência está em causa) irá fazer aumentar o valor do yen, que pode até tornar-se numa - ou mesmo - na moeda de reserva de eleição.
Aliado ao poder económico, outras formas de poder virão. O poder militar da China, diz ele, poderá vir a ganhar supremacia no teatro do Extremo Oriente, do Sueste da Ásia e talvez até no sul da Ásia, com a Índia cercada por clientes e bases chineses. A sua influência diplomática só vai crescer e a posição da China como membro do Conselho de Segurança será reforçada através de uma crescente influência junto às capitais de todo o mundo, assim como em organismos internacionais como a OMS e a OMC.
Com base na sua longa história e rica cultura, a influência da China estender-se-á às artes visuais, cinema, desportos (veja o que aconteceu com os Jogos Olímpicos de 2008) e a língua. Apesar da sua notória dificuldade, milhões de estudantes estão a procurar aprender o mandarim como uma ferramenta essencial para o sucesso. As universidades chinesas já atraem quase cem mil estudantes estrangeiros todos os anos e estão prestes a juntar-se ao clube das instituições de ensino superior mais bem reputadas do mundo. Nas ciências e tecnologias, o avanço da China tem sido igualmente dramático e o aperfeiçoamento da qualidade dos seus cientistas e engenheiros poderá em breve fazer com que o seu número impressionante se transforme numa força avassaladora no mundo da investigação, onde as suas publicações já são impressionantes.
A comida chinesa, já quase omnipresente, e a medicina tradicional chinesa ir-se-ão impondo cada vez mais no quotidiano das populações mundiais. Os turistas chineses, cheios de dinheiro e ansiosos para viajar, já estão a superlotar os destinos mais famosos da Ásia e podem, em breve, ter o mesmo impacto na Europa e nas Américas, enquanto a Grande Muralha e outros locais transformarão a China no país mais visitado da terra.
"A parte fulcral do livro é a afirmação de que, longe de haver uma única modernidade, haverá, de facto, muitas”. Noutras palavras, a "modernização" não significará "ocidentalização", como muitos acreditavam após a queda do império soviético em 1989. Como Singapura e o Japão demonstraram, um país pode ser bastante moderno, sem perder a sua cultura tradicional ou transformar-se numa democracia do estilo ocidental (o autor adora fazer ressaltar que o Japão só parece ser uma democracia plena).
Prevendo, naturalmente, uma forte oposição ao seu argumento, Jacques constrói o seu caso ao longo de centenas de páginas cuidadosamente arquitectadas e bem documentadas. No entanto, alguns leitores poderão ter reservas, pelo menos pelas seguintes razões:
Embora ele refira que um abrandamento do crescimento económico, ou um incremento de manifestações violentas, que tanto preocupa Pequim, poderia causar sérios problemas ao Partido Comunista e que está ciente de que o problema da corrupção "continua a ser substancial e intrincado, pois as suas causas estão profundamente enraizadas no próprio Partido e na miríade de conexões guanxi ", o autor, ainda assim, afirma que os atuais líderes se manterão firmemente no controlo do poder por décadas. Dos vários cenários possíveis que o autor examina, o que lhe parece mais provável é uma transição muito lenta para um sistema semelhante ao de Singapura.
Outros não estão tão optimistas quanto ao futuro do partido. E se houver outro surto do gás SARS, ou equivalente? Ou outro grande terramoto? E se a Crise Financeira se aprofundar e as exportações da China diminuírem para um nível abaixo do nível necessário para manter um crescimento sustentado? O que acontecerá se a situação na península coreana detonar numa guerra aberta, arrastando consigo os Estados Unidos?
A renúncia do governo actual à política económica de mercado livre, apesar de ter sido altamente eficaz até agora, apresentou deslocamentos característicos das economias planificadas. O historial do socialismo não recomenda que todos se sintam optimistas quanto ao crescimento continuado da economia chinesa. Muitos estão já pedindo a explosão da "bolha" da China, enquanto outros lamentam a perda de eficiência característica de economias estatais.
Embora não pretenda alvitrar em nome do autor, o meu palpite é que ele iria rebater essas questões com a reafirmação de sua tese geral, de que a continuação de algumas tendências parece quase inevitável. A facção de Xangai poderia voltar ao poder e pressionar no sentido de se caminhar para um menor controlo governamental da economia. Embora o autor não mencione tal cenário, mesmo que o partido seja derrubado por rejeição popular maciça contra a corrupção, outros têm avançado a hipótese de que o Exército poderia entrar em cena formando um "governo de salvação nacional" e restaurando a ordem. Um regime militar iria apenas intensificar as tensões distintamente nativistas da sociedade chinesa, que o autor considera fundamental para a sua tomada de atitude futura quer em relação a outros países quer ao seu próprio papel no mundo.
Muitos não aceitarão facilmente a ideia da gradual e dramática extinção da América, mas alguns acreditam que a sua despromoção da posição de superpotência mundial pode ser muito mais abrupta do que até mesmo aquilo que o autor refere, apesar de o seu livro conter advertências alarmantes relativas ao futuro próximo e a tempos traumáticos para os americanos que, refere ele, estão quase totalmente desprevenidos sobre o que lhes está para acontecer. A falência virtual do Ocidente, incluindo a dos Estados Unidos, pressagia uma perda enorme e potencialmente repentina de poder que poderia encurtar significativamente o cronograma que o autor propõe.
Embora ele reconheça a corrupção endémica que permeia a sociedade chinesa, o autor parece não entender os efeitos debilitantes que isso tem sobre o ânimo das pessoas, nem ele diz muito sobre o que os próprios chineses vêem como a podridão moral corrosiva que corrói o âmago da civilização. Até que ponto um país nessas circunstâncias se pode tornar quase ingovernável?
O crescente papel dos líderes mais jovens que regressam do Ocidente, especialmente dos Estados Unidos Estados, com percepções e expectativas significativamente mudadas, parece não ter sido devidamente tomado em conta pelo autor.
Outro grande problema com este livro, em todo o resto tão poderoso, é a sua total focalização no aspecto secular. Como a maioria dos analistas, o autor ignora completamente o componente religioso da sociedade chinesa, embora repetidamente se refira à base moral confuciana. Para o autor, o crescimento impressionante do cristianismo, especialmente entre os empresários chinesas e os líderes intelectuais, não tem nenhuma importância, se é que ele está ao par desta tendência fundamental. No longo prazo, no entanto, ele poderá estar certo, mesmo neste ponto, pois noutras épocas anteriores e noutras áreas do mundo, o cristianismo não se tem distinguido por silenciar desejos nacionalistas e imperialistas. Uma igreja chinesa altamente cooperante poderia, de fato, fornecer combustível para o tipo de desígnio mundial que o autor anuncia, especialmente se alguns dos futuros chineses "Constantinos", fortemente pressionados para manter o seu império coeso, elejam inteligentemente uma igreja que possa ter o desejo ardente de "influenciar" o governo.
Isso leva-nos ao que parece ser o segundo ponto principal do autor, que em meu entender ele analisa com uma força quase que imparável: aconteça o que acontecer no futuro, a China não se tornará ocidentalizada, ou um país neoliberal, mas uma sociedade absolutamente chinesa, com determinadas características herdadas da sua longa e extremamente poderosa história e cultura.
Assim, ele conclui o livro com uma reafirmação das "diferenças que definem a China" e que em grande parte darão cor à sua futura posição num mundo cada vez mais sino-cêntrica:
1. A China não é um estado-nação no sentido moderno, mas um estado-civilização. Não encontra a sua identidade em fronteiras arbitrariamente definidas (embora estas sejam importantes), mas na sua cultura e história milenar. Irá "procurar alimento, inspiração e paralelos no seu passado, tanto nos “milénios de glória” como no "século de humilhação”. Como outrora, o Estado será "crucial na sociedade e será tão sacrossanta como era na época imperial."
2. "A China está cada vez mais inclinada a conceber as suas relações com a Ásia Oriental em termos de um sistema estado-tributário, ao invés de Estado-nação”, em que a profunda desigualdade de poder (com a China assumindo-se como o líder incontestável) traz estabilidade. Outros países, nomeadamente alguns da África, poderão ser tratados da mesma maneira, não como iguais, mas como inferiores reconhecendo a superioridade da China.
3. O povo chinês possui uma "atitude distintamente chinesa para com a raça e a etnia." Embora a história possa indicar o contrário, os chineses Han acreditam que todos eles são derivados de um antepassado comum; que a sua raça se desenvolveu em paralelo e não derivou de outras raças; e que eles são superiores a todos as outras raças. As acusações de racismo são veementemente negadas pelos próprios chineses, mas o autor acredita que ele tem a prova que demonstra que "isto está enraizado na psique chinesa”. A sua mentalidade de "império do centro" fará com que a China "permaneça distante, escondida numa nova hierarquia da humanidade, sendo o seu sentimento de superioridade baseado numa combinação de arrogância cultural e racial”.
4. A China vai continuar a operar a partir de uma "plataforma continental de dimensões bem diferentes das outras nações." É realmente uma combinação de vários, mesmo muitos países diferentes. "Este caráter singular da China permite a realização de experiências (como as reformas de mercado) numa determinada área sem necessariamente ter que aplicá-las noutro local.
5. A forma de governo da China continuará a ser distinta: o Estado nunca foi obrigado a "partilhar o poder com ninguém", ou “a prestar contas ao povo”. Tem sempre "presidido à sociedade, de forma suprema e incontestável”. Naturalmente que, a moral confuciana, que defende o Estado, com seu conceito do Mandato dos Céus, inclui um pacto implícito com o povo. Se o governo não conseguir prover ao sustento material essencial, ou permitir a continuação da corrupção desenfreada, pode perder a sua legitimidade e ser substituído.
6. A "Modernidade chinesa... distingue-se pela velocidade de transformação do país." Por décadas, irá englobar as zonas urbanas modernizadas e as zonas rurais subdesenvolvidas. O passado e o presente serão justapostos, por um período longo, o que significa que a força da história e da tradição vai fazer sentir a sua influência por muito tempo.
7. O Partido Comunista tem governado a China desde 1949. Caracterizado pela flexibilidade e pragmatismo, reinventa-se a si próprio permanentemente e, portanto, a sua probabilidade de permanecer no poder é significativa.
8. Nas "próximas décadas a China combinará as características de um país desenvolvido com as de um país em desenvolvimento", e o sentimento de injustiça será compartilhado por todas as países ex-colonizados combinados com o poderio de um gigante independente.
Como resultado dessas "diferenças", o impacto que a China vai ter no mundo apresentará formas e maneiras inesperadas por grande parte dos pensadores ocidentais. A sua influência será exercida de forma mais maciça que a do Ocidente e assumirá uma forma singularmente chinesa.
"Como potência mundial, a maior preocupação com a China reside... [no] seu profundamente enraizado complexo de superioridade... Se o cartão de visitas do Ocidente foi, muitas vezes, a agressão e a conquista, o da China será o seu arrogante sentido de superioridade e o espírito de hierarquização que isso criou. “ (Neste ponto, recordamo-nos de Ozymandias de Shelley e, talvez ainda mais, das palavras de uma camponesa da Galileia referida em Lucas 1:51-52).
Aqui, de novo, a minha única questão importante tem a ver com o crescimento do cristianismo. Se esta fé se enraizar na cultura chinesa, o seu impacto poderá ser profundo ao fim de algumas gerações. Será que - talvez pela primeira vez na história da humanidade – isso seria susceptível de promover um espírito de humildade e concórdia nacional? Mas isso pertence ao futuro longínquo. Por agora, a nossa convicção é de que o autor produziu uma análise robusta.
Publicado em: “Sociedade e Política Chinesa, Críticas Literárias”, pelo Dr. Doyle Wright G.
16/01/2011
BOM DOMINGO
É verdade que a humanidade está caminhando como um barco a deriva, sem saber que rumo tomar.
É verdade também que as coisas mais simples e que nos fazem tão bem, como sorrir, estão ficando cada vez mais difíceis.(…)
(…) deixe que o Cristo renasça em você, transforme sua vida, seus caminhos, te encha de paz que só Ele pode dar.
E então você verá, que quem tem um Deus tão maravilhoso, só tem motivos para sorrir, amar e confiar que o amanhã será melhor. Estenda sua mão, abrace seu irmão, ouça seu coração(...)
(...) É o que desejo a você e a sua família!
Enviado por E-mail pela Amiga Myrene
Redução de vencimentos: um texto lúcido do Prof. Luís Menezes Leitão,
Fico perfeitamente siderado quando vejo constitucionalistas a dizer que não há qualquer problema constitucional em decretar uma redução de salários na função pública.
Obviamente que o facto de muitos dos visados por essa medida ficarem insolventes e, como se viu na Roménia, até ocorrerem suicídios, é apenas um pormenor sem importância.
De facto, nessa perspectiva a Constituição tudo permite. É perfeitamente constitucional confiscar sem indemnização os rendimentos das pessoas.
É igualmente constitucional o Estado decretar unilateralmente a extinção das suas obrigações apenas em relação a alguns dos seus credores, escolhendo naturalmente os mais frágeis.
E finalmente é constitucional que as necessidades financeiras do Estado sejam cobertas aumentando os encargos apenas sobre uma categoria de cidadãos.
Tudo isto é de uma constitucionalidade cristalina. Resta acrescentar apenas que provavelmente se estará a falar, não da Constituição Portuguesa, mas da Constituição da Coreia do Norte.
É por isso que neste momento tenho vontade de recordar Marcello Caetano, não apenas o último Presidente do Conselho do Estado Novo, mas também o prestigiado fundador da escola de Direito Público de Lisboa.
No seu Manual de Direito Administrativo, II, 1980, p. 759, deixou escrito que uma redução de vencimentos "importaria para o funcionário uma degradação ou baixa de posto que só se concebe como grave sanção penal".
Bem pode assim a Constituição de 1976 proclamar no seu preâmbulo que "o Movimento das Forças Armadas [...) derrubou o regime fascista".
Na perspectiva de alguns constitucionalistas, acabou por consagrar um regime constitucional que permite livremente atentar contra os direitos das pessoas de uma forma que repugnaria até ao último Presidente do Estado Novo.
Diz o povo que "atrás de mim virá quem de mim bom fará". Se no sítio onde estiver, Marcello Caetano pudesse olhar para o estado a que deixaram chegar o regime constitucional que o substituiu, não deixaria de rir a bom rir com a situação.
'Perderei a minha utilidade no dia em que abafar a voz da consciência em mim'.
Mahatma Gandhi
Enviado por E-mail pelo Amigo Serra Pinto
VOANDO PARA O RIO... EM 1932!
Voando para o RIO... no Graf Zeppelin...
'Este filme é uma relíquia de 1932, verdadeiramente fora de série'.
Sobrevoam-se as ilhas Oceânicas Brasileiras, inclusive Fernando de
Noronha e depois há uma parada em Recife, para pernoita.
No dia seguinte, na rota para Salvador - Rio, vê-se um grande veleiro
encalhado numa praia e ainda se cruza com um 'grande avião-postal da
época, até o pouso em Santa Cruz, actual Base Aérea da FAB em Santa Cruz - RJ.
14/01/2011
Governador do Rio de Janeiro atribui tragédia das cheias a políticos que deixaram ocupar encostas
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, atribuiu, em parte, a tragédia das cheias que já matou mais de 430 pessoas na região serrana deste estado brasileiro à "desgraça do populismo", que permitiu a ocupação de encostas.
"Do início dos anos 80 para cá, as três cidades [Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis] tiveram um grande problema – a desgraça do populismo, em que um político deixa ocupar áreas como se fosse um aliado dos pobres, mas quem paga, mesmo havendo casas de classe média atingidas, é a maioria, que é pobre", afirmou Sérgio Cabral, em conferência de imprensa, ao lado da presidente brasileira, Dilma Rousseff.
O governador disse que a maioria dos mortos nesta tragédia é de origem humilde e lembrou que a ocupação do solo urbano é da responsabilidade da municipalidade, conforme determina a Constituição. "Muitas vezes, educar é dizer não. Não pode ser construído. Quanto menos área de risco ocupada, menor o dano", vincou.
Sérgio Cabral anunciou ainda um empréstimo de mil milhões de reais (450 milhões de euros) do Banco Mundial para o programa habitacional Morar Seguro, cujo objectivo é tirar moradores das áreas de risco, garantindo que este recurso será libertado em breve.
Nota:
Tal como aconteceu na Madeira, no ano passado, esta tragédia foi agravada pela construção de imóveis em zonas impróprias para o efeito. A crueza das imagens demonstra bem o sofrimento a que as populações dessas zonas está ser sujeito!
Assim se produzem e se mantêm as "Crises"!
Do meu Amigo João recebi este e-mail que reproduzo por entender que é muito oportuno e verdadeiro. Neste Blogue e não só tenho apresentado diversos post's focando este assunto na esperança que "água mole em pedra dura tanto dá até que fura"! Mas até agora não tive qualquer exito...
Temos tido óptimos desgovernos para proteger «boys» e outros parasitas . Temos que mudar não podemos continuar a votar nos mesmos.
Sabia que:
Há 4533 pensionistas a receber mais de 4000 euros por mês - Em média, custam à Caixa Geral de Aposentações cerca de 20 milhões de euros por mês, ou seja, 285 milhões/ano.
Sabia que:
22 311 pensionistas beneficiários da pensão mínima (até 227,39 euros) - custam à Caixa Geral de Aposentações, 5 milhões de euros mensais
Estes pensionistas milionários "pesam" ao Estado, quatro vezes mais do que 22 311 pensionistas beneficiários da pensão mínima (até 227,39 euros)
Sabia que:
Existem 13.740 entidades que movimentam dinheiros públicos
Administração Central 5271
Administração Local 5094
Administração Regional 204
Sector Público Empresarial e Outras Empresas 1182
Institutos Públicos 356
Empresas Municipais e Regionais 343
Fundações 639
Associações sem Fins Lucrativos e Outras 485
Outros 166
TOTAL 13.740
Consomem anualmente 81 mil milhões de euros - o equivalente a quase metade (48%) da riqueza nacional. De acordo com os dados de 2009, o tribunal de Contas apenas recebeu informações sobre a despesa de 1724 entidades (12,55%) e destas só teve capacidade para verificar 418.Cerca de 90% escapam ao controlo.
Devemos tomar consciência desta realidade
Existe muito por onde cortar. (Mas desemprega muitos boys)
TGV e Corrupção. Será?!...
Artigo publicado pela "Newsweek" em 8 Nov 2010 onde analisava em pormenor o porquê porque não deveria haver TGV nos EUA. Para quem não conheça a expressão "pork barrel" (que vem dos tempos da escravatura nos EUA), ela hoje é usada com o sentido pejorativo de investimento público em projectos concebidos para beneficiar os políticos (partidos ou apenas políticos singulares) com dinheiro ou apoio eleitoral, ou ambos. Foi dessa maneira que esse artigo foi titulado pois no entender do articulista “O absurdo do investimento no TGV, lá como cá (mas lá tem uma das mais dinâmicas economias no mundo...), representa a insensatez governamental no seu pior".
Nós por cá com a crise que temos só poderemos vir a ter um TGV semelhante ao da imagem do post...
Professores - TELEVISÃO NÃO NOTICIOU...
No meio da crise sócio/económica e do cinzentismo emocional instalado no país há vários meses, eis que o relatório PISA trouxe algumas boas evidências para Portugal.
E a melhor de todas, a que considero verdadeiramente paradigmática, foi omitida pela maioria dos órgãos de comunicação social: Mais de 90% dos alunos portugueses afirmaram ter uma imagem positiva dos seus professores!
O relatório conclui que os professores portugueses são os que têm a imagem mais positiva de entre os docentes dos 33 países da OCDE, tendo em 2006 aumentado 10 pontos percentuais.
O mesmo relatório conclui que os professores portugueses estão sempre disponíveis para as ajudas extras aos alunos e que mantêm com eles um excelente relacionamento.
Estas evidências são altamente abonatórias para os professores portugueses e deveriam ter sido amplamente divulgadas pelos órgãos de comunicação social ( e pelos habituais "fazedores de opinião" luxuosamente remunerados que escrevem para os jornais ou são comentadores na rádio e na televisão) que ostensivamente consideram que os professores do ensino básico e secundário uma classe pouco profissional, com imensos privilégios e luxuosas remunerações...
Uma classe profissional que deveria ser acarinhada e apoiada por todos, que deveria ter direito às melhores condições de trabalho (salas de aula, equipamento, formação, etc.) e que tem sido maltratada pelo poder político e por todos aqueles que tinham o dever de estar suficientemente informados para poder produzir uma opinião isenta para os demais membros da comunidade.
Ao conjunto destas evidências acresce outra, onde o papel do professor é determinante: a inclusão.
O relatório revela-nos que Portugal é o sexto pais da OCDE cujo sistema educativo melhor compensa as assimetrias sócio/económicas!
E ainda refere que o nosso país tem a maior percentagem de alunos carenciados com excelentes níveis de desempenho em leitura.
Nada acontece por acaso! Os professores portugueses são excelentes profissionais, pessoas que se dedicam de corpo e alma aos seus alunos, mesmo quando são vilipendiados e ofendidos por membros de classes profissionais tão corporativistas (ou mais!) que a dos professores!
Como diz a quase totalidade dos alunos, os professores são excelentes pessoas que estão sempre disponíveis para ajudar os seus alunos. Esta é que é a realidade dos professores das escolas do ensino básico e secundário! Obviamente que, como em todas as demais classes profissionais, haverá excepções à regra, aqueles que não cumprem, não assumem as suas responsabilidades, não justificam o ordenado que recebem. Mas, assim como uma andorinha não faz a primavera, também uma ovelha negra não estraga um rebanho.
Pergunto: porque se escondem os arautos da desgraça, detentores da verdade absoluta, que estão sempre na linha da frente para achincalhar os professores do ensino básico e secundário. Estranha-se o silêncio.
Margarida Rufino in Jornal de Cascais