10/09/2009
PARA FICAR NA MEMÓRIA! Homenagem aos militares caídos no cumprimento do dever!
Inauguração do Monumento aos Mortos do Ultramar, em Faro
(e a poesia de José Caniné…)
Em 7 de Setembro, dia da cidade de Faro, foi inaugurado o Monumento aos Combatentes Mortos na Guerra do Ultramar, com a presença do General Chito Rodrigues, Presidente da Liga dos Combatentes, que proferiu um exaltante discurso, salientando ainda que já existem por esse Portugal fora, cerca de 120 monumentos idênticos.
A cerimónia, com militares dos três Ramos das Forças Armadas e a participação de efectivos da GNR e PSP, decorreu no Largo de São Francisco, nas proximidades do antigo Quartel do Regimento de Infantaria N.º 4. Teve a presença do Presidente da Câmara e autoridades locais e terminou com o brilhante lançamento de quatro pára-quedistas, após a passagem de dois aviões da FAP.
A pedido de vários combatentes algarvios, o Coronel José Caniné declamou uma quadra alusiva ao acto:
Tocam mil clarins nos Céus
Quando lá chega um Soldado,
E prós louvar vejo Deus
A seus pés, ajoelhado!
(In “À Moda da Vida” – 1998, p. 30)
Destaco mais duas quadras deste livro:
O meu Povo marinheiro Minha Pátria tricolor,
Que ao mar o Mundo arrancou, De branco, negro e mestiço,
Deu Pátrias ao Mundo inteiro, Desfez-se em Pátrias de dor…
Quase sem Pátria ficou! Quem vai responder por isso?
Da 2.ª obra deste autor (“Inquietando”/2005) saliento:
Paz a Deus também eu peço, Sobre o 25 de Novembro de 1975
De mim guerras ninguém ´spere;
Mas a paz a qualquer preço De boca cheia d Abril
Só um cobarde é que a quer. Andam sempre os mesmos mil
Erguendo alto a sua voz;
A morte consegue impor Mas aos mais jovens eu lembro,
De tal forma o poder seu, Que se não fosse o Novembro,
Que até sabe dar valor Ai do Abril… e ai de nós!
A quem a vida não deu.
Manuel Bernardo/10-9-2009
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2 comentários:
Caro Amigo Luís,
Fizeste bem em dar publicidade a este texto do Bernardo.
Tenho vindo aqui regularmente, mas raramente comento. Queixas-te que os colegas do do SJ não comentam. Eu não me queixo disso, gabo-me, porque detesto aqueles comentários que não comentam nada, e só servem para as pessoas verem ali o seu nome, com nada de significativo. «Gostei muito», «adorei», «tens muito jeito». Que interessa isso? Porque se criou esse vicio de ter que «comentar»?
Um abraço
João
Caro João,
O comentário para mim só tem interesse para saber que leem e que lhes fica algo na mente. Nada mais! Não pretendo elogios nem palavras ocas!
Um abraço.
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