"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

10/09/2009

PARA FICAR NA MEMÓRIA! Homenagem aos militares caídos no cumprimento do dever!


Inauguração do Monumento aos Mortos do Ultramar, em Faro
(e a poesia de José Caniné…)

Em 7 de Setembro, dia da cidade de Faro, foi inaugurado o Monumento aos Combatentes Mortos na Guerra do Ultramar, com a presença do General Chito Rodrigues, Presidente da Liga dos Combatentes, que proferiu um exaltante discurso, salientando ainda que já existem por esse Portugal fora, cerca de 120 monumentos idênticos.
A cerimónia, com militares dos três Ramos das Forças Armadas e a participação de efectivos da GNR e PSP, decorreu no Largo de São Francisco, nas proximidades do antigo Quartel do Regimento de Infantaria N.º 4. Teve a presença do Presidente da Câmara e autoridades locais e terminou com o brilhante lançamento de quatro pára-quedistas, após a passagem de dois aviões da FAP.
A pedido de vários combatentes algarvios, o Coronel José Caniné declamou uma quadra alusiva ao acto:

Tocam mil clarins nos Céus
Quando lá chega um Soldado,
E prós louvar vejo Deus
A seus pés, ajoelhado!
(In “À Moda da Vida” – 1998, p. 30)

Destaco mais duas quadras deste livro:

O meu Povo marinheiro Minha Pátria tricolor,
Que ao mar o Mundo arrancou, De branco, negro e mestiço,
Deu Pátrias ao Mundo inteiro, Desfez-se em Pátrias de dor…
Quase sem Pátria ficou! Quem vai responder por isso?

Da 2.ª obra deste autor (“Inquietando”/2005) saliento:

Paz a Deus também eu peço, Sobre o 25 de Novembro de 1975
De mim guerras ninguém ´spere;
Mas a paz a qualquer preço De boca cheia d Abril
Só um cobarde é que a quer. Andam sempre os mesmos mil
Erguendo alto a sua voz;
A morte consegue impor Mas aos mais jovens eu lembro,
De tal forma o poder seu, Que se não fosse o Novembro,
Que até sabe dar valor Ai do Abril… e ai de nós!
A quem a vida não deu.

Manuel Bernardo/10-9-2009

2 comentários:

A. João Soares disse...

Caro Amigo Luís,

Fizeste bem em dar publicidade a este texto do Bernardo.
Tenho vindo aqui regularmente, mas raramente comento. Queixas-te que os colegas do do SJ não comentam. Eu não me queixo disso, gabo-me, porque detesto aqueles comentários que não comentam nada, e só servem para as pessoas verem ali o seu nome, com nada de significativo. «Gostei muito», «adorei», «tens muito jeito». Que interessa isso? Porque se criou esse vicio de ter que «comentar»?

Um abraço
João

Luis disse...

Caro João,
O comentário para mim só tem interesse para saber que leem e que lhes fica algo na mente. Nada mais! Não pretendo elogios nem palavras ocas!
Um abraço.