17/09/2009
VERDADE E DETERMINAÇÂO
Estes são os slogans eleitorais dos democratas e dos socialistas
Basta-nos ir ao simples significado das palavras para termos um esclarecimento mais aprofundado destes “slogans”: simples um, e complexo e ambíguo, o outro.
Senão vejamos: VERDADE significa veracidade, boa-fé, sinceridade, franqueza, exactidão, precisão, autenticidade, carácter, convicção e evidência. VERDADE é, no seu conteúdo, uma máxima que inclui todos estes ineludíveis significados, sem direito a outras interpretações que não sejam a dita VERDADE.
Já assim não acontece com a palavra DETERMINAÇÃO que significa decisão, resolução, definição, fixação, demarcação, arrojo, decreto, mandado, precisão, explicação, limitação, ordem, ou prescrição. Temos, assim, um conjunto de significados que, cada um de per si, dão pano para mangas, e sobra tecido. Imagine-se o que é uma Decisão tomada unilateralmente; uma Resolução à porta fechada; uma Definição ambígua e pouco esclarecedora em termos de justiça ou outras áreas, deixando tudo em aberto e nada definindo; isto é, uma definição que não esclareça ninguém; um Decreto cozinhado em segredo só para safar a pele de amigos; uma Limitação dos direitos e liberdades; uma Ordem ditatorial defensora de criminosos, pedófilos e corruptores sem fim; ou até uma Prescrição errada ou envenenada que ponha todo um povo doente.
De facto, é necessário acautelarmo-nos com palavras que são autênticos paus de dois bicos, sem qualquer garantia do rumo que vão tomar. Esta palavra DETERMINAÇÃO é assustadoramente subreptícia e nunca deveria ser usada em qualquer campanha que se preze.
Eu sei que foi uma palavra utilizada “às pressas” para esconder a VERDADE que nada teme, no que respeita a significado profundo da mesma.
Sem dúvida que necessitamos, como pão para a boca, de uma VERDADE suficientemente límpida, que nos deixe conseguir ver para além deste tempo perdido, tristemente empobrecido e vergonhosamente apodrecido.
Julgo que todos os portugueses sentem um certo ar irrespirável, como se vivessemos novamente em ditadura! Por incrível que pareça continuamos a respirar! Será que estamos todos mortos e conformados com a imposição de toda uma vida que ninguém quer, a não ser os senhores do poder e seus correlegionários e amigos? E, se estamos vivos, estamos à espera de quê, para darmos um rumo diferente à vida dos nossos filhos e netos, que não têm culpa nenhuma da nossa passividade perante tão maus exemplos de quem nos governa?
Apesar de todas as parangonas que por aí se debitam, em tempo eleitoral, a única consolação que nos resta é termos alguém que nos diga a VERDADE. Porque para mim a VERDADE, é como aquele espelho que se parte, mas que, apesar de partido, reflecte sempre a VERDADE das coisas, mesmo nos pedacinhos mais pequenos em que se partiu.
M.M.M. Maria Manuela
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