14/05/2011
E A FARSA VIROU TRAGÉDIA!
A situação verdadeiramente calamitosa, no âmbito económico, financeiro e social em que Portugal se encontra, gerada fundamentalmente pela política levada a efeito nos dois últimos governos por autênticos tresloucados políticos, sem que sejam esquecidos graves erros de governações anteriores, de vários quadrantes políticos, obriga-me, fiel como sempre fui ao que a minha consciência me dita, a dar conta da repulsa, revolta e mesmo nojo que sinto em relação aos responsáveis por tal situação, que durante vários anos encenaram uma farsa que ludibriou e traiu a confiança que os cidadãos depositaram naqueles que tinham por obrigação zelar pelos seus interesses e que tudo ou quase tudo do erário público deslapidaram, atirando milhares de portuguesa para situações em que nem a sua dignidade de homens foi respeitada.
E, foram tantos os desvarios e os verdadeiros crimes políticos cometidos, que até a independência e a dignidade nacionais praticamente se perderam. Mas o actor principal desta farsa, por sinal um verdadeiro profissional na arte de prometer o que sabe nunca poder cumprir, tem um nome que, pelos piores motivos, durante algumas gerações não será esquecido, tal o triste futuro a que condenou essas mesmas gerações: José Sócrates é esse nome a quem não tenho pejo em qualificar de “coveiro do povo”.
Tenho consciência plena que a “partidarite aguda”, para a qual só o futuro de fome, miséria e perda total de dignidade a que qualquer homem tem direito, o que a muitos já afecta e o futuro se encarregará de mais agravar, constituirá remédio eficaz, dará origem a reacções de defesa acérrima da interpretação, que por vezes ultrapassa o grotesco, da personagem principal da peça; mas o princípio que sempre me acompanhou – não trair o que a consciência me dita – não me permite a tomada de posição nem um comportamento diferente. E esta é a posição de quem, inclusive, jurou dar, se necessário, a vida pela pátria e nunca deixou de lutar pela liberdade, e portanto pela democracia, mesmo em circunstâncias em que o egoísmo e o receio do risco levaram muitos a alhearem-se de qualquer tipo de comprometimento.
Mas, no respeitante ao fatal, para o país, comportamento da personagem principal da autêntica tragédia a que conduziu Portugal, não estou só, tendo surgido um aliado de muito peso: a denominada troika, entidade que, a uma velocidade alucinante, a verdadeira situação do país transformou de entidade desconhecida a juiz implacável e destruidor de, para muitos, um verdadeiro ídolo, embora, como agora a troika demonstrou, de pés de barro. E bastam alguns exemplos:
-A troika criticou os adiamentos e os fingimentos de Sócrates na demora do período de ajuda, o que nos vai custar milhões e que nos colocou numa posição mais frágil de negociação;
-A mesma troika desarmou a propaganda dos últimos dias, dado que não se pensou, excepto José Sócrates, em se cortar no 13º e 14º meses;
-A troika disse que o PEC IV não era suficiente; quanto ao mexer nas pensões mais baixas, previstas no PEC IV, o memorando da troika ignora isso e aumentou o IVA, aliás como defendido por um político da oposição;
-A troika disse que é preciso fazer uma auditoria clara;
-A mesma troika atacou o TGV e o aeroporto;
-A mesma troika mudou a lei laboral;
-A troika atacou a gordura da CGD (os seguros)
E a estas realidades poderia juntar as opiniões recentemente publicitadas pelos ilustres socialistas António Barreto e Henrique Neto. Deste modo a “farsa” virou tragédia.
Desejo entretanto registar que a transcrição destas medidas não implica, de modo algum, que com as mesmas esteja obrigatoriamente de acordo, tendo como único objectivo denunciar uma actuação profundamente lesiva dos mais altos interesses da nação, por parte de quem tinha obrigação imperiosa de os defender, pelo que traiu totalmente a missão que muitos dos portugueses lhe confiaram. E nada do que aqui registo tem qualquer índole partidária, lamentando mesmo que um partido com o passado como o que Sócrates integra esteja subordinado a tão desqualificada personagem; mas tal é outra questão.
Sem dúvida que o julgamento e sentença da troika me agrada, muito embora esteja longe de me satisfazer totalmente, o que apenas sucederia se a sentença a ditar nas urnas e num eventual Tribunal isento, competente, e justo, pela actuação no âmbito meramente político, fosse na proporção dos prejuízos causados ao povo. Mas há uma certeza que me tranquiliza: os julgamentos dos homens podem ser evitados, mas a justiça divina pode tardar mas não falha…
Este é o meu slogan para a campanha que estou a realizar,para já sozinho, mas que no futuro espero que com apoio.Não faço apelo ao voto em qualquer partido e o objectivo é "correr com o coveiro mor do reino".Que todos,mas todos,prestem a sua colaboração, à sua maneira, com este objectivo comum. E os não Independentes que procurem convencer os eleitores das ideias que defendem. Para mim, e de imediato, destroçar Sócrates é o alvo.
Campos de Barros
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2 comentários:
Estou muito triste com a situação, estou indignada com quem a provocou...mas estou furiosa com o povo portuhuês porque continua sem reagir!!!
Um abraço, meu amigo.
Querida Amiga São,
O povo português é carneiro... mas nem marrar sabe!
Apesar de tudo espero que os resultados das sondagens não passem de propaganda paga...
Também eu ando tristíssimo com isto tudo!
Um beijinho muito amigo e solidário.
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