"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

13/05/2011

Gotas políticas


Algumas vozes dos que não têm voz.

Eis uma súmula do amigo e camarada de armas que entendi trazer a este blogue pela forma simples mas verdadeira como soube rematar o seu livro “Gotas de Vidas”!


Ele viveu a sua meninice em Trancoso – Beira Alta, conheceu portanto a ruralidade e as carências porque passavam aquelas gentes. Lembra-se da II Guerra Mundial, os racionamentos devidos a cada um e indicados nas respectivas cadernetas. Circunstâncias que são hoje quase inacreditáveis para quem agora, de Lisboa, nos governa!


Mas, segundo ele, não podemos esquecer o que outros antepassados trilharam em épocas de sacrifícios e duros trabalhos, para que estas novas gerações tenham – legitimamente – o conforto e a qualidade de vida que merecem e devem manter ou ampliar.

Nesses tempos idos, Portugal tinha uma “agricultura” próspera que ultrapassava em muito as “hortas” da sobrevivência que hoje começam a abundar nos subúrbios das grandes cidades do litoral “.

Mais à frente diz: “ A NOSSA GENTE merece ser apoiada. Não com “subsídios financeiros” mas antes com instrumentos modernos que incentivem verdadeiramente, as suas “artes”.

E ainda: “Que é feito dos antes regentes agrícolas, que enxameiam os gabinetes e faltam no terreno a apoiar os poucos agricultores que estão no interior do território nacional, sedentos de que alguém ouça os seus anseios.” (…)


(…) “Não estarei a dizer nada de novo. O que desejava era ver o meu país, o seu interior, ser produtivo e bem explorado: As “pescas” e a ”indústria conserveira” de Portugal eram conhecidas do mundo inteiro.” (…)


(…) “A verdade é que temos de reconstituir a nossa “frota de pesca” e repor quotas que nos permitam ter peixe em abundância para consumo interno e para exportação.

Enquanto tivermos que “importar” géneros agrícolas, “para matar a fome”, que as nossa terras do “interior” – quase desertificadas – dariam com suficiência e desprezarmos um “mar imenso” que nos pertence, não deixaremos de ser os “mendigos” que hoje somos.” (…)

(…) “ Sem fazer “política barata” o Povo que ouvimos nas aldeias e vilas deste rincão, diz que o governo poderia contrair “despesas” e aumentar a sua “eficácia” se reduzisse o tamanho que tem. Contraindo MINISTÉRIOS, reduzir a quantidade de DEPUTADOS nacionais, pugnando pela sua qualidade e eficiência, deixando a Assembleia da República de funcionar como uma “agência de empregos”, acabar com o “GOVERNOS CIVIS” bem como alguns “órgãos autárquicos”, além das quantidades exageradas de INSTITUTOS e FUNDAÇÕES, onde há funcionários a auferir elevados vencimentos.” (…)


No decorrer das suas “Gotas” lembra: “ Muitas vezes são tentados a ir para outros países, passar privações de toda a espécie, deixando de trabalhar para o seu, onde há tanto para fazer. Não podemos alimentar a veleidade de queremos ser “todos doutores”. Quem trabalha as terras? “ (…)


Por outro lado pessoalmente entendo que têm desaparecido diversas profissões que outrora eram importantes e que não o deixaram de ser mas, porque se perdeu o ensino profissional elas tem vindo a acabar!


Mais adiante diz: “Ataque-se a “despesa supérflua”, sem dúvida, mas o país só progredirá verdadeiramente se todos trabalharmos duramente, onde for preciso e nos habituarmos a poupar.
Vamos ter de confiar em dias melhores e que o tal espírito altruísta, solidário, dos mais poderosos que em nós “mandam”, que nos “governam” (e por vezes desgovernam), venha contribuir para que a sociedade portuguesa se sinta aconchegada numa vida digna para TODOS, que é como quem diz, para RICOS e POBRES.”

Manuel Jorge Caramelo


"Povo de Portugal! Continuem a votar nesta "camarilha" que nos têm sugado até ao osso! Muito em breve aquelas imagens que eram cartaz da antiga Albânia serão a nossa realidade!"

Melo Ribeiro

2 comentários:

A. João Soares disse...

Um bom texto, muito objectivo.
Caro Luís,

Mas não se pode ficar à espera que os políticos dêem a solução. Tem que ser o cidadão: primeiro, correr com a escumalha que nos explora para proveito próprio e da sua corte de malfeitores (Ali Bábá tinha apenas 40), depois EXIGIR medidas concretas para moralização da sociedade, para que Portugal se torne num local onde seja possível viver com comodidade, sem fome, sem miséria, sem motivo para vergonha. Dinamize-se a Justiça, reforme-se a educação, a saúde, a economia prática, evoluída.

Alertemos para que em 10 de Junho sejam premiados aqueles que contribuem para um Portugal mais rico e com mais justiça social: Os empresários que exportam mais, os que pagam mais impostos, os que dão mais emprego, os que pagam salários mais altos, os que contribuem mais para o mecenato em benefício dos cidadãos, etc. E que parem, temporariamente, com o elogio dos que só se entregam à actividade do ócio e do lazer e que são interactivos com corruptos.

Abraços
João
Do Miradouro

Luis disse...

Caríssimo amigo João,
As sondagens valem o que valem em especial quando não passam de propaganda paga...
Espero que Cavaco finalmente acorde pois tem andado adormecido há muito tempo e isso é muito mau para o País!
Um abraço amigo e solidário.