"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

26/05/2011

VERDADES IRREFUTÁVEIS, MENTIRAS INDECOROSAS


Aproxima-se o dia em que Portugal tem a oportunidade de iniciar a reconstrução de um país humilhado na sua dignidade, limitado na sua independência, alvo da chacota internacional, transformado num mendigo que implora a compaixão de terceiros, para que a fome e a miséria não alastrem a um ritmo avassalador e que grande parte da população se não veja afectada por uma vaga de devastação social, com eventuais consequências para as quais o que se passa em diversos outros países deveria servir de sério aviso.

E, tudo isto, fruto fundamentalmente, embora não só, do modo politicamente criminoso, politicamente repito, embora haja quem defenda um enquadramento mais amplo, da responsabilidade de alguém que fez da mentira e da demagogia os meios para adormecer o povo, ou pelo menos parte dele, e assim garantir a permanência no poder; e a verdade é que, com a conivência activa de uns e a ajuda, por omissão de outros, o objectivo foi atingido. E isto mesmo perante realidades que só uma cegueira político - partidária ou uma indiferença, que consideraria doentia e masoquista, permitia não ver; alguns exemplos, apenas:


1 -Promessa da criação de 150.000 postos de trabalho, nunca concretizada,


2 -Negação da existência de uma crise mais do que evidente, a que adicionou uma recuperação económica que todos sabiam impossível;


3 -Negação do aumento de impostos, que a realidade totalmente destruiu;


4 -Aumento dos vencimentos dos funcionários públicos, numa já grave situação económica e financeira, com fins exclusivamente eleitoralistas;


5 -Distribuição a esmo de cargos a boys e girls , sem qualquer competência ou habilitações apropriadas, em detrimento de um critério de isenção e competência; manda a verdade reconhecer que nenhuma força partidária está isenta deste pecado, o que de modo algum serve de desculpa a tal procedimento;


6 -Uma actuação verdadeiramente ditatorial, durante o período em que vigorou uma maioria absoluta, convertendo o sistema político, frequentemente numa simples democracia formal;


7 -A doentia defesa de uma política de obras megalómanas, que conceituados economistas criticavam e que só a satisfação do seu ego poderia justificar: TGV, novas auto estradas, novas pontes, são meros exemplos;


8 -Total submissão aos grandes grupos económicos e financeiros, e não só, e ataques fiscais sucessivos à classe média e aos economicamente mais frágeis;


E muito, muito mais haveria a enumerar, sendo a cereja em cima do bolo a farsa da utilização de figurantes nos comícios, arrebanhados e humilhados pela oferta um passeio e um chamado almoço, para tentar iludir os mais incautos, e dar ideia de um apoio popular substancialmente superior ao real; e o comício de Viseu foi o desmascarar da farsa.


Sei perfeitamente que a indiferença de muitos e o masoquismo de outros poderá, camuflar, no dia 5, uma realidade atroz e que em breve, infelizmente, será ainda mais indesmentível, mas tal de modo algum me conduzirá a qualquer arrependimento do que aqui deixo expresso:

porque me considero um cidadão de corpo inteiro, porque me nego a ser tratado como um atrasado mental, porque amo o Portugal que sempre procurei servir e porque, com honra e orgulho o afirmo, dei o meu contributo, embora limitado, por então já me encontrar na situação de Reserva, embora muito recente, para uma mudança de que todos então usufruíram e os actuais continuam a desfrutar, apesar de muitas vezes dela abusando: a liberdade de livremente exprimirem a sua opinião. E disto não abdico, muito embora consciente das reacções que tal possa provocar:


E por último um apelo: que no dia 5, os que “pecaram”, por erro ou omissão, se redimam: e, se assim suceder, a esperança renascerá neste Portugal tão maltratado. E, como homem de Fé, acredito em tal.


Publicado por Campos de Barros, Enviado por e-mail pelo Amigo Alberto

5 comentários:

São disse...

Meu caro amigo, tem razão e eu não vou votar Sócrates...mas recuso-me a dar o poder a Passos Coelho!

Uma serena noite

A. João Soares disse...

Caro Luís,

A vida nacional, nos anos mais recentes, ao mais alto nível da estrutura estatal, tem sido um caso patológico que merece um estudo aprofundado por parte de cientistas ligados á psicologia e psiquiatria. Chegarão a conclusões que poderão evitar a repetição de situações tão graves de crise generalizada.

E o povo vota neles.

E, para minar a esperança dos portugueses, o Passos Coelho nada tem dito sobre a bagunça dos tachos referida em Marques Mendes apresenta lista com dezenas de institutos públicos que podem ser extintos.
Será que quer manter os poleiros para mimar os seus boys e as suas «girls»???

Receio que sem uma reforma radical da Constituição, nada mude na imoralidade do sistema. Mas a Constituição não pode ser alterada apenas pela mão dos partidos. Deve haver um referendo, em que os partidos não possam fazer as suas propagandas de campanha mentirosa com promessas intencionalmente falsas.

Abraço
João

Luis disse...

Meus Bons Amigos,
Eu sei das dificuldades em alterar a Constituição pois ele foi feita para manter este sistema partidocrático...
Mas se se fizer um referendo no sentido de a alterar podemos faze-lo. Está portanto nas nossas mãos faze-lo!
Espero, no entanto, que Passos Coelho se ganhar acabe com os institutos e fundações mas até lá não pode nem deve falar disso! Falem os outros que não ele!
Um abraço amigo e solidário.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amigo Luís!

Já sabe o que penso acerca deste tema :) e sabe também que não gosto de falar de política nem de religião, no entanto, e porque não sou apolítica e muito menos mentecapta, digo-lhe que só votarei no segundo em último recurso, isto é, se sentir que o actual pode voltar ao poleiro.

O resto, são conjecturas, sonhos ...
O povo continua demasiado sereno!

Bom fim de semana e beijinho

Luis disse...

Minha Querida Amiga FerNAnda,
Como a compreendo mas infelizmente o nosso Povo é carneiro.
Beijinhos Amigos e Solidários.