O Conselheiro de Estado, Bagão Félix, teceu duras
críticas ao Governo, quem acusa de ter um comportamento “socialmente obsceno” e
de sofrer de uma “enorme falta de sensibilidade social e humana”. Em
declarações ao jornal i, o antigo ministro do Trabalho considerou que a decisão
de tornar a TSU dos pensionistas uma medida passível de ser substituída é
consequência de uma cedência da troika perante o líder do CDS, Paulo Portas.
O Governo tem uma
“enorme falta de sensibilidade social e humana” e um comportamento “social
obsceno”. Foram estas as palavras utilizadas por Bagão Félix para caracterizar
o actual Executivo que, refere, tem transparecido a ideia de que “toda a
consolidação orçamental assenta sobre os reformados e pensionistas”.“Isto é tudo muito estranho. Ou o Governo não tem confiança nas suas previsões orçamentais – e se calhar não tem. Ou, se tem, esta é uma dramatização completamente estéril, para não dizer estúpida”, disse Bagão Félix ao jornal i.
Para o antigo ministro do Trabalho, a chamada TSU sobre os pensionistas não vai ser posta em prática por várias razões. Primeiro, porque foi aceite como passível de ser substituída, o que revela a sua ‘fraqueza’, depois porque o “Governo ficaria numa situação insustentável” e, por fim, porque a ser aplicada significaria “que muita coisa correu mal”.
Bagão Félix sublinha ainda o facto de carácter facultativo desta medida ser uma cedência da troika perante uma exigência de Paulo Portas, líder do CDS.
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