"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

25/02/2010

A RAÇA DO ALENTEJANO...


A raça do alentejano?
É, assim, a modos que atravessado.
Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho...
E também não é bem judeu, nem bem cigano.
Como é que hei-de explicar?
É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão.

Dos amarelos, herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e aquela paz interior do tipo "não há nada que me chateie";
Dos pretos, o gosto pela savana, por não fazer nada e pelos prazeres da vida;
Dos judeus, o humor cáustico e refinado e as anedotas curtas e autobiográficas;
Dos árabes, a pele curtida pelo sol do deserto e esse jeito especial de nos escarrancharmos nos camelos;
Dos ciganos, a esperteza de enganar os outros, convencendo-os de que são eles que nos estão a enganar a nós;
Dos brancos, o olhar intelectual de carneiro mal morto;
E dos vermelhos, essa grande maluqueira de sermos todos iguais.

O alentejano, como se vê, mais do que uma raça pura, é uma raça apurada.
Ou melhor, uma caldeirada feita com os melhores ingredientes de cada uma das raças.
Não é fácil fazer um alentejano.
Por isso, há tão poucos.

É certo que os judeus são o povo eleito de Deus.
Mas os alentejanos têm uma enorme vantagem sobre os judeus:
Nunca foram eleitos por ninguém, o que é o melhor certificado da sua qualidade.

Conhecem, por acaso, alguém que preste que já tenha sido eleito para alguma coisa?
Até o próprio Milton Friedman reconhece isso quando afirma:
«As qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre as contrárias das que se exigem para bem governar».
E já imaginaram o que seria o mundo governado por um alentejano?
Era um descanso.

4 comentários:

Pelos caminhos da vida. disse...

Uma flor. Uma fonte.
Um sorriso. Uma vida.
Tudo começa.
É importante começar bem.
Mais importante, continuar bem.
Seja sempre novo cada momento
do seu dia. Para fazer da sua vida
uma dádiva sempre nova.

beijooo.

Luis disse...

Querida Amiga,
Obrigado pelas suas simpáticas palavras.
Um beijinho amigo.

Santana-Maia Leonardo disse...

Constatei hoje por acaso que publicou no seu blog um texto da minha autoria «O ALENTEJANO» a que V.Ex.ª deu o título «A RAÇA DO ALENTEJANO» mas onde não vem identificado o nome do autor.

Este texto foi escrito por mim em 8/4/2008 e foi publicado no meu blog REXISTIR (http://comunidade.sol.pt/blogs/contracorrente/archive/2008/04/09/O-ALENTEJANO.aspx) e nos jornais Primeira Linha, jornal de Arronches e Jornal do Alto Alentejo.

É um texto complementar do texto ALENTEJO (http://comunidade.sol.pt/blogs/contracorrente/archive/2007/12/23/ALENTEJO.aspx), escrito em Dezembro de 2007, que foi publicado na revista Alentejo, no jornal Primeira Linha e A Ponte e que também por aí circula com o nome de outra pessoa.

E se há coisas que aborrecem é nós vermos uma coisa que fizemos ser apropriada por terceiros.

Agradecia-lhe, por isso, não só que corrigisse mas também que divulgasse a informação junto dos seus leitores.

ALENTEJO : http://o-alentejo.blogspot.com/

O ALENTEJANO : http://aracadoalentejano.blogspot.com/

Santana-Maia Leonardo

Luis disse...

Meu Estimado Amigo,
Antes de tudo o mais venho agradecer-lhe as suas palavras esclarecedoras. Terei todo o gosto de indicar a autoria do artigo pois "o seu a seu dono"! Não pretendi apropriar-me deste seu artigo pois desconhecia de todo de quem seria quando me foi dado conhecimento deste seu tão simpático artigo. O que me moveu ao transcreve-lo foi tão somente valorizar a "alma" do Alentejano!
Obrigado pelos seus esclarecimentos e tudo farei para que os mesmos sejam difundidos como merecem.
Espero que me seja relevada esta falta que só cometida por desconhecimento do autor e querer, por outro lado, eleger o Alentejano ao seu verdadeiro lugar. Vou aproveitar para o ir visitar pois é sempre agradável o convívio entre blogers. Um abraço amigo e respeitoso.