"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

15/11/2010

"Deslegitimação sistemática" dos militares pelos partidos


Deputado Pacheco Pereira critica visão contabilística sobre Forças Armadas e defende "democracias armadas" como são os EUA

O deputado Pacheco Pereira (PSD) fez ontem uma apologia das "democracias armadas" e lamentou a "deslegitimação sistemática do papel das Forças Armadas" portuguesas feita pelos principais partidos políticos nos últimos anos.
Esse é "um processo que se tem vindo a agravar nos últimos anos", desde a forma - resultante da "atitude sindical das juventudes partidárias" - como acabou o serviço militar obrigatório e passando pela primazia dada aos cortes orçamentais na Defesa em épocas de crise financeira, criticou Pacheco Pereira, numa conferência realizada no Parlamento sobre "A Aliança Atlântica e a Segurança Internacional".
Sendo "absurdo um país onde se está sempre a acenar as bandeiras, a dizer que são patriotas e a elogiar as Forças Armadas e depois faz contabilidades na base dos submarinos", o deputado sócia - democrata enfatizou depois que "não existe, a não ser na retórica, uma legitimação para as Forças Armadas" perante a sociedade.
O deputado disse que esse não é um caso específico luso: "Na Europa desapareceu de todo" a noção de que "as democracias devem ser armadas" - uma "ideia [que] é fundamental", até porque elas são por natureza "defensivas" - e que tem um exemplo nos EUA, sublinhou aquele que foi um dos principais apologistas da Guerra do Iraque (e dos argumentos de Washington) em Portugal.
Na conferência sobre a NATO, nas vésperas da Cimeira de Lisboa, o presidente do Parlamento, Jaime Gama, qualificou como "vital" para a NATO o conseguir "sintonizar [a sua mensagem] com a opinião pública" e levá-la a debater as questões de defesa e segurança para não perder "legitimidade".
Duas vozes dissonantes foram as do almirante Reis Rodrigues e do académico Daniel Pinéu: o primeiro declarou que o sistema de defesa antimíssil na Europa "está mal explicado em termos políticos e técnico-militares"; o segundo lamentou a ausência gritante de conhecimento na NATO - que age como "um martelo [para o qual] tudo começa a parecer um prego" - sobre o que os afegãos querem.

Por MANUEL CARLOS FREIRE06 Novembro 2010

2 comentários:

Mariazita disse...

Meu querido amigo Luis
Deixe-me começar por agradecer a sua presença no Lançamento do meu livro.
Foi um prazer enorme conhecê-lo pessoalmente. Era uma lacuna no nosso relacionamento - não nos conhecermos pessoalmente - que, felizmente, foi colmatada.
Não deu para conversarmos muito porque... o dever me impunha que "girasse" entre os convidados.
Mas, como eu costumo dizer: há mais marés que marinheiros. Portanto, quando menos esperarmos, estaremos frente a frente :)))

Quanto ao seu post - gostei!
Ouço bastantes vezes o Pacheco Pereira e gosto de o ouvir. Dum modo geral concordo com as suas opiniões; parece-me um indivíduo esclarecido.

Agradeço uma vez mais, e desejo uma boa semana.

Luis disse...

Minha Querida Amiga Mariazita,
Como lhe disse foi muito agradável ter a oportunidade de nos encontrarmos frente a frente até porque já era amigo do seu marido e da sua cunhada. Faltava conhece-la! Agora culminou-se o conhecimento fisico pois o virtual já existia. E se Deus quizer teremos mais oportunidades de nos voltar a encontrar. No Lançamento do seu Livro verifiquei que o seu Clã familiar é muito unido e colaborador! Actualmente isso é muito difícil de encontrar! Parabéns por ter conseguido que isso acontecesse!
Um beijinho muito amigo e as minhas saudações a todos os Seus.