Li algures que um homem com um relógio sabe que horas são. Mas um homem com dois relógios não sabe a quantas está.
Curiosamente, encontrei hoje um título de jornal que parece ter sido inspirado em tal pensamento «quem tem duas caras não tem cara nenhuma». O interlocutor fica sem saber em que relógio acreditar ou que cara deve merecer mais credibilidade, ou se alguma delas a merece.
Não se pode encarar as dificuldades da vida, da profissão ou do cargo público mudando de cara. Do conjunto dos defeitos e das eventuais virtudes que se e tenha, a coerência e a forma como cada um responde perante as dificuldades é que marca a sua personalidade, o seu desempenho e o mérito que gera mais ou menos confiança no espírito dos outros.
O vendedor de um produto não deve apresentar-se perante os eventuais compradores como um camaleão que muda de cor ou um artista de teatro que, por artes mágicas, passa da pele de lobo para a pele de cordeiro, de animal feroz para os morangos com açúcar, porque isso gera desconfiança acerca da qualidade do produto oferecido.
Os consumidores, de alimentos ou de ideias, já sabem que as aparências iludem e já caem menos em esparrelas de estratégias publicitárias e de comercialização. Quem é enganado uma vez aprende a ser mais cauteloso com promessas promocionais e bónus de lançamento de novos modelos.
Curiosamente, encontrei hoje um título de jornal que parece ter sido inspirado em tal pensamento «quem tem duas caras não tem cara nenhuma». O interlocutor fica sem saber em que relógio acreditar ou que cara deve merecer mais credibilidade, ou se alguma delas a merece.
Não se pode encarar as dificuldades da vida, da profissão ou do cargo público mudando de cara. Do conjunto dos defeitos e das eventuais virtudes que se e tenha, a coerência e a forma como cada um responde perante as dificuldades é que marca a sua personalidade, o seu desempenho e o mérito que gera mais ou menos confiança no espírito dos outros.
O vendedor de um produto não deve apresentar-se perante os eventuais compradores como um camaleão que muda de cor ou um artista de teatro que, por artes mágicas, passa da pele de lobo para a pele de cordeiro, de animal feroz para os morangos com açúcar, porque isso gera desconfiança acerca da qualidade do produto oferecido.
Os consumidores, de alimentos ou de ideias, já sabem que as aparências iludem e já caem menos em esparrelas de estratégias publicitárias e de comercialização. Quem é enganado uma vez aprende a ser mais cauteloso com promessas promocionais e bónus de lançamento de novos modelos.
2 comentários:
Caríssimo João,
Que agradável foi ver-te cá pela Tulha e ainda por cima com este texto. É que realmente o que por aí mais se vê são homens de duas caras!Cada vez mais a sua (deles,claro)credibilidade tem-se perdido mas mesmo assim ainda há quem caia nas suas artimanhas! Espero que nas próximas eleições o Zé Povinho esteja ainda mais esclarecido e saiba votar para acabar com este tipo de pessoas.
Um abraço e volta sempre.
Caro Luís,
Há perigos por todo o lado e estamos sujeitos a deparar com situações que nos obrigam a estar atentos para não cair em armadilhas. Infelizmente, as pessoas são demasiado crédulas e permitem o sucesso de alguns ambiciosos sem escrúpulos. Entre muitos casos, cito dois artigos do JN de hoje, Vítima de tentativa de burla pela Net e Milagre
E ainda há muitos que acreditam em milagres e na boa fé de outros que não confessam os seus verdadeiros propósitos.
Um abraço
João
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