"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

20/03/2010

DIZ O ROTO AO NU PORQUE NÂO TE VESTES TU!!!


Manuel Alegre considera prémios dos gestores públicos "um escândalo para a saúde da República"
Bragança, 19 mar (Lusa) - O candidato a Presidente da República, Manuel Alegre, considerou hoje "um escândalo para a saúde da República" os prémios dos gestores públicos, enquanto o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) impõe o congelamento dos salários na Função Pública.
"Não me parece que haja neste PEC um suficiente esforço de partilha", disse, em Bragança, num jantar com apoiantes em que comentou o PEC apresentado pelo Governo.
Para o socialista, "o esforço de contenção que é pedido pelo PEC é desigualmente distribuído".
Manuel Alegre criticou também a prevista privatização de serviços públicos, "ainda por cima rentáveis", com a qual entende "não se está a pretender uma melhoria da sua gestão e uma resposta ao interesse público, mas apenas querer obter rapidamente uma receita extraordinária".
"Também me parece que um país como o nosso não pode prescindir de uma transportadora aérea nacional que garanta a ligação com o Brasil, Estados Unidos da América e os países lusófonos de África", disse.
O candidato a Presidente da República defende que o que Portugal precisa "não é do código de conduta das medidas orçamentais impostas pelo Banco Central Europeu, mas de uma austeridade republicana exemplar, a partir de cima".
"Desde os titulares dos órgãos de soberania aos administradores de empresas públicas", concretizou.
Manuel Alegre considerou ainda ser necessário "repensar os critérios monetaristas que estão a contaminar a Europa" e criticou a falta de controlo do dinheiro que a União Europeia incentivou os Estados-membros a introduzirem nos bancos.
"Nenhum constrangimento vindo de fora pode pôr em causa serviços públicos essenciais ao povo português como a Segurança Social, a escola pública e o Serviço Nacional de Saúde", afirmou.
Alegre frisou ainda que não renegará os seus valores para condicionar apoios à sua candidatura.
O candidato referiu-se também ao actual Presidente da República, nomeadamente à última entrevista televisiva de Cavaco Silva, comentando: "Não faz parte da minha maneira de ser dar entrevistas para não dizer nada."
"O papel de um Presidente da República não é de gerir silêncios nem de dizer apenas o que lhe convém quando lhe convém. A magistratura de influência do Presidente da República implica a utilização da pedagogia da palavra como um instrumento ao serviço do país", declarou.
"Falar mas nada dizendo, pronunciar-se mas nada propondo ou intervir mas nada acrescentando é um exercício vazio ou nulo de propósito", acrescentou.
Para Manuel Alegre, "Portugal precisa de uma inspiração mobilizadora e não de exercícios de cálculo".
"Cabe ao Presidente da República indicar o caminho e não os atalhos. A defesa da estabilidade não é um jogo de sombras, é uma prática de clarificação", afirmou.
O presidente da federação distrital de Bragança do PS, Mota Andrade, foi um dos promotores do jantar de apoio a Manuel Alegre, afirmando que a sua candidatura é a "da esperança".
HFI.


Moral da História:
Segundo ele "Falar mas nada dizendo, pronunciar-se mas nada propondo ou intervir mas nada acrescentando é um exxercício vazio ou nulo de propósito."
Ora depois destas palavras estava à espera que propuzesse reduções no número de deputados, ministros, secretários de estado, assessores, gestores públicos etc., etc., reduções nos salários e "mordomias" da "nomenclatura" ( deputados, gestores públicos, etc.), as reformas só entrarem em vigor quando as pessoas atinjam a idade dos 65 ou 70 anos e nunca antes, contenção nos prémios de produtividade que actualmente atingem valores astronómicos e outras disposições do mesmo tipo que pelo bom exemplo dariam a todo o mundo razões para pensar que ali estava Alguém de Bem mas não, ficou-se "por falar mas nada dizendo"! Assim lembrou-me o provérbio: "Diz o roto ao nu porque não te vestes tu?"...

2 comentários:

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Temos que ser compreensivos. Ele tem que falar, para colher votos para as eleições a que prometeu concorrer. E não pode entrar em factos concretos, senão teria que falar nas suas reformas 'chorudas' , por exemplo da RTP onde nada fez. E depois como estas coisas são como as cerejas acabava-se por falar da sua acção 'patriótica' em Argel que contribuiu para a morte de muitos portugueses que tinham sido obrigados a ir combater no ultramar.

Caro Luís, os políticos usam a palavra da medida mais habilidosa para seu benefício próprio!!!

Um abraço
João

Luis disse...

Caro João,
Tens toda a razão mas é contra isso que luto a todo o momento! Tudo isto me faz lembrar os intérpretes em África que depois de uma grande arenga dos interpelados nos diziam: "Até agora só falou, falou... mas não disse nada"!
Prefiro o silêncio acompanhado de boas obras!!!
Um abraço amigo.