"Vós que lá do vosso império, prometeis um mundo novo...CUIDADO, que pode o povo, querer um mundo novo a SÉRIO!" In: António Aleixo

15/03/2010

O PROGRAMA DE ESTABILIDADE E CRESCIMENTO (PEC), BAH!


O que é o PEC? Pois é um plano de austeridade para a governação que o governo se viu obrigado a apresentar às entidades da União Europeia, em Bruxelas, e por via disso – se calhar só por causa disso – também aos portugueses. E porquê? Pois, porque o défice das contas públicas ir já, não se sabe ao certo quanto, mas seguramente acima dos 9% e aquela entidade internacionalista indefinida que nos tutela – sem que os cidadãos portugueses risquem coisa alguma – quer obrigar a que se mantenha abaixo dos 3%, já em 2013. (…)
(…) Finalmente, têm de dar o exemplo. E dar o exemplo, neste caso particular, começa por reduzir os próprios salários e, ou, regalias; reduzir drasticamente as despesas da Presidência da República (mais cara que a instituição monárquica espanhola, por ex.); da AR e dos parlamentos das Regiões Autónomas, que devem julgar que vivem nalgum regime faraónico (só para a AR e para 2010, estão orçamentados mais de 191 milhões de euros!); idem para os gabinetes ministeriais e para o dinheiro distribuído aos partidos através do orçamento do Estado; acabar com a parafernália de assessores, “entidades reguladoras”;”altas autoridades”;”observatórios”; empresas municipais; fundações subsidiadas pelo Estado e estudos de consultadoria a esmo, cuja principal função é dar emprego (tacho) e dinheiro a ganhar, a amigos e correligionários e acabar-se com o escândalo e o insulto, que representam os salários e mordomias usufruídas pelos administradores, gestores das empresas públicas, algumas das quais acumulam milhões e milhões de prejuízos anualmente. A lista está longe do fim, mas creio que já explicitei o ponto.
Esta gente tem literalmente “saqueado” a riqueza da Nação e em vez de serem respeitados por servirem a sociedade que os elegeu, merecem antes o epíteto de “devoristas” da coisa pública! A falta de vergonha é imensa e corre paredes meias com o topete que têm em passar o ónus da crise para cima do cidadão comum. E falam, falam, falam, bah...
Seria útil – também e por ex. - tornar-se público qual o ouro (e divisas) que existia nos cofres do Banco de Portugal (cujos gestores são mais bem pagos que os seus congéneres americanos), em 1974 e o que existe agora, explicitando-se o que se passou entretanto...
Enquanto a classe política não tiver a humildade e a hombridade de assumir tudo isto não terá credibilidade alguma para avançar seja com que PEC fôr, bah!....
E, até lá, não a respeitarei, não a levarei a sério e não colaborarei!
João José Brandão Ferreira
TCor Pilav (Ref)

2 comentários:

JORDAS disse...

PEC - início de Pecado.
Nem eles sabem o que é!
Deve ser um documento como tantos outros, mas que apenas pede o aperto do cinto da classe média.
Será que ainda têm furos para apertar?
http://patriaadiada.blogspot.com/

Luis disse...

Amigo Jordas,
Acredito que não haja furos no cinto para apertar!!! E "eles" sem qualquer pejo para nos obrigarem a pagar-lhes todos os seus "devaneios"!!!!
Um abraço.